Panorama triste nos dois maiores clubes do Estado. No Remo, o atual presidente, Amaro Klautau, anuncia a disposição de continuar no cargo até o último dia. Teoricamente, para “cumprir até o fim” sua missão ” (qual?!?). Na prática, para atrapalhar os passos da nova diretoria, que define e resolve pendências, mas não pode formalizar nada porque ainda não está oficialmente investida no poder. Pior: AK ameaça esperar pelo repasse do empréstimo concedido pela CBF, que até agora só liberou 30% do total de R$ 1 milhão – talvez temendo que a grana tome outros caminhos nas mãos do ainda gestor. Aos novos dirigentes só resta esperar pelo fim do mandato do antecessor para, de fato, começar a agir.
No Paissandu, a situação é ainda mais alarmante. O técnico Sérgio Cosme ficou de desembarcar neste domingo à noite para assumir a equipe, que viaja na terça-feira para disputar o torneio em Paramaribo. Na Curuzu, reina a desolação entre os funcionários, que foram iludidos com a promessa de um vale de R$ 100,00 para a virada do ano. Todos esperaram até às 18h de sexta-feira, mas nenhum dirigente apareceu com o dinheiro ou, ao menos, explicações. O presidente segue ausente e seus auxiliares diretos não têm poder decisório.
Tanto Remo quanto Paissandu devem se convencer da imensa dívida junto aos seus torcedores, depois de uma temporada bisonha, perdida para a incompetência e a falta de critérios para gastar com jogadores e técnicos. E, pelo andar da carruagem, a temporada 2011 começa mais ou menos como os anos anteriores.

