Ronaldo; Pikachu, Douglas, Tiago Costa e Jairinho; Billy, Vânderson (Neto), Djalma e Harisson; Rafael Oliveira e Tiago Potiguar. Foi o time titular que Lecheva usou no treinamento da manhã desta segunda-feira e, salvo mudanças de última hora, deve enfrentar o Coritiba na quinta-feira, no Mangueirão. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)
Mês: abril 2012
Botafogo levanta primeira taça no Engenhão
Paissandu espera público de 20 mil contra o Coritiba
A diretoria do Paissandu espera um público de no máximo 20 mil pessoas para o jogo contra o Coritiba, quinta-feira à noite, no Mangueirão, válido pela terceira fase da Copa do Brasil. O valor promocional de R$ 10,00 será mantido até hoje, mas a partir de amanhã o torcedor terá que desembolsar R$ 15,00 pelo ingresso de arquibancada e R$ 30,00 pela cadeira.
Uma torcida de Primeira Divisão
A torcida azulina lotou o Mangueirão para ver a decisão do returno. No tal, 40.139 espectadores presentes – sendo 36.809 pagantes. A renda foi de R$ 367.094,00, cabendo ao Remo o valor líquido de R$ 236.460,20 (descontadas as despesas, de R$ 130.633,80).Foi o maior público do Campeonato Paraense, ultrapassando o do Re-Pa. Foi o segundo maior público da rodada em todo o Brasil, perdendo apenas para o super clássico paulista São Paulo x Santos, que teve 45 mil pagantes. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)
Joelson, arbitragem nota 10
Joelson Silva dos Santos foi o encarregado de conduzir a difícil partida final do returno do Parazão. Árbitro mais atuante da competição, com 12 aparições, Joelson mostrou tranquilidade e domínio técnico. Não deixou que os jogadores entrassem no clima de rivalidade, segurou a partida de perto, assinalando todas as faltas e sem economizar nos cartões amarelos. Importante: com excelente condição física, acompanhou todos os lances de perto, impedindo que os atletas tivessem motivos para reclamar. Quando Valdanes ensaiou uma pressão mais acintosa, chamou o atacante marabaense de lado e deu o recado claro para ele e para quem estava assistindo: qualquer exagero a mais seria punido com o vermelho. Deu certo. Charles, um dos mais faltosos jogadores do campeonato, levou amarelo por uma trombada em Fábio Oliveira no começo do segundo tempo. Onze minutos depois, aplicou uma rasteira em Marciano junto à linha lateral e foi excluído. Nem seus companheiros chiaram. No final, o técnico do Águia, João Galvão, habitualmente crítico da arbitragem quando é derrotado, fez questão de reconhecer que não havia o que reclamar. Nem havia mesmo, Joelson tirou nota 10 no clássico. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)
Capa do DIÁRIO, edição de segunda-feira, 30
Rock na madrugada – Eric Clapton, Promises
Mergulho de campeão (by Mário Quadros)
Um legítimo campeão
Por Gerson Nogueira
O que faz com que nossos clubes mais tradicionais ainda tenham algum respeito e certo prestígio no país do futebol? Não precisa pensar muito para achar a resposta: a dimensão impressionante de suas torcidas. Ontem, o Mangueirão foi palco novamente de uma exibição de força. Ao lotar as arquibancadas, a massa azulina mostrou que torce por um clube ainda grande, embora em constante crise de identidade.
Os 40 mil espectadores fizeram um espetáculo na maioria das vezes bem mais interessante que o jogo propriamente dito. Fazia tempo, por exemplo, que não se via um coro de milhares de vozes cantando o hino do próprio clube, sufocando a cantoria agressiva e sem sentido das “organizadas”.
No primeiro tempo nervoso e interrompido pelas muitas faltas, o Remo foi empurrado pelos gritos de incentivo do torcedor, preocupado com a lentidão e o nervosismo de alguns jogadores. Quando o Águia ensaiava um cerco mais organizado lá vinha o urro da galera para recolocar os azulinos no jogo.
Ficou evidente, em vários lances, a insegurança de alguns jogadores do Remo, inibidos diante de tanta gente. O Águia, que era visita e nada tinha com isso, tratou de se organizar e foi construindo situações de perigo, como quando Rayro quase marcou em jogada na linha de fundo. Ou, minutos depois, quando o chute de Léo Rosas estourou em nova intervenção precisa do reserva Jamilton.
Com pouca inspiração para ligar o meio-campo ao ataque, o Remo demonstrava dificuldades para superar o bloqueio defensivo marabaense. Joãozinho, um dos mais instáveis, não acertava um passe. Jhonnatan, um dos esteios do time, parecia pouco à vontade como meia recuado – ou seria volante avançado?
Na única manobra mais elaborada, que envolveu Aldivan e Reis, a bola chegou a Fábio Oliveira, que precipitou a finalização e acabou recuando para o goleiro Alan quando tinha tudo para abrir o marcador. Na zaga, excetuando os dois cochilos já citados, Edinho se sobressaía comandando as antecipações e disputas pelo alto.
O Águia terminou o primeiro tempo lamentando a falta de maior precisão de seus atacantes, pois a meia cancha até funcionou bem, com Flamel e Wando se movimentando muito, cavando muitas faltas e incomodando o setor de defesa do Remo.
Quando os times voltaram do intervalo, Flávio Lopes havia feito uma alteração fundamental para dar mais agressividade ao Remo. Trocou Joãozinho por Marciano, deixando Fábio Oliveira menos isolado. Em poucos minutos, o ataque criou duas boas situações, resultantes de tabelinhas envolvendo Reis e Tiago Cametá.
Logo depois, o Águia perdeu Charles por jogo violento e o Remo achou o caminho das redes. Marciano deu uma meia volta na zaga e cruzou para Fábio marcar. Sem baixar o ritmo, o time seguiu perseguindo o segundo gol, explorando as brechas que a defesa do Águia passou a dar. Em nova jogada pela direita, a bola sobrou para Jhonnatan (que já ia ser substituído) finalizar com perfeição, ampliando o placar.
Com 2 a 0, a tarefa do Águia ficava praticamente impossível e o Remo só precisou controlar as ações no meio e na defesa para chegar, com méritos, ao suado título do returno. E sem precisar arriscar com Adriano e Cassiano.
Foi do técnico Flávio Lopes a decisão final de tirar Adriano do jogo, depois que a diretoria permaneceu dividida sobre o assunto até a manhã de domingo. O posicionamento firme do treinador aumentou ainda mais seu prestígio, que já era considerável, junto à cúpula azulina. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)
A coluna escolhe, como sempre, o melhor time do returno. Aqui vai a escalação: Adriano; Pikachu, Edinho, Roberto e Jairinho; André, Jhonnatan, Flamel e Tiago Potiguar; Branco e Cassiano. Técnico: Flávio Lopes.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 30)
Leão derrota Águia e conquista returno do Parazão
Com gols de Fábio Oliveira e Jhonnatan, no segundo tempo, o Remo derrotou o Águia por 2 a 0 e conquistou o returno do Campeonato Paraense. Disputado num Mangueirão lotado – mais de 40 mil pessoas presentes -, a partida foi nervosa e cheio de erros no primeiro tempo, com ligeira superioridade do Águia, que desfrutou de duas boas chances para marcar e obrigou o goleiro Jamilton a fazer grandes defesas. O Remo pouco ameaçou, em função de falhas na articulação do meio-de-campo. Na jogada mais perigosa dos azulinos, Fábio Oliveira chutou fraco para a defesa do goleiro Alan. Mas, com Juan Sosa guarnecendo as subidas de Aldivan e Jhonnatan funcionando como terceiro volante, o Remo terminou o primeiro tempo mais ameaçador que o Águia.
Na segunda etapa, com Marciano substituindo a Joãozinho, o Remo passou a atacar de forma mais organizada, experimentando tabelas e chegadas pelas laterais, primeiro com Tiago Cametá e depois através de Cássio, que o substituiu. Por jogada violenta, Charles recebeu o segundo amarelo e foi expulso, desguarnecendo o setor defensivo marabaense. No primeiro gol remista, Marciano recebeu a bola junto à grande área, passou pela marcação e cruzou para Fábio Oliveira desviar para as redes. Explorando os contra-ataques, o Remo chegou ao segundo gol, após um avanço de Cássio pela direita. Ele cruzou e a bola sobrou para Jhonnatan encher o pé e marcar o segundo gol, fazendo explodir a torcida no Mangueirão. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)
Remo 2 x 0 Águia (comentários on-line)
Parazão 2012 – Decisão do returno.
Clube do Remo x Águia – Estádio Edgar Proença, 16h.
Na Rádio Clube – Claudio Guimarães narra; Rui Guimarães comenta. Reportagens: Paulo Caxiado e Paulo Henrique.
Investir na base custa caro
Por Ricardo Perrone
Investir mais nas categorias de base não significa necessariamente sucesso maior do que um rival menos gastador. Prova disso está na comparação entre os balanços de São Paulo e Santos, adversários nas semifinais do Paulista. O São Paulo de Lucas, que começou a carreira no Corinthians, gastou em 2011 R$ 19,3 milhões com a formação de atletas, de acordo com seu relatório financeiro. A despesa é superior aos R$ 12,8 milhões gastos com formação pelo Santos, mais badalado revelador de jogadores do país.
Já o Corinthians, que tinha o goleiro Júlio César como única cria de seu famoso terrão no time titular, relata um investimento de R$ 9,7 milhões com jogadores em formação. E o Palmeiras também anotou despesa menor que a dos são-paulinos: R$ 6,6 milhões com atletas formados e em formação. O balanço do São Paulo mostra ainda que o ano passado foi agitado nas categorias de base em busca de sucesso. Ao mesmo tempo em que a diretoria se dizia insatisfeita com o número de atletas aproveitados na equipe principal, uma dispensa em massa acontecia no “berçário” de Cotia. Foram dispensados 143 jogadores. Em 2010 a degola tinha atingido 97 garotos.
Os são-paulinos registram como despesa de R$ 11,5 milhões a baixa desses atletas. Mais da metade do gasto total com a formação de novos talentos. No ano passado, apenas 14 jogadores foram considerados formados pelo São Paulo, que até dezembro contava 356 atletas nas categorias de base. Em 2012, os tricolores repetem que planejam logo ter um time formado basicamente por pratas da casa. Os detalhes revelados pelo balanço, porém, dão uma ideia de como será difícil alcançar a meta.















