Coluna: Um começo promissor

Logo em sua primeira rodada o campeonato apresenta boas novidades. A surpreendente goleada do Independente Tucuruí dentro de Cametá. O empate obtido pela Tuna em Marabá e a re-virada do Paissandu sobre o Castanhal, na Curuzu. Jogos bem interessantes, com gols bonitos e lampejos de bom futebol que sinalizam para uma competição empolgante.
Sobre o Paissandu x Castanhal da manhã de ontem, destaques para Rafael Oliveira, Héliton e Billy, responsáveis pelos melhores momentos da equipe na partida. Sem eles, Sérgio Cosme estaria a essa altura buscando explicações para um tropeço dentro de casa.
Sim, o Castanhal teve chances de vencer. Sofreu um gol logo aos 12 minutos, mas foi predominante no restante do primeiro tempo. Só não estabeleceu uma vantagem folgada porque seus atacantes estavam apagados. Brilhou o meia Soares, que fez bons lançamentos, comandou o meio-de-campo ao lado de Flamel e ainda marcou duas vezes.
E, se o primeiro gol contou com a ajuda do imponderável – a bola resvalou na barreira antes de entrar –, o segundo veio com o carimbo inconfundível do craque. Chute longo, de fora da área, encobrindo completamente o goleiro Nei e caindo lá na gaveta. Lembrou muito aquele gol de Ronaldinho Gaúcho, na Copa de 2002, contra a Inglaterra.
Apesar do golaço e da vitória parcial, o Castanhal apequenou-se na volta do intervalo. Um pecado foi fatal: o técnico Luís Carlos Apeú decidiu trocar Helinho por Clóvis, fechando mais o meio-campo. Helinho não estava jogando bem, mas pelo menos prendia a marcação do Paissandu. Sem ele, a meia-cancha alviceleste teve a chance de adiantar-se e corrigir um grave erro da primeira etapa.
Sérgio Cosme já havia dado um jeito de melhorar o funcionamento do setor, recuando Alex Oliveira para o lugar ocupado por Marquinhos, que foi substituído por Héliton. Além disso, pôs Sidny e sacou Allax. Com poucos minutos de bola rolando, as modificações surtiram efeito. Rafael Oliveira empatou. Em seguida, outro erro terrível liquidou com as chances do Castanhal: o goleiro Ângelo aceitou um chute despretensioso de Alex Oliveira.
Desempatado o placar, o time se soltou e passou a jogar em velocidade, como não tinha ocorrido ainda na partida. Discreto, Sandro entrou para distribuir bolas no meio-campo e Alex se encarregou de organizar as ações. Rafael e Héliton partiram para cima da zaga castanhalense e, quase ao final, surgiu o quarto gol, depois de rápida jogada envolvendo Alex, Sidny e Rafael, que escorou para as redes. Do susto inicial, o torcedor passou à comemoração, mesmo sabendo que o Paissandu precisa evoluir bastante.
 
 
Quem também começou com o pé direito foi o Bola na Torre, que estreou ontem roupagem nova e cenário mais dinâmico. Sob a direção de Toninho Costa e apresentação de Guilherme Guerreiro, o programa campeão das noites domingueiras registrou mais de 450 mensagens SMS e excelente participação via Twitter. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 24) 

6 comentários em “Coluna: Um começo promissor

  1. Realmente um radada de surpresas. A bom retorno da Lusa ao Estadual, a expressiva vitória do Independenete e um 1º tempo péssimo do Payssandú por culpa do técnico. Esse jogo do bicolor me deixou bastante irritado apesar da vitória.

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  2. Explico o irritado: Por tudo que foi discutido neste blog a respeito de patrocínio sempre mal empregado pelos dirigentes e a desconsideração para com os clubes menores que fazem parte da história do futebol paraense.

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  3. Não é surpresa para ninguém, mas hoje estarei torcendo para a Pantera Assassina dar mais uma lição de moral no leãozinho. Paciência é que me resta pedir a oposição.

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  4. Aliás, amigo Gerson, o L C Apeú, estava tão perdido ontem, que falou que, se ele tirasse o Flamel, perderia a ligação, colocando o volante Clóvis.
    – Sinceramente, mas pelo porte físico, penso que esse Clóvis é aquele lançado pelo Valtinho no SR e, que na 1ª fase do Paraense, estava no Parauapebas, logo, ele é MEIA ATACANTE(LIGAÇÃO). Vou te dizer.

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  5. C. Berlli, nãoi estive na Curuzó logo não posso opinar sõbre o jogo mas posso dizer que o seu aborrecimento é igual a de um outro amigo bicolor que não voltou satisfeito com o que viu.

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