Com pinta de decisão

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POR GERSON NOGUEIRA

Jogar em Santarém sempre foi sinônimo de muitas dificuldades para os clubes da capital. Nos últimos anos, foram raras as vitórias da dupla Re-Pa no gramado do Barbalhão. Neste Parazão, o Remo já experimentou na própria pele as agruras de enfrentar a velocidade e a flama dos santarenos.

Cabe ao Papão, dono da melhor campanha da competição com seis pontos, se defrontar hoje com o São Raimundo, segundo na pontuação geral (quatro pontos). Em caso de vitória, os bicolores garantem presença na semifinal. Já o São Raimundo busca os três pontos para encaminhar sua classificação.

Ao equilíbrio natural proporcionado pelos fatores campo e torcida pode se acrescentar um componente extra: o time alvinegro é dirigido por Samuel Cândido, cujo desligamento das divisões de base do Papão não foi dos mais pacíficos.

O futebol é rico em situações do gênero, propiciando muitas vezes acertos de conta e respostas há muito represadas. Pode até nem ser o caso específico de Samuel, mas o fato é que a oportunidade se apresenta.

A vitória empolgante sobre o Paragominas, de virada e na Arena Verde, pôs o São Raimundo entre os destaques do grupo A2 e da própria competição. Dono de torcida vibrante, o Pantera deve explorar contra o Papão o esquema de contra-ataque e forte marcação no meio, sob a liderança do meia-armador Jefferson, seu principal jogador.

Do lado alviceleste, a escalação estava indefinida até o fechamento da edição, mas algumas mudanças devem ocorrer. Na defesa, Pablo será o provável substituto de Lombardi (com dengue) e Raí, lesionado, ainda não tem presença certa. O ataque também pode ter modificações, embora Leandro Cearense deva ser mantido.

A observar o rendimento do time contra um adversário aguerrido e que costuma marcar bem. Nos dois primeiros jogos, apesar das vitórias, a equipe teve dificuldades para conter os ataques pelo meio da área, evidenciando a falta que Ricardo Capanema faz à frente dos zagueiros.

Com dois meias ofensivos (Celsinho e Rafael Luz), que pouco se envolvem na marcação, o sistema defensivo fica mais exposto e sobrecarregado, ao contrário do que ocorria no ano passado.

Em condição favorável na tabela, com a possibilidade de decidir a classificação dentro de casa contra o Tapajós, Dado pode se dar ao luxo de aproveitar a partida para experimentar uma formação inédita, com meio-campo mais fechado e talvez com um novo atacante ao lado de Cearense.

Promessa de um grande embate.

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Leston aproveita amistoso para corrigir rumos

Com mudança de esquema de jogo e alterações substanciais na escalação, por razões de desempenho técnico, o Remo encara o amistoso deste domingo em Manaus contra o Nacional como um teste importante. A taça em disputa entre os dois Leões é o que menos importa.

A utilidade da partida está na chance que o técnico Leston Junior terá de fazer ajustes no time que disputa o Campeonato Paraense e que logo estará participando da Copa do Brasil e da Copa Verde.

O mau funcionamento do sistema 4-5-1 obrigou Leston a refazer seus planos, como a coluna previu logo depois da derrota para o São Francisco, em Santarém. Cobrado pela torcida, o técnico aquiesceu e escalou o Remo no descomplicado 4-4-2 para o confronto na Arena da Amazônia.

Além disso, substitui o lateral Levy pelo estreante Murilo, o zagueiro Henrique pelo também recém-chegado Ítalo e altera a composição do meio-campo, tirando o volante Michel e lançando o atacante Léo Paraíba para fazer companhia a Ciro no ataque.

Leston, na prática, põe em funcionamento a configuração que rendeu bem no segundo tempo contra o Águia na estreia do Remo no Parazão. Com mais um especialista na frente, o atacante Ciro passa a ter mais opções de jogadas, sem depender exclusivamente do que produzam Ramos e Goiano.

Apesar de se destinar a um amistoso, não deixa de ser reveladora das intenções do treinador a opção por dois novatos na defesa para substituir Levy e Henrique. O zagueiro de área falhou no lance que originou o gol do São Francisco, mas o lateral não comprometeu e foi peça importante na vitória sobre o Águia.

Interessante é que pelo lado esquerdo, João Vítor foi mantido como titular. Suas atuações têm sido muito questionadas, lembrando o período em que defendeu o Papão há três anos.

Quanto a Michel, a substituição visa experimentar o 4-4-2 e poupar o veterano volante. É provável que volte ao time contra o Parauapebas, assim como se não descarta a hipótese de o time retornar ao 4-5-1. É claro que, pelos problemas apresentados até agora, só será utilizado quando o técnico tiver mais segurança quanto ao papel de jogadores fundamentais para o setor de criação da equipe, como Eduardo Ramos e Marco Goiano.

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Bola na Torre

O programa começa logo depois do Pânico, na RBATV, por volta de 00h20, sob o comando de Guilherme Guerreiro, com as participações de Giuseppe Tommaso, Valmir Rodrigues e deste escriba de Baião.

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Será que vai dar samba?

A tradição de sucesso dos uruguaios no Botafogo é talvez o principal motivo da insistência dos dirigentes em contratar o atacante Juan Salgueiro, ex-Olímpia do Paraguai. Aos 32 anos, com algumas façanhas conhecidas no Brasil, como os gols sobre o Fluminense na Libertadores de 2013, o centroavante desembarcou com a confiança própria dos compatriotas de Obdúlio Varela.

Sabe que será comparado ao ídolo Sebastian Loco Abreu e ao jovem Navarro, campeão da Série B 2015. E ainda traz no nome a coincidência com a tradicional escola de samba carioca, injustamente classificada em 4º lugar neste ano.

Diante disso, a torcida é para que Salgueiro e Botafogo consigam fazer bom samba nesta temporada.

(Coluna publicada no Bola deste domingo, 14)

4 comentários em “Com pinta de decisão

  1. Jogão de bola. O Paysandu não vence o são mundo em santarém há 4 anos. Espero que quebre mais esse tabu igual de tucurui. vai ser um jogaço dígno de grande jogo do parazão. avante Papãooo!!!!!!!!!!!

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  2. Papão machão vai meter 3 a 0 e passar fácil. Já o feijão azedo, que só ganha amistoso, vai levar outra taca. hahahahahaha eu falei TACA e não TAÇA. hahahaha

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