Depois de muitas idas e vindas, o atacante Pimentinha teve seu termo de transferência assinado na noite desta terça-feira pelo presidente do Sampaio Corrêa, depois de conversa telefônica com o presidente remista Manoel Ribeiro. Com isso, o jogador poderá reforçar o Remo a partir das próximas rodadas da Série C.
Dia: 20 de junho, 2017
Rock na madrugada – The Zombies, Time of the Season
Líder perde para rival gaúcho
Papão tropeça de novo em casa
PSC x Boa – comentários on-line
Campeonato Brasileiro da Série B 2017 – 9ª rodada
PSC x Boa Esporte – estádio da Curuzu, às 20h30

Na Rádio Clube, Ronaldo Porto narra, Rui Guimarães comenta. Reportagens – Dinho Menezes, Giuseppe Tommaso, Mauro Borges, Carlos Estádio. Banco de Informações – Fábio Scerni
Rogerinho deve fazer mudanças no Papão para enfrentar o Boa

Rogerinho Gameleira tem novamente a incumbência de tirar o Paissandu do buraco e dar a volta por cima na Série B. Experiente nesse tipo de missão, o técnico interino mostrou tranquilidade ao assumir a equipe para o jogo desta noite contra o Boa Esporte, no estádio da Curuzu.
No elenco, sobram elogios ao profissionalismo e capacidade de Rogerinho. Vários jogadores se manifestaram, deixando claro que têm por ele o mesmo respeito que tinham por Marcelo Chamusca.
Mesmo com pouco tempo para arrumar o time, depois do empate de sábado (0 a 0) diante do Juventude, Rogerinho deve promover algumas modificações em relação à equipe que Chamusca vinha utilizando.
O provável time para a partida contra o Boa é: Emerson; Lucas Taylor, Perema, Lombardi e Peri; Wesley, Ricardo Capanema, Jonathan e Diogo Oliveira; Bergson (Wellinton Jr.) e Daniel Amorim. O jogo começa às 23h30, na Curuzu.
Podia ter sido pior
POR GERSON NOGUEIRA
Para quem levou um gol aos 3 minutos do primeiro tempo, perdeu um jogador aos 21 minutos e tomou outro gol a um minuto da etapa final, o Remo até que não se saiu tão mal ontem à noite em João Pessoa-PB. Na verdade, saiu foi no lucro. O desastre que se desenhou em cores agudas no começo do 2º tempo foi parcialmente contido, o time conseguiu descontar e ainda teve chance de empatar nos instantes finais.
A derrota por 3 a 2 retratou o que foi o jogo. O Remo nem teve tempo de se distribuir em campo e já sofreu um gol. Falha da zaga, com destaque para Igor João, que tocou a bola para as redes azulinas.
Quando buscava se reequilibrar para partir para o empate, outro baque. Aos 21 minutos, depois de a jogada ter sido interrompida pelo árbitro, Tsunami acertou um adversário e mereceu o cartão vermelho direto. Aliás, foi o jogador mais elogiado por Oliveira Canindé nos treinos justo por encarnar o espírito de raça e destemor. Parece haver entendido tudo errado.
Sem combate no meio de campo, pois João Paulo apenas cerca e distribui passes laterais, o Remo ficou à mercê das investidas do Botafogo, com Rafael Oliveira puxando as manobras de ataque.
No final do 1º tempo, cruzamento de Eduardo Ramos bateu na mão de um zagueiro que estava caído e o árbitro deu pênalti. Deu a impressão de compensação pela expulsão sumária (e merecida) de Tsunami. Nino Guerreiro bateu e o Remo empatou, para surpresa geral àquela altura.
Canindé finalmente resolveu recompor a marcação trocando Mikael por Ilailson. Nem bem a bola rolou e o Remo repetiu o apagão do início da partida, cedendo o desempate logo a 1 minuto do segundo tempo.
Veio então um domínio total botafoguense, que culminou com o gol de Roger Gaúcho ampliando para 3 a 1. Rafael Oliveira ainda mandou uma bola na trave azulina, mas o Botafogo parecia satisfeito e acomodado.
O castigo viria logo a seguir com Igor João redimindo-se da falha anterior. Com 3 a 2 no placar, o Remo foi buscar o empate. Só não conseguiu porque a desorganização falou mais alto. Além disso, seu principal jogador, Eduardo Ramos, estava extenuado e Edgar havia sido substituído.
Apesar dos problemas, aos trancos e barrancos, o empate esteve ao alcance da mão. Aos 42’, após escanteio, o zagueiro Leandro Silva escorou livre na pequena área, mas o cabeceio saiu à direita. Era a bola do jogo.
Com situações tão atípicas, a confusa atuação remista não pode nem ser debitada na conta do técnico estreante. Quando mexeu na equipe, acertou a mão – mais do que vinha fazendo seu antecessor. Pesou muito também contra o Remo a má jornada de Vinícius (falhou em dois gols), Léo Rosa, Igor, João Paulo e Mikael. Tirando prós e contras, o resultado nem foi tão ruim assim.
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Reação nas mãos de Rogerinho, de novo
Sempre que Rogerinho Gameleira assume o leme no Papão as coisas costumam melhorar, antecipando reações positivas em meio à turbulência. Foi assim nas últimas três ocasiões em que ficou como interino, substituindo técnicos que deixaram o clube.
Da última vez, comandou a vitória mais emblemática do time na Série B 2017, superando o Criciúma por 3 a 0 dentro da casa do adversário. Uma atuação digna de uma equipe bem estruturada, revelando os méritos de um comandante que muitos insistem em achar que não está pronto ainda.
O fato é que poucos conhecem tão bem as entranhas do Papão quanto o ex-volante. Grande vencedor como jogador do clube, Rogerinho vem se preparando para responsabilidades maiores. E tem em seu favor números que permitem acreditar em nova guinada importante, tirando a equipe de uma sequência extremamente negativa na competição.
De uma coisa todos têm certeza: com Rogerinho, os melhores (ou menos piores) do elenco serão escalados.
(Coluna publicada no Bola desta terça-feira, 20)
Um jogão de seis gols
Rock na madrugada – Roger Waters, Pigs
Capa do Bola – terça-feira, 20
