Uma vez coxinha, sempre fascista. Dinho Ouro Preto puxa corinho pra louvar Moro e a galera de Salvador reage em cima do lance, vaiando a presepada e gritando “fora Temer”. Reaça teve que se explicar. Depois tirou a bronca incitando a plateia a xingar Renan Calheiros. O rock brazuca, definitivamente, não honra as calças que veste. (GN)
Blog do Gerson Nogueira 
Roqueiro braseiro pra honrar as calças tem que ser petista? Só na tua cabeça, Gerson.
Renato Russo, Cazuza e Raul Seixas morreram antes de serem chamados de fascistas. Nada mancha suas carreiras.
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Na minha cabeça, não, Gleydson. O conservadorismo está na cabeça dos expoentes atuais. Não me referi aos antigos, embora não ponha a mão no fogo por ninguém, mas pelo menos eram mais contidos e não expunham o reacionarismo que se vê hoje em Lobão, Dinho, Barone, Roger e outros. O problema é que o rock sobrevivente dos anos 80 no Brasil é formado quase majoritariamente por rebeldes sem causa, filhinhos de papai, mimadinhos da classe média alta.
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Exato, Gerson! O Rock brasileiro, de modo geral, é fruto de filhos de papai que se rebelavam contra as ideias dos pais. Salve raras exceções. Muito diferente dos filhos da ditadura que compuseram o movimento tropicalista. Estes, apesar de serem nascidas em bons berços, souberam o que é sofrer na mão de fascistas.
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*Terem nascidos em bons berços.
Ps.: Quando assisto as biografias destes camaradas, mais fico me perguntando: quanto bons compositores deram lugar a Lobão, Renato, Cazuza e companhia… (não que estes devessem deixar de existir). Esses só se tornaram o que eram, por que tinham acesso a músicas (entenda-se cultura) que o filho do pobre não tinha na época (viva a internet nesse sentido).
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Não me parece ser o rock. Mas, sim, alguns camaleões. Enfim, trata-se de mimetismo simples e sem graça, bem distante daquela complexa e saborosa metamorfose ambulante que conhecemos muito bem.
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