
DO CONEXÃO JORNALISMO
Conforme antecipamos em reportagem publicada hoje em Conexão Jornalismo, os investigadores da Lava-Jato abriram mão da delação premiada de Marcelo Odebrecht. Nela, segundo revelaram advogados, seriam citados nominalmente políticos dos mais diversos políticos que receberam recursos de maneira ilegal doados pela empreiteira. Conforme antecipamos aqui, com isso a possibilidade de que a equipe de Sérgio Moro desistisse da delação era muito grande – o que acabou se confirmando na noite desta quarta-feira (23).
Curiosamente, a desistência ocorre no mesmo dia em que vazou uma lista contendo nomes de mais de 200 deputados que teriam recebido recursos da empreiteira – de maneira legal ou ilegal. Logo após o vazamento, o juiz Sérgio Moro, por razões ainda não esclarecidas, determinou o sigilo sobre os documentos apreendidos na sede da Odebrecht. Agora à noite foi anunciada a desistência do Ministério Público Federal que não irá mais fazer acordo de delação.
A medida tende a beneficiar diretamente os parlamentares da oposição que tem feito carga contra nomes do governo para conseguir viabilizar o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Sem nomes de coringas da oposição, como Geraldo Alckmin, José Serra, Aécio Neves e Eduardo Cunha, entre outros, os opositores ficarão à vontade para pressionar parlamentares para apoiarem o afastamento da presidenta.
Abaixo, a íntegra:
O Ministério Público Federal, diante da nota emitida pelo Grupo Odebrecht em 22 de março de 2016, bem como da sua repercussão na imprensa, vem esclarecer:
1. não existe sequer negociação iniciada sobre acordos de colaboração com executivos ou leniência com o Grupo Odebrecht;
2. a simples manifestação dessa vontade pela imprensa, seja por indivíduos, seja por qualquer grupo empresarial investigado, não possui qualquer consequência jurídica, motivo pelo qual as investigações e atos processuais continuarão em andamento;
3. a divulgação de qualquer intenção de acordo através de imprensa fere o sigilo das negociações exigido pela lei para a celebração do acordo;
4. a simples intenção demonstrada não tem o condão de descaracterizar a contínua ação do Grupo Odebrecht em obstruir as investigações em andamento, como ficou caracterizado na recente 26ª fase da Operação Lavajato, com a tentativa de destruição de seu sistema de controle informatizado de propina;
5. o Ministério Público Federal mantém o entendimento de que acordos de leniência e de colaboração premiada somente são possíveis com o completo desvelamento, por parte dos envolvidos, dos fatos criminosos que já são investigados, além da revelação plena de outras ilegalidades que tenham cometido e que ainda não sejam de conhecimento das autoridades, e da reparação mais ampla possível de todas essas ilegalidades.
Haja ginástica do MPF para explicar a recusa à lista da Odebrecht recheada de figurões golpistas.
Um nojo de Moro!
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E amigo Gerson, mais claro do que isso, so a neve dos polos. Agora esta discarado o que o ¨Justiceiro e heroi do Povo¨ quer. A cada entrevista e nota do Justiceiro fico pensando o Brasil esta perdido. Porque o Lava-Jato nao é para limpar a corrupcao no Pais, é uma estrategia de um Golpe, e o Golpe esta sendo armado e atropelando qualquer etica e moralidade, nem quepara isso tenha que jogar no lixo a ja desacreditada Justica Brasileira.
¨Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação¨
Infelizmente Brasil esta descendo a ladeira sem freio.
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Sinceramente, depois dessa hipocrisia não tem mais clima para a Vaza a Jato, acho que nem em 1964 teve tanta infâmia e canalhice. O mais engraçado foi o Bonner, que não ia divulgar 200 nomes, pois podia esquecer uns e falar de outros hehehe bastava falar do Aecim, Serra só tucano gordo….além dos grandes do PMDB, PQP a Odebrech colou eles numa sinuca de bico.
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Não há nada de” desvelamento” nessa ação do Ministério Público Federal, mas um flagrante descaramento, isso é claro e evidente.
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