Verdão domina a grade da TV na Libertadores

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O Palmeiras geralmente é um dos clubes que mais tem o que reclamar quando o assunto é número de jogos na TV aberta. Mas, ao menos na Libertadores, o torcedor palmeirense não deverá ter motivos para reclamações. Sem os principais rivais na disputa, o time alviverde virou o verdadeiro ‘rei’ do horário da TV aberta.

Segunda a tabela divulgada pela Conmebol na última sexta-feira, o Palmeiras terá todos os seus seis jogos no horário considerado nobre, às 21h45 (de Brasília) de quarta-feira. Assim, a tendência é que todos eles tenham transmissão da TV aberta.

O número é para lá de considerável. Ainda mais se levarmos em conta que em 2016, com o Corinthians na disputa, o Palmeiras teve apenas dois jogos no horário – contra cinco dos rivais alvinegros.

Além do Palmeiras, o Flamengo também terá seus seis jogos da fase de grupo às 21h45 de quartas-feiras. Os dois, aliás, atuam nos mesmos dias em cinco das seis rodadas, o que leva a acreditar que terão transmissões simultâneas para as duas principais praças do país (São Paulo e Rio de Janeiro).

Curiosamente, porém, quem pode ter o maior número de jogos no horário nobre é outro time. O Atlético-PR pode ter nada menos que sete jogos. Para isso, porém, precisa primeiro passar do Milionários (COL) na segunda fase prévia e depois se classificar à fase de grupos vencendo também seu confronto na terceira preliminar.

Assim, os paranaenses teriam os quatro jogos da fase prévia e ainda mais três da fase de grupos (sendo dois deles justamente contra o Flamengo), às 21h45 de quartas-feiras.

Por outro lado, o Grêmio foi completamente ‘ignorado’ e não terá nenhuma de suas partidas no ‘horário nobre’. Atlético-MG, Chapecoense e Santos têm um jogo cada. Já o Botafogo teria as suas quatro partidas da fase prévia, mas não teria mais nenhuma caso se classificasse na fase de grupo. (Da ESPN)

Título brasileiro custou R$ 100 milhões ao Palmeiras

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O Palmeiras divulgou nos últimos dias aos seus membros do Conselho Fiscal o balancete do mês de novembro, onde é possível ver todos os gastos do clube em seus departamentos. No futebol, enquanto a equipe confirmava o título do Brasileirão depois de um jejum que durou 22 anos, os gastos ficaram em cerca de R$ 100 milhões desde a chegada do técnico Cuca.

O treinador foi o responsável por montar o time que sobrou na Série A, vencendo a competição com antecedência e larga vantagem para os demais concorrentes.

Em abril, primeiro mês de Cuca no cargo, os gastos foram de R$ 5.595.030,00 em salários de atletas, mais R$ 1.542.014,00 com ganhos da comissão técnica e R$ 3.655.729,00 em direitos de imagem.

Ainda deve se somar ao montante outros R$ 19.583,00 com marketing do futebol, R$ 112.922,00 com administração do departamento, R$ 79.927 com funcionários do CT da Barra Funda e R$ 71.055,00 com a equipe que faz assessoria de imprensa do time.

No total, portanto, o primeiro mês de Cuca no clube teve gastos salariais de R$ 11.076.604, em operação que não inclui os gastos com os profissionais das categorias de base – se incluisse, o valor teria o acréscimo de aproximadamente R$ 500 mil.

Os gastos são parecidos nos meses seguintes. Em maio, por exemplo, foram R$ 6.035.394,00 em salários de jogadores, R$ 1.491.343,00 à comissão técnica de Cuca e outros R$ 2.655.336,00 em imagem.

O mês de novembro, que teve a confirmação do título brasileiro do Palmeiras após 22 anos de jejum, teve os seguintes gastos: R$ 5.675.387 em salários de atletas, R$ 1.159.043 à comissão técnica, R$ 3.503.614 em direitos de imagem, R$ 94.571 aos funcionários do CT da Barra Funda, R$ 51.242 à assessoria de imprensa do futebol, R$ 89.989 ao setor administrativo e R$ 19.374 ao marketing, totalizando R$ 10.592.220.

De abril a dezembro, com Cuca, o Palmeiras gastou aproximadamente R$ 100 milhões apenas em salários. Mas valeu a pena: o clube voltou a gritar “campeão” no Brasileirão, fato que não acontecia desde 1994, e retornou à Copa Libertadores da América. No ano que vem, o treinador do time alviverde será Eduardo Baptista, que em 2016 treinou a Ponte Preta. (Da ESPN)

Papão estabelece teto para folha salarial no primeiro semestre de 2017

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Para encarar quatro competições em 2017, o Paissandu elaborou um planejamento financeiro que terá perfis diferentes nos dois semestres. No primeiro, quando participará do Campeonato Paraense e da Copa Verde, os investimentos no time de futebol serão bem inferiores ao segundo, quando se realizam a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão. Isso significa que o clube irá montar um time para os primeiros seis meses e outro para a segunda metade do ano.

Por enquanto, o orçamento prevê uma folha salarial com elenco e comissão técnica de R$ 600 mil mensais para o começo do ano. O presidente eleito Sérgio Serra manifesta a esperança de que as contratações para Parazão e Copa Verde sejam bem-sucedidas, o que diminuirá os encargos para a Copa do Brasil e a Série B.

A montagem do elenco para os primeiros meses do ano já seguem o planejamento delineado pela diretoria, com a aquisição de quatro jogadores regionais e valorização de atletas da base. De fora, devem ser trazidos apenas sete atletas. Os novos atletas se juntarão aos 13 que ficaram desta temporada (entre os quis, Leandro Cearense, foto acima), com contratos renovados ou em vigor até o final do ano que vem. (Com informações de Nildo Lima/Bola)

Um balanço da temporada

POR GERSON NOGUEIRA

Nos últimos dias da temporada 2016, a coluna aproveita o recesso futebolístico para abrir espaço à opinião de alguns leitores ilustres a respeito do futebol paraense – realidade e projeções para 2017. Logo de cara, os comentários de Aldo Valente e Adil Bahia.

unnamedAldo Valente, pesquisador do Instituto Evandro Chagas e desportista em tempo integral, concentra inicialmente suas baterias na situação do Remo. “Por todos os lugares que viajo o grito é o mesmo: quando o Clube do Remo vai acordar? A rivalidade entre Paysandu e Remo foi a alavanca para a formação de gerações de torcedores apaixonados nos dois lados, principalmente da região nordeste do Pará. Exemplos de rivalidade que fizeram os grandes clubes crescer estão sempre à vista, como nos Estados do Sudeste e, aqui mais perto, Pernambuco, Ceará e Bahia, e ao sul como o Paraná. O fenômeno mais recente é Santa Catarina, onde a rivalidade foi forjada com uma belíssima estrutura administrativa, financeira e logística dos clubes como Avaí, Joinville, Figueirense e a Chapecoense”.

Quanto ao futebol paraense, Aldo indaga: “Então por que não eu? O que falta para o futebol paraense caminhe sem ilhas de exceções, mas de maneira sóbria, homogênea e duradoura num crescimento de aprimoramento e aproveitamento daquilo que ele tem de melhor que é a paixão de sua torcida¿ O que se esperar de um futebol que cronicamente não incentiva, prestigia e não utiliza sua categoria de base? Aponte-me um único jogador dos clubes intermediários que tenha sido revelado nos últimos 10 anos! Só um já me consolaria”.

Quanto ao Papão, louva o trabalho do grupo político que preside o clube, mas faz ressalvas. “Eu tenho convicção que o novo presidente do PSC dará continuidade às metas estabelecidas pela Novos Rumos. O presidente Maia fez um ótimo trabalho, e enumerar os feitos aqui seria uma redundância. Mas poderia ter feito melhor e começaria reconhecendo que as excessivas contratações de jogadores pernas de pau que aqui vieram para o bem bom de salários em dias foram a sua grande falha. Que esses erros não se repitam hoje e que o presidente Serra acerte mais tenha o devido (e difícil) equilíbrio de respeitar a liturgia do cargo e se desprender da vaidade, reconhecer que pode (e vai) cometer erros e tenha postura de receber as boas e a críticas mais ácidas”.

Aos interioranos, Aldo pede que “os clubes da minha Santarém e dos demais municípios do Pará não entrem neste vicioso ciclo de contratações dos mesmos e insossos jogadores de temporadas passadas. Valorizem o intermunicipal, dos campeonatos das ligas do interior”. Volta ao Remo para um lembrete final: “Desejo que seus novos dirigentes se deem respeito. Que dirijam o Leão como se dirigissem o orçamento de sua casa, com austeridade e responsabilidade. Somente assim, terão o respeito da Nação Azulina e dos simpatizantes do glorioso e combalido Clube do Remo”.

O segundo comentário é do jornalista Adil Bahia, chefe de Redação da RBATV, também convidado a fazer uma análise sobre o futebol do Pará:

“A cada ano, os clubes paraenses pecam desde as contratações de atletas que beiram à mediocridade até as rescisões que somam novas e astronômicas dividas. Em 2016, nada foi diferente. Por isso o fiasco a cada nova competição. Quem já viu grandes nomes vestirem as camisas de Remo, Paysandu e Tuna, por exemplo, não pode se contentar em assistir em campo clones mal acabados de ‘Imperadores’ e ‘Ronaldinhos’ que, de uns tempos pra cá, não vêm sendo exemplos de profissionalismo em lugar algum. Uma dica para os dirigentes que assumem agora. Invistam, invistam bem, pois as torcidas garantem estádios lotados e ótimas receitas. Estamos sendo ‘engolidos’ por centros de menor tradição, mas enorme dose de ousadia e marketing esportivo”.

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Bélgica, um fenômeno bancado pela Fifa

Sai a atualização anual do ranking da Fifa e a polêmica começa logo pelo topo. A Argentina lidera, embora tenha atravessado um ano cheio de turbulências. Não se sabe como conseguiu ficar em primeiro lugar. O Brasil, graças ao trabalho impecável de Tite, surge em segundo lugar, com a Alemanha em terceiro. O Chile é o quarto colocado e, em quinto, a surpreendente Bélgica, que não vence torneios internacionais e não tem qualquer tradição de conquistas em mundiais. O fato é que todo ano, faça chuva ou granizo, os belgas estão bem posicionados no ranking, como se fossem filhos queridos de dona Fifa. Vá entender.

(Coluna publicada no Bola desta segunda-feira, 26)

Rock na madrugada – Velvet Underground, Rock & Roll

2016 foi um ano digital para os jornais diários tradicionais brasileiros

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Do PODER360

O ano de 2016 ficará marcado pelo avanço das assinaturas digitais nos principais títulos jornalísticos diários no Brasil.

Neste ano de 2016, de janeiro a novembro, 11 dos principais jornais do país ganharam 90.965 assinantes digitais. É um avanço considerável comparado a 2015, quando houve estagnação na venda do produto online.

O problema dos jornais está na perda contínua de assinantes que consomem o produto em sua versão impressa.

Houve uma redução de 123.932 assinantes de jornais impressos de janeiro a dezembro de 2016.

Ou seja, na soma geral, neste ano, o meio jornal perdeu 32.967 assinantes (90.965 novos leitores assinantes digitais contra 123.932 que abandonaram a versão em papel).

Não é 1 quadro muito positivo. Mas, sem o avanço do digital, o cenário poderia ser ainda pior.

Em números absolutos (saldo da perdas e ganhos no impresso e no digital), só 3 títulos dos 11 considerados nesta reportagem ficaram no azul até agora: “Globo” (saldo de 16.717 novos assinantes); “Estadão” (ganho de 8.476) e “Folha” (7.487). Como se observa, os números ainda são modestos. Eis quadro comparativo:

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A situação ganha um contorno mais dramático quando se observa que o valor da assinatura da edição impressa é maior do que a da edição digital. Eis 5 exemplos:

CORREIO BRAZILIENSE

Impresso + digital – R$ 55,17/mês
Só digital – R$ 19,90/mês

ESTADÃO

Impresso + digital – R$ 54,90/mês
Só digital – R$ 19,90/mês

FOLHA DE S.PAULO

Impresso – R$ 93,90/mês
Só digital – R$ 29,90/mês

GLOBO

Impresso + digital – R$ 39,90/mês
Só digital – R$ 29,90/mês

VALOR ECONÔMICO

Impresso + digital – R$ 66/mês
Só digital – R$ 37,50/mês

EM 2 ANOS, PERDAS CONSISTENTES

O avanço do online em 2016 é um alento para a indústria do meio jornalístico. Em 2015, houve estagnação inclusive na plataforma digital. Alguns títulos chegaram a perder assinantes nas versões impressa e digital.

Como 2015 foi 1 ano ruim para essa indústria, o quadro de assinantes de janeiro de 2015 a novembro de 2016 (23 meses) é bem negativo para todos os 11 jornais analisados nesta reportagem.

Apesar de alguns ganhos pontuais no digital, a perda geral foi de 229.103 assinantes nesse período de 23 meses.

O destaque negativo ficou com o “Estado de Minas”, no vermelho nas versões impressa e online. A curiosidade é o “Valor”, cujo saldo positivo em 23 meses totalizou 9 assinantes. Eis os dados:

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Os jornais costumam divulgar métricas diferentes sobre audiência. É comum ouvir que o número de visitantes únicos ou de páginas vistas tem batido recordes.

A audiência é vital para o sucesso de 1 veículo, sobretudo porque os jornais de qualidade vivem também de sua capacidade de influir nos debates sobre os grandes temas nacionais. A dificuldade, entretanto, está em rentabilizar esse tráfego de leitores que já existe para os principais títulos.

Uma das formas parece ser a venda de assinaturas digitais. Não está claro, entretanto, quando a curva de rentabilidade com assinantes online vai compensar a perda de venda do produto impresso.

Um dos principais veículos diários do planeta, “The New York Times”, está há alguns anos avançando na venda de assinaturas digitais. As estatísticas mais recentes mostram o “Times” com mais de 1,3 milhão de assinantes nessa modalidade (leia o relato do próprio jornal).

Consultores em mídia digital acreditam que o “Times” estará confortável quando atingir perto de 3 milhões ou 1 pouco mais de assinantes online. Não se sabe quando essa meta poderá ser atingida.

No caso do Brasil, 2 títulos lideram a corrida digital. A “Folha”, com 167.353 assinantes online, seguida pelo “Globo”, com 148.730.

Os jornais brasileiros não costumam ser muito generosos na publicação de suas finanças e cálculos sobre quando pode haver o “break-even point” da operação digital. Ou seja, não há como saber qual é a meta de assinantes online dos principais veículos no Brasil para que a indústria possa novamente experimentar um período financeiramente robusto como nos anos 1980 e 1990.