Grêmio levanta bandeira da volta do mata-mata

Por Gustavo Fraceschini, do UOL

Mal chegou ao Grêmio, o presidente Romildo Bolzan Júnior avisou que quer uma mudança radical. Por ele, os pontos corridos que dominam desde 2003 voltariam a dar lugar ao mata-mata. E quando o comandante de um clube deste porte entra na discussão, o Fla-Flu recomeça. Mas além de discutir o que é melhor, cabe a pergunta: O que o presidente do Grêmio precisa fazer para que o Brasileirão volte a ter finais?

O caminho é longo e passa, fundamentalmente, pela vontade política. Bolzan, aparentemente, começou sua campanha sabendo disso. “Conversei com presidentes de clube e vários deles mostraram interesse pelo debate. A Federação Baiana pediu alterações, com quem conversei houve ressonância. Conversei com o Fluminense, com o Vasco, com o Internacional. Temos de fazer o debate. Pode haver turno e returno, pode haver turno único, mas buscamos equilíbrio maior e capacidade de empolgação da torcida”, disse o dirigente em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Só que não é fácil identificar quem está de cada lado nessa briga. As razões para cada uma das escolhas variam. Quem quer playoffs e finais diz que o sistema atual é cansativo e amplia a distância entre grandes e pequenos. Quem pede pontos corridos defende que ele dá mais meritocracia e permite um calendário mais seguro e homogêneo, com o mesmo número de jogos para todos os envolvidos.

Um outro fator, porém, pesa bastante. Em geral, quem está ganhando quer manutenção, enquanto quem está perdendo pede o contrário.

“Somos contra a volta do Brasileiro no módulo de mata-mata. O desejo do clube é de manter o formato atual de pontos corridos”, disse Benecy Queiroz, supervisor de futebol do bicampeão Cruzeiro. “Mata-mata é na Copa do Brasil, no Brasileiro é retrocesso. Acho difícil que os clubes daqui apoiem isso”, disse Delfim Peixoto, presidente da Federação Catarinense, que emplacará quatro clubes na Série A em 2015.

“Tem de haver um modelo híbrido, com pontos corridos até determinada fase e quadrangular final. Mantém o critério de mérito e no final vai permitir o que todo mundo gosta, que são os jogos decisivos. O modelo puro e simples dos pontos corridos está superado”, disse Evandro Carvalho, presidente da Federação Pernambucana, que só tem o Sport na elite.

“Temos que aprofundar esse assunto. Ainda não tive acesso ao documento que o Grêmio faz essa proposta.  É uma proposta para se analisar. O importante disso tudo é ver os números, resultados. Se for algo bom para o futebol não vejo problemas, mas se for ruim serei contra”, estuda Carlos Eduardo Pereira, presidente do Botafogo, que em 11 anos de pontos corridos soma dois rebaixamentos e, no máximo, uma ida à Libertadores.

Quem decide, como organizadora da competição, é a CBF, que até o momento parece disposta a manter os pontos corridos. Só que ela pode ser influenciada pelos clubes, caso haja um movimento consistente, ou pela Globo, que em anos anteriores já manifestou sua preferência pelo mata-mata.

Essa indefinição deixa alguns clubes e federações à deriva. Boa parte dos envolvidos fica distante da discussão, esperando o momento certo de opinar. A maioria dos grandes, porém, sinaliza preferência pelos pontos corridos. Se o movimento gremista vingar, a CBF não terá muito trabalho legal para mudar.

O Estatuto do Torcedor exige que qualquer mudança tem de ser feita no ano seguinte, e com aprovação do Conselho Nacional do Esporte, órgão do Ministério do Esporte que é composto de funcionários da pasta e representantes da sociedade civil. A pasta, em transição por conta da chegada do novo ministro, não comentou o assunto com a reportagem do UOL Esporte. Quem está no meio, no entanto, indica que um pedido da CBF não deve ser barrado pelo órgão.

A volta do mata-mata exigiria, em última instância, um “drible” no Estatuto do Torcedor. O texto, de 2003, exige que pelo menos uma competição de âmbito nacional tenha sistema de disputa “em que as equipes participantes conheçam, previamente ao seu início, a quantidade de partidas que disputarão, bem como seus adversários”. Em tese, o trecho seria uma amarra aos pontos corridos. Ainda que a questão seja polêmica, há quem defenda que nem isso impediria uma mudança.

“Isso não impede que tenha mata-mata. O artigo é para que não tenha mudança de tipo de classificação durante a competição. Se a gente tiver hoje um mata-mata, você define antes do começo o sistema de disputa. Isso já atende o que tem no estatuto. Você vai saber que vai jogar no mínimo 38 vezes, mais duas ou quatro rodadas na fase final”, disse Gustavo Delbin, advogado e presidente do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo.

30 comentários em “Grêmio levanta bandeira da volta do mata-mata

  1. Eu acho que a volta do mata-mata é inexorável. A bacada da bola é forte e pode mudar o Estatuto. O mata-mata faz parte da cultura brasileira e não há como mudar isto. mesmo eu que sou contra, devido ao amadorismo do futebol brasileiro, que só começou a se profissionalizar depois dos pontos corridos, reconheço que, cedo ou tarde, ele voltará. Será um retrocesso inevitável.

    Curtir

  2. Não tenho nenhuma dúvida e sou plenamente a favor da volta do mata mata ou pelo menos a volta das históricas finais e semi finais dos tempo áureos do futebol brasileiro. Esse fórmula “justa ” tida por muitos atualmente, é na na verdade muito sem graça, injusta discriminatória e está enterrando o futebol brasileiro. Chego a afirmar que o Cruzeiro foi o bi campeão mais sem graça de toda so tempos no nosso futebol. A decisão da primeirona perdeu de 10×0 em emoção para a decisão da Copa do Brasil e pior ainda até a decisão da pobre terceira visão foi mais emocionante até certo ponto que a primeirona entre Cruzeiro e Goiais e da segundona Joinvile e outro time que nem lembro. putz. Podem observar que depois desse sistema de pontos corridos na principal competição do país, nosso futebol gigante se tornou pequeno a ponto de uma derrota de 7×1 da seleção brasileira numa copa do mundo jogando em casa, tenha sido prevista até por um brasileiro que acertou o palpite e ganhou o bolão milionário. Em outros tempos o cara seria taxado de louco. Pior é que num momento que se luta severamente contra qualquer tipo de discriminação no Brasil, no esporte essa fórmula de pontos corridos com 20 clubes discrimina centenas de equipes grandes e tradicionais de nosso futebol que tem condições de estar nessa primeira divisão, como ocorria antigamente e nosso futebol era o melhor do mundo. A discriminação também ocorre terrivelmente na distribuição de renda onde os clubes poderosos em minoria chegam a abocanhar uma cota bilionária de patrocínio enquanto os clubes menores participantes ficam a a migalha. Isso também é muito injusto e torna a concorrência desleal e ninguém se toca nisso. Essa fórmula é tão escrota que até gigantes favorecidos por ela como o Grêmio começam a se rebelar contra. tem de acabar mesmo. O caso é que quiseram imitar o futebol europeu e sem necessidade porque naquele tempo das grandes decisões como finais e semifinais( Atletico e Flamengo 1980, Vasco e Flu 1984, Flamengo e Santos 82, Botafogo e santos 95, São Paulo e Corinthians 90, Inter e Corinthians 76, etc. ) o nosso futebol era muito grande e precisava apenas de alguns ajustes e organização no calendário para continuar sendo o melhor do mundo. imitação do futebol europeu deveria ser sido só na maior organização. Mas não precisariam imitar tanto e mudar tanto nosso futebol para comparar com o europeu.

    Curtir

  3. Penso diferente de você, Jota, para mim a volta do mata-mata é reconhecer que o esporte é simplesmente show business, é aceitar que o esporte deve lidar com a imprevisibilidade… O chato pontos corridos é apenas ranço de um modelo colonialista que tomamos como melhor, porque alguém de um país dito civilizado nos disse que era mais justo (por sinal a competição do espanhol é intragável, só existe dois clubes lá)… Enfim, nós tivemos e temos nosso modelo de competição que nos fazia forte (notaste que a queda dos times e seleção vieram depois da adoção dos pontos corridos?, acho que não é por acaso), você disse, o mata-mata é parte da nossa cultura, muitos querem de volta… um modelo misto é o ideal.

    Curtir

  4. Aceitar a imprevisibilidade do esporte não tem nada a ver com business. No basquete americano, no football, no hockey sobre o gelo, no baseball, no tênis, golf, surf, etc., quase sempre os melhores vencem, praticamente não existe imprevisibilidade e há show business.

    Curtir

  5. A queda do futebol brasileiro deve-se à falta de revelações, não à fórmula de pontos corridos. O futebol alemão, disputado em pontos corridos há cem anos, deveria ser fraquíssimo se essa fórmula fosse maléfica aos clubes. Os estaduais são mata-mata e estão falidos. A copa do brasil é mata-mata e não é nenhuma campeã de audiência. Há um óbvio interesse da TV em mudar a fórmula, basta ver a choradeira do Milton Neves. E o objetivo real não é “melhorar” o nível da competição, mas recolocar os times de RJ e SP novamente no topo, nada mais. Porém o futebol mudou. Cruzeiro e Atlético têm tudo para continuar dominando o futebol brasileiro nos próximos anos e de nada adiantará a mudança.

    Para voltar ao mata-mata, os times terão de escolher. Se a primeira fase for em turno e returno, como hoje, não existem mais oito datas para os jogos eliminatórios. Se reduzirem a primeira fase à metade, aí é a TV que não vai concordar, pois paga por trinta e oito rodadas e não somente a metade. Os patrocinadores também não vão gostar, pelo mesmo motivo. E até os clubes terão motivos para reclamar, uma vez que sua bilheteria cairá também pela metade.

    Curtir

  6. Nem sempre o melhor vence, Jota. Vence na maioria das vezes, nisso eu tenho que concordar. Por sinal, você não trata como imprevisível a vitória do jovem tenista australiano sobre o Touro Miura Rafa Nadal no slam da Inglaterra? Ainda sobre o imprevisível, a final entre Spurs e Miami, NBA, ano passado e retrassado foi muito boa, os dois times tinham o mesmo nível, qualquer um poderia ganhar o anel… Isto não é imprevisibilidade?

    Curtir

  7. Com todo respeito Davi, penso que é incrível esse nosso vício colonialista de achar que o do fulano ou do beltrano é a melhor fórmula…

    Outra coisa, pergunto: qual foi a competição mais emocionante do ano (tirando a copa)? A resposta é óbvia. A copa do Brasil (a final foi ruim, pois a Copa do Brasil não pode ser arrastada até o final do ano, ja que alguns times chegam desgastados fisicamente).

    Sobre os clubes alemãs, é preciso dizer que na década retrasado falávamos da falta de rejuvenescimento do selecionado alemão que era (e ainda é) invadido por jogadores de outras nacionalidades, mudou por conta da federação e seu poderoso investimento na base.

    Curtir

  8. Sobre o campeonato brasileiro tenho um ponto de vista particular que penso ser aderido por alguns:

    1) Campeonato com 20 representantes não é brasileiro, nosso país é continental, muito maior que Espanha, IItália, Inglaterra, Alemanha e Portugal, nossos colonizadores em todos os aspectos, logo o brasileiro deveria ser com 40 clubes.
    2) Não existe justiça no brasileiro, pois as cotas desnivelam os times.
    3) Caminhamos para o domínio exclusivo do eixo sul e sudeste, não apenas pelo poder aquisitivo, eles tem menor desgaste físico, o que conta muito hoje.

    Curtir

  9. Só uma perguntinha, é o Grêmio ou o Felipão?

    Hoje o melhor campeonato do Brasil pra se revelar jogador, chama-se Taça São Paulo de futebol junior, que agrega times de todos os lugares do Brasil.

    Querem fazer no Brasil, o que se faz na Europa, não dá!

    Penso que as séries A e B com 32 clubes, divididos em dois grupos de 16. Se classificando 4 de cada grupo e formando 8, se matando até o fim.

    Se acabaria com a série D e se faria uma série C com 64 times, na 1° fase se faria 32 grupos, na segunda 16 grupos, os oito melhores faria um minicampeonato até se conhecer os que subiriam ( 4 ) e o campeão.

    Mas formulas como essa minha e a do amigo Lira, fazem mal a Globo e aos gananciosos do futebol brasileiro.

    Curtir

  10. Sob essa perspectiva, o campeonato americano tinha que ter 100 clubes e o campeonato lusitano 5. Nada a ver. Sim, há distribuição despripircional nas cotas de tv. Quanto às vitórias dos spurs e do Murray, nada mais normal. Os spurs mantêm um elenco há séculos, pra vc ter uma ideia Splitter está sendo trabalhado há anos para substituir T. Duncan e o time de L. Lames era só ele, praticamente, tanto que a saída dele pro Cavaliers já fou suficiente pra diminyir o nível da equipe. E como joguei tênis e sei que um adversário teoricamente mais fraco pode vencer o oponente, se o cara por exemplo estiver com um problema físico. Aliás o jogo de Nadal é essencialmente físico, ao contrário de Murray. E o domínio do sul e sudeste é óbvio pela organização também, além do poderio econômico. Por isso o Goiás tem sobrevivido na elite. Com pouco dinheiro e muita organização, eles conseguem se manter no topo, ao contrário dos baianos e pernambucanos, muito desorganizados ainda. Seria uma beleza ver Naça, Remo, Moto, Desportiva, Fast, Madureira etc. no brasileirão A, sqn.

    Curtir

  11. Acho que quando se fala pura e simplesmente em mata-mata se busca uma generalizacao ou simplificacao com omintuito de prejudicar a tese daqueles que nao se entusiasmam com o formato que a disputa vem se desenvolvendo nos ultimos anos – os pontos corridos.

    Na minha opinião o do que precisa o futebol brasileiro em todas as divisoes dos campeonats nacionais é da emoção dos jogos de culminância onde dois times tenham chances de chegar ao título, como por exemplo finais de turnos e eventual finalissima do campeonato. E tal, na minha opinião resultaria numa formula hibrida ou mista como ja defendido no post e pelo celira. Nao seria retrocesso, mas apenas resgate da emocao perdida.

    Curtir

  12. Sou totalmente a favor da volta das decisões ao Brasileirão!

    Jota, discordo em parte quanto a inferioridade dos Heat em relação ao Spurs. Claro que James era peça fundamental. E o será sempre em qualquer time que esteja atuando. Mas pra quem também dispunha de Wade, Bosh e Allen, não poderia jamais tomar as surras que vimos nas finais de 2014. Pra mim, a grande diferença estava nos bancos. Enquanto Popovich é um gênio das estratégias no baloncesto e dos maiores de todos os tempos, Spoelstra não passa de um treinador comum. Só pra completar, acho que em 2013, os Heat deram sorte…

    Voltando ao futebol, penso que mais 3 datas seriam suficiente pra equacionar a questão. Um domingo, uma quarta feira a noite e outro domingo. Explico, Brasileirão normal em 38 rodadas como é hoje, uma semifinal em jogo único (1º contra 4º, 2º contra 3º, com as melhores campanhas com a vantagem do mando de campo e do empate) e a final em 2 jogos, ida e volta, com as vantagens para a melhor campanha no geral. Simples, muito simples de fazer isso.

    Basta querer!

    Curtir

  13. Se colocarem mais 3 datas, serão mais rodadas. Até a cbf está vedando que o atleta participe de uma determinada quantidade de jogos. A solução pro mata mata é dividir em grupos mesmo ou diminuir a quantidade de clubes na série A. A fórmula de mata mata, seja qual for, será prejudicial a longo prazo. Isto porque em primeiro lugar está a tv, depois a cbf, depois os clubes, depois os patrocinadores e em último o torcedor. É por isso que querem mudar.

    Curtir

  14. Jota, apesar de nunca ter jogado tênis (esporte que tenho muita vontade de praticar e gosto de assistir) ja vislumbrei algumas zebras tanto em Federer como Nadal… Por sinal, o primeiro Slam de Guga foi uma grande zebra e uma semana espetacular do catarinense (mesmo sabendo da qualidade dos que fazem parte do top 100).

    Curtir

  15. Sobre NBA, em 2013 Miami ganhou o título naquele jogo que venceu quando tudo parecia perdido para os Spurs, já 2014 foi um passeio dos Spurs com apresentações soberbas de Leonard.

    Curtir

  16. Todo inicio de temporada é a mesma coisa…assunto requentado esse da volta dos mata mata….CBF deve implantar na C e D os modelos da A e B…so nao fez ainda sabe lá por quê…

    Curtir

  17. Minha defesa de campeonato brasileiro éana linha do Edson. Série A e B com 32 clubes divididos em dois grupos de 16. Os quatro primeiros de cada grupo disputariam um play-off com dois jogos em casa e um fora, de acordo com a classificação. Subiriam os oito e cairiam oito (quatro de cada grupo)

    Curtir

  18. Simples Edmundo, os jogos da C e D tem média menor do que mil pagantes… Para que financiar um campeonato deficitário? A série B somente não é deficitária pelo patrocínio, pois a média de público é baixíssima.

    Curtir

  19. Retorno do mata x mata para o Brasileirão de pontos “sem graça” corridos? Mais uma cortina de fumaça, uma jogada pra torcida pra encobrir os principais problemas do futebol brasileiro: incompetência e insolvência dos clubes em termos administrativos e a pobreza técnica e tática dos times no campo de jogo. A fórmula de disputa de nosso campeonato-mor é o bode expiatório da vez? As finais da Copa do Brasil deste ano foram as mais chinfrins dos últimos anos mesmo com Cruzeiro e Atlético MG duelando pelo cetro. Logo, a fórmula não é o problema. O calendário é outra pedra de tropeço do nosso futebol.
    A Argentina está aderindo ao calendário de temporadas, reinante no mundo esportivo desenvolvido e subdesenvolvido do críket ao tênis, do rugby ao futebol. Será que o mundo está errado e nós estamos certos? Por que o campeonato brasileiro é tão sem graça mesmo tendo a maior diversidade de campeões enquanto os certames inglês e alemão, com uma diversidade bem menor de campeões, são disputados e empolgantes? Mal futebol. Esse é o nosso aleijão e a causa dos 7 a 1, não o boi de piranha da fórmula de disputa de nosso maior certame.

    Curtir

  20. Edmundo, a lei determina que uma competição seja nos moldes de pontos corridos. O texto do Gerson explica. Teria que mudar a lei. Mata mata não dá pra conhecer o adversário. Eis o texto do Estatuto:
    Art. 8. As competições de atletas profissionais de que participem entidades integrantes da organização desportiva do País deverão ser promovidas de acordo com calendário anual de eventos oficiais que:
    (…)
    II – adote, em pelo menos uma competição de âmbito nacional, sistema de disputa em que as equipes participantes conheçam, previamente ao seu início, a quantidade de partidas que disputarão, bem como seus adversários.
    Ah e parabéns ao Daniel Malcher.

    Curtir

  21. Sem dúvida Carlos Lira, no sexto jogo, quando da cesta de 3 pontos do Ray Allen!

    Bundesliga empolgante, Daniel? Com o Bayern atropelando quase todos os anos?? Ganhando com rodadas de antecedência??? Ok, o Dortmund andou incomodando um ano ou outro, mas no todo, é sempre mais do mesmo… Premier League apenas tem mudado os personagens ano a ano. No máximo 2 ou 3 brigam pelo título, de fato. Espanhol, então, é triste… Português, idem. De resto, em todos eles, os demais apenas se amontoam num enorme grupo chamado coadjuvantes, em que alguns brigam pra não cair e os outros ficam no meio da tabela.

    Ser ou não um campeonato de pontos corridos, não vai fazer do nosso futebol melhor ou pior.

    Curtir

  22. Quer dizer que os europeus estão errados? Essa é boa. Vai sim Israel, futebol não é só dentro de campo. Com os pontos corridos os clubes podem se planejar e saber o que vão fazer o ano inteiro. Aliás, qual a maior gozação dos bicolores em relação aos rivais? Eles (os bicolores) tem calendário e Maia pode, dentro das limitaçoes orçamentárias, montar um time para várias competições (é claro que pode cair na copa do brasil e na verde, que são mata-mata e no final da B, que também é mata-mata). Os outros (remistas), além de não ter série, não se pode dar ao luxo de planejar, porque, ainda que se classifiquem para a D, podem cair e vão também cair na copa do Brasil, mas vão disputar pelo menos a Verde. Se o Remo cair na primeira rodada de ambas as competições, vai fazer o que no resto do ano? A propósito, leiam o artigo do Kfouri no blog dele.

    Curtir

  23. Verdade Lira! Saí dando soco na porta quando a bola caiu…rsrs Torço para o time de Duncan, Ginobili e Parket

    Jota, você não me entendeu! Eu não estou dizendo que não se deva ter calendário definido, isso é bem óbvio. Tanto quanto o futebol não evolui somente dentro das quatro linhas. O que estou dizendo é que a fórmula utilizada, desde que decidida com antecedência e consentimento dos clubes, independe. O planejamento deve e vai ocorrer do mesmo jeito. Sendo o campeonato com 38 rodadas, somente em um turno ou em grupos, tanto faz.

    O que o dirigente precisa saber é quais e quantos campeonatos vai disputar e em que períodos. Em uma equipe realmente profissional monta-se time para temporadas, a médio e longo prazo, não somente porque naquele ano se jogará a Libertadores ou a Série C. Esse é um pensamento imediatista que só afunda nossos clubes cada vez mais, com contratos alavancados e inflacionados.

    Além do mais, não faltam exemplos de sucesso de competições com mata-mata e playoffs ao redor do globo para ilustrar ou dar veredito final que campeonatos de pontos corridos são solução e/ou exemplo único de organização para nosso país.

    Curtir

  24. Para os que são a favor do sistema do sem graça ponto corrido no Brasil, afirmo que só para iniciar a conversa, o sistema de semi final e final já começa ganhando pela emoção sem dúvida.Outra que num país de dimensão continental como o Brasil, com falhas grotescas no serviços de transportes, hotelaria etc, a fórmula de pontos corridos com 38 rodadas, a distribuição desigual da cota entre os poucos participantes da elite torna essa competição uma concorrência muito desleal ou benéfica em favor de uns poucos privilegiados ou totalmente inviável para um país como o nosso. Na Europa isso deu certo porque porque lá tem país menos que Região Metropolitana de Belém, a estrutura é muito grande em todos os sentidos, a distribuição da cotas de patrocínio aos clubes é infinitamente mais justa que no Brasil e muito alta, e o número de clubes profissionais de porte médio é grande não chega à metade dos que temos no Brasil, onde muitos clubes médios é grandes que estavam acostumados a sempre estarem em evidência na primeira divisão, faziam grande campanha, hoje estão cerceado desse direito por causa da redução para 20 clubes na primeirona e muitos já fecharam ou estão fechando as portas porque um clube não pode viver sem competição. Eu comparo esse sistema injusto de pontos corridos com 20 clubes no Brasil igual aquele tempo em que o número de de vaga nas universidades públicas era limitadíssimo através da seleção do vestibular e muitas pessoas de talento envelheciam, morriam no sonho de cursar uma universidade sem conseguir realizar o sonho. A coisa chega a ser tão injusta que o Botafogo na segundona, vai receber uma cota de patrocínio maior que a soma de todos os clubes das terceiras e quarta divisão e maior que a soma que receberão a grande maioria dos clubes que participarão da segundona. Como pode um Paysandu da vida concorrer com um Botafogo em 38 rodadas, onde o Bota vai levar 50 milhões do bolo, fora as rendas e outras receitas enquanto o clube do Pará vai ter de se conformar com apenas 2, 5 milhões para administrar a competição até o fim do ano?? é desigualdade pura. E por favor metam na cabeça que esse sistema não partiu da CBF e foi uma imposição do clube dos 13 que mandava e demandava no futebol brasileiro causando essa discriminação e enterrando nosso futebol com essa fórmula de disputa.

    Curtir

  25. Entendi sim, vc que não entendeu. Os campeonatos existem. A participação dos clubes é que não é previsível. Se cair na primeira rodada, vai fazer o quê? O campeonato está rolando o ano inteiro e o time caiu lá no início. Vai planejar como? Só se fizer tudo pontos corridos e chega na final e faz mata mata. Aí cai por terra a alegação da falta de emoção e de público, além da chatice. Mata mata de verdade é champions, copa do mundo ou uefa, onde há grupos. Ou o mata mata deles também está errado…

    Curtir

  26. E para não alongar muito a conversa o melhor sistema para o Brasil é quele que foi implementado na década de 80 com sistema de grupos , semi final e final 44 clubes na primeira, 44 na segundona e o resto na terceira. Tem de voltar.

    Curtir

  27. Israel, o Bayern ser poderoso é um problema dos alemães. Inclusive acredito que o poderio financeiro dos bávaros realmente prejudica a competitividade da Bundesliga. Mas também me referi ao bom futebol quando falei em competitividade. Engraçado, o estadual do Pará há décadas tem ficado nas mãos de Paysandu e Remo, é disputado em charcos que nem de pasto deveriam ser chamados que dirá chamá-los de gramado, os times são sucatões semiprofissionais, predomina o mal futebol e todos acham um barato. O certame alemão e inglês, com alguns dos maiores times do mundo, bom futebol e ritmo de jogo alucinante, por sua vez, são
    “modorrentos”… vá entender.

    Curtir

  28. Quem dera se voltasse mesmo o mata-mata. Pontos corridos só funcionam mesmo na Europa, onde os países não são continentais e um campeonato de 20 times está de bom tamanho. Para mim, o melhor mata-mata do mundo é o da NFL (futebol americano), tanto em estrutura quanto em emoção.

    Curtir

Deixe uma resposta