Insatisfeitos, clubes da Série B pressionam Globo

O atual contrato com a Globo se encerra em 2017

Com futuro indefinido, a Série B pode mudar de mãos a partir de 2018. O presidente do Náutico, Glauber Vasconcelos, se reuniu com o Esporte Interativo, na última sexta-feira, em Natal, para discutir a venda dos direitos de transmissão do campeonato. Membro da comissão de clubes que cuida do assunto, eles aguardam um retorno da Rede Globo, atual detentora, até a próxima semana. O acordo com a emissora carioca se encerra em 2017. O último encontro entre as partes aconteceu na terça-feira passada, no Rio de Janeiro.

Entre as exigências para a renovação da parceria, está a criação da ‘cota de socorro’ para resguardar financeiramente os rebaixados da Série A. A novidade não beneficiaria apenas os remanescentes do Clube dos 13, que contam com contratos individuais e seguem recebendo a mesma cota em suas primeiras temporadas na segunda divisão.

É o caso hoje de Botafogo, Bahia e Vitória. Os demais, em caso de descenso, sofrem um forte impacto em seus cofres. Os repasses anuais despencam de R$ 18 milhões na Série A para R$ 3 milhões na Série B. “A verdade é a seguinte: a gente está na mesa para negociar. Temos nosso parceiro, a Globo, e vamos esgotar com eles. É lógico que, se as conversas não caminharem bem, e espero que caminhem, não podemos abrir mão de conferir outra oportunidade”, afirma Marcus Salum, do América-MG, ao ESPN.com.br.

“A gente conversou (com o Esporte Interativo) e escutou o que eles têm a nos oferecer. O objetivo hoje é prorrogar o contrato que existe, respeitamos o acordo, respeitamos os patrocinadores, mas, como ele se encerra em 2017, temos que ouvir todo mundo. O encontro que tivemos hoje (sexta-feira) foi bastante interessante”, prossegue Glauber Vasconcelos, do Náutico.

A meta principal é conseguir pelo menos dobrar a cota atual de R$ 3 milhões – R$ 2,7 milhões, com impostos -, segundo os clubes, insuficientes para fazer futebol. “Não queremos mexer com premiação, cota, dinheiro de ninguém. O que a gente quer é uma cota maior para termos condição de formar grandes equipes e concorrer com os clubes rebaixados da Série A”, explica Alberto Maia, do Paysandu.

6 comentários em “Insatisfeitos, clubes da Série B pressionam Globo

  1. 3 milhões por 7 meses dá pouco mais de 400 mil por mês, o que para um clube como o Paysandu em termos de bilheteria é uma perda grande. Pois o o papão na media joga 4 jogos por mês em Belém, perde pra tv cerca de 5 a 10 mil expectadores que poderiam a 30 reais proporcionar aumento de 150 mil a 300 mil por apenas um jogo.
    Ou seja não passando na tv, o publico aumentaria.

    O problema é que a tv é importante, pois, enquanto a marca do time sem tv é mostrada pra apenas os 35 mil possíveis no estádio, a tv mostra pra milhões de pessoas no mundo.

    Mas o pedido de aumento é justo, independente disso, pois a TV se faz nas mãos dos clubes de todos os jeitos que pode explorar.

    Mesmo com a possiblidade de subir, o Maia está correto em brigar pelos direitos dos times da série B.

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  2. Globo fustigada, com justiça, por todos os lados.

    No início da semana foram os árbitros exigindo direito de arena. Aqui, mesmo o objetivo verdadeiro sendo o parlamento, há potencial de grande aperreio pra emissora. Afinal, será muito complicado transmitir os jogos sem mostrar o árbitro.

    Isso tudo me parece um amadurecimento para alcançar as rádios, outro canal de midia que extrai significativos lucros com o futebol, pelo que acho justo que haja a devida contrapartida aos clubes.

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  3. Depois que a Globo comprou os direitos de transmissao dos jogos do brasileirao, e no proposito de buscar audiencia a qualquer custo, comecou a derrocada do futebol no Brasil, tenta criar craques que nao existe, promover jogadores mediocres em busca de pontos no ibope, tem sido um verdadeiro cancer no esporte bretao, os clubes precisam se libertar dessa manipuladora da midia, parece que todos os dirigentes de clubes tem medo da dona Globo. Te dizer!

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  4. Na verdade, nenhum clube quer largar a Globo… Sabe que ela dá muito retorno.. Usam as outras, como EI, Record,… pra ganhar aumento, que penso ser merecido…Também penso que é muito pouco, apenas 2.700.000,00, divididos em várias parcelas..Aqui pra nós.

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  5. Ta na hora de acabar esse monopólio!

    Os clubes de Norte e Nordeste que são maioria do publico deveriam se mobilizar e pressionar os donos do Futebol Brasileiro. pois a dona globo manda em tudo, o que prejudica os clubes que jogam em horários absurdos pra que a mandatária possa transmitir todos os jogos. Assim os clubes e todos os envolvidos na gestão -incluindo os jogadores que são os que mais sofrem com essa maratona irregular de horários – sofrem pra tentar manter um nível respeitável de apresentações, tornando o futebol mais desagradável de se ver.

    Isso desagrada o torcedor, que apesar de ser apaixonado por futebol, fica frustrado com desempenhos ruins. Muitas vezes devido a cansaço por jogos excessivos e horários impróprios para se praticar futebol.

    Sendo assim defendo que se busque uma forma de dividir a grade de programações, e por consequência uma melhor distribuição nas cotas. Dessa forma os horários das competições podem ser distribuídos e padronizados. mas pra isso é preciso que os clubes do Norte e Nordeste se unam em prol do Futebol.

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