POR GERSON NOGUEIRA
Quem viu o Papão jogar na segunda à noite saiu com a convicção de que, com um mínimo de organização e ousadia, o time podia estar agora em situação muito melhor na Série B. Talvez não brigando pelo acesso, mas seguramente sem os aperreios e aflições vividos até aqui, sempre às voltas com o risco de ficar na zona da degola.
Bastou que o meio-de-campo e o ataque jogassem em sintonia, dividindo responsabilidades e abrindo espaços para o aproveitamento de jogadas ofensivas, para que a vitória fosse construída sem maiores atropelos.
É verdade que o primeiro tempo foi pouco produtivo, ainda refém de velhas práticas, como a lentidão excessiva na transição, o baixo rendimento dos laterais e a postura muito recuada de Tiago Luís. Em certos momentos, ficou a impressão de que a escalação não tinha sido suficientemente treinada. Erros de cobertura se repetiram e quase permitiram ao Bragantino chegar ao gol.
Depois do intervalo, o time se transfigurou. O trio de meio-campistas – Jonathan, Rodrigo Andrade e Rafael Costa – passou a se movimentar com mais rapidez e Tiago Luís apareceu mais avançado, dividindo tarefas com Leandro Cearense e o estreante Jobinho.
Foi o suficiente para demolir a retranca de Marcelo Veiga. O primeiro dos três gols foi um primor de jogada coletiva. Tiago Luís lançou Jonathan no chamado ponto futuro. Este cruzou nos pés de Jobinho, que só teve o trabalho de mandar para as redes e sair comemorando. O terceiro também foi exemplar do trabalho de equipe: Tiago recebeu cruzamento de Cearense e tocou de peito para Jonathan marcar.
E, ainda sobre a questão inicial, pela postura determinada de anteontem – mesmo com um time montado sem vários titulares –, soa esquisita e inquietante a trajetória desenvolvida pelo Papão no campeonato. Quando os jogadores certos são usados, com um objetivo bem delineado, as coisas acontecem.
Dado Cavalcanti usou um meio-campo inteiramente reformulado e, ainda que Rafael Costa tenha errado muitos passes, obteve uma dinâmica muito melhor do que com o quarteto de volantes usado no Recife. Jonathan e Rodrigo deram conta da marcação e da saída. No lado esquerdo, João continuou ineficiente, mas o ataque compensou isso com agilidade e deslocamentos inteligentes.
Jogos assim reafirmam a necessidade de uma atitude sempre destemida dentro de casa e pragmática (sem ser medrosa) como visitante. Com o vasto elenco que tem à sua disposição, incluindo jogadores que ainda nem estrearam, Dado pode formular diversas alternativas e sistemas, quase todos voltados para a ofensividade. Basta ter ousadia.
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Leão tem primeiro revés na tentativa de voltar à Série C
O STJD deu uma esfriada nas pretensões azulinas quanto ao retorno à Série C. O tribunal não aceitou o pedido de paralisação do campeonato até que o mérito do recurso azulino seja julgado. Foi um pequeno triunfo político do Botafogo-PB, cuja diretoria vem alardeando que conta com o apoio de ninguém menos que Marco Polo Del Nero.
Falta, porém, a parte mais importante do caso. A pauta de amanhã do STJD pode incluir a análise e julgamento do processo. Caso o Remo (e o América) seja bem sucedido, cria-se uma situação nova e um tremendo transtorno, pois a fase de mata-mata está prevista para começar na sexta, 30.
No Evandro Almeida, há outra preocupação. Com os acordos firmados com vários jogadores, o elenco sofreu um começo de desmanche, que pode deixar o técnico Waldemar Lemos em maus lençóis para a hipótese de ter que disputar a segunda etapa do torneio. Seria a chance também para que alguns renegados pudessem mostrar serviço. Magno, Edcléber, Tsunâmi, Héricles, Lucas, Chicão e Sílvio certamente teriam vez.
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Direto do blog
“Ao ver os melhores momentos, e levando em conta as observações dos analistas, é significativo ressaltar a destacada atuação do Jonathan, que estava posicionado como um atacante e deu o passe para o primeiro gol. No segundo, passe do Pelezinho para o Leandro Cearense e, no terceiro, gol do Jonathan, posicionado como verdadeiro centroavante. Assim, vê-se que volantes com maior movimentação fizeram a diferença no jogo, principalmente num time em que vários chinelinhos contratados como solução para a ausência de criatividade no meio de campo nunca conseguiram sequer se sustentar na equipe. Agora, é torcer para que o Dado seja um pouco menos medroso e tente fazer esse time jogar e conseguir chegar aos 45 pontos para garantir um 2017 na Série B, além do Paraense, Copa Verde, Copa do Brasil e Sul-Americana.”
José Eiró Alves, mais esperançoso após a vitória sobre o Bragantino
(Coluna publicada no Bola desta quarta-feira, 28)
A jogada do primeiro gol inicia com o Rodrigo Andrade entrando pelo lado esquerdo, achando o L. Cearense na meia lua fazendo o pivô, este recua para o Tiago, já pela meia direita, até chegar no jonnathan invadindo pela ponta direita. Ressalte-se que a jogada foi tão bem concebida que havia dois pra fazer o gol: Jobinho, o autor, e R. Andrade, aquele que iniciou a jogada.
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Quanto ao caso do Mais Querido, não enxergo essa boa fé na diretoria do Botafogo-PB porque não vejo como pode ser boa fé usar de procuração para contratar jogador. Ora, se o regulamento exige que o presidente do clube, ou o vice, assinem o contrato, por si, este artigo elimina a hipótese de procuração. Além do mais, como pode o presidente de um clube outorgar procuração para atos da presidência do clube, como contratar jogador? Por essa lógica poderia qualquer mandatário transferir uma decisão inerente ao cargo para particulares, alheios ao clube. O que aconteceu não é só grave porque feriu um artigo claro do regulamento do certame, mas porque vai contra o princípio de pessoalidade de exercício do cargo de presidente de uma entidade, afinal, foi ele eleito para dirigir e tomar decisões pelo referido clube na ação e ao se mostrar muito capaz de transferir uma responsabilidade privativa da presidência, outorgou certo poder sobre o clube a terceiros. Isso é muito grave.
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continuando…
E não é grave ainda porque teria infringido uma regra do certame e a do princípio de pessoalidade do exercício do cargo, mas tal ato pode ter alguma motivação escusa, pode levantar suspeitas sobre a administração do clube. É sim de se questionar a honestidade dessa atitude. Ao declarar a boa fé do clube, o julgador desconsiderou princípios éticos fundamentais muito claros que servem à administração de qualquer entidade. Onde mais essa atitude seria aceita? Imaginem isso numa empresa privada qualquer, se aos acionistas aceitariam tal coisa pacificamente. Ou no poder público. Imaginem que um prefeito resolva fazer isso para com questões do interesse do município e do povo. Acho que há explicações a dar por parte do presidente do Botafogo-PB e também da CBF e STJD.
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Enfim…
A atitude de eleger um procurador para decidir assuntos do clube, o que, insisto, é privativo da presidência nesse caso, mostra que confunde-se o cargo com o ocupante do cargo. Que outros tipos de procuração e em que outras oportunidades e para resolver que assuntos já podem ter ocorrido? Isso não é bom para a transparência da gestão em qualquer lugar.
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Penso da mesma forma, amigo Lopes. Pode não dar em absolutamente nada o recurso do Remo, mas é no mínimo esquisito ver um presidente outorgar (via procuração) direitos a um preposto para contratar jogador.
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Diretoria bicolor contratou, sem nenhum critério, uma carrada de jogadores de qualidade duvidosa. Perdemos uma grande oportunidade de acesso, em um campeonato de baixíssimo nível técnico. O segundo tempo do jogo contra o Bragantino não me empolga, o fraco time paulista é um sério candidato à disputa da série C de 2017. A meta é chegar aos 45 pontos e planejar, verdadeiramente, o próximo ano.
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Lopes a título de esclarecimento, quem passou a procuração não foi o presente do Botafogo, e sim o presidente do CSP. Eu enviei pelo MSN uma cópia da procuração ao amigo Gerson.
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Então entendi tudo errado, caro Miguel. Obrigado pelas informações. Então, deixa eu ver se entendi. O CSP passou procuração para que o tal procurador representasse o CSP diante do presidente do Botafogo-PB para que esses assinassem os papéis de transferência do jogador ao Belo? Foi isso? Por que se foi assim, talvez haja uma negociação oculta por aí… Uma coisa é a assinatura do contrato do jogador, outra é como a transação sobre direitos econômicos foi feita entre os clubes e aí se a CBF comporta esse tipo de negociação em seus regulamentos. Por que o presidente do CSP, ou o vice, não resolveu o assunto diretamente com os dirigentes do Belo? Esse amadorismo na direção do futebol brasileiro é que é o real culpado pelos 7×1 da Alemanha! E também um pouco o Felipão, né?… Mas essa forma de negócio pode sim conter alguma ilegalidade diante dos ditames sobre contratações de jogadores e transparência da gestão e aí ele estaria sim irregular não por aquele aspecto do regulamento da série C, mas por questões de ética… Mas, independente do que resolver o tribunal, queria mesmo era que o Remo tivesse feito um mísero gol contra o América-RN. Seria o suficiente. Voltar a campo, pra jogar contra o Guarani, e ser eliminado a segunda vez no mesmo campeonato é fazer história, uma história negativa… Melhor mesmo é pensar no que vai ser feito no ano que vem e ficar de olho nas eleições do fim do ano no clube. A torcida quer renovação, mas, pelo que tenho visto, livrar-nos daquelas múmias só mesmo no próximo centenário!
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Lopes um detalhe da procuração é que os procuradores fazem parte da diretoria do CSP e prevê que estes representem perante a FPF e CBF.
Eu não sou advogado para discutir com precisão o assunto mas se o amigo tiver interesse em ver o documento me informe um meio para que eu possa enviar ao amigo.
Um abraço.
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Olha amigos, se Internacional e o Cruzeiro caírem imagine o grau de dificuldade da próxima série B?
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Não é necessário, caro Miguel. Já entendi que isso vai dar em nada e acho melhor que seja assim mesmo, afinal, é preciso responsabilidade pra dirigir um clube como o Mais Querido. Que a gestão se preocupe sim com marketing, mas, também, com eficiência e transparência. Tanto lá pela Paraíba, como por aqui, no nosso Pará.
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Amigo Lopes, investida recursal como esta da gestão azulina, porque faz história negativa, só constrange o torcedor, que além da frustração natural de ver seu Clube não seguir na competição por uma sucessão de erros da diretoria ao longo do campeonato, ainda tem de suportar as encarnações da torcida rival listrada. Enquanto isso os gestores seguem aí já se preparando para mais incompetências.
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Amigo Gerson, você tem toda razão quanto listrado. Organização e ousadia foram os motivos do triunfo.
Mas, não podemos esquecer de um outro fator: a disposição., a vibração, a vontade, o ímpeto de fazer acontecer. Este, pra mim, foi o elemento fundamental.
Ano passado, a esta altura do campeonato, o fator disposição vinha deixando o campo. Este ano, ao contrário, ele está entrando em campo.
Aliás, o segundo gol dá uma amostra bem clara disso: o Cearense volta para ali bem próximo do círculo central para combater e roubar a bola do adversário, tocando-a para um companheiro, para recebê-lá de volta e arrancar para o rumo das redes do Braga.
Enfim, a$ motivações certas são imprescindíveis para que os jogadores possam assimilar melhor toda e qualquer tática de organização e ousadia do treinador.
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Gerson e amigos… pelo Ranking que fiz,com o Remo passando o Águia, Remo já está garantido na CV 2017 ao lado do PSC
CBF tá ajustando algumas competições e decidiu mexer na Copa do Brasil…
1- Clubes que disputam a libertadores,NÃO vão participar da CB.. Ou seja, na 4ª fase da CB,não entrarão mais esses clubes
2- Clubes que disputarão a Sul Americana 2017, NÃO poderão participar da Copa do Brasil 2017… No final desse ano, terão que fazer a opção por disputar a CB ou a SA…
– Como sabemos que o PSC disputará a SA e vai abrir mão da CB,que entrou por ser um dos 3 primeiros do Parazão 2016(Foi o Campeão, inclusive)…Isso fará com que o quarto colocado assuma a vaga do PSC na Copa do Brasil 2017…No caso, o Remo. Portanto..
PSC, em 2017
Parazão
Copa Verde
Sul Americana
Série B
Remo,em 2017
Parazão
Copa Verde
Copa do Brasil
Série C
Queeeeeee beleeeeeeeeeezaaaaaaaaaaaa, Titãaaaaaaaaaaaaaas
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Ou será que vai prevalecer a rivalidade e o Papão vai fazer a opção pela Copa do Brasil, pra tirar o Remo? Rsrs… Diabo é quem duvida, amigos
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Espero quer o Leão ser prepare pra 2017 pense grande é não pequeno com o AC ainda bem quer ele já vai Graças a DEUS
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Amigo Alessandro, defini,havia tempo, aqui e no programa TBP, na Rádio Clube, as torcidas de Remo e PSC..
A do Remo = É Fanática A do PSC= É Apaixonada
O fanático, só enxerga numa direção… Dentro de campo
O apaixonado,tem uma visão mais ampla… Dentro de campo, Parte administrativa, crescimento organizacional do seu clube,…
É por isso que o PSC tem grandes conquistas, participou de libertadores, vai participar de uma SA,…E está 20 anos(Como falou Minowa) à frente do Remo
Remo, tem uma série C e tá longe,mas muito longe da parte adm que tem o PSC, hoje
Continue analisando o Remo, apenas dentro de campo… Enquanto ele não acaba
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Com todo respeito, essa definição sobre o perfil das torcidas é passível de equívocos, amigo Cláudio. Por natureza, torcidas têm perfis multifacetados. Além disso, não seria uma característica específica de seu torcedor que faria de um clube melhor ou pior administrado. No caso do Remo, há um problema mais grave e profundo: a não renovação de seus quadros dirigentes. Não esqueça que, há até 3 anos, o Paissandu era dominado por figuras tão ou mais nocivas que as existentes no CR. Ocorre que uma geração de novos conselheiros e abnegados tomou a frente, derrotou os velhos caciques e assumiu a gestão. Esta foi a diferença mais significativa. No resto, as duas instituições são muito parecidas – mais até do que gostariam.
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Veja,amigo Gerson,quando cito a definição das torcidas(isso,foi pesquisado e estudado,mas claro,devemos ter 30 % de um pra cada lado.. Nada é 100%), não é que ela fará ou não um clube melhor ou pior administrado, mas sim porque ela aceitará com mais facilidade essa situação o que facilitará o trabalho de sua diretoria.
No PSC, temos “velhos Cardeais” participando da Novos Rumos… Aguilerra, Rui Salles, entre outros… A diferença é que, no Papão, eles visam os interesses do clube, no Remo(sempre foi assim)eles visam interesses pessoais… É a grande diferença
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Entendo, amigo Cláudio. Quanto ao Papão, os novos conselheiros e executivos mandam no clube hoje. Os mais experientes abriram espaço e ficam nos aconselhamentos, mas a gestão é tocada integralmente pela nova geração, desde Vandick.
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