
É cedo para analisar o impacto da decisão do STF de retirar de Sergio Moro trechos da delação da Odebrecht que citam Lula, incluídos aí os processos do sítio de Atibaia e do Instituto Lula. Não haveria, entenderam os ministros da Segunda Turma num placar de 3 a 2, causa e efeito entre as denúncias e as supostas vantagens recebidas no alegado esquema.
Pela reação da Lava Jato, ou ausência dela, o baque foi sentido. “O Juiz federal Sergio Fernando Moro não irá se manifestar sobre este assunto”, disse em nota a assessoria da Justiça Federal no Paraná.
A “força-tarefa” ainda está analisando o quadro e a PGR destacou que vai analisar se recorrerá da decisão. A defesa de Lula, por seu lado, foi rápida.
“A decisão proferida pela Segunda Turma do STF confirma o que sempre foi dito pela defesa do ex-Presidente Lula. Não há qualquer elemento concreto que possa justificar a competência da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba nos processos envolvendo o ex-presidente”, declarou Cristiano Zanin Martins.
“Entendemos que essa decisão da Suprema Corte faz cessar de uma vez por todas o juízo de exceção criado para Lula em Curitiba, impondo a remessa das ações que lá tramitam para São Paulo”. (Do DCM)