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Justiça suspende as eleições da FPF

Após pedido de chapa, Justiça suspende eleições da Federação Paraense de  Futebol | Futebol | O Liberal

A desembargadora Eva do Amaral Coelho, do plantão do Juízo de 1º Grau do TJPA, acatou pedido de efeito suspensivo para as eleições da Federação Paraense de Futebol, prevista para acontecer nesta terça-feira (28). O recurso foi interposto pela Liga Atlética de Castanhal. A magistrada considerou válido o argumento de “vícios existentes no edital de convocação das eleições para FPF, especialmente no que tange ao ato de convocação das eleições e à previsão editalícia de inclusão de novas entidades,
com direito a voto, sem o preenchimento dos requisitos previstos em norma estatutária”.
A desembargadora considerou, em seu despacho, que “o edital de convocação das eleições da FPF emanou do seu próprio presidente e candidato a reeleição (id nº. 7663651 – Pág. 1), o sr. Adélcio Magalhães Torres, movimento este vedado pelo mencionado dispositivo legal e que contraria os próprios atos de constituição da comissão eleitoral por ele editados e materializados nas portarias de n.º 23 e 24 da FPF (id nº. 7663656 – Pág. 1/id nº. 7663657 – Pág. 1)”.
A norma federal impõe a formação de uma comissão para o pleito eleitoral “apartada da diretoria da entidade desportiva”, o que não ocorreu no caso em apreço. “A intenção do legislador é justamente assegurar a lisura e a isonomia do procedimento, na medida que as regras para a convocação dos candidatos, formação do colégio eleitoral e prática do sufrágio serão disciplinadas por elementos isentos e imparciais, evitando, assim, que interesses escusos e ilegítimos venham a macular o processo de escolha dos novos gestores da instituição desportiva”.
Esta, porém, não é a única inconsistência capaz de levar à nulidade do pleito. A presença das ligas esportivas Viseuense (Leve) e de São Domingos do Araguaia (Lemusda) contraria o estatuto da FPF e a Lei Pelé, pois ambas não poderiam figurar na Assembleia Geral da entidade, com direito a voto, uma vez que não têm pelo menos um ano de filiação à FPF. A Leve foi fundada em 25 de março de 2021 e a Lemusda surgiu em 18 de junho deste ano.
Diante disso, a desembargadora decidiu o pedido liminar para “suspender a eleição que se avizinha, a fim de que estas inconsistências possam ser melhor compreendidas e aferidas à luz do contraditório na origem e, se for o caso, corrigidas pela entidade agravada através de seus órgãos competentes, tudo com o fim de se evitar que o processo eleitoral em questão não seja maculado e futuramente tornado sem efeito em razão de vícios que podem ser, perfeitamente, sanados a tempo e a modo”.
Com a concessão da antecipação da tutela recursal pleiteada estão suspensas as eleições para eleger presidente, vice-presidente, três conselheiros fiscais efetivos e três conselheiros suplentes para o quadriênio 2022/2025. Não há previsão para o julgamento do mérito do recurso.

Três chapas foram inscritas para disputar a eleição, a do atual presidente, Adelcio Torres; a de Ricardo Gluck Paul; e a de Paulo Romano, que foi impugnada pela comissão eleitoral.

Remo fecha acordo vantajoso com a Fazenda Nacional

O Remo anunciou, nesta segunda-feira, um grande triunfo no processo de saneamento financeiro do clube. Através de sua diretoria, informou que finalizou uma negociação com a Procuradoria da Fazenda Nacional (PFN) e conseguiu ficar totalmente adimplente junto ao órgão. O Leão ainda divulgou que, pelo acordo, reduziu a sua dívida em mais de 15 milhões.

Segundo o clube, esse valor representa uma economia de, aproximadamente, 60% do passivo fiscal azulino junto à Fazenda. O acordo foi conduzido pela diretoria jurídica do Remo, uma assessoria jurídica especializada e um escritório de contabilidade.

Antídoto para a Maldição do Conhecimento

Por Alex Bonifácio (*)

Inteligência Artificial Cérebro - Imagens grátis no Pixabay

Não queremos áreas de inovação, inovar é trabalho de todos”. Esta fala do CEO do Itaú Unibanco poderia soar como uma frase motivacional clichê. Na verdade, ela esconde uma grande preocupação das empresas na frenética corrida pela busca da inovação. Isso porque as companhias perceberam que ter áreas e times focados em gerar novas ideias não basta.

Big techs, inteligência artificial, blockchain, criptoativos. Estes são os novos concorrentes que tiram o sono dos executivos. O presidente do Bradesco falou muito bem sobre isso. “Antigamente, acordava de manhã e sabia que meus concorrentes eram Itaú, Santander, Banco do Brasil e Caixa. Eu mais ou menos sabia as armas que eles iriam usar. Agora, novos competidores podem surgir a qualquer momento”.

Não fosse suficiente o surgimento de tantos stakeholders alienígenas aterrissando sobre suas cabeças, experts em inovação também sofrem com maior frequência da chamada Maldição do Conhecimento. O fenômeno, cunhado por Chip Heath (Stanford) e Dan Heath (Duke University), representa um ciclo fechado no próprio aprendizado individual, nas próprias convicções e certezas construídas ao longo de suas carreiras.

O termo “kodakização” expressa isso ao tratar do clássico caso em que os especialistas da Kodak ignoraram uma tecnologia que eles próprios desenvolveram: a fotografia digital. A decisão culminou com a derrocada da bilionária companhia que decidiu continuar dedicando-se à produção de filmes fotográficos de excelente qualidade.

Felizmente, há um antídoto para tratar a Maldição do Conhecimento: ampliar a base de conhecimento. Este movimento consiste em chamar todo mundo para o jogo da inovação e não apenas os experts. Ele parte de uma premissa tão simples quanto valiosa: as pessoas comuns também conseguem promover importantes inovações e vencer desafios considerados improváveis.

Ao longo da história são numerosos os casos de inovação que surgiram de onde ninguém esperava. Em 1714, por exemplo, os britânicos ofereceram um prêmio para a pessoa que “descobrisse como medir a longitude no alto-mar”. John Harrison, um relojoeiro, foi quem resolveu a questão.

Dentro desse contexto, implantar uma sólida cultura de inovação é essencial para descentralizar as iniciativas e exponenciar as transformações essenciais. Esta será a saída para quem deseja sobreviver e prosperar no futuro. Ao fazer a declaração que abre este texto, o CEO do Itau Unibanco está estrategicamente aplicando o antídoto à Maldição do Conhecimento.

Ele está acionando o poder transformacional dos seus mais de 90 mil funcionários. Em outras palavras, ele está chamando todo mundo para participar do jogo da inovação. Sairão vencedores aqueles que melhor e mais rapidamente implantarem em suas organizações uma cultura amigável à inovação, para que todos – experts e “pessoas comuns” – possam jogar juntos.

(*) Alex Bonifácio é administrador de empresas, palestrante e autor do livro “Impossível – como descobrir oportunidades incríveis para criar transformações na vida, nos negócios e no mundo”.

O passado é uma parada

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Gilberto Gil durante o exílio londrino, em 1968.

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