
Por Alberto Helena Jr.
Na balança que embala esse Dérbi decisivo, a Fiel deverá ter um peso extra.
Assim como, no jogo da volta, o grito de Avante, Palmeiras! certamente ecoará no Parque com a força de um gol definitivo.
Digo isso porque em clássicos como esse, ainda mais valendo taça, o emocional muitas vezes acaba sendo o fator decisivo. E, com as restrições atuais à presença de torcedores do time visitante, ainda mais.
No plano técnico, é inegável que o Verdão, graças à excelência de seu elenco (isso, no atual contexto do nosso frágil futebol doméstico), está mais bem equipado do que o Timão. Este, porém, entra em campo com o moral nas nuvens. Não só porque já venceu o rival no último encontro entre os dois, como também porque acaba de passar pelo São Paulo movido pelas asas da esperança que se esvaía até o último minuto de jogo.
O diabo não está na alma alvinegra e sim no corpo. Tanto, que Carille decidiu adiar o anúncio da equipe principal para a hora do jogo, já que a tropa exaurida terá de ser passada em revista pelo médico antes.
É certo, porém, que Balbuena volta à zaga corintiana, o que é um alívio para a Fiel, pois o gringo joga um bocado.
Já do outro lado, na zona verde, Roger coça a cabeça nem tanto pra escalar este ou aquele, pois há um grande equilíbrio nesse aspecto no elenco palmeirense. Sua preocupação confessa é escolher a tática certa, baseada nos ensinamentos que colheu depois da derrota por 2 a 0 para o rival na fase de classificação do Paulistinha.
Resumindo: todo cuidado é pouco.
Hummm… Isso me cheira à velha máxima caipira: arrecua os arfos, matuto!
Espero, para o bem geral das nações verde e alvinegra, que assim não seja, em nome do belo espetáculo que ambos podem proporcionar neste sábado.