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Escolha uma das alternativas abaixo:

1) O vexame azulino em Pituaçu, levando de 4 a 0 do Baêa, que entrou com seis reservas.

2) A lambança da FPF tentando tirar do Remo o mando de campo para a final do returno do Parazão.

3) A puxada de saco dos presidentes de federações elegendo Ricardo Teixeira patrono da CBF.

Som na madrugada – The Band, It Makes No Difference

Homenagem póstuma ao grande Levon Helm, que morreu ontem, aos 71 anos, e foi um dos esteios de The Band.

Um choque de realidade

Por Gerson Nogueira

A avenida Aldivan ajudou, mas não foi a única causa da derrota do Remo frente ao Bahia, ontem. Aliás, goleada que podia ter sido ainda mais humilhante. Além da ausência de um lateral-esquerdo para conter os avanços do veloz Madson, que já havia mostrado suas credenciais no Mangueirão, faltou um volante mais participativo e ágil do que Adenísio, que reapareceu com a mesma indolência do período em que era titular absoluto.
É possível que o Bahia superasse o Remo de qualquer maneira, até por dispor de equipe mais ajustada, com bom elenco e bem preparada. Sejamos realistas: o tricolor baiano é superior e favorito para se classificar. Ocorre que, depois de sustentar o placar de 0 a 0 primeiro tempo com boa marcação na saída de bola e duas boas chances de gol, o time paraense tinha que voltar para o 2º tempo explorando o contra-ataque.
Qualquer time, por mais mambembe, tem sempre um jogador veloz para puxar contragolpes. Curiosamente, o Remo não tinha esse jogador. Joãozinho só foi lançado quando a barca já afundava.  
Imagino que até Paulo Roberto Falcão do alto de sua elegância esperava isso. Afinal, como o empate lhe favorecia, o Remo devia se preparar para explorar os espaços que um desesperado Bahia certamente iria conceder. E até concedeu, mas Flávio Lopes manteve Fábio Oliveira isolado na frente e muito distante de Reis, o segundo atacante.
Tiago Cametá, novamente o mais produtivo jogador ofensivo, criou boas situações em cima do improvisado lateral-esquerdo Hélder no primeiro tempo. Pela timidez que mostrou no reinício de jogo deve ter sido (mal) orientado no intervalo para guardar posição.
Magnum, esperança de criatividade, pouco produziu diante da forte presença do Bahia no meio-campo. Jhonnatan, o mais técnico dos volantes remistas, não foi nem sombra daquele jogador atento e de bom passe. Errou quase todos os desarmes, principalmente no segundo tempo. Sentiu a falta de André, seu parceiro ideal naquela faixa à frente dos zagueiros.
O desastre, porém, se estabeleceu quando a instável zaga remista foi testada. E isso ocorreu depois que Madson abriu caminho em cima de Aldivan e cruzou para Lulinha marcar. Com a necessidade de ir à frente, o Remo se desarticulou e expôs todas as suas fragilidades, inclusive no jogo aéreo. Pior: não teve fôlego para atacar e defender.
Flávio Lopes, que faz bom trabalho no Baenão, cometeu ontem diversos equívocos, a começar pela escalação. O que desde a véspera parecia um esquema cauteloso, com três zagueiros e três volantes, se revelou uma deslavada retranca.
Pior que o exagero nos cuidados defensivos foi não ter levado um plano B a Pituaçu, para a hipótese de sofrer um gol. Precisaria, obviamente, ter força ofensiva para buscar o empate, resultado ainda suficiente para a classificação. Como entrou muito recuado, o Remo não conseguiu atacar no segundo tempo – aliás, só teve uma jogada perigosa, quase aos 40 minutos, quando já levava de 4 a 0.
A essa altura, outro grave problema acometia a equipe: a exaustão física. Como sempre, o Remo sempre cai verticalmente de produção no segundo tempo. Foi assim no Re-Pa, contra o São Francisco (nos dois jogos) e nas duas partidas contra o Bahia. Sem gás e com tantas deficiências técnicas,  não dava para sonhar alto na Copa do Brasil.   
 
 
A dúvida que se impõe agora é como o Remo vai emergir da ressaca baiana. Flávio Lopes terá pouco mais de dois dias para preparar (e recuperar emocionalmente) seus jogadores para a decisão contra o Águia, em jogo que deve exigir muito no aspecto físico, justamente um dos pontos fracos do time. Em contrapartida, há o reforço de André na cobertura da zaga e o alívio de voltar a enfrentar um time do mesmo nível, embora muito mais regular no Parazão.
 
 
Em boa hora, o Paissandu parece ter desistido da recontratação do meia-armador Juliano, que andou por aqui na Série C 2011 sem encantar ou desencantar. Penso que, se não é possível trazer Júnior Xuxa, que o time se vire com Robinho, Cariri, Tiago Potiguar e Djalma. Não faz sentido é trazer mais um armandinho apenas para brigar por posição. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 20)   

Executivo tenta evitar convocação de Civita

Com a CPI sacramentada e instalada nesta manhã pelo Congresso Nacional, começam a circular os lobbies políticos, empresariais e midiáticos. Ontem, quem foi visto circulando em Brasília foi o executivo Fábio Barbosa, ex-presidente do Santander e atualmente presidente do grupo Abril, que publica Veja. Bem relacionado em todos os partidos, por ter sido também presidente da poderosa Febraban, Barbosa foi a Brasília com uma missão delicada: convencer lideranças do Congresso Nacional a evitar a convocação, pela CPI, do empresário Roberto Civita, presidente do grupo Abril.

A tarefa é muito difícil. Primeiro, porque são fortes as ligações entre a revista Veja e o esquema do contraventor Carlos Cachoeira. Além das 200 ligações entre o bicheiro e o jornalista Policarpo Júnior, várias reportagens publicadas pela revista apontam um nexo entre os grampos ilegais do bicheiro e os furos de reportagem da publicação. Segundo, porque Civita acumulou inimigos poderosos nos últimos anos. Além do ex-presidente Lula, que fará de tudo para que o magnata da mídia seja convocado, o senador Renan Calheiros, que terá papel importante na comissão, foi personagem de várias capas seguidas da publicação em 2007 e 2008. Veja trabalhou por sua cassação.

Na Abril, teme-se que Roberto Civita sofra humilhação semelhante à do australiano Rupert Murdoch, que, no ano passado, teve de prestar informações diante do parlamento inglês, em razão dos grampos publicados pelo jornal News of the World, que acabou sendo fechado. Na semana passada, uma ala do comando da Abril defendia o afastamento do jornalista Policarpo Júnior, como forma de estancar os danos e evitar a convocação de Civita. No entanto, Veja decidiu partir para o ataque e, em sua última edição, denunciou uma suposta tentativa do governo de amordaçar e calar a imprensa livre no Brasil. (Do Blog do Luiz Miller)

Bahia x Remo (comentários on-line)

Copa do Brasil – decisão de vaga às oitavas-de-final.

Bahia x Clube do Remo – estádio de Pituaçu, em Salvador, às 19h30.

Na Rádio Clube – Guilherme Guerreiro narra, João Cunha comenta. Reportagem – Paulo Caxiado.

Bahia – Marcelo Lomba; Madson, Rafael Donato, Titi e Hélder; Diones, Fahel, Gabriel e Moraes; Lulinha e Júnior. Tecnico: Paulo Roberto Falcão.

Remo –  Adriano; Tiago Cametá, Diego Barros, Edinho e Aldivan; Juan Sosa, Adenísio, Jhonnatan e Magnum; Reis e Fábio Oliveira. Técnico: Flávio Lopes.

Árbitro – Marcelo de Lima Henrique (RJ)

Papão decide vaga na Copa BR em casa

A CBF sorteou, na tarde desta quinta-feira, o mando de campo das oitavas-de-final da Copa do Brasil 2012, definindo as datas do cruzamento entre Paissandu e Coritiba. A disputa começa na próxima quarta-feira, 25, em Curitiba, no estádio Couto Pereira. A partida de volta será em Belém na semana seguinte, 2 de maio, no estádio Mangueirão. Caso se classifique contra o Bahia, o Remo enfrenta a Portuguesa nos mesmos dias dos jogos do Paissandu, e também com a vantagem de decidir em casa. A partida de ida seria no estádio do Canindé, em São Paulo.

PM garante Remo x Águia no Baenão

Depois de uma reunião na manhã desta quinta-feira, a Polícia Militar deu garantias para que o jogo Remo x Águia do próximo dia 29 seja no estádio Baenão. Por pressões do Águia, a Federação Paraense de Futebol posicionou-se contra a realização do jogo Remo x Águia no estádio Baenão. A partida vale pela final do returno e tem o Remo como mandante. Um relatório da PM, alegando insegurança no estádio remista, era o principal argumento da FPF para insistir que o jogo fosse realizado no Mangueirão. Ao ser informada dessa intenção da entidade, a diretoria do Remo reagiu e ameaçou não entrar em campo domingo, em Marabá, para a primeira partida da decisão. Diante do impasse, a FPF concordou que o clube apresentasse um plano especial de segurança e policiamento para que o jogo seja mantido no Baenão. Nem foi preciso. A PM reavaliou a situação e garantiu o jogo no Baenão.

A irritação dos remistas aumentou quando foram informados de que a pressão pela mudança partiu do Águia, temendo encarar o Baenão lotado depois dos incidentes na semifinal do 1º turno no Zinho Oliveira quando houve uma briga generalizada entre os jogadores e membros das duas comissões técnicas. Os azulinos argumentam que o princípio da igualdade não está sendo respeitado, pois o Remo aceitou jogar novamente no estádio marabaense, respeitando o mando do Águia. (Com informações da Rádio Clube)

#Vejabandida explode na internet

Por Altamiro Borges

Roberto Civita, o dono da Editora Abril, que publica o detrito da Veja, deve estar apavorado. A hashtag #VejaBandida ficou entre os temas mais comentados no twitter mundial. No Brasil, ela ostentou durante vários minutos o primeiro lugar a partir das 20 horas. Os ativistas digitais deram um show, mostrando os podres da publicação mais direitista do país, agora escancarados com as revelações da Polícia Federal sobre as suas relações com o mafioso Carlinhos Cachoeira.
Os grampos legais da Operação Monte Carlo revelaram que o editor-chefe da Veja, Policarpo Jr., fez mais de 200 ligações telefônicas para o mafioso. Nelas, eles combinaram como produzir “assassinatos de reputações” e como interferir nos rumos políticos do Brasil. Pior do que o mafioso Rupert Murdoch, o imperador da mídia mundial que corrompeu policiais e políticos no Reino Unido, a publicação da famiglia Civita manteve intimas relações com o crime organizado.

CPI deve convocar Bob Civita

Na rede mundial de computadores, os internautas deram o troco contra a revista mafiosa. Antes mesmo do horário combinado para o protesto virtual contra a Veja, a hashtag já estava no quinto-lugar entre os assuntos mais comentados da internet – no Trending Topics. Depois das 20 horas, ele ficou em primeiro lugar na lista nacional e foi parar entre os dez mais dos TT´s mundiais.

Os deputados federais e senadores que finalmente aprovaram a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mista, sobre os crimes da quadrilha de Carlinhos Cachoeira, deveriam ficar atentos aos protestos na internet. Não dá para abafar as denúncias que envolvem a revista Veja. Qualquer tentativa de livrar a cara de Bob Civita será repudiada pelos setores organizados da sociedade brasileira, que não aceitam mais as manipulações da ditadura midiática.

A sentença eterna

“Todo o nosso conhecimento nos aproxima da ignorância.”

De Eliot

Rádio paraense invade a Boa Terra

Linha de frente do rádio esportivo paraense posa no hall de hotel em Salvador, na manhã desta quinta, na expectativa do jogão Bahia x Remo pela Copa do Brasil. No flagra (postado no Twitter pelo amigo Abner Luiz), as feras Paulo Caxiado, Jorge Luís (Marajoara), Abner Luiz (Liberal), Guerreirão, Carlos Magno (Marajoara) e Nelson Torres (Liberal).

O racha dos cartolas

Por Juca Kfouri

O poder do futebol no Brasil está rachado. Coisa que não aconteceu durante as mais de duas décadas de reinado de Ricardo Teixeira. Os cariocas querem a vice-presidência da CBF para Mário Jorge Lobo Zagallo,80 anos. Os paulistas a querem para Marco Polo del Nero, 71 anos. Qualquer um dos dois será o vice-presidente mais velho e sucessor de José Maria Marin, 79.

A escolha de um deles se dará na assembleia da CBF e significa uma cisão no monolítico poder dos cartolas das 27 federações. Seria hora para os clubes aproveitarem o vácuo, mas a cartolagem clubística acha que não é hora, até 2015, porque o dinheiro já está comprometido com a TV Globo e primeiro vem a Copa do Mundo. Bobagem, porque, até lá, poderiam fazer outras mudanças, como a do calendário por exemplo, embora Marin prometa ouvir propostas imediatamente.

A verdade é que o comportamento de cordeiro continua e a mudança estrutural segue uma utopia. De todo modo, as coisas mudaram. Só não vê quem não quer, do mesmo modo que só não aproveita quem não tem coragem. E Marin, muito mais habilidoso que Teixeira, convence Romário, que propõe Joel Santana na Seleção, mas não evita a cisão. Mas, sem dúvida, elegerá Nero com os pés nas costas.