Legendas do mundo da bola

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Zico, da Udinese, e Paulo Roberto Falcão, da Roma. 1983/1984.

Guga Noblat descobriu o óbvio: paneleiros são doentes

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POR PAULO NOGUEIRA, no DCM

O apresentador Guga Noblat descobriu a pólvora: os paneleiros são doentes.

Ele escreveu, no Facebook, que não imaginava que, carregando uma criança no colo, pessoas que protestavam contra Dilma pudessem hostilizá-lo.

Mas hostilizaram.

Quando nem um bebê é respeitado, é porque a doença é, definitivamente, grave.

E essa doença se chama ódio. É um tipo de ódio irracional, ilógico – e perigoso.

Sua origem é facilmente rastreável. Ele deriva do enxame de colunistas que, nos últimos anos, se dedicaram a fazer uma incessante e furiosa pregação contra o PT.

As grandes empresas de jornalismo se abarrotaram de pessoas com esse perfil: gente sem limites na agressividade antipetista.

Se você olhar para trás, verá que o primeiro deles foi Diogo Mainardi, na Veja.

Logo depois, também na Veja, mas no site, apareceu Reinaldo Azevedo.

Tolstoi não se gabava de ter escrito Guerra e Paz, mas Azevedo não perde uma chance de dizer que criou a palavra “petralha”, segundo ele dicionarizada.

Aos dois se juntaria, com a mesma selvageria, Arnaldo Jabor, que começou a enxergar bolcheviques sob a própria cama e a denunciá-los com estridência em jornais, rádio e tevê.

Com o correr dos dias, o grupo foi se ampliando rapidamente. Rachel Sheherazade surgiu dentro desse quadro.

Não quisesse Silvio Santos dar sua contribuição sorridente para o ódio anti-PT, Sheherazade ainda estaria no anonimato em que sua carreira se arrastou.

Esta é uma característica comum à brigada da raiva.

Em circunstâncias normais, não seriam nada, ou quase nada. Mas deixaram claro aos donos da mídia que topariam agredir incondicionalmente Lula, Dilma e o PT. E isso lhes trouxe emprego e dinheiro fácil.

A grande ironia de tudo, e já falei disso algumas vezes, é que quem financia tudo isso é o próprio governo, pelo dinheiro bilionário que ano após ano coloca nas corporações de jornalismo dedicadas a destruí-lo.

Sobra dinheiro aos Marinhos, Frias e Civitas para sustentar e ampliar a bancada do golpe.

Uma das grandes interrogações futuras sobre os governos petistas é por que continuaram a prestigiar, com copiosos anúncios, empresas jornalísticas que são hoje, para usar a palavra de Guga Noblat, fábricas de “doentes”.

O mistério é ainda maior porque as audiências das mídias tradicionais despencaram nos últimos anos, com a ascensão da mídia digital.

Um tipo de público foi especialmente afetado pela mídia: pessoas de classe média, ou classe média alta, com pouquíssima leitura.

São os chamados analfabetos políticos.

Um caso exemplar é o do executivo fracassado Danilo Amaral, que hostilizou Padilha num restaurante em São Paulo.

Você tem que estar doente da cabeça para fazer o que ele fez. A vida de Amaral foi vasculhada pelos que se condoeram de Padilha, e hoje todo o Brasil sabe que o ponto supremo de sua carreira foi enterrar uma companhia aérea.

O que fez a fábrica de doentes com Amaral?

Aplaudiu.

Algumas pessoas notaram uma ironia nos apuros de Guga. Ele é filho do jornalista Ricardo Noblat, que em seu blog no Globo é parte do grupo semeador de ódio.

Talvez seja uma oportunidade para Noblat refletir sobre o triste papel que vem desempenhando como blogueiro.

Há um limite para agradar patrões – e este limite foi há muito tempo ultrapassado por Noblat e seus congêneres.

Condel do Remo afasta Pedro Minowa

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Por decisão do Conselho Deliberativo do Remo, na noite desta segunda-feira, o presidente Pedro Minowa foi afastado excepcionalmente do cargo, sob a acusação de gestão temerária. Ele assinou um contrato que prevê rescisão indenizatória de R$ 500 mil com um parceiro do clube e teria aceitado a utilização de uma empresa fantasma para gerir o Nação Azul (ST). Durante a reunião, sob protestos de alguns torcedores à entrada da sede remista, o presidente do Condel, Manoel Ribeiro, anunciou que 26 conselheiros inadimplentes seriam afastados sumariamente e informou que seus suplentes serão chamados a assumir.

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Minowa terá prazo de 15 dias para apresentar defesa e até lá o clube será presidido interinamente por Manoel Ribeiro. O presidente afastado afirmou que irá entrar com recurso judicial para reaver o cargo. A crise estava instaurada desde a reta final do Campeonato Paraense, quando uma comissão de conselheiros assumiu a gestão financeira do clube, a fim de normalizar o pagamento de salários de atletas e funcionários.

Enquanto a reunião do Condel se realizava, um pequeno grupo de torcedores protestava pedindo mais comprometimento com os destinos do clube. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

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O passado é uma parada…

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Biro-Biro, volante que veio do Corinthians, era uma das estrelas do time campeão do Remo de 1993. Formou ao lado de João Santos e Alberto, ex-bragantino, e com outros destaques, como Belterra, Agnaldo e Cacaio. Biro-Biro, aliás, foi o aniversariante do dia, completando hoje 53 anos de idade.

Papão treina e define equipe para amanhã

Com vistas ao jogo desta terça-feira à noite, em Natal, contra o ABC pela Copa do Brasil, o Paissandu realizou um mini-coletivo no centro de treinamento do América-RN, localizado em Parnamirim, cidade próxima à capital potiguar. O técnico Dado Cavalcanti deu a entender que a escalação para amanhã será a seguinte: Emerson; Pikachu, Gualberto, Tiago Martins e João Lucas; Ricardo Capanema, Jonathan, Fahel e Carlos Alberto; Leandro Cearense e Aylon. Os jogadores Fernando Lombardi e Gilson Alves não poderão atuar, pois já defenderam outras equipes na atual Copa BR. Os bicolores jogam por um empate para passar à próxima fase da Copa do Brasil, pois venceram a partida de ida por 1 a 0 em Belém.

Enquanto isso, em Belém, o volante Fernando foi apresentado nesta segunda-feira à tarde como novo reforço para a Série B. Veio da Penapolense (SP).

Leão contrata Aleílson e mais três atletas regionais

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Depois de negociações com o empresário do jogador, o Remo finalmente definiu a contratação do atacante Aleílson para a disputa do Brasileiro da Série D. Aleílson disputou o Campeonato Paraense pelo Paragominas. Por indicação do técnico Cacaio, o Remo fechou também as contratações dos jogadores Henrique (zagueiro, ex-Parauapebas), Juninho (meia-armador, 31, ex-Parauapebas) e Léo Paraíba (atacante, ex-Princesa do Solimões). Os jogadores Chicão e Ezequias foram descartados em função da idade.

O clube ainda busca contratar o lateral-direito Léo Rosas e o zagueiro Ezequias (ambos do Independente) e um goleiro do futebol goiano. Os jogadores Ítalo e William, do sub-20, foram promovidos ao elenco de profissionais e o lateral-direito Ley, ex-Rio Branco, pode ser anunciado ainda nesta semana. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)

CBF nega que tenha “vendido” a Seleção

A Assessoria de Imprensa da CBF emitiu nota oficial na tarde deste domingo, rebatendo as denúncias do jornal “O Estado do São  Paulo” a respeito do contrato firmado com a empresa ISE de exclusividade para promoção de jogos da Seleção Brasileira. Abaixo, a íntegra da nota:

Reportagem publicada neste domingo no jornal Estadão levanta infundadas suspeitas de irregularidades no tocante ao contrato que a CBF celebrou com a empresa ISE, que integra o Grupo Dallah All Baraka.

A CBF, ao mesmo tempo em que repudia, com veemência, tais insinuações maliciosas, aproveita para ressaltar a lisura dessa contratação, esclarecendo o seguinte:

1 – Ao contrário do que diz a reportagem do Estado de S. Paulo de hoje, (17/05/2015), a CBF não “vendeu” a Seleção Brasileira, hipótese ridícula, manchete que não se  sustenta em nenhuma evidência e somente se explica pela necessidade do jornalista Jamil Chade de buscar a notícia fácil, que gera escândalos.

2 – A CBF informa também que não leiloou a Seleção Brasileira como diz a reportagem do jornal, outra hipótese infantil, tradição das reportagens deste repórter. O tal contrato citado pelo jornalista não é secreto e em nenhum momento tem influência sobre convocações de atletas e, tampouco, traz prejuízo técnico para a seleção. A matéria, inclusive, pode ser chamada de requentada, já que vários dados deste contrato já foram divulgados, inclusive no próprio jornal.

3 – A CBF afirma que os critérios de escolha dos convocados para os jogos da Seleção Brasileira são e serão, sempre, técnicos. Jogarão e jogaram, sempre, os melhores jogadores em atividade. A população brasileira acompanha, jogo após jogo, a escolha dos convocados, anunciados publicamente, e, portanto, sabe que o jornalista mentiu ao afirmar que as escolhas são feitas por critérios comerciais.

4 – A CBF mantém um contrato com a companhia ISE para a realização de amistosos da Seleção Brasileira. O contrato tem cláusulas de confidencialidade como qualquer outra transação comercial deste nível.

5 – Exceto por causa da leitura mal intencionada que fez o jornalista, o contrato não diz, não aborda, não dá margem a dúvida ou interpretação de que a CBF daria o direito de induzir a convocação de jogadores a quem quer que fosse.

6 – A matéria alardeia, sugere e não prova, a não ser por ilação do autor, que a CBF leiloou a Seleção e distribuiu comissões a agentes, cartolas, testas de ferro e empresas em paraísos fiscais. Nada disto existiu e nada disto foi comprovado na matéria.

7 – A CBF paga rigorosamente todos os tributos em dia, inclusive os pertinentes ao contrato em questão, a despeito de sua formatação jurídica que lhe conferiria isenção fiscal por ser entidade sem fim lucrativo. A CBF informa também que mantém suas contas bancárias sediadas exclusivamente no Brasil.

8 – Se a ISE tem sede nas Ilhas Cayman ou em qualquer outro lugar, este critério para a localização de sua sede é dela e não da CBF. A sua existência é legal e protegida por leis internacionais. A ISE é uma subsidiária do Grupo Dallah Al Baraka, um dos maiores conglomerados do Oriente Médio. O Grupo Baraka tem 38 mil funcionários em todo mundo. A ISE subcontratou direitos à Pitch Internacional, dentro das prerrogativas contratuais que tem.

9 – A leitura de Jamil Chade sobre as cláusulas contratuais foi, como sempre, feita de maneira mal intencionada. No ramo do futebol se um time não se apresenta com a equipe principal o valor do amistoso pode ser reduzido. Se o Barcelona for jogar com o seu time B, sem contar com suas grandes estrelas, como por exemplo Neymar,  Messi e Suarez, suas cotas comerciais serão menores. Se uma banda de rock não se apresentar com o seu vocalista, o valor será renegociado.

10 – É natural e compreensível que o contrato de um jogo de futebol de uma grande equipe seja definido com base na presença de seus grandes astros. Caso a Seleção Brasileira viesse a ser representada por jogadores de sua equipe sub-20 ou sub-23, os valores decorrentes poderiam ser inferiores. Importante dizer que esta cláusula tão alardeada jamais foi invocada ou levada a efeito desde o início de vigência do acordo.

11 – Isto não significa direcionamento de convocação do jogador A ou B, segundo a esdrúxula interpretação e conclusão do jornalista Jamil Chade. Trata-se de cláusula meramente de preço e não de ingerência.

12 – É muito importante dizer que muito além do significado comercial estes jogos têm absoluta importância técnica. Servem para avaliação da equipe, a evolução do conjunto dos jogadores e o conhecimento de adversários internacionais.

13 – Os termos do acordo em vigor desde 2006 – portanto, há quase 10 anos – têm inequivocamente proporcionado bons resultados financeiros à Seleção Brasileira.

14 – Há dois anos, aproximadamente, a CBF foi procurada por outra empresa para negociar assuntos que fazem parte do objeto em questão. A CBF conversou e chegou à conclusão de que não era um negócio melhor do que o existente com a ISE, razão pela qual o contrato seguiu vigente. O fato de a CBF ter ouvido outros potenciais interessados significa que está atenta ao mercado e que tem gestores responsáveis e que não se acomodam com situações já estabelecidas em contratos.

15 – A CBF lamenta a leitura arbitrária do jornalista que escreveu a matéria. Sobre diálogos e possíveis minutas que nunca se concretizaram em contratos, a CBF não pode se manifestar. São versões unilaterais, especulações, que ficam sob a responsabilidade do que escreveu o jornalista, que deu asas à imaginação, a insinuações, inclusive sobre comissões de contratos que simplesmente não existem.

16 – A CBF se põe à disposição, de forma transparente, para esclarecimentos de dúvidas remanescentes.

Rock na madrugada – Creedence Clearwater Revival, Down on the Corner