Juventude bate Goiás e reassume a liderança

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Acordo estabelece intervalo mínimo de 66 horas entre os jogos

Competições coordenadas pela CBF irão observar o intervalo mínimo de 66 horas entre uma partida e outra para participação do atleta. O regramento é fruto de acordo celebrado nesta terça-feira, dia 27/6, no TRT da 15ª Região, entre a CBF e a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf), em São Paulo. A homologação põe fim a um processo ajuizado na 8ª Vara do Trabalho de Campinas pela Fenapaf em 2013.

Os termos da proposta levaram em consideração a inexistência de uma lei regulamentadora do intervalo mínimo a ser observado entre a realização de uma partida e outra, das quais possa participar um mesmo atleta. O acordo prevê que a observância do intervalo mínimo deverá constar do Regulamento Geral das Competições a partir do ano de 2018.

Para as competições deste ano, ficou acordado que a CBF irá emitir uma resolução, informando as federações estaduais sobre a necessidade de cumprimento da regra. Caso não seja observado o período de 66 horas, o clube será denunciado com base no artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê perda de pontuação.

Nos autos, a CBF manifestou que “as partes, consensualmente, chegaram às regras que devem nortear os intervalos entre as partidas e o necessário descanso dos atletas”, reforçando a finalidade precípua da Justiça do Trabalho em promover a conciliação.

A Fenapaf considerou o acordo um marco histórico para o futebol brasileiro e para todas as entidades envolvidas, como os clubes, as federações e a própria CBF. “As entidades entraram em entendimento, mostrando efetivamente condições para melhorar o futebol brasileiro, em ações que valorizam os atletas. Quem ganha somos todos nós e principalmente a torcida, com espetáculos de qualidade”, disse o presidente da instituição, Felipe Augusto Leite.

S. Raimundo é acusado de escalar jogador sem contrato

O São Raimundo pode ser excluído da Série D por ter escalado o jogador Leandro Gleidson em jogo realizado no último dia 11 de junho. O contrato do atleta havia expirado no dia 7 de junho. O julgamento acontece no STJD na próxima sexta-feira. O clube santareno será defendido pelo advogado Osvaldo Sestário.

Com a exclusão do São Raimundo impactará nos confrontos da próxima fase da Série D, a CBF já tornou sem efeito a tabela de jogos divulgada ontem. Até o momento, o São Raimundo não se manifestou oficialmente sobre a denúncia envolvendo seu jogador. Na Copa do Brasil de 2010, o São Raimundo sofreu punição por escalar jogador irregular diante do Botafogo-RJ.

Segundo o diretor da FPF, Paulo Romano, no ato de assinatura da súmula pelo árbitro antes do jogo do dia 11, o São Raimundo foi avisado que Leandro não estava regular. Imediatamente, o atleta foi retirado da relação – tanto que na súmula em poder da FPF não consta o nome dele. Hoje, surpreendentemente, o nome apareceu na súmula eletrônica da CBF.

O lance mais bonito da rodada

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O atacante Roger entra em campo com a filha Giulia sob aplausos de 20 mil botafoguenses, ontem à noite, no estádio Nilton Santos.

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Amaral pode ser novo reforço do Leão

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O volante Amaral (foto), que foi campeão gaúcho deste ano defendendo o Novo Hamburgo e que ultimamente estava no Náutico-PE, pode ser o próximo reforço anunciado pela diretoria do Remo. As negociações estão avançadas, segundo fontes do clube. O jogador, de 27 anos, disputou até aqui 24 partidas na temporada – pelo Novo Hamburgo e pelo Náutico. O Remo só estaria esperando a liberação do atleta pelo Náutico para fazer o anúncio oficial. Amaral atua também como lateral-direito.

Além de Amaral e Luiz Eduardo, atacante já contratado, o Remo ainda busca por um lateral-direito e um meia-armador, segundo o diretor Marco Antonio Magnata. Em entrevista ontem, Magnata disse ainda que o clube tem interesse no atacante Leandro Carvalho, que continua afastado do time do Paissandu.

A frase do dia

“Conta do golpe cada vez mais pesada para os seus autores. Resta saber se os picaretas no Congresso vão querer pagá-la junto com Temer e Aécio”.

André Rizek, jornalista 

A legalização da zorra

POR GERSON NOGUEIRA

Remo e Sampaio Corrêa travam a polêmica da semana, discutindo se Edgar e Pimentinha podem ou não atuar com a camisa azulina no jogo da próxima rodada contra o Bolívia maranhense. A cada nova história que surge sobre um suposto acordo de cavalheiros entre os presidentes das duas agremiações fica evidente que não há nenhum papel assinado respaldando a exigência do Sampaio.

Aliás, há alguns anos, a Fifa já se manifestou sobre a estranha pretensão de clubes que decidem proibir que ex-atletas os enfrentem. Por absurda e ilegal, afrontando contra as garantias profissionais dos atletas, essa norma não escrita foi banida pela entidade no mundo inteiro.

No Brasil, porém, onde tudo sempre encontra uma brecha, dona CBF incluiu – por sua conta e risco – um monstrengo no regulamento de transferências, sacramentando esse descalabro. Pior que isso: determinou que acordos tácitos têm amparo legal, mesmo quando não venham acompanhados de documentação por escrito.

É a celebração da zorra, pois fica valendo a palavra de um contra o outro, exatamente como se verifica agora na pinimba entre azulinos e bolivianos. O dirigente do Sampaio garante que cedeu Edgar e Pimentinha sem ônus, mas tendo a promessa (do técnico Josué Teixeira, que já deixou o Remo) de que não enfrentariam seu time durante a Série C.

De sua parte, o Remo garante que não há nada escrito, o que lhe daria o direito de escalar os jogadores. É uma interpretação muito singular do artigo que trata dessa questão no regulamento de transferências. A lógica do Direito dá guarida aos argumentos remistas, mas o bom senso manda que cumpram o que a CBF determina.

Como já dizia um antigo político local, lei no Brasil é potoca e os clubes paraenses têm um longo histórico de litígios desfavoráveis nos tribunais desportivos. Caso seja penalizado, o Remo pode perder 6 pontos.

É bom observar, ainda, que outros clubes brasileiros, inclusive da Série A, vêm se submetendo à estapafúrdia norma, receando punições. Palmeiras e Corinthians fizeram isso recentemente.

Ao Remo caberia buscar um acordo para a liberação pelo Sampaio de pelo menos um dos atletas para o jogo ou optar por um outro ataque, com Gabriel Lima e Luiz Eduardo (atacante contratado ontem junto à Caldense).

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Velha mística alvinegra se mantém viva

Quando se pensa em superar a velha cábula, eis que ela renasce com toda força. Penso que é só para não deixar o botafoguense esquecer suas origens e tradições.

Um jogo que tinha tudo para botar o Glorioso em terceiro lugar na classificação da Série A se transformou num suplício.

Dois gols antes dos 17 minutos, marcados ironicamente por um atacante (Joel) que não acertava nem arremesso lateral quando andou pelo Fogão.

Depois, foi um massacre. Mais de 50 ataques desferidos contra a defesa do Avaí, mas os repetitivos cruzamentos só faziam a glória do goleiro catarinense.

É verdade que o árbitro anulou um gol legal e deixou de dar um penal escandaloso cometido pelo bom goleiro do Avaí a 5 minutos do final.

Nada disso, porém, tira o mérito de Claudinei e seus comandados, que resistiram heroicamente ao bombardeio botafoguense.

Por outro lado, apesar da luta e dos ataques em sequência, não se pode livrar a cara do bom Jair Ventura, que voltou a armar errado o meio-campo e deixou o time desprotegido em momentos cruciais.

Para piorar, Camilo não acertou o pé e Montillo só ficou alguns minutos em campo.

Definitivamente, há coisas que só acontecem ao Botafogo.  

(Coluna publicada no Bola desta terça-feira, 27)