Pra refrescar memórias

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Notícia da Folha de S. Paulo, edição de 16 de janeiro de 1999, durante a era FHC.

Campeonato Paraense – próximos jogos

Grupo A1

Remo x Parauapebas – hoje, 17/02, 20h30 – Mangueirão

São Francisco x Cametá – quinta, 18/02, 20h30 – Barbalhão

Águia x São Francisco – domingo, 21/02, 16h – Zinho Oliveira

Cametá x Remo – domingo, 21/02, 16h – Parque do Bacurau

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Grupo A2

Paragominas x Tapajós – hoje, 17/02, 20h30 – Arena Verde

São Raimundo x Independente – hoje, 17/02, 20h30 – Barbalhão

Paissandu x Tapajós – domingo, 21/02, 16h – Curuzu

Independente x Paragominas – domingo, 21/02, 16h – Navegantão

A coisa mais importante para estudar em 2016

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POR ANDRÉ FORASTIERI

Uma vez eu comecei uma palestra pra uma classe de estudantes de jornalismo assim: quem quer ser correspondente em Nova York? Metade levantou a mão. E quem aqui fala e escreve bem em inglês? Dois levantaram a mão. É a diferença entre ter um sonho e ter um objetivo.

Outra vez, num papo com gente já formada, na PUC, repeti a graça. O grupo tinha uns quinze, um terço levantou a mão. Melhorou bem a proporção. O que isso significa? Que inglês é cada vez menos um diferencial importante? Não mesmo.  Aí perguntei: e quem aqui fala e escreve bem em mandarim ou cantonês?

Zero, como era de se imaginar. Mas a China não está cada vez mais importante? Será que não valia a pena aprender a língua dos caras? Um camarada lá me deu um bom cala-boca: mas os chineses falam inglês. É verdade, embora o sotaque pra gente complique bastante. Mas com ou sem sotaque, com inglês já me virei na Tailândia, Japão, República Tcheca e sei lá mais aonde.

O inglês é, de fato, o esperanto que esperávamos. Quem tem inglês bom tem muita vantagem na vida. Pra viajar, pra estudar, pra trabalhar, para entender e enfrentar e apreciar o mundo.

Eu comecei a estudar inglês por causa do judô. Eu tinha seis anos e queria fazer judô, ignoro o porquê. Meu pai emprestou um kimono de alguém – um primo mais velho? – e me levou para uma aula de experiência.

No final da aula, lembro como se fosse hoje, meu pai perguntou o que eu tinha achado. Eu disse: acho que em vez de judô quero estudar inglês. Resultado: sou ruim de briga mas bom de papo. Em duas línguas!

Foram sete anos de Yázigi. Mais um ano e pouco de professora particular de conversação e mais uns seis meses mezzo abandonados de Alumni, já na faculdade. Me dediquei mais a aprender inglês do que qualquer outra coisa na vida. E mais zilhões de horas usando inglês em muito gibi, muita música, filme, livro, trabalho.

Por isso tudo é que sempre fiz questão que meu filho tivesse um inglês de primeira. Começou quando tinha oito anos. Tem doze e já se vira bem. Mais seis semestres, com 15, vai estar pronto pra gringa, e mais um pouco pode até virar professor de inglês. Já é uma profissão! E mercado não vai faltar. Tenho um amigo brasileiro, professor de inglês, que migrou para a… Inglaterra. Onde vive de dar aula de inglês para estrangeiros!

Uma vez uma professora do meu filho puxou papo comigo, em inglês. Depois de um pouco me elogiou (e ouço isso com frequência de estrangeiros): você morou nos States? Nunca, obrigado pelo elogio. Mas uso o tempo todo. Leio muito mais em inglês que em português. Hoje tive um almoço de trabalho com dois russos. De três horas. Em inglês. No problem.

Escrevo na mesma velocidade em inglês que em português. Continuo fazendo erros idiotas de vez em quando. Acontece e não importa. Importa é que todo dia encontro conteúdo sensacional na internet, em inglês, sobre todo tipo de assunto, de graça ou pago. Conteúdo que me auxilia profissionalmente, aos montes. Mas também literatura, ensaios, tanta coisa que não está disponível em português. Sinto que toda a informação do mundo está a um click pra mim, e sinto muito por todos que não terão acesso a esta maravilha, por só falar o português. Informação e mais: comunicação.

Essa hora você pode estar pensando, “mas no meu trabalho não há essa exigência toda de inglês”. Ou “eu já falo inglês pra quebrar um galho.” Sai dessa. Você não vai ficar nesse emprego o resto da vida. E aliás os melhores empregos exigem inglês bacanudo, como percebo semanalmente quando recebo as ofertas de vagas do Linkedin.

E não tem essa de quebrar galho. Você precisa de compreensão e comunicação perfeitas, ou tão perto disso quanto for capaz.  Se você puder pagar por um bom curso, pague. Não conheço investimento que dê retorno melhor. Se não puder, felizmente uma parte desse conteúdo que está de graça na internet é, justamente, uma infinidade de cursos de inglês. Pesquise qual é mais a sua cara e comece hoje mesmo. Se está desempregado, mais importante ainda: use bem o tempo que tem agora, estude de verdade, e o inglês vai te ajudar a arrumar trabalho em 2016, e mudar seu futuro profissional nos anos que virão.

Aliás, só arrumei meu primeiro emprego, lá em 1988, porque eu tinha um bom inglês. E depois só virei editor da revista Bizz por causa do inglês. E só montei minha própria empresa, em 1993, porque estava inspirado por outros empreendedores do mundo da mídia e da tecnologia, que eu tinha conhecido, claro, lendo a Wired e outras revistas em inglês. Ah, e negociei contratos internacionais para publicar no Brasil a revista oficial da Nintendo, e quadrinhos de persoangens como Pokémon, Dragon Ball, Sandman e muitos outros, porque… bem, você já entendeu.

Nada que eu estudei fez tanta diferença. Tudo graças a meu pai, que me deixou trocar o judô pelo inglês, e à minha mãe, que me levou pro Yázigi durante todos aqueles primeiros anos. A big thank you to João Carlos and Valderez!

(*) Diretor de Novos Negócios – Record Hub/R7