Passado o efeito da propaganda, militares de Israel deixam Brumadinho

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Os 136 militares israelenses estão deixando a área do desastre da barragem de Brumadinho. É evidente que nenhum deles, como pessoa ou profissional de resgate, merece qualquer condenação e as críticas que se fez – e se faz – não é pelo fato de serem judeus: valeria o mesmo se fossem turcos, javaneses ou extraterrestres.

O fato é que também eles foram vítimas de uma irresponsável e abjeta operação de propaganda política dos governos brasileiro e de Israel.

Durante dois ou três dias foram saudados como se fossem seres superiores, carregando varinhas mágicas tecnológicas, capazes de localizar sobreviventes e corpos num passe de mágica, num estalar de dedos.

Depois, quando se viu que isso não existe, ao menos da maneira que se propagava, desapareceram do noticiário. Trabalharam, com muita dificuldade e parquíssimos resultados, durante apenas dois ou três dias, também.

Agora, talvez até por serem profissionais corretos e perceberem que não faziam qualquer diferença em matéria de capacidade de resgate de corpos, decidiram – antes de qualquer comunicado oficial de Governo – deixar o local.  Tropas militares, de qualquer nacionalidade, não gostam de amargar fracassos.

São os bombeiros, desde o primeiro momento, os grandes e únicos responsáveis pelos trabalhos e continuam a ser, com colegas que chegam de outros estados, agora que homens e mulheres, depois de uma semana se arrastando pelo barro mole, dão sinais de exaustão, diante de dificuldades que não deixaram recuperar até agora nem um terço dos prováveis corpos que jazem no lamaçal.

Compreensível, normal e humano.

O que foi e é incompreensível é que se tente justificar a ausência de militares brasileiros – exceto por um ou outro helicóptero – nesta ação em que  poderiam ter feito diferença desde o início.

Não se ofenda as Forças Armadas brasileiras dizendo que não têm especialistas em resgate.  Têm e é inexplicável que não tenham sido empregadas rapidamente.

Como não é crível que o governo de Minas Gerais tenha recusado essa ajuda. Aliás, ainda que  insanamente recusada, o governo mineiro, quebrado e dependente do governo federal como está sequer teria condições de impor esta maluquice.

A justificativa “não cola” e se verdadeira, pior: como é que se aceita uma tropa estrangeira, mas não se aceita as de seu próprio país?

O que prevaleceu, está muito claro, foi um cenário pronto para a operação de propaganda político-ideológica, a mais desumana e delirante que se poderia imaginar. Propaganda que  se atolou na lama de Brumadinho. (Do Tijolaço)

Referência no combate à fome, Consea fechou as portas nesta quarta

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O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) encerrou suas atividades nesta quarta-feira (30), por conta das mudanças administrativas trazidas pela Medida Provisória 870 de 2019, editada pelo governo Bolsonaro.

Antes vinculado à Presidência da República, o Consea compunha o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) e era o principal espaço de participação da sociedade civil para discussão do tema na esfera federal. O órgão contribuiu para a formulação de políticas públicas de combate à fome e incentivo à produção de alimentos saudáveis no país.

A nutricionista e pesquisadora Elisabetta Recine, indicada pela sociedade civil como presidenta do Consea em 2017, afirma que um dos principais méritos do Consea era a capacidade de debater a articulação as políticas públicas promovidas por diferentes setores de governo.

“A segurança alimentar e nutricional não é resolvida, não é garantida por uma política simplesmente. É preciso uma articulação de programas, de medidas, de diferentes setores do governo para que ela tenha um impacto suficiente sobre as condições de vida da população”, defende. “Todas as ações que aprimoraram as políticas públicas relacionadas à alimentação no Brasil passaram, de uma forma ou de outra, por dentro do Sisan”, acrescenta. Como exemplos, ela menciona o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e as inovações no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Pesquisas acadêmicas apontam que, por meio do PAA, as compras governamentais trouxeram incremento à renda dos pequenos produtores rurais, porque garantiu a eles o escoamento da produção. O PAA foi lançado pelo governo Lula (PT) como um dos braços do programa Fome Zero, que reduziu a extrema pobreza no Brasil de 12% para 4,8% em seis anos. A ideia era, de uma só vez, expandir a agricultura familiar e distribuir alimentos para entidades especializadas em atender crianças, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade.

As inovações no Pnae, em 2009, permitiram que 30% das verbas federais para a compra de alimentos para escolas fossem destinados para a aquisição direta da agricultura familiar, de assentamentos da reforma agrária e de povos e comunidades tradicionais. Na prática, garantiu a injeção de R$ 3,8 bilhões nesses setores por meio das compras governamentais. Além de melhorar as condições de vida dos produtores, o principal efeito foi a diminuição dos índices de desnutrição em idade escolar.

O Relatório de Insegurança Alimentar no Mundo de 2014, elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), aponta que a articulação destas e outras políticas foi capaz de retirar o país do Mapa da Fome. Isso significa que menos de 5% da população ingere uma quantidade diária de calorias inferior às recomendadas pelo órgão.

Em nota pública, a secretaria-executiva do Consea afirmou que “todo esforço possível está sendo feito para a preservação da memória institucional e histórica do Conselho”. Os documentos do órgão serão entregues à Presidência da República e ao Ministério da Cidadania, que passa a ser responsável pela Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

O documento esclarece também que “Conseas Estaduais e Municipais continuam existindo como partes integrantes do Sisan, uma vez que possuem legislação própria, independente da legislação federal”. Ao final, a secretaria-executiva enaltece o trabalho do Conselho e lamenta o fim das atividades: “Levaremos nos corações a honra e nos currículos a experiência de termos participado da história do Consea na sua luta contra a fome, a pobreza e a favor da comida de verdade para todas e todos no Brasil”. (Do Brasil de Fato)

A mensagem final de Lula ao irmão

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Impedido de ir ao enterro e dar o último adeus ao irmão Vavá, envia coroa de flores como despedida: “Meu querido irmão, companheiro e amigo, que o brilho de sua estrela traga paz aos nossos corações. A saudade que já sentia, me aperta o peito agora. Siga com Deus”.

Entrega de último laudo deve garantir liberação do Mangueirão para jogo Remo x Tapajós

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O Ministério Público do Estado (MPE/PA) recebeu, na manhã desta quarta-feira (30) o laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros sobre a situação do Estádio Jornalista Edgar Proença. Era o documento que faltava para encaminhar a liberação do Mangueirão para receber jogos do Parazão.

O promotor de Justiça Domingos Sávio disse que o MP irá avaliar os laudos e dará um parecer até sexta-feira, 01, autorizando ou não a presença de público no Mangueirão.

Além do laudo dos Bombeiros, o Ministério Público recebeu mais três documentos sobre as condições da maior praça esportiva paraense: de Segurança, Sanitário e Higiene, e Acessibilidade e Conforto.

A partida entre Remo e Tapajós está marcado para domingo, 3, a partir das 16h, com a presença de torcida apenas do lado B do Mangueirão, ainda pela primeira rodada do Campeonato Paraense 2019, já que o Mangueirão foi interditado depois que parte do reboco caiu sobre o setor de cadeiras.

O novo tropeço corintiano

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Pra não esquecer a poesia

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E se a força é tua ela um dia é nossa

Olha o muro, olha a ponte, olhe o dia de ontem chegando

Que medo você tem de nós, olha aí MPB4

“Pesadelo” – Paulo Cesar Pinheiro / Mauricio Tapajós

Homicida preso recebeu escolta de luxo para ir a enterro do pai

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O contraventor Rodrigo Coelho David, condenado a 16 anos e quatro meses de prisão por homicídio e cumprindo pena na Penitenciária Bandeira Stampa, no Complexo de Gericinó, contou com uma escolta de luxo para ir à cremação de seu pai, Ricardo Duarte David, no dia 25 de outubro deste ano. Dois chefes do Serviço de Operações Especiais (SOE), órgão responsável pelo transporte de presos no estado, foram pessoalmente levar Rodrigo no Memorial do Carmo, no Caju, localizado a quase 40 quilômetros do complexo, com uma viatura oficial.

No mesmo dia em que o homicida se despediu do pai, o SOE deixou de levar 28 presos para emergências médicas e outros seis para audiências na Justiça justamente por falta de carros disponíveis para o transporte. A corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) abriu uma sindicância para investigar o caso. Os dois servidores responsáveis por fazer a escolta – Pedro Wallace da Silva, Diretor do SOE e Marcelo Pate de Barros, Chefe do Grupo de Serviço de Escolta do SOE foram exonerados dos cargos na última quarta-feira.

Apesar da previsão legal da saída, chamou atenção da corregedoria que os responsáveis pelo transporte tenham sido os principais chefes do SOE, além de uma viatura ter ficado à disposição do preso por seis horas num momento em que é frequente a falta de carros para transporte de presos pela secretaria, o que tem sido motivo de frequentes reclamações de juízes criminais. Rodrigo deixou o complexo de Gericinó numa Hillux do SOE por volta das 10h40 do dia 25 e retornou pouco antes das 17h. Todos os envolvidos na saída do preso serão ouvidos pela corregedoria da Seap.

A defesa de Rodrigo chegou a pedir autorização no Plantão do Judiciário, no dia 24 de outubro, mas teve o pedido indeferido pela juíza Angélica dos Santos Costa. Em sua decisão, a magistrada afirmou que caberia ao diretor do presídio permitir ou não a saída, segundo a previsão da LEP. (Do jornal Extra)

Kfouri: “Pena de Lula? Pena do Brasil”

O jornalista Juca Kfouri escreveu, em sua coluna no UOL, sobre o escândalo envolvendo o ex-presidente Lula, que recebeu autorização nesta quarta-feira (30) para ir ao velório de seu irmão apenas 20 minutos antes do enterro.

No artigo, Juca afirma que Lula tem sido vítima de arbitrariedades sem fim desde o dia em que foi conduzido coercitivamente para dar um depoimento sem ter sido intimado anteriormente.

Foi condenado num processo que o mundo do Direito, fora do Brasil, considera um escândalo.

E o impediram de concorrer em eleição que liderava nas pesquisas.

Agora uma juíza de primeira instância e um desembargador, com justificativas infames e ao arrepio da lei, negaram que comparecesse ao sepultamento do irmão mais velho.

(…)

Quem festeja tamanha violência e desrespeito à lei é incapaz de imaginar que pode ser a próxima vítima do arbítrio.

Mas, por que tanto ódio?

Pelo medo despertado pela liderança de Lula. Pena de Lula?

Pena do Brasil, de sua justiça seletiva e dos desprezíveis que apoiam tais barbaridades.

Rock na madrugada – Wander Wildner, Naquela Noite Ela Chorou

Trivial variado da Justiça sem juízo

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“Primeira vez que vi uma juíza pedir permissão da Policia para cumprir um dispositivo de lei federal e ela acatar a ordem policia”. Cristina Andrade

“Judiciário não reconhece em Lula um cidadão portador de direitos. Para essa sub juíza, Carolina Lebos, e a turminha de Curitiba o ex presidente deve ser proscrito da face da Terra. Todos, um dia, vão ter que prestar contas ao povo brasileiro por seus atos. São todos criminosos”. Wadih Damous

“Que medo é esse q o e a Lava Jato têm de Lula se encontrar com o povo brasileiro? Justificativa de fuga de Lula é absurda. O presidente poderia estar asilado, mas resolveu enfrentar de frente a perseguição desumana que está sofrendo. “. Erika Kokay

“Lula pediu pra cumprir a pena perto de casa, Art. 103 da LEP, não deixaram. Pediu para ir no enterro de um amigo. Não deixaram pois a Lei em seu Art. 120 permite a saída para pai, mãe, irmãos. Pediu para ir no enterro do irmão. Não deixaram, pois é longe. O que é isso?”. Ricardo de Oliveira Francisco

“Os piores seres humanos elegeram os piores seres humanos para governar o Brasil”. Lula Alexandre Sanches

“Moro está mais preso que Lula. Virou protetor de miliciano. Perfeito para um juizeco de merda”. José de Abreu

“Lula não pode ir ao velório do irmão para não fazer um ato político. Meu amigo, Lula estar na cadeia é um ato político, Lula impedido de ir ao velório é o maior ato político que ele poderia fazer. Ele não precisa de outro comício: o impedimento é o maior comício que ele poderia fazer”. Wilson Gomes

“Sinceramente, entendo que a relação com Lula, que nunca foi jurídica, transbordou do político e se tornou pessoal.” Fernando Haddad

Agressão aos direitos de Lula repercute na imprensa internacional

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A decisão da Justiça brasileira que impediu que o ex-presidente Lula acompanhasse o sepultamento de seu irmão, nesta quarta-feira (30) repercutiu em vários países do mundo.

jornal inglês The Guardian apontou em sua manchete: “Brasil: permissão para Lula assistir ao funeral do irmão chega tarde demais”. O jornal destaca que os tribunais inferiores rejeitaram o pedido por acreditarem que “sua presença no funeral poderia atrair uma grande multidão”.

francês La Provence lembrou: “Lula, preso desde abril, não pode comparecer ao funeral de seu irmão”. A agência espanhola EFE também enfatizou que o Judiciário negou pedido de Lula para comparecer ao funeral.

canal de TV holandês RTL 5 também deu destaca para o assunto e citou a declaração do cantor Chico Buarque em solidariedade ao ex-presidente. “Toda minha solidariedade com Lula e meu desgosto por justiça, seu cinismo e covardia”, disse Chico.