
“I said at the end of the last tour that I’d see you next time. I said I was going to get back to you. Well, I got back!”.
Após três anos, Paul volta aos palcos na próxima semana, abrindo a turnê Got Back.

Marcos José Soares de Almeida será o árbitro do clássico Re-Pa deste domingo, 20, às 17h, na Curuzu. Ele faz parte do quadro da FPF e pertence à nova geração de árbitros paraenses. Será o segundo clássico comandado por Marcos José. O primeiro foi no ano passado, valendo pelo Parazão e vencido pelo Remo (4 a 2). Na ocasião, no auge da pandemia, a partida foi disputada sem torcida. Desta vez, a pressão será maior, pois o estádio receberá torcida única – a Fiel bicolor.
Terá como assistentes Luís Diego Nascimento Lopes e Rafael Ferreira Vieira, ambos da CBF. O quarto árbitro será Bruno Luiz Vieira da Luz, do quadro da FPF.
“O Botafogo é o cara que está passando fome sem saber se vai comer no dia. De repente chega alguém e oferece um prato de comida. Aí vem o comentarista: não sei se é uma boa, não tem salada no prato. Não parece saudável”.
Gabriel Onofre, professor
“Este é Gylmar Santos, o goleiro campeão de duas Copas do Mundo, 58/62, que arrastava suas glórias canarinhas pelos corredores sombrios do DOI CODI, ao som dos que agonizavam.
Leiam na sequência o relato do Blog do Juca Kfouri.

“Gylmar era despachante do DOI-CODI”, afirma Adriano Diogo. “Andava pelos andares da delegacia onde se torturavam e matavam presos.”
Gylmar foi o goleiro bicampeão mundial pela Seleção Brasileira, em 1958/62, pelo Santos, em 1962/63, e campeão do 4º Centenário pelo Corinthians.
Até hoje é considerado o melhor goleiro brasileiro e é ídolo tanto do Santos quanto do Corinthians. Morreu em 2013, aos 83 anos
“DOI-Codi foi o Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna, órgão do Exército, de inteligência e repressão nos tempos da ditadura. Nasceu em São Paulo, da chamada Operação Bandeirante, a Oban, que prendia, torturava e muitas vezes matava os opositores do governo militar na sua delegacia na rua Tutóia.
Adriano Diogo, 72 anos, passou 90 dias preso na Oban, onde foi barbaramente torturado, em 1973.
Com a redemocratização elegeu-se vereador e deputado estadual pelo PT e presidiu a Comissão da Verdade de SP.
“Ao ficar tanto tempo preso no mesmo lugar você cria proximidade com os carcereiros e eu vi o Gylmar nos corredores da delegacia muitas vezes. E perguntei: ‘Mas aquele não é o ex-goleiro Gylmar?’. Foi assim que soube o que ele fazia”.
“Ao sair da prisão, Diogo investigou mais a fundo o que significava ser “despachante do DOI-Codi”.
O que descobriu, além do que viu, é estarrecedor.
“Ele também esquentava a documentação de carros apreendidos em capturas de opositores pela Oban e vendia carros da GM, Opalas e Chevettes, para militares e delegados sem cobrança de impostos, por meio de autorização especial obtida por ele no governo federal.”
“Pelos bons serviços prestados à ditadura, e à General Motors, ganhou uma imponente concessionária da multinacional no Tatuapé 10/14 “…, por meio da qual favorecia amigos da repressão em parceria com Ricardo Izar, seu cunhado e deputado que apoiava a ditadura”.

Gylmar sempre revelou perfil conservador, embora só agora passado tão infame tenha vindo à luz, fruto da condenação de seu filho, Marcelo Izar Neves, 55, por injúria racial.
Ao discutir com um vizinho, Marcelo Neves, dono de camarotes em estádios de futebol, disse: “Por isso que os judeus se foderam na vida, Hitler estava certo, a raça de vocês, judeus, não presta”, e foi condenado a um ano de prisão, pena revertida para prestação de serviços à comunidade.
Gylmar também gostava de circular no andar de cima da cartolagem, tanto na FPF, que assessorou no começo da década de 1970, quanto na CBF. Doutor Sócrates contava que, em excursão da Seleção Brasileira, certo dia recebeu “visita surpresa” no quarto comandada exatamente por Gylmar: “Acho que ele esperava me encontrar sentado tomando cerveja e me encontrou deitado lendo. Ficou todo sem jeito e foi embora”.
“Nada que se compare a ter servido ao regime que matou 473 opositores sob proteção do Estado.”
Nunca esquecer.
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Fonte do texto: https://blogdojuca.uol.com.br/2022/02/a-surpreendente-triste-e-repugnante-historia-do-idolo-gylmar-dos-santos-neves
Na mosca.
POR GERSON NOGUEIRA

O anúncio ocorreu ontem, mas o torcedor do Remo ainda desconhece os principais detalhes do contrato de cessão da área do antigo Carrossel, pertencente ao terreno onde se localiza o estádio Evandro Almeida, ao empresário franqueado da marca Gustavo Kuerten no Pará. Em nome da transparência, o valor do negócio deve ser revelado.
Por ora, é possível fazer uma ideia do valor do aluguel pelos investimentos que o empresário Antônio Mergulhão Netto está fazendo na área. Inicialmente, será aplicada a quantia de R$ 1,2 milhão para colocar de pé o complexo comercial e de lazer no prazo de 30 dias.
Serão 12 lojas e quatro quadras da franquia Gustavo Kuerten, o Guga, campeão e ídolo do tênis brasileiro. O contrato terá duração de cinco anos e, quando expirar, todas as benfeitorias feitas ficarão para o Remo. Na esquina das avenidas Almirante Barroso e Antônio Baena já funciona uma farmácia em local também cedido pelo clube.
As obras do novo empreendimento começaram nesta semana, com os alicerces para a construção do complexo de lojas e limpeza para as quadras de tênis e beach tênis. Parte do muro de acesso ao Carrossel está sendo demolido e operários já trabalham no local.
Ao revelar o fechamento do negócio, o presidente Fábio Bentes destacou a importância do aporte de novos recursos com a cessão da área. Com a perda da receita (em torno de R$ 10 milhões) do Brasileiro da Série B e a volta à Série C, o clube precisa de receita para poder suportar o chamado “custo Remo”.
O custo Remo é a reunião das diversas despesas mensais do clube, com futebol profissional e outros departamentos. No momento, segundo Fábio Bentes, o valor é de cerca de R$ 800 mil mensais e o clube enfrenta dificuldades para garantir patrocínios e outras fontes de faturamento.
Para agravar a situação neste início de temporada, o desempenho instável do time no Campeonato Paraense não tem empolgado a torcida, o que se reflete no baixo comparecimento aos jogos, sem atingir a receita esperada.
Um detalhe da negociação com Antônio Mergulhão Netto interessa diretamente ao torcedor azulino: o centenário pórtico encravado no paredão da Almirante Barroso será mantido intacto, conforme termos estabelecidos em contrato. O projeto da obra é do arquiteto Camillo Delduque.
O pórtico é a peça histórica que chegou a ser arrancada durante a madrugada, a golpes de picareta, por ordem do ex-presidente Amaro Klautau em 2010, que defendia a venda do Baenão ao primeiro que chegasse com dinheiro na mão e uma área para instalar o novo estádio.
AK chegou a apresentar, sob aplausos de muitos, uma gambiarra virtual da futura Arena do Leão no bairro do Aurá, às proximidades do lixão. À época, mesmo sob ameaças, a coluna criticou o negócio e denunciou os riscos de danos ao patrimônio do clube.
Sócios, conselheiros e beneméritos custaram a entender a manobra, mas finalmente puseram fim à aventura com a revelação de que a avaliação do patrimônio havia sido subvalorizada.
Ricardinho: dúvida e preocupação no Papão
Grande destaque do PSC no Parazão, o volante/meia Ricardinho é dúvida para o Re-Pa de domingo. Ele saiu lesionado da partida contra o Itupiranga, na quarta-feira, e está sob tratamento intensivo para garantir escalação. Peça-chave no meio-campo bicolor, o experiente jogador se transformou na principal atração do campeonato.
Com boas atuações e dois gols marcados na competição, Ricardinho pôs abaixo as muitas dúvidas que cercavam sua contratação. Depois de uma participação pífia no Botafogo durante a Série B 2021, o jogador de 36 anos chegou a ser visto como uma aposta de risco.
O comprometimento, a liderança e a categoria em campo desfizeram toda e qualquer desconfiança, além de assegurar a Ricardinho a admiração da Fiel bicolor, que já o tem na conta de ídolo neste início de temporada.
Pode-se dizer que hoje Ricardinho é a principal referência do time de Márcio Fernandes, fazendo o time render mais quando está em campo e deixando uma lacuna difícil de ser preenchida sempre que está fora – como no empate contra o Tapajós, na quinta rodada.
Até as pedras do cais sabem que Ricardinho estará em campo, domingo, às 17h, para enfrentar o Remo na Curuzu. A dúvida real é se ele estará em plenas condições para suportar um jogo que se presume de forte marcação.
Brasil x Argentina: a marca do atraso nos atos da Fifa
Depois de cinco meses, o Comitê Disciplinar da Fifa finalmente anunciou sua decisão em relação ao polêmico jogo Brasil x Argentina, de setembro do ano passado, suspenso por intervenção direta dos fiscais da Anvisa, que fizeram cumprir o protocolo sanitário em relação à covid-19.
O episódio, marcado pelo lado extravagante da interrupção da partida depois de apenas alguns minutos de bola rolando, levou a Fifa a realizar uma longa investigação da ocorrência, a fim de determinar as responsabilidades pela suspensão da partida válida pelas Eliminatórias.
“Com base nas regulamentações aplicáveis, o Comitê Disciplinar decidiu que a partida deve ser jogada novamente em data e local a serem decididos pela Fifa”, explica o breve comunicado.
A conclusão do comitê aponta para a enxurrada de falhas e omissões por parte dos envolvidos com a partida. Por isso, a CBF levou multa de 500 mil francos, pelo fato de ser responsável pelo jogo e ter falhado na segurança.
A Associação Argentina tomou 200 mil francos de multa, no que pareceu uma medida ligeiramente injusta, afinal ela foi a causadora da confusão. Ambas terão que pagar uma multa extra de R$ 50 mil francos pela suspensão (e prejuízos decorrentes) do jogo.
Os argentinos Buendía, Martínez, Lo Celso e Romero pegaram gancho de dois jogos por descumprimento do Protocolo Internacional de Retorno ao Futebol. A sensação é de que a Fifa levou tempo demais para tomar uma atitude que parecia óbvia desde o início do imbróglio.
(Coluna publicada na edição do Bola desta sexta-feira, 18)
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