O país das coincidências

De fato é bobagem levantar teorias conspiratórias sobre acidentes no país onde a morte de JK foi anunciada na véspera; Vladimir Herzog foi ‘suicidado’; Ulysses e Campos foram abatidos em pleno voo; Tancredo dançou antes de tomar posse; e o golpe parlamentar mais sórdido das Américas foi executado bem nas nossas fuças.

Como se vê, suspeita é apenas coisa de gente maldosa. Hehe…

8 comentários em “O país das coincidências

  1. Gerson e amigos,

    o maior crime de JK era ele ser popular. Rejeitou mudar a Constituição da época para permitir que se reelegesse. Deixou para as eleições de 1965, mas em 1º de abril de 1964 veio o golpe…

    Em 1976, às vésperas de seus 74 anos, ainda representava uma grande ameaça ao regime golpista de então.

    Quanto a Tancredo, era ministro de Getúlio…

    Curtir

  2. … Carlos Heitor Cony, em seu livro “Quem matou Getúlio Vargas” deixa no ar aquilo que muitos sabem mas não podem provar: que foi a CIA que o matou (indiretamente) naquele engendrado e até hoje mal explicado episódio da rua Toneleros. A versão não oficial diz que o pistoleiro que matou o major Vaz – um bate-pau a serviço de Lacerda – pertencia ao quadro de capangas do temido Tenório Cavalcante, um deputado da UDN eduardista.

    Curtir

  3. Quanto ao Herzog me parece que é um caso diferente dos demais. E o tal golpe parlamentar, na verdade é um caso de mera traição entre aliados num projeto comum. Quanto ao caso dos outros, à míngua de elementos dotados d’alguma verossimilhança, tenho pra mim que “as coicidências não vão além das semelhanças”, e que para ser fiel então à filosofia das teorias conspiratórias, será preciso lhes fazer acompanhar do caso Celso Daniel.

    Curtir

  4. O desmantelamento da Petrobras, a prisão do Coronel Othon Bastos (chefe do programa nuclear brasileiro) e os seguidos cortes nos programas sociais derrubam a tese de que o golpe é mera desavença ou picuinha partidária, caro Oliveira. Trata-se, de verdade, de um grande projeto de entreguismo do patrimônio nacional a estrangeiros e de livrar a cara dos entreguistas, perante a Lei, ou, melhor dizendo, do judiciário, porque da Lei, não se pode livrá-los, mas do judiciário, é bem possível.

    Curtido por 1 pessoa

  5. Amigo Lopes, tenho que são impossibilitados de apontar o dedo reprovador contra os governos petistas tanto o governo temerário (inclusive porque dele fez parte até menos de um ano), quanto o governo tucano e anteriores porque foram dispensados pelo povo dado o caráter pernicioso de suas ações.

    Todavia, é impossível não ver que bem antes do início solo do governo temerário, a Petrobras já estava desmantelada. Tanto prova que o balanço da petrolífera, depois de muita protelação, foi apurado pela graça foster, antes de pedir demissão, deixando à calva que a empresa estava algo depauperada, em decorrência das fraudes de que foi vítima nos últimos 10/12 anos.

    Quanto ao chefe do programa nuclear brasileiro, não se trata de simples prisão. Em verdade, tal cidadão está preso porque foi condenado. Daí, vale perguntar: você tem informação do motivo exato que o levou a ser condenado? Sinceramente, eu não tenho. Mas, se a condenação for justa, creio que o simples fato de exercer uma chefia de um programa importante não lhe dá imunidade criminal.
    De outra parte, eu não disse que o impedimento de uma, e a assunção do outro, tenha decorrido de mera desavença ou picuinha partidária. Não! O que eu disse foi que não foi golpe, mas tão somente traição entre aliados. Isto é, o temerário e seus parceiros, traíram o pacto que tinham com a impedida e seus parceiros.

    Mas, note, a traição… Pôde-se admitir, a alta e grave traição, não foi dos interesses da nação ou do povo brasileiro. Não, os traídos foram tão-somente a impedida e seus parceiros, enfim, o projeto pessoal de poder d’alguns próceres petistas, especialmente a impedida e seu antecessor. Daí a perfídia não se enquadrar no perfil de golpe.

    Quanto aos cortes nos Programas Sociais, ainda que eles tenham ocorrido, e ocorreram mesmo, tal, só por só, não respalda a tese do golpe. Uma porque a própria impedida já havia passado a faca nalguns benefícios antes mesmo do impedimento. Duas porque a própria impedida, conforme chegou a acusar o seu próprio mentor e inventor (o lulla) não cumpriu o que prometera na campanha. Aliás, acabou fazendo aquilo que dissera que quem faria seriam seus adversários.

    Quanto ao livramento de cara dos malfeitores, sem negar que exista um grande risco mesmo, o qual eu desde cedo venho referindo aqui, lembro duas coisas: no próprio partido rubro há quem esteja correndo este sorrateiro risco de se livrar; fora das hostes rubras há muita gente responsabilizada que ninguém jamais cogitou que poderia vir a se-lo.

    Curtir

Deixar mensagem para Antônio Oliveira Cancelar resposta