



POR GERSON NOGUEIRA
Lento, dispersivo, pouco combativo e sem criatividade. A análise cabe nos três últimos jogos do Remo, incluindo o de ontem em Cametá, quando a fragilidade do sistema defensivo voltou a proporcionar sustos constantes aos torcedores. O gol logo no começo da partida deu tranquilidade, mas não funcionou como estímulo para uma atuação mais agressiva e envolvente.
Pelo contrário, a partir dos 30 minutos, o Remo evidenciou o desgaste provocado pelo forte calor e abriu ainda mais a defesa, sofrendo seguidos ataques do Cametá. Marcelo Maciel, Tony Love e Jailson conduziam a bola até próximo à área sem grandes dificuldades, repetindo o cenário da partida em que o Remo venceu o Parauapebas na quarta-feira.
Sem força pelas laterais e com um setor de marcação enfraquecido, onde Michel continua abusando da lentidão, o Remo correu inúmeros riscos. O Cametá só não chegou ao empate ainda no primeiro tempo porque seus atacantes exageravam em tentativas de penetração na área e erravam nas finalizações.
Antes do gol de Marco Goiano, aos 10 minutos, aproveitando rebote do goleiro Evandro após chute de Ciro, o Cametá já havia perdido grandes chances. Aos 3 minutos, quase saiu o primeiro, em saída errada de Fernando Henrique. Aos 4, bola cruzada da linha de fundo foi na cabeça de Jailson. Fernando Henrique se redimiu com excelente defesa. Aos 5, Jailson novamente apareceu na área, mas chutou por cima.
A pressão do Cametá acabaria surtindo efeito aos 8 minutos do segundo tempo. Depois de constantes ataques iniciados sempre pelo lado esquerdo, explorando as dificuldades de marcação do lateral Murilo, a bola foi cruzada na área e Jailson finalizou para as redes diante de seis defensores remistas.
O gol empolgou a equipe local, que seguiu fustigando e esteve perto de desempatar em momento dramático da partida, pois uma derrota excluiria o Remo da semifinal do turno. Leston Junior promoveu então a entrada de Yuri e Welton, tirando Goiano e Léo Paraíba, que já se arrastavam em campo.
A mexida funcionou. Yuri ajudou a fechar a avenida lateral direita, facilitando o bloqueio de Michel e Alisson no meio. Aos 32 minutos, em meio a uma saraivada de passes errados e muito chute pro mato, a bola passou por Eduardo Ramos e foi lançada para Ciro, artilheiro do campeonato (5 gols), que disparou forte, pelo alto, para desempatar o jogo, aos 32 minutos, depois de duas fintas rápidas em cima de um marcador.
A vitória foi suada e importante, pois põe o Remo na semifinal do turno. A atuação, porém, voltou a preocupar. O time não mostra sinais de organização, sofre demasiadamente com a pressão dos adversários (mesmo os mais modestos) e ainda não sabe o que fazer quando Ramos é policiado, o que ocorre quase sempre.
Depois da partida, o técnico Leston Junior reclamou do estado do Parque do Bacurau, atribuindo a isso grande parte dos erros de seu time. De fato, o campo é muito irregular e dificulta o controle de bola, mas o Remo tem atuado em bons gramados (Mangueirão e Barbalhão) e sempre sofre sufoco. Na semifinal, diante do Independente, terá que mostrar bem mais do que vem exibindo até agora. (Fotos: MÁRIO QUADROS)
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Papão passeia e poupa energias
Como previsto, o jogo na Curuzu seria de exibição e congraçamento entre time e torcida. Com campanha impecável até aqui no campeonato, o Papão tinha tudo para superar o Tapajós sem maiores atropelos. E foi exatamente o que aconteceu, tanto que a goleada foi toda construída no primeiro tempo.
Celsinho, com duas cobranças de falta na medida para o cabeceio na área, abriu o caminho da vitória, aos 8 e aos 30 minutos, para finalizações perfeitas de Rafael Luz e Gilvan. Destaque-se, outra vez, a perícia do meia-armador nos chutes de média distância, cuja eficácia contou também com a contribuição da atrapalhada defesa santarena.
Mesmo sem forçar tanto, o Papão continuou absoluto no jogo, dando-se ao luxo de perder algumas chances com Betinho, até que Fabinho Alves foi lançado nas costas da zaga e fuzilou na saída de Jader, aos 37.
Um descuido dos beques permitiu a Bené finalizar diante de Emerson e descontar para o Boto tapajônico, aos 45. Mas nem houve tempo para celebrações, pois Celsinho marcaria no minuto seguinte, fechando o placar na Curuzu.
Celsinho é o destaque do time pela segunda rodada consecutiva, respondendo diretamente pelas duas vitórias maiúsculas contra equipes santarenas. Domingo passado, fez um gol e participou diretamente de outros três. Ontem, deu três assistências e deixou sua marca novamente.
Hábil, Celsinho organiza a equipe, dita o ritmo e aparece sempre como boa alternativa para manobras com os atacantes. É o camisa 10 que o Papão não teve em 2015, carência que lhe custou pontos preciosos na Série B.
Papão avança à semifinal para encarar o Águia e entra como favorito, pela campanha 100% e a estabilidade que o time tem demonstrado aqui. Diante da facilidade do jogo, Dado poupou peças e fez um afago no torcedor, lançando Vélber nos 20 minutos finais. Meia executou um belo lançamento e recebeu o carinho do torcedor.
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Interior terá Galo e Águia nas semifinais
O Independente foi surpreendido pelo bom começo do Paragominas, que fez 1 a 0 aos 14 minutos com João Neto e parecia determinado a arrancar a classificação dentro do Navegantão. Dez minutos depois, mais organizado, o Galo retomou o controle, empatou (Monga) e passou a buscar a virada, que veio aos 40 com Dudu e se completou com Monga já no segundo tempo. Aleílson, de pênalti, ainda descontou aos 44, mas a classificação já tinha dono. Merecidamente.
Em Marabá, a partida foi mais equilibrada e a definição ficou em suspense até o último instante. Flamel bateu pênalti e fez o gol do Águia aos 17 minutos. Perema empatou aos 11 da segunda etapa, mas o São Francisco não teve forças para alcançar o triunfo desejado.
(Coluna publicada no Bola desta segunda-feira, 22)
Passeia, goleia, poupa energia, tá sobrando e etc…Então o que se faz agora?…Entrega logo a taça pra eles?…Só tem um problema…Tem um LEÃO no caminho…kkk
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É assim que eu gosto nesse clima, que a mucura venha do jeito dela. Quero vê qdo o bicho pegar quem será quem.
Estou confiante nesse Tri-Campeonato. O Leston tem um jogador importante que vai fazer a diferença nesse meio de campo já na próxima partida.
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Preocupante essa atual no jogo de hoje, mesmo vencendo. São muitos errer, e a defesa, como demonstrou em todos os jogos, continua vacilante e desguarnecida. O outro fator negativo evidente é o preparo físico, os jogadores mal aguentam o primeiro tempo. Bom, eles vão ter uma semana pra relaxar a musculação e também fazer os ajustes necessarios de marcação, só assim possamos ter a esperança de vencerem o Independente com uma atuação pelo menos com evolução tática e técnica.
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Atuação, tdz, kkkk
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Mas não foi assim que essas duas figuras que comentaram acima enxergaram o jogo ! Só falam em detonar o adversário,demonstrando que não têm o menor discernimento ! A dupla funciona bem e talvez faça uma boa dobradinha na venda de mais feijão estragado ! Vão cuidar do time de vocês que está caindo aos pedaços. O Cametá deu um passeio e se tem bons finalizadores,estariam nessas horas,caladinhos sem falar tantas bobagens. Não querem admitir a superioridade dos adversários. O Paoão tá aí,desfilando nos gramados e nem tem precisado de dois tempos para detonar tantos quantos metem a cara.Na verdade vocês devem é estar com os rabinhos entre as pernas,com medo do lobo !
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Manoel, essas duas galinhas azuladas devem ficar pensando de quanto o timaço deles vai tomar do papão
O medo é nítido
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Nada é fácil para o Remo.
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Até por isso que as conquistas do Leão são simplórias comparando-as com a do Lobo.
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Já começou a soberba das lobas desbotadas, já esqueceram q apanharam do sub-20 do Leão de 4×1!
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Já começou as besteiras, do papagaio….logo logo..e o roubagol, e a sudam …rsrsrs
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O Pablo jogando pelo lado direito da zaga fica tão estranho quanto a frustrada tentativa de fazer o Rafael Luz jogar do mesmo modo do Celsinho. Isso evitou que se avaliasse o real potencial do veterano Marcelo Costa como a ‘sombra’ do titular.
De um modo geral um passeio, pelo menos até a substituição de Celsinho. Depois disso, nada mais houve de interessante a não ser o revival Velber, para delírio da torcida. Um belo lançamento e um drible da vaca ficaram de bom tamanho para a “reencarnação” de quem já fazia parte da memória. Que venham outras celebrações.
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Se dissermos que vamos ganhar é soberba
Mas eles não tem soberba, tem autoconfiança
Te dizer essa visão caolha
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Foi só um míssil que eu lancei no Valentim, mas parece que acertou no papagaio paraguaio.
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