Fiesp e grandes empresas financiam campanha milionária contra Dilma nos jornais

Impeachment-já-campanha-contra-Dilma-recheia-páginas-de-Correio-Braziliense-Estadão-Folha-e-O-Globo

DO COMUNIQUE-SE

A campanha “Impeachment já”, liderada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), chegou às páginas de quatro grandes impressos do país nesta terça-feira, 29. Os jornais Correio Braziliense, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo veicularam anúncio em 14 páginas do primeiro caderno, com o manifesto contra o governo de Dilma Rousseff.

Com fundo amarelo, o anúncio destacou: “Somos milhões de empregos e bilhões de reais em impostos. Representamos famílias, homens, mulheres e jovens. Vemos que o país está à deriva. A hora de mudança é agora. Dizer sim ao impeachment, dentro dos parâmetros constitucionais, é dizer não ao descontrole econômico, ao descaso com as empresas, com o emprego e, principalmente com você. Chega de pagar o pato. O Brasil tem jeito”.

Abaixo do texto e em 13 páginas, aparecem os nomes de todas as entidades que apoiam o movimento liderado pela Fiesp. Por último, a organização convida os leitores a perguntarem aos deputados que vão votar o impeachment de que lado eles estão e expõe o link para o site do movimento #NãoVouPagaroPato, lançada em setembro de 2015, contra o aumento de impostos.

Além dos cadernos impressos, a campanha pela queda da presidente do Brasil ocupou o background do site do Estadão, deixando a home do portal amarela, com destaque para o tema da campanha: “Impeachment já”.

Juca repete Ciro e peita fascistas na porta de sua casa

POR JUCA KFOURI

Quatro arruaceiros, num Honda Civic cinza, placas FES 5544, pararam na esquina da rua onde moro, por volta da meia-noite, um deles de máscara e camisa da CBF, e fizeram uma algazarra de acordar a vizinhança.

Com buzinas nas mãos, xingavam: “Juca Kfouri, maldito, fdp, petista!”.

Na segunda-feira retrasada já tinham feito o mesmo, com dois carros, e eram oito.

Eu não estava em casa, mas minha mulher os viu, assim como o guarda-noturno, que não anotou as placas.

Hoje, desci, anotei a placa e os abordei.

Logo fui dizendo que eles estavam enganados, que não sou e nunca fui petista e que sou contra o impeachment.

Agressivos que estavam, talvez surpresos por me verem, quiseram argumentar.

O de máscara falou: “Eu gostaria que você repetisse que não é petista, porque sou seu fã”.

Repeti e voltei a dizer que era contra o impeachment, além de dizer que o que eles estavam fazendo era um absurdo e que não me intimidavam.

Ele retrucou: “Mas não entendo como você pode ser contra o impeachment e não ser petista”.

“Porque você é um ignorante político”, respondi.

Ao que ele reagiu: “Não sou, não, eu leio Gramsci, a “Carta Capital” e o “Vermelho”.

Nesta altura, sob as vistas de meu filho e de minha mulher, e com a aproximação de dois guardas da rua, um dos que estavam atrás no carro, ponderou ao mascarado:

“Então pede desculpa e vamos embora”.

E foram. Sem pedir desculpa.

Valentes, muito valentes.

ATUALIZAÇÃO ÀS 10h:

O Honda Civic , ano 2010, pertence à empresa MOAS INDUSTRIA E COMÉRCIO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA, sediada à Rua Roberto Bosch 469, Pq. Industrial, São Paulo.
Seus proprietários  são Mordekhai Moas e  Alegretta Tilda Safatis Moas, residentes à rua Conselheiro Brotero. 

Falei com o filho deles, Moris Moa, que prometeu entregar, até às 15h de hoje, quando voltarei a telefonar, os quatro nomes dos arruaceiros desta madrugada.

Diz ele que não era um dos quatro, embora uma foto sua seja muito semelhante ao motorista do veículo.

Re-Pa confirmado para domingo à tarde

Em reunião realizada na manhã desta terça-feira, no BPE, dirigentes de Remo, Paissandu e Federação Paraense de Futebol definiram o horário das 16h para o clássico do próximo domingo, válido pelo returno do Parazão. Com preços a serem definidos, o Mangueirão terá carga máxima de 25 mil espectadores.

Cota de TV faz o Flamengo lucrar mais que Barcelona

622_8b565747-f7e1-3eae-b3f9-6f4950837268

O Flamengo divulgou nesta segunda-feira o seu balanço financeiro de 2015 e registrou um lucro de R$ 130,450 milhões na última temporada. É mais do que o dobro faturado em seu exercício de 2014, com R$ 64,312 milhões no período. Ainda mais importante: superior, inclusive, aos números do Barcelona, que teve um superávit de 15 milhões de euros (R$ 61 milhões, de acordo com a cotação) na temporada 2014/15.

O rubro-negro carioca contou com um aumento de R$ 8 milhões na receita bruta de seu departamento de futebol na comparação com o balancete anterior, totalizando R$ 355,613 milhões. O Barça, por outro lado, teve entrada de mais de 608 milhões de euros em caixa (quase R$ 2,5 bilhões) , porém, com um gasto infinitamente superior que deixa somente uma parcela reduzida em seus cofres.

Entre os valores do Fla que cresceram, estão, por exemplo, os direitos de transmissão, que saltaram de R$ 115,77 milhões para R$ 127,888 no ano passado. É aguardado um crescimento ainda maior em 2016.

Conforme antecipado pelo vice-presidente de finanças do clube, Claudio Pracownik, em contato anterior com a reportagem do ESPN.com.br, a arrecadação do Flamengo com cotas televisivas deve chegar a R$ 180 milhões a partir desta temporada.

A gestão flamenguista teve o seu trabalho destacado durante workshop promovido pelo Itaú BBA, o banco de investimentos do grupo Itaú, na semana passada, em São Paulo. A projeção da instituição é que a equipe se torne imbatível no Brasil caso traduza o sucesso de sua administração para dentro do campo.

Até aqui, ela tem fracassado nesse projeto. (Da ESPN)

Federação Nacional dos Jornalistas repudia golpe

democracia_interna

“A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), entidade máxima de representação dos jornalistas brasileiros, vem novamente a público alertar para a gravidade do momento político que o País está vivenciando. A iminência de um golpe de Estado travestido de impeachment vai comprometer de maneira grave a ainda frágil democracia brasileira. Por isso, a FENAJ dirige-se à sociedade, em especial aos jornalistas brasileiros, para conclamar todos a defender a democracia, a justiça, o Estado de Direito.
Não se fortalece a democracia desrespeitando-se as regras democráticas. Não se faz justiça com justiçamento. Não se avança em conquistas sociais com desrespeito às garantias individuais previstas no Estado de Direito. Não se supera crise econômica com o acirramento de uma crise política forjada pelos derrotados nas urnas. Não se constitui cidadania com manipulação das informações e linchamentos midiáticos.
A FENAJ reafirma sua posição de defesa das liberdades de expressão e de imprensa e, mais uma vez, condena os veículos de comunicação que, deixando de lado a importante missão de informar a sociedade brasileira, têm assumido claramente o papel de opositores do governo federal e de defensores do golpe. Essa foi a mesma posição de parte da imprensa brasileira no golpe de 1964. Algumas empresas chegaram a pedir desculpas pelo erro cometido, mas voltam a cometê-lo. Certamente, terão de se explicar perante a história.
A democracia exige que as instituições nacionais cumpram o papel que lhes cabe. Portanto, é inadmissível que a imprensa abdique-se de levar informação de qualidade à sociedade, investigando e reportando fatos. A imprensa não pode servir de instrumento político para quem quer que seja e muito menos reproduzir acriticamente versões, vazamentos seletivos e opiniões favoráveis aos propósitos dos golpistas.
Igualmente, para fortalecer a democracia, o Poder Judiciário não pode abrir mão dos princípios da Justiça. O caráter midiático da Operação Lava Jato e os excessos cometidos pelo juiz Sérgio Moro (sempre apoiado por setores da mídia) evidenciam que o Judiciário está sendo utilizado como instrumento do golpe de Estado. O Supremo Tribunal Federal (STF), como instância máxima da Justiça brasileira, deve assumir o papel de salvaguardar a imparcialidade que a Justiça requer. Juízes devem agir como magistrados e não como agentes políticos; devem falar nos autos e não incitar a população contra quem quer que seja.
A FENAJ lembra que um grupo de parlamentares é ator central no golpe em andamento e que, se esse grupo tiver êxito, a democracia brasileira continuará corrompida. Não podemos entregar o país nas mãos de conspiradores ou de políticos denunciados por vários crimes. A sociedade brasileira não pode aceitar a injustiça da condenação da presidente da República por políticos que praticaram e praticam os atos que supostamente a presidente cometera. Não há nenhuma comprovação de crime por parte da Presidenta Dilma e impeachment sem base jurídica, motivado por razões oportunistas e revanchistas, é golpe.
Por isso, a FENAJ conclama os jornalistas e todos os cidadãos brasileiros a resistir e lutar pela democracia, pela Justiça e pela liberdade. Dia 31 todos às ruas para dizer: não aceitaremos golpes!”
Brasília, 28 de março de 2016.
Diretoria da Federação nacional dos Jornalistas – FENAJ.

Nova chance para Veiga

POR GERSON NOGUEIRA

A lembrança que me vem à cabeça quando se fala em Marcelo Veiga é da passagem fugaz por aqui, em 2012, dirigindo o Remo em partida decisiva para tentar obter o acesso à Série C. Ficou apenas por três jogos, mas demonstrou profunda falta de observação dos jogadores que tinha no elenco. Elegeu o veterano Ávalos, que veio em fim de carreira para cá e que – para piorar ainda mais as coisas – estava lesionado.

Afirmou com todas as letras que Ávalos era seu jogador de referência, para comandar a zaga e liderar o time em campo contra o Mixto. Lento, sem poder de marcação, o ex-jogador em atividade levou um baile do também veterano Nonato, sendo responsável direto pela eliminação azulina naquela partida.

Em favor de Veiga, há o fato indesmentível de que aquele time do Remo foi um dos mais fracos dos últimos anos, montado por Edson Gaúcho. Para disputar três jogos, o técnico herdou um grupo que incluía Alceu, Laionel, Dida, Edu Chiquita, Mendes e Fábio Oliveira. Ávalos era apenas o pior entre os piores.

De qualquer maneira, naquela ocasião, Veiga veio debelar um incêndio iniciado por outro treinador. A ele não pode ser atribuída a responsabilidade pelo insucesso do time.

Sua última passagem por Belém foi como adversário do Remo. Desta vez, para desagrado dos azulinos, Veiga triunfou com o Botafogo de Ribeirão Preto, levando a melhor diante de um Mangueirão lotado. Classificou o time paulista com um empate sem gols, sustentado com indiscutível competência e estratégia.

É esta imagem vencedora e positiva que o Remo abraça ao contratá-lo outra vez. Pode-se dizer que o clube abre uma nova oportunidade para o próprio Veiga, que logo depois da conquista do título da Série D foi surpreendentemente liberado pelo Botafogo.

A diretoria informa que o treinador chega na quarta-feira, a tempo de dirigir os últimos treinos e montar o time para o clássico contra o Papão no domingo. Vale dizer que o novo técnico terá que operar um pequeno milagre: devolver ao Remo a confiança perdida ao longo dos últimos seis jogos, quando o time foi incapaz de vencer confrontos contra adversários até de nível inferior.

Há muito mais a corrigir no time do que apenas posicionamento e configurações táticas. Será necessário, acima de tudo, incutir um novo ânimo no elenco. É uma tradição do futebol a superação experimentada por times que trocam de treinadores. O motivo é simples: os jogadores se esforçam mais no sentido de deixar boa impressão no comandante que chega.

Veiga terá que se valer dessa condição e transmitir motivação ao grupo. Apesar do desafio representado pela estreia justamente contra o maior rival, há a oportunidade de utilizar essa situação como fator positivo. Afinal, vencer um clássico tem sempre caráter revitalizador tanto para o time quanto para a torcida.

A troca de comando se fazia necessária desde o final do primeiro turno, quando o Remo evidenciou falhas graves quanto à organização em campo. Sempre foi um time instável, que não conseguia manter o mesmo ritmo ao longo de 90 minutos. Quando começava bem, caía na etapa final – e vice-versa.

As vitórias eram obtidas muito mais pela habilidade individual dos principais jogadores, como Ciro e Eduardo Ramos. Quando ambos eram bem marcados, o Remo não funcionava como time.

Muita gente não se deu conta, mas a decisão do turno na série de tiros livres da marca do pênalti contra o Papão escancarou uma das maiores deficiências de comando técnico do lado azulino: a falta de treinamento adequado para o duelo de penais, ao contrário do adversário, que tinha anotações e estatísticas sobre as características dos atletas remistas que participaram das cobranças.

7fbe8e21-86dc-4d5e-9de9-9d160a98a486

Marcelo Veiga vem para consertar a nave em pleno voo. Precisa organizar rapidamente um processo de recuperação, capaz de obter o milagre da salvação no Campeonato Paraense, e depois construir um novo elenco para o Brasileiro da Série C. Que seja mais certeiro nas contratações e que evite apostar na geração sub-40, como fez Leston – com inestimável ajuda do gerente Fred Gomes.

Acima de tudo, que Veiga tenha mais sorte desta vez. Vai precisar.

————————————————–

Direto do blog

“Faz tempo que vinha falando que o Remo estava perdendo tempo com esse Leston. Três meses perdidos e jogados fora. Só agora que tomaram uma atitude que nem era preciso. Minha mãe na sua santa sabedoria sempre diz: ‘Meu filho, pobre quando quer fazer alguma coisa, que faça bem feito e de uma só vez, mesmo que custe caro, para não gastar novamente refazendo tudo de novo’.”

De Jaime, torcedor azulino radicado nos Estados Unidos.

————————————————-

“Gostei da contratação. Tem que focar na preparação da equipe para a série C. Suponho que conheça bons valores do campeonato paulista, já que é de lá e estava treinando um time de lá. Espero que a diretoria contrate jogadores novos e que caibam no orçamento do clube. Última passagem dele pelo leão não serve de parâmetro. Veio apagar incêndio apenas.
Que a diretoria lhe dê condições para trabalhar. Dá-lhe Leão!!”.

De Luis Felipe Corrêa, apostando tudo no perfil paulista de Veiga.

————————————————

“Isto significa que, a partir de hoje, o Remo deverá pagar dois técnicos: a multa rescisória do que está de saída e os salários do que virá. Para um clube que nada em dívidas, significa mais problemas futuramente”.

De Jorge Amorim, prevendo novos problemas para o Leão.

(Coluna publicada no Bola desta terça-feira, 29)

Rock na madrugada – Rolling Stones, Love in Vain

https://www.youtube.com/watch?v=kAGnxH1dygU