O Tribunal de Justiça Desportiva liberou os jogadores Adriano e Cassiano para jogarem a final do returno pelo Remo, no próximo domingo. O TJD julgou os atletas e integrantes da comissão técnica do Remo expulsos no jogo Águia x Remo, no último domingo (22), em Marabá. O advogado e diretor Hamilton Gualberto fez a defesa dos azulinos e, mostrando imagens de TV, conseguiu efeito suspensivo para o goleiro Adriano, que havia sido expulso, e o atacante Cassiano, que recebeu o terceiro cartão amarelo. O volante André, expulso na partida, pegou um jogo de suspensão. O técnico Flávio Lopes e o massagista Marco Antônio foram suspensos por quatro jogos, mais multa de R$ 1.000,00. O resultado irritou a direção do Águia de Marabá, que promete recorrer ao STJD e denunciar o caso ao Ministério Público. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)
Dia: 26 de abril, 2012
Coritiba 4 x 1 Paissandu (comentários on-line)
Copa do Brasil – terceira fase, jogo de ida.
Coritiba 4 x 1 Paissandu – estádio Couto Pereira, em Curitiba, às 19h30.
Gols – Anderson Aquino, aos 32 do primeiro tempo; Roberto, aos 33; Everton Ribeiro, aos 43. Tiago Potiguar, aos 22 do segundo tempo; Tcheco, aos 48, cobrando pênalti.
CBA lança GP Caixa/Governo do Pará
Com a presença de autoridades do Governo do Pará, de representantes da Caixa Econômica Federal e da Confederação Brasileira de Atletismo, foi apresentado à Imprensa esportiva local, nesta quinta-feira 26, no Crowne Hotel, em Belém, o GP Caixa/Governo do Pará. Presente, o campeão mundial indoor do salto em distância, Mauro Vinícius da Silva, o Duda, que veio à cidade para promover o Meeting, que será disputado no próximo dia 6 de maio, no Mangueirão. Em nome da CBAt, o superintendente técnico Martinho Santos agradeceu a Duda pela presença e lembrou que o presidente da entidade, Roberto Gesta de Melo, “sempre fala da importância da parceria com a Caixa e do apoio do Governo paraense, na realização do GP.”
O secretário de esportes do Pará, Marcos Eiró, falou da decisão do governador Simão Jatene, tanto em seu primeiro mandato quanto no atual, de apoiar decisivamente eventos esportivos, em especial o GP de Atletismo. “No dia 6 de maio vamos novamente lotar o Mangueirão”, disse. “Aproveito esta ocasião para agradecer ao presidente da CBAt, Roberto Gesta de Melo, pela confiança nestes 11 anos. Certamente, este GP é um dos grandes legados de sua administração.”
Pensata: Honrar o país
Por Vladimir Safatle
Aqueles que hoje desafiam a mudez do esquecimento e dizem, em voz alta, onde moram os que entraram pelos escaninhos da ditadura brasileira para torturar, estuprar, assassinar, sequestrar e ocultar cadáveres honram o país.
Quando a ditadura extorquiu uma anistia votada em um Congresso submisso e prenhe de senadores biônicos, ela logo afirmou que se tratava do resultado de um “amplo debate nacional”. Tentava, com isto, esconder que o resultado da votação da Lei da Anistia fora só 206 votos favoráveis (todos da Arena) e 201 contrários (do MDB). Ou seja, os números demonstravam uma peculiar concepção de “debate” no qual o vencedor não negocia, mas simplesmente impõe.
Depois desse engodo, os torturadores acreditaram poder dormir em paz, sem o risco de acordar com os gritos indignados da execração pública e da vergonha. Eles criaram um “vocabulário da desmobilização”, que sempre era pronunciado quando exigências de justiça voltavam a se fazer ouvir.
“Revanchismo”, “luta contra a ameaça comunista”, “guerra contra terroristas” foram palavras repetidas por 30 anos na esperança de que a geração pós-ditadura matasse mais uma vez aqueles que morreram lutando contra o totalitarismo. Matasse com as mãos pesadas do esquecimento.
Mas eis que estes que nasceram depois do fim da ditadura agora vão às ruas para nomear os que tentaram esconder seus crimes na sombra tranquila do anonimato.
Ao recusar o pacto de silêncio e dizer onde moram e trabalham os antigos agentes da ditadura, eles deixam um recado claro. Trata-se de dizer que tais indivíduos podem até escapar do Poder Judiciário, o que não é muito difícil em um país que mostrou, na semana passada, como até quem abusa sexualmente de crianças de 12 anos não é punido. No entanto eles não escaparão do desprezo público.
Esses jovens que apontam o dedo para os agentes da ditadura, dizendo seus nomes nas ruas, honram o país por mostrar de onde vem a verdadeira justiça. Ela não vem de um Executivo tíbio, de um Judiciário cínico e de um Legislativo com cheiro de mercado persa. Ela vem dos que dizem que nada nos fará perdoar aqueles que nem sequer tiveram a dignidade de pedir perdão.
Se o futuro que nos vendem é este em que torturadores andam tranquilamente nas ruas e generais cospem impunemente na história ao chamar seus crimes de “revolução”, então tenhamos a coragem de dizer que esse futuro não é para nós.
Este país não é o nosso país, mas apenas uma monstruosidade que logo receberá o desprezo do resto do mundo. Neste momento, quem honra o verdadeiro Brasil é essa minoria que diz não ao esquecimento. Essa minoria numérica é nossa maioria moral.
Lecheva ainda tem dúvidas na escalação
O Paissandu tenta quebrar hoje a escrita de nunca ter vencido no estádio Couto Pereira, em Curitiba, com uma formação diferente daquela que goleou o Sport em Recife. Sem Leandrinho, o técnico Lecheva fará mudanças no meio-de-campo e deve também modificar o ataque. A provável escalação do Papão para enfrentar o Coritiba a partir das 19h30 é a seguinte: Paulo Rafael; Pikachu, Douglas, Tiago Costa e Jairinho (Pablo); Billy (Vânderson), Neto, Cariri (Harison) e Tiago Potiguar; Rafael Oliveira e Héliton (Adriano Magrão). (Foto: MÁRIO QUADROS/Arquivo Bola)
Remo tenta efeito suspensivo para três atletas
O Remo tenta obter efeito suspensivo para os jogadores André e Adriano (foto), expulsos no jogo de domingo em Marabá, e anular o terceiro cartão amarelo recebido pelo atacante Cassiano na mesma partida. A sessão do TJD acontece na tarde desta quinta-feira e somente o presidente da corte pode conceder o benefício reivindicado pelos azulinos para poder contar com os jogadores na decisão do próximo domingo. Os atletas estarão presentes e o Remo será defendido pelo advogado Hamilton Gualberto, também diretor do clube. (Foto: MÁRIO QUADROS/Arquivo Bola)
Marabaenses apostam no triunfo do Águia
Outro potiguar deve reforçar o Paissandu
O Paissandu anunciou mais uma contratação para a Série C. Depois do zagueiro Adson, ex-Independente, a diretoria anuncia acerto com o meia Bismarck, 21 anos. O jogador estava no Fortaleza, mas, apesar da pouca idade, já defendeu o Guarani de Sobral-CE, Vila Nova-GO e Santa Cruz. Bismarck, potiguar de nascimento, deve se apresentar segunda-feira na Curuzu. Sua contratação indica que o clube deve estar mesmo negociando Tiago Potiguar com o Náutico.
Justiça confirma que dupla recebeu suborno na Fifa
Agora está confirmado: Ricardo Teixeira usou a empresa Sanud junto com João Havelange para receber comissões em nome da Fifa e não repassou os valores aos cofres da entidade. Os valores finais ainda não foram fechados pela Justiça da Suíça, mas os subornos podem ter passado de US$ 40 milhões, entre 1978 e 2000. O escândalo está sendo investigado pelo Parlamento Europeu, que divulgou um relatório parcial esta semana. Parte dessas comissões milionárias foram recebidas pelos brasileiros entre 1989 e 1998, ano em que Havelange se afastou da presidência da Federação, depois de cumprir mandatos seguidos desde 1974. Além da Sanud, empresa investigada na CPI do Futebol em 2001 (e que tem o irmão de Teixeira, Guilherme, como procurador, no Brasil) os dois brasileiros usaram também o fundo Renford Investiments, e a empresa Garantie JH para coletar propinas na venda de direitos de transmissão dos jogos das Copas do Mundo, “para um país da América do Sul”.
As informações foram amplamente investigadas pelo promotor suíço Thomas Hildebrand que abriu ação criminal contra os dois brasileiros, mantendo seus nomes sob sigilo judicial. Mas alguns documentos exclusivos obtidos por UOL Esporte, no ano passado, permitem cruzar as datas dos depósitos efetuados em várias contas de empresas de fachada, usadas no maior escândalo de corrupção esportiva, que chega a 122,6 milhões de francos suíços ou cerca de US$ 160 milhões no total. Parte desse dinheiro (mais de US$ 40 milhões) ficou nas contas dos dois brasileiros que estavam por trás de um grupo de empresas listadas pela promotoria suíça.
Capa do DIÁRIO, edição de quinta-feira, 26
O pênalti de Neném
Por Roberto Vieira
Neném Prancha foi um sábio grego. Desconhecido pelas novas gerações. Como Platão e Sócrates. Fazer o quê? Neném proferiu diversas frases antológicas. Mas uma delas ganhou a eternidade: ‘Pênalti é tão importante que devia ser cobrado pelo presidente do clube!’. Pois é.
Craque sabe fazer gol, meter uns dribles e cabecear. Pênalti é jogada diferente. Não tem nada a ver com futebol.
Puskas perdeu o seu nas Olimpíadas de 52. Beara defendeu com uma mão só o chute do Major. Cruyjff nem queria saber da missão. Deixava pra Neeskens – que metia uma bolacha no meio do gol. Waldemar de Brito morreu no olhar de Zamora. Zico também. Rivelino deixou de bater quando viu que era furada. Tostão quase botou tudo a perder em 1966.
Maradona só tinha intimidade com outras penalidades. Sócrates batia bem… até a Marselhesa. Até Pelé – celebrizado pelo milésimo gol – perdia mais que fazia, com paradinha e tudo. Então, meus amigos. Era óbvio que Messi, Kaká e Cristiano Ronaldo iam perder seus pênaltis. O Dátolo, ora o Dátolo. Na hora H.
Porque craque sabe fazer gol, meter uns dribles e cabecear. Pênalti é jogada diferente. Não tem nada a ver com futebol.
Pênalti? É coisa de Neném…







