Presidente venezuelano propõe mobilização latino-americana em apoio a Dilma e Lula contra golpe

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou os povos da América Latina a manifestar solidariedade e apoiar a presidente do Brasil, Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, de acordo com o mandatário, estão sendo vítimas de um “golpe midiático”.

“No transcurso da tarde de hoje me comuniquei com vários presidentes da América Latina e do Caribe muito preocupados pelo golpe de Estado contra Rousseff. Não duvido em classificá-lo dessa forma, há um golpe de estado midiático e judicial contra a presidente”, disse Maduro.

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“A Venezuela condena o golpe de Estado anunciado e executado por meios de comunicação e membros do poder judicial. Muito perigoso que se pretenda por esses caminhos para arrebatar o que se conquistou nas ruas durante décadas de luta de resistência”, afirmou Maduro, em declarações nesta quinta-feira (16/03) realizadas em uma transmissão televisiva.

Para Maduro, a campanha que está ocorrendo no Brasil tem como objetivo fazer “desaparecer e acabar com a liderança legítima, democrática e profundamente popular desses dirigentes históricos”.

O líder venezuelano reiterou a solidariedade com Lula e Dilma: “a Venezuela se soma às vozes dos movimentos sociais revolucionários de nosso continente, denunciando e rechaçando o golpe de Estado de caráter imperialista que, através dos grandes meios de comunicação, pretendem que esses dois grandes líderes desapareçam da vida política.

Ele ressaltou que, na atualidade, os golpes de Estado “são de outra forma”, diferentes dos que eram dados em décadas passadas, e que agora são “midiáticos” e têm como objetivo “destruir o ser humano, o líder”.

“Se algo é preciso defender da presidente Dilma é sua honestidade, seu valor (…) Lula da Silva foi o melhor presidente, reconhecido assim, da história do Brasil e é um dos grandes lideres deste tempo histórico da humanidade”, acrescentou. (Do Opera Mundi)

Pela democracia, contra o golpe

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Avenida Paulista, SP.

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Berlim, Alemanha.

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Lisboa, Portugal.

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Fortaleza, CE.

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São Luís, MA.

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Porto Alegre, RS.

 

A frase do dia

“O Brasil tá tão errado que Cunha, o maior ladrão da pátria, comanda o impeachment, e o Fla-Flu é em São Paulo… Cadê você, Nelson Rodrigues?”.

Xico Sá, no Twitter

Povão nas ruas contra o golpe

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Movimentação das forças de esquerda em frente ao Palácio do Planalto, no começo desta tarde. Em defesa da democracia.

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Belém vai às ruas em defesa da democracia

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Belém acordou com diversos muros e paradas de ônibus com o material de mobilização para o ato convocado nacionalmente pela Frente Brasil Popular, o qual acontece nesta sexta-feira (18), em todo o Brasil, em defesa da democracia, dos direitos sociais e contra o golpe. A Frente Brasil Popular, articulação política que reúne 60 entidades, dentre as quais CUT, CTB, MST, CMP e UNE e o MTST, além de diversos partidos políticos, como o PT, PCdoB, PCO e o Levante Popular, unificaram-se desde o ano passado e desde então organizam atividades de enfrentamento ao golpe.
Um dos objetivos da frente não é apenas a defesa do governo e nem do PT e sim combater de forma pacífica e nas ruas as forças políticas e econômicas que agem contra a decisão das urnas e que contam com a ajuda de setores do judiciário e da mídia, sobretudo a Rede Globo, que a exemplo do golpe militar que implantou a ditadura militar em março de 1964. Agora, 52 anos depois, a família Marinho, assim como a oposição e parte do judiciário brasileiro, agem de forma muito parecida ao que fizeram antes para derrubar o presidente Jango, democraticamente eleito, e implantar um dos regimes mais cruéis da história deste país.
Em reunião realizada na noite da última terça-feira (16), no Sindicato dos Bancários do Pará, a Frente Brasil Popular acumulou informes de que caravanas de várias cidades paraenses virão para a capital e participarão do ato que terá concentração na praça da República, a partir das 16h, indo em direção ao mercado de São Brás, onde será realizado um grande ato político, com lideranças se revezando nas falas em defesa do governo, mas com críticas pontuais à reforma da previdência e à política econômica. (Com informações do blog As Falas da Pólis, de Diógenes Brandão)
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Carta aberta do ex-presidente Lula ao Supremo

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“Creio nas instituições democráticas, na relação independente e harmônica entre os Poderes da República, conforme estabelecido na Constituição Federal.
Dos membros do Poder Judiciário espero, como todos os brasileiros, isenção e firmeza para distribuir a Justiça e garantir o cumprimento da lei  e o respeito inarredável ao estado de direito.
Creio também nos critérios da impessoalidade, imparcialidade e equilíbrio que norteiam os magistrados incumbidos desta nobre missão.
Por acreditar nas instituições e nas pessoas que as encarnam, recorri ao Supremo Tribunal Federal sempre que necessário, especialmente nestas últimas semanas, para garantir direitos e prerrogativas que não me  alcançam exclusivamente, mas a cada cidadão e a toda a sociedade.
Nos oito anos em que exerci a presidência da República, por decisão soberana do povo – fonte primeira e insubstituível do exercício do poder nas democracias – tive oportunidade de demonstrar apreço e respeito pelo Judiciário.
Não o fiz apenas por palavras, mas mantendo uma relação cotidiana de respeito, diálogo e cooperação; na prática, que é o critério mais justo da verdade.
Em meu governo, quando o Supremo Tribunal Federal considerou-se afrontado pela suspeita de que seu então presidente teria sido vítima de escuta telefônica, não me perdi em considerações sobre a origem ou a veracidade das evidências apresentadas.
Naquela ocasião, apresentei de pleno a resposta que me pareceu adequada para preservar a dignidade da Suprema Corte, e para que as suspeitas fossem livremente investigadas e se chegasse, assim, à verdade dos fatos.
Agi daquela forma não apenas porque teriam sido expostas a intimidade e as opiniões dos interlocutores.
Agi por respeito à instituição do Judiciário e porque me pareceu também a atitude adequada diante das responsabilidades que me haviam sido confiadas pelo povo brasileiro.
Nas últimas semanas, como todos sabem, é a minha intimidade, de minha esposa e meus filhos, dos meus companheiros de trabalho que tem sido violentada por meio de vazamentos ilegais de informações que deveriam estar sob a guarda da Justiça.
Sob o manto de processos conhecidos primeiro pela imprensa e só depois pelos diretamente e legalmente interessados, foram praticado atos injustificáveis de violência contra minha pessoa e de minha família.
Nesta situação extrema, em que me foram subtraídos direitos fundamentais por agentes do estado, externei minha inconformidade em conversas pessoais, que jamais teriam ultrapassado os limites da confidencialidade, se não fossem expostas publicamente por uma decisão judicial que ofende a lei e o direito.
Não espero que ministros e ministras da Suprema Corte compartilhem minhas posições pessoais e políticas.
Mas não me conformo que, neste episódio, palavras extraídas ilegalmente de conversas pessoais, protegidas pelo Artigo 5º. da Constituição, tornem-se objeto de juízos derrogatórios sobre meu caráter.
Não me conformo que se palavras ditas em particular sejam tratadas como ofensa pública, antes de se proceder a um exame imparcial, isento e corajoso do levantamento ilegal do sigilo das informações.
Não me conformo que o juízo personalíssimo de valor se sobreponha ao direito.
Não tive acesso a grandes estudos formais, como sabem os brasileiros. Não sou doutor, letrado, jurisconsulto. Mas sei, como todo ser humano, distinguir o certo do errado; o justo do injusto.
Os tristes e vergonhosos episódios das últimas semanas não me farão descrer da instituição do Poder Judiciário. Nem me farão perder a esperança no discernimento, no equilíbrio e no senso de proporção de ministros e ministras da Suprema Corte.
Justiça, simplesmente justiça, é o que espero, para mim e para todos, na vigência plena do estado de direito democrático.”

Luiz Inácio Lula da Silva