Rock na madrugada – Oasis, “Don’t Go Away”

Bastidores do rock

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Mick Jagger bate papo com John Lennon durante visita aos Beatles na gravação do álbum “Revolver”, em 1966.

Leão sufoca, mas goleiro brilha e evita derrota da Lusa

Remo x Tuna Luso, Baenão, Campeonato Paraense 2022

Terminou sem gols o clássico da quinta rodada do Campeonato Paraense 2022. Remo e Tuna fizeram um jogo bastante movimentado, com superioridade remista, mas o Leão perdeu várias oportunidades para balançar as redes. O goleiro tunante foi peça destacada, fechando o gol e garantindo o 0 a 0. Apesar de algumas vaias da torcida, o Remo cumpriu sua melhor atuação no campeonato.

No primeiro tempo, o Remo pressionou muito, mas as chances foram poucas. Na etapa final, as oportunidades se repetiam em sequência, mas o ataque azulino falhava nos arremates ou mandava a bola nas mãos do guardião Vítor Lube.

Com duas mudanças importantes – Everton Sena e Paulinho substituíram Daniel Felipe e Uchoa -, Paulo Bonamigo montou um Remo bastante ofensivo, com Erick Flores aberto pela esquerda, Brenner centralizado e Bruno Alves em dupla com Ricardo Luz pela direita.

Os melhores momentos do Leão começaram com chance incrível perdida por Bruno Alves logo aos 4 minutos do 2º tempo. Ele recebeu passe de Brenner e chutou, mas a bola bateu em Lucão que estava em cima da linha fatal. Aos 8′, Bruno Alves entrou livre pela direita, mas o chute cruzado foi parar nas mãos de Vítor Lube.

Remo 0×0 Tuna (Brenner)

Aos 16′, Bruno é lançado, aplica um chapéu em Lucão e cruza para Brenner, que fechava na pequena área. O lateral Léo Rosa chega cortando e evita o gol. A bola vai para escanteio.

Em lance que lembrou o penal cometido pelo zagueiro Tiago Silva (Chelsea) na final do Mundial de Clubes, no sábado, o volante Kauê deu um tapa na bola ao disputar pelo alto com Brenner, mas o árbitro Gustavo Melo e a auxiliar não perceberam a infração e o jogo seguiu normalmente.

Aos 11′, Bruno Alves cruzou e Pingo chegou finalizando, mesmo prensado. A bola saiu à esquerda da trave. Aos 22′, Gedoz bate pressionado e Vítor Lube se estica para salvar. Na sequência do lance, a bola sobra para Pingo, que dispara no ângulo, mas o goleiro salta e espalma para escanteio.

Na reta final da partida, Felipe Gedoz chutou e Vítor defendeu em dois tempos. O meia ainda aproveitou o rebote, mas a bola passou rente ao poste. Aos 39′, Gedoz experimentou de fora da área e a bola bateu na trave esquerda da meta cruzmaltina.

Quase ao final, em contra-ataque, Lucas Cunha não aproveitou cruzamento rasteiro de Luan Santos, saindo com bola e tudo, perdendo boa chance para a Tuna. 

Com o empate, o Remo soma 11 pontos no grupo C e a Tuna chegou a 8 pontos no grupo B, ambos na liderança de suas chaves. (Fotos: Samara Miranda/Ascom Remo)

Bastidores do rock

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Jim Morrison dança durante apresentação dos Doors na Fantasy Fair, em Marin County. Califórnia, 1967.

Foto: Elaine Mayes/Getty Images

Papão não derruba muralha do Tapajós e sofre primeiro tropeço no campeonato

Tapajós e Paysandu ficaram no 0 a 0 na manhã deste domingo, no estádio Francisco Vasques, o Souza, pela quinta rodada do Campeonato Paraense 2022. Boa parte dos méritos do Tapajós na obtenção do empate deve-se à atuação do goleiro Jader, que defendeu um pênalti e fez excelentes defesas impedindo o gol bicolor. O PSC teve o domínio do confronto, mas sentiu a ausência do volante/meia Ricardinho, poupado pelo técnico Márcio Fernandes.

Depois de um começo agressivo, o PSC teve no final do primeiro tempo grande chance de abrir o placar. O árbitro Andrei da Silva e Silva marcou um pênalti em favor do PSC, sob protestos do Tapajós. A falta ocorreu fora da área, mas a penalidade foi confirmada. Marcelo Toscano bateu forte no canto direito e Jader fez grande defesa. No rebote, o atacante mandou a bola pela linha de fundo.

No segundo tempo, o PSC continuou controlando as ações, mas o goleiro do Tapajós se impôs ao ataque bicolor, principalmente nos minutos finais da partida.

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O empate acabou com os 100% de aproveitamento do PSC no Parazão. O time tem 10 pontos e lidera o grupo A. O Tapajós chegou a 5 pontos no Grupo B, ficando na última posição.

Na quarta-feira, pela 6ª rodada, o Tapajós joga com o Águia no estádio Zinho de Oliveira, em Marabá, a partir das 16h. No mesmo dia, o Paissandu recebe o Itupiranga no estádio da Curuzu, às 20h.

Rock na madrugada – The Police, “Message in a Bottle”

Caso Marielle: as suspeitas de chantagem sobre Bolsonaro

Por Luis Nassif

Fato: a não descoberta do mandante do assassinato de Marielle só tem uma explicação: sua enorme influência política. A partir daí, duas hipóteses: ou alguém ligado aos Bolsonaro ou às forças de intervenção, chefiadas por Braga Neto. Não há outra hipótese de poder político

O próprio Ministro da Justiça da época, Raul Jungmann, falou em personagens influentes. Não estava se referindo obviamente a nenhum chefe de milícia.

Pergunto: qualquer país que se pretenda civilizado pode conviver com esse nível de desinformação?

O assassino era contrabandista de armas e vizinho do presidente da República. E os filhos do presidente eram ligados ao chefe do escritório do crime. Como pode a ex-7ª potência do mundo normalizar esse nível de suspeição em relação ao seu presidente? Bater no Monark é fácil.

Braga netto disse que poderia apontar culpados, mas não queria “protagonismo”. Como assim? Ele era o interventor do Rio.

Em 2018, ainda no governo Temer, Braga Netto diz que a solução está próxima. Depois se cala e se torna o superpoderoso Ministro de Bolsonaro. Não há nada de estranho nisso?

Há duas hipóteses terríveis. Espero que nenhuma se confirme. A 1ª, de envolvimento da intervenção com a morte de Marielle (menos provável). A segunda, a de um general que, dispondo de informações, chantageou o presidente da República, livrando-o da suspeita de um crime abjeto

Trio de ferro domina Parazão

POR GERSON NOGUEIRA

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A classificação dos grupos do Parazão revela um cenário que lembra a avassaladora hegemonia dos grandes da capital ao longo dos anos 70/80/90, período pré-estadualização do campeonato. Naqueles anos de futebol-raiz, o trio PSC-Remo-Tuna foi absoluto na conquista de títulos.

No certame deste ano, as três chaves têm a liderança dos três dinossauros. O PSC é o primeiro colocado no grupo A, com 9 pontos em três jogos. No grupo B, a vantagem é cruzmaltina, com 7 pontos em quatro rodadas. O Remo encabeça a pontuação no grupo C com 10 pontos em quatro partidas.

Curiosamente, a segunda posição é ocupada por times considerados azarões na disputa. O vice-líder do grupo bicolor é o Paragominas, com 4 pontos. A vice-liderança no grupo da Tuna é do Itupiranga, com 6 pontos. Já no grupo C, do Remo, o segundo colocado é o Caeté, com 6 pontos.

A primeira impressão, disputada metade da fase classificatória, é que o reinado dos maiorais está de volta. Pode ser uma visão precipitada porque a distância entre os líderes e os demais times não é tão segura, a ponto de garantir classificação tranquila.

O Papão mantém cinco pontos à frente do Jacaré e o Remo tem quatro pontos de vantagem, mas a Tuna tem o Itupiranga colado em seus calcanhares – a diferença é de um ponto apenas.

Há muito a acontecer ainda no campeonato, inclusive quanto à definição dos dois melhores terceiros colocados ao final desta etapa. Surpresas podem ocorrer, levando em conta que a tendência é de evolução dos times.

Por ora, o desempenho de times interioranos tradicionais, como Águia e Castanhal, está abaixo das expectativas. Bragantino e Independente dão sinais de que irão brigar pelas primeiras posições. (Resultados do sábado podem alterar esse cenário; a coluna é fechada na sexta-feira à noite)

De todos, o Castanhal é o que menos entregou até agora em relação ao que prometia. Organizado e com um volume de contratações superior ao dos demais interioranos, parecia apto a fazer grande campanha. Até o momento isso não aconteceu.

A derrota em casa na última rodada, de virada para o Itupiranga, acendeu de vez o sinal de alerta no clube. Por essa razão, o técnico Cacaio deixou o cargo após mais de um ano no comando. Robson Melo assumiu na sexta-feira, um dia após deixar o Tapajós.

Em campeonato de tiro curto, não há tempo a perder na busca por ajustes importantes. É provável que, além do Castanhal, outros times façam movimentos no sentido de corrigir rota e salvar a campanha.

Bola na Torre

A apresentação é de Guilherme Guerreiro, com participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba baionense. O programa começa às 22h, na RBATV. A quinta rodada do Parazão é o tema em debate. Na edição, Lourdes Cézar.

Rodada pode encaminhar classificações

A quinta rodada do campeonato pode começar a definir a classificação para a segunda fase. O Remo, que enfrenta a Tuna às 18h, no Baenão, somará 13 pontos em caso de vitória e estará praticamente garantido. O mesmo ocorre com o PSC, que joga com o Tapajós, pela manhã, no estádio do Souza. O Papão pode chegar a 12 pontos, com um jogo a menos.

A Tuna faz uma campanha de recuperação, com duas vitórias consecutivas. Sem a mesma força do elenco de 2021, que garantiu a conquista do vice-campeonato, a Lusa aposta no combo juventude + experiência.

O Remo chega ao primeiro clássico ensaiando um modelo de jogo baseado em ataques rápidos, alternando lançamentos longos e triangulações. Funcionou bem contra o Itupiranga, mas só deu certo no 1º tempo diante do Tapajós. A marcação forte do time santareno criou problemas para o meio-campo do Leão, principalmente depois da saída de Gedoz.

No Souza, o PSC joga para consolidar a campanha 100%. Venceu todos os jogos sem sustos. A armação, com Ricardinho e José Aldo, municia um ataque ainda em evolução. Sem Henan, lesionado, Danrlei deve entrar jogando. O Tapajós perdeu o técnico Robson Melo, mas deve seguir com a postura de marcar muito e explorar a velocidade de seus atacantes.

A queda de Enderson e as dores da ingratidão

Enderson Moreira conduziu o Botafogo ao acesso à Série A e à conquista do Brasileiro. Teve papel exponencial na guinada que tirou o time das últimas colocações e conduziu à liderança absoluta. Acima de tudo, mostrou competência para agregar um elenco claramente mediano, coisa que seu antecessor Chamusca passou longe de alcançar.

Começou o Campeonato Carioca, um tradicional moedor de cabeças, e vieram os primeiros problemas deste novo patamar do Botafogo, agora um clube S.A. Ninguém que acompanha futebol e conhece a frieza das relações nutria grandes ilusões quanto à permanência da comissão técnica.

Ainda assim, o anúncio do desligamento de Enderson teve forte impacto junto ao torcedor botafoguense. O sentimento de gratidão foi fulminado pela demissão sumária, fria como lâmina, fato agravado pela explicação adicional de que é necessário avançar para outro nível.

Enderson certamente está calejado pelas agruras de uma profissão sempre sob ameaça. Talvez o proprietário do clube, John Textor, esteja certíssimo em querer um técnico estrangeiro, mas um botafoguense-raiz jamais deixará de ver esse desfecho com uma ponta de tristeza e impotência. 

(Coluna publicada na edição do Bola deste domingo, 13)

Pênalti no final dá o título mundial ao Chelsea

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Em jogo de muita marcação e pouca criatividade, o Chelsea levou a melhor sobre o Palmeiras e conquistou o seu primeiro Mundial de Clubes. Com mais imposição ofensiva, o time inglês venceu por 2 a 1 com gol de pênalti nos minutos finais. Lukaku abriu o placar para o Chelsea, já no segundo tempo, e Raphael Veiga, de pênalti, empatou. A partida foi para a prorrogação, quando os ingleses foram superiores e fizeram o gol da vitória com Kai Havertz, de pênalti.

Apesar da derrota, o Palmeiras deixará os Emirados Árabes Unidos com o bolso cheio. Mesmo com a derrota na final do Mundial de Clubes para o Chelsea por 2 a 1, a equipe de Abel Ferreira receberá US$ 4 milhões (R$ 21,1 milhões na cotação atual) como premiação pela segunda colocação do torneio. O clube inglês receberá US$ 5 milhões (R$ 26,4 milhões na cotação atual) por ter sido campeão.

Gol de Havertz em Chelsea x Palmeiras

Os valores são consideravelmente menores dos que os recebidos na final da Libertadores, por exemplo. Ao vencer o Flamengo, o Palmeiras levou para casa US$ 15 milhões (R$ 84,15 milhões na cotação da época). Já a equipe carioca, vice-campeã, embolsou US$ 6 milhões (R$ 33,66 milhões).

Thiago Silva com a Bola de Ouro de melhor jogador do Mundial de Clubes da Fifa

Os três melhores jogadores do Mundial são brasileiros. Thiago Silva foi eleito o melhor, Dudu ficou em segundo lugar e Danilo foi o terceiro.