
Com o cartaz pacifista, John Lennon e Yoko Ono posam na escadaria do escritório da gravadora Apple em Londres, no Natal de 1969.

Com o cartaz pacifista, John Lennon e Yoko Ono posam na escadaria do escritório da gravadora Apple em Londres, no Natal de 1969.

“O povo americano está farto de ver que toda a riqueza vai para os 1% mais ricos. O povo americano quer saber por que não pode pôr os seus filhos na universidade. O povo americano quer saber por que os EUA são a única grande potência que não dá proteção de saúde ao povo”.
Bernie Sanders, pré-candidato democrata à presidência dos EUA.

Robert De Niro ouve orientações do diretor Martin Scorsese durante as filmagens de “Taxi Driver”. Nova York, 1976.
Pensando no torcedor santareno e querendo promover uma grande festa na abertura do Campeonato Paraense, a diretoria do Tapajós decidiu manter o preço dos ingressos para o jogo contra o São Raimundo em R$ 20,00 para as arquibancadas e R$ 30,00 para o setor central. Os valores deveriam aumentar neste sábado, 30 de janeiro, mas a direção optou por manter o mesmo preço que vem sendo comercializado desde a última quarta-feira, 27.
Neste sábado, as entradas só serão vendidas na bilheteria do estádio Colosso do Tapajós, a partir das 9h. Também serão disponibilizadas as meias-entradas no valor de R$ 10,00 para os estudantes, que terão que apresentar as carteirinhas no ato da compra e na hora de entrar no estádio.
Crianças até 10 anos têm direito à gratuidade e precisam estar devidamente acompanhadas dos pais ou responsáveis para entrar no estádio. Os idosos, a partir de 60 anos, também não pagam ingresso se apresentarem a carteira do idoso.
Delegação
A delegação do Tapajós está concentrada desde a noite de sexta-feira, 29, no Hotel Açay, na Avenida Cuiabá. O grupo sairá de lá à tarde para o estádio Colosso do Tapajós, onde enfrentará o São Raimundo a partir das 18h. (Da Ascom/Tapajós)
Post de @gersonnogueira.



POR FERNANDO BRITO, no Tijolaço
Acho que se poderia pensar numa inversão de papéis, diante desta barbaridade feita pelo promotor Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo, de chamar o ex-presidente Lula a depor na condição de “investigado” nesta história já enfadonha do apartamento no Guarujá.
Seria esclarecedor se o interrogado fosse não Lula, mas o promotor. Ajudaria se o moço – cujo auxílio-moradia de quase 5 mil reais, pago pelos cofres públicos, dá para alugar um triplex bem pertinho do que acusa Lula de ter (duvida? olhe o anúncio aqui) e ainda pagar o condomínio – explicasse, afinal, sobre que o ex-presidente.
Lavagem de dinheiro? Que dinheiro? Obtido onde, por quais meios, em quais negócios?
Por ter uma cota na cooperativa que construiu o prédio que daria direito a comprar um apartamento, declarada no IR, e não ter exercido o direito?
Ocultação de patrimônio? Que patrimônio, se o dito apartamento nunca foi de Lula ou de sua família?
Por ter ido ver o apartamento?
E se a OAS, que é dona do imóvel quisesse emprestá-lo, cedê-lo a Lula, há crime?
Lula não é servidor público desde 1º de janeiro de 2011 e, desde então, não tem sequer impedimentos legais ou éticos em ter qualquer relação com empresas.
Eu tenho metade de um apartamento, deixado por minha mãe. Nele, moram minhas sobrinhas, que fazem faculdade no Rio e, como meu irmão mora em Cabo Frio, precisam ficar por lá? Óbvio que não vou cobrar “aluguel” dele ou delas: está cedido e eu ainda pago as cotas extras de condomínio, porque fica pesado. Sou um criminoso? Elas são criminosas?
Lula é pessoalmente acusado de ter praticado algum favorecimento à OAS? Ou é na base do “alguma coisa ele fez”?
Perguntas básicas que, infelizmente, nunca são feitas.
Porque não interessam nesta abjeta tentativa(tentativa, digo eu? ação consumada é mais apropriado) de criminalizar, a qualquer custo uma liderança política, a mais destacada que este país teve em décadas. Basta odiar, achar um vizinho que odeie, um porteiro que diga “sim, seu doutor, ele esteve lá, inclusive seguraram a porta do elevador”.
Não acontece nada, estão livres para atropelar, abusar, desmoralizar as pessoas a partir do “ah, eu acho que aí tem coisa”.
É o “estado da direita”, de uma corporação policialesca, que perdeu as estribeiras e o mais raso senso de equilíbrio. Viraram os delegados da roça: “manda pegar e levar lá na delegacia que eu quero conversar com este sujeitinho”.

POR PAULO NOGUEIRA
A Lava Jato perdeu o pudor.
O nome Triplo X, referência sibilina ao mítico ‘Triplex do Lula’ é um acinte. Está claro que se trata de erradicar não a corrupção – mas de caçar Lula.
Fosse outro o propósito você não teria um ataque tão sistemático a Lula enquanto um homem como Eduardo Cunha borboleteia, livre para armar as delinquências em que é mestre.
Era mais honesto batizar a operação como Caça Lula.
Os suíços entregaram de bandeja documentos que comprovam corrupção em níveis pavorosos de Cunha. Ele mentiu, sonegou, inventou desculpas aberradoras e usou até a palavra ‘usufrutuário’ para tentar encobrir sua condição de dono de milhões na Suíça.
Não foi apenas isso.
Depoimentos de fontes variadas coincidiram em relatar ameaças de paus mandados de Cunha contra pessoas que pudessem dizer coisas comprometedoras contra ele.
Vídeos mostraram expressões aterrorizadas de delatores ameaçados por homens de Cunha. Parecia coisa de Máfia. Falaram até na família. Em filhos. Disseram que tinham o endereço para a retaliação.
Não foi um depoimento nesse gênero. Foram pelo menos três, dois de delatores e um de um deputado que era um problema para Cunha na Comissão de Ética que o julga.
Que mais queriam? Que um cadáver amanhecesse boiando num rio?
E as trocas de emails com empresas beneficiárias de medidas provisórias?
Com esse conjunto avassalador de evidências, Eduardo Cunha aí está, na presidência da Câmara, ainda no comando de um processo viciadíssimo que pode cassar 54 milhões de votos.
Cadê a Polícia Federal? Cadê Moro? Cadê uma operação realmente para valer para investigar as delinquências conhecidíssimas de Cunha.
Nada. Nada. Nada.
É uma bofetada moral inominável nos brasileiros. É a completa desmoralização da política.
Enquanto a vida é mansa para Cunha, para Lula é uma sucessão infindável de agressões.
Virou piada que até ser amigo de Lula se caracterize como algo capaz de incriminá-lo. Mas coloquemos o adjetivo certo: é uma piada repulsiva.
Um apartamento banal numa praia banal – a cidade plebeia do Guarujá – adquire ares de uma propriedade suntuosa que Lula jamais poderia comprar. É um tríplex, uma palavra feita para impressionar e ludibriar a distinta audiência.
Não interessa se quatro ou cinco palestras de Lula seriam suficientes para comprar o apartamento. Não interessa se ele tem documentos que comprovam que ele não comprou, afinal, o imóvel.
O que importa é enodoar a imagem de Lula. Caracterizá-lo como um corrupto, um ladrão, um monstro de nove dedos. O maior vilão da história do Brasil.
Alguém – PF, Moro, imprensa – deu um passo para saber se a residência de Eduardo Cunha é compatível com seus rendimentos de deputado? Alguém apurou se ele tem condições de bancar uma vida de fausto para a mulher, à base joias e extravagâncias como aulas de tênis no exterior?
Ninguém.
É um país doente aquele que protege Eduardo Cunha e investe selvagemente contra um homem que cometeu o pecado de colocar os excluídos na agenda nacional como nenhum outro desde Getúlio Vargas.
Estamos enfermos – e Moro e sua Lava Jato são sintomas eloquentes dessa nossa deformação moral.

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