Árbitro cita dirigente azulino na súmula

O árbitro cearense Avelar Rodrigues, que apitou a partida entre Palmas x Remo, sábado, em Palmas (TO), válida pela Série D, citou na súmula que o executivo de futebol remista Fred Gomes foi aos vestiários presentear o trio de arbitragem com camisas do clube paraense, momentos antes do jogo. O gesto configura no mínimo uma atitude inadequada e antiética. Por conta da citação, o clube pode vir a sofrer punição disciplinar por parte do STJD.

Especula-se que Avelar, que é amigo pessoal de Gomes, mencionou o fato na súmula depois de ser informado de que havia errado na marcação do pênalti. Seria uma forma de exibir lisura e independência na condução do jogo. O departamento jurídico do Remo vai ingressar com reclamação formal contra a arbitragem pela penalidade inexistente.

Ninguém segura Ronaldinho, o rei do traço

O meia Ronaldinho Gaúcho foi a principal ausência do treino do Fluminense que acontece na tarde desta segunda-feira nas Laranjeiras. O craque procurou a diretoria para solicitar a dispensa da atividade e alegou motivos pessoais, de acordo com informações oficiais do clube. O jogador participou da vitória tricolor do último sábado, contra o Goiás, por 2 a 0, no Maracanã, onde foi substituído no intervalo após iniciar a jogada do primeiro gol, feito por Fred. Ele, inclusive, chegou a ser vaiado pelos torcedores após erra um passe longo.

No lance, Fred saiu em defesa do companheiro e pediu o fim das vaias. Alguns aplausos surgiram e abafaram os apupos. O desempenho não melhorou e o técnico Eduardo Baptista o sacou no intervalo. Quando seu nome apareceu no telão, os tricolores comemoraram como se fosse um gol.

O Fluminense volta a campo nesta quarta-feira, quando decidirá a classificação para as semifinais da Copa do Brasil contra o Grêmio, em Porto Alegre. No primeiro jogo, as equipes empataram sem gols no Maracanã. Os cariocas avançam com qualquer vitória ou empate com gols. Já os gaúchos, precisam triunfar ou avançar nas penalidades, caso o duelo repita o mesmo placar. (Do UOL Esporte)

Concentração total na batalha pelo acesso

A semana começa com todos os sinais de alerta ligados no Paissandu. Depois da derrota para o Vitória (3 a 1) e a perda da vice-liderança da Série B, o time se prepara para encarar o Atlético Goianiense, no próximo sábado, no estádio Serra Dourada. É um jogo teoricamente menos complicado do que contra o representante baiano, mas perigoso porque o Atlético tenta se afastar da zona de rebaixamento e conseguiu vencer o Paraná dentro de Curitiba.

Além do Atlético, o técnico Dado Cavalcanti já mira também o Bahia, adversário seguinte em Belém. Será um confronto direto com um concorrente no G4. Com o afunilamento da competição, a 10 rodadas do fim, a disputa pelo acesso ficou mais acirrada. Além de Botafogo, Vitória, Paissandu e Bahia, mais cinco times – América (5º colocado), Santa Cruz-PE (6º) e Sampaio Corrêa (7º), todos com 45 pontos – estão na briga.

Para os próximos confrontos, o técnico Dado Cavalcanti já deverá contar com o retorno do volante Augusto Recife, do meia Valdívia e do atacante Betinho.

Rock na madrugada – Legião Urbana, Pais e Filhos

Papão fez quase tudo certo

POR GERSON NOGUEIRA

O futebol tem lá seus caprichos e mostrou isso no sábado à tarde, na Arena Fonte Nova. O Papão jogou com uma audácia inicial digna de elogios. Partiu com tudo para fustigar os donos da casa, imprensou mesmo a defensiva do Vitória e esteve a pique de fazer gol. Fez tudo isso, mas perdeu por 3 a 1. Daquelas derrotas que não envergonham, nem diminuem ninguém. O time saiu de cabeça erguida, certo do dever cumprido.

Caso houvesse justiça no futebol, era jogo para terminar empatado. O Papão foi melhor ao longo dos primeiros 25 minutos, mas cedeu terreno na parte final do primeiro tempo, sofrendo gol de falta – em lance de categoria de Escudero e azar do goleiro Emerson. O Vitória ampliou logo de saída na etapa derradeira. Pikachu diminuiu com um golaço, mas o Papão capitulou em vacilo de marcação, permitindo o pênalti que liquidou a fatura.

Sobre o primeiro tempo, cabe observar que o meia-atacante Rony movimentou-se bem, dando a velocidade pelos lados que o Papão só costuma ter quando Welington Jr. joga. Em duas jogadas rápidas, Rony acertou chutes bem calibrados, defendidos por Gatito Fernandez. No comando da ofensiva, Aylon também teve chances, abriu espaços e quase balançou as redes. O Vitória cresceu nos 20 minutos finais, chegando ao gol em perfeita cobrança de Escudero.

Chegaria ao segundo gol em cobrança de escanteio mal policiada pela zaga paraense. Mas, Pikachu, depois de algum tempo sem marcar, apareceu com desenvoltura nas articulações com o meio-de-campo, contando com a cobertura de Jonathan quando ia ao ataque. O gol lembrou alguns dos mais bonitos da carreira do lateral. Recebeu passe de Fahel nas costas da zaga e emendou de sem-pulo, com a bola entrando na forquilha esquerda do gol de Gatito Fernandez, sem chance de defesa.

O lance do gol tirou o Papão da acomodação. Confiante na possibilidade do empate, passou a envolver o Vitória, cujo único bom marcador no meio era Reiner, espécie de faz-tudo do time. Rony, Pikachu, Jonathan, Fahel e Aylon levavam sempre a melhor e criaram seguidas oportunidades, fazendo de Gatito Fernandez o grande destaque da partida.

Ninguém contava com um deslize individual, que pôs tudo a perder justo num momento de ascensão na partida, explorando o visível cansaço do Vitória. Gilson perdeu bola na intermediária e deixou a defesa sem alternativa, a não ser conceder o penal. O gol (segundo de Escudero) tirou as forças (e as chances) do Papão no jogo.

Para quem temia ver um Papão sofrendo com desfalques no setor de marcação e a ausência de última hora do centroavante Betinho, o técnico Dado Cavalcanti surpreendeu com um esquema funcional, leve e rápido, que botou pressão principalmente sobre o lado mais frágil do Vitória, a lateral-direita ocupada por Kanu.

Com alguma sorte, poderia ter marcado antes do Vitória, o que teria desnorteado o anfitrião diante de sua impaciente torcida. O revés, embora indesejado, não compromete a boa campanha no returno, principalmente porque o time mostrou qualidades e não desistiu de atacar.

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Faltou ousadia e vibração

O extremo oposto aconteceu em Palmas (TO) quase no mesmo horário do jogo de Salvador. O Remo perdeu para o Palmas por 1 a 0 levando um gol de pênalti inexistente, mas depois de passar quase 90 minutos fugindo à responsabilidade de vencer a partida.

Com bons jogadores, o time não consegue jogar como time. É tome passes pro lado, recuos até os zagueiros, dali pro goleiro, depois para os laterais e a bola nada de chegar ao ataque. Nessa brincadeira, o Remo foi deixando o tempo escorrer sob o sol abrasador do Tocantins.

Teve um susto logo aos 10 minutos, quando Ted invadiu a área e obrigou Fernando Henrique a uma grande defesa. O estreante Kiros teve uma chance desviando cruzamento da esquerda, mas o goleiro Carlão defendeu bem. Depois, Léo Paraíba experimentou de fora da área, à direita do gol. Foi o único chute do Remo em todo o primeiro tempo.

Na etapa final, com Rodrigo Soares substituindo a Alex Ruan (que havia recebido o cartão amarelo), o Remo seguiu na mesma pisada, toques laterais e improdutivos, raras arrancadas em direção ao gol inimigo. Vendo que o visitante não se decidia, o Palmas começou a se animar.

Leandrinho avançava pela direita, criando algumas situações, enquanto o Remo seguia os conselhos do técnico Cacaio, procurando se manter em seu campo, garatindo o empate em 0 a 0.

O Palmas resolveu arriscar um pouco mais e botou mais um atacante, Washington. Na primeira arrancada, fez uma ginga na entrada da área e em seguida se atirou ao chão. O árbitro cearense Avelar Rodrigues apontou a marca da cal, indiferente aos protestos dos jogadores remistas.

O pênalti inacreditável, obra de ficção, estava marcado e o gol saiu aos 44 minutos, após cobrança de Dão. O Remo então se lançou ao ataque como se não houvesse dia seguinte. Cacaio botou laterais, volantes e até zagueiros para ajudar na ofensiva desesperada pelo empate.

Nos oito minutos seguintes, o time foi tudo o que não tinha sido até então: agressivo, intenso e rápido. Kiros estourou bola em cima do goleiro, Ramos perdeu de cara e Edcléber desperdiçou a terceira oportunidade.

Caso tivesse toda essa volúpia desde o começo, o Remo certamente teria melhor sorte. Acontece que o falso controle das ações iludiu Cacaio. Quando ele substituiu Juninho por Edcléber na metade do segundo tempo, abriu mão de articulação no meio. A saída de Léo Paraíba também afetou o ataque. E a permanência de Kiros não se justificou, como já não se justificava sua estreia como titular.

Só não se pode dizer que a derrota remista foi castigo merecido porque a marcação do pênalti que deu origem a ela foi absolutamente ridícula, pelo primarismo da simulação. Mas a lição veio na medida certa. Se não aprender a atuar coletivamente, de maneira organizada, o Remo terá muitas dificuldades no prosseguimento da competição.

Apesar de contar com bons valores individuais, o Remo não parece um time, tamanha é a confusão em suas linhas. Além disso, falta vibração, combustível fundamental em jornadas eliminatórias.

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Deu a lógica: Águia rebaixado

O Águia passou mais de 90% do campeonato na zona da morte. Reagiu nas últimas rodadas, mas não a tempo de escapar. Levou uma goleada de 4 a 1 do líder Fortaleza e vai disputar a Série D em 2016. Não há nem motivo para lamento porque o filme estava desenhado desde o começo da competição. Erros acumulados nos últimos três anos resultaram no desfecho de ontem, na Arena Castelão.

(Coluna publicada no Bola desta segunda-feira, 28)

Goleado, Águia cai para a Série D

O Águia foi goleado pelo Fortaleza por 4 a 1, na noite deste domingo, na Arena Castelão, e está rebaixado à Série D do Campeonato Brasileiro. O meia Maranhão abriu o placar logo aos 4 minutos. Joãozinho empatou aos 18, mas Daniel Sobralense desempatou aos 21 e Maranhão ampliou aos 25. O Águia pouco fez para tentar mudar a situação e acabou sofrendo o quarto gol aos 36 minutos do segundo tempo, novamente marcado por Maranhão. O time marabaense estava há oito anos na Série C. (Foto: DIÁRIO DO NORDESTE)

Águia depende de dois milagres para não cair

AguiaXPSC 2a fase Parazao2013-Mario Quadros (16)

O Águia reza por dois milagres nesta tarde de domingo. Precisa vencer o Fortaleza na Arena Castelão e torcer para que o Cuiabá não derrote o Icasa. Além disso, convive com seus próprios problemas, como o elenco reduzido e a má fase de algumas peças importantes. Na arrancada final em busca da salvação, o time recorre à motivação como arma para seguir acreditando na permanência na Série C.

Há oito anos disputando a Terceira Divisão, o Águia nunca esteve tão ameaçado de rebaixamento como agora. Com uma campanha muito fraca na primeira etapa da fase classificatória, melhorando somente nas últimas cinco rodadas, o time dirigido por João Galvão (foto) perdeu até a habitual ousadia em jogos fora de casa. As duas vitórias consecutivas animam os jogadores, que continuam acreditando em êxito nesta rodada final.

A presença do atacante Danúbio era dúvida até a sexta-feira, mas ele deve ser confirmado para o desafio de encarar o líder da chave dentro de seus domínios. O Fortaleza luta pela vitória para garantir o primeiro lugar no grupo e, para isso, fez campanha de venda de ingressos (a R$ 10,00) para colocar 40 mil torcedores no Castelão. A partida começa às 19h.

Na Rádio Clube, Cleiton Monte narra, com reportagem de Paulo Henrique. 

(Foto: MÁRIO QUADROS/Arquivo do blog)

Ministro critica ações que fragilizam o preso

POR EDUARDO MARETTI, da RBA

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, disse, em entrevista à RBA, que há aspectos da Operação Lava Jato que causam “perplexidade”. Ele cita “a generalização das prisões preventivas” e também “a prisão preventiva como uma forma de fragilizar o preso”. O ministro ressalva não estar criticando a Polícia Federal, o Ministério Público e “muito menos o colega Sérgio Moro”.

Segundo Mello, em épocas de crise como a atual, o Judiciário não pode exercer seu papel com “uma ótica apenas política” e, principalmente o Supremo, precisa preservar princípios, parâmetros e “certos valores”.

Para o magistrado, a “tônica muito ácida” do ministro Gilmar Mendes em relação ao PT e ao próprio governo não é positiva ao país. “Eu fico triste, porque o ministro tem uma bagagem jurídica constitucional invejável, e acaba se desgastando com certas colocações. Não é bom. Não é bom para o Tribunal, não é bom para a cidadania brasileira e não é bom para ele principalmente, como julgador”, afirma Mello.

Dez frases de Marta Suplicy, a comediante

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POR KIKO NOGUEIRA, no DCM

A senadora Marta Suplicy oficializou no sábado (26) sua filiação ao PMDB em grande estilo. Depois de 33 anos no PT, a septuagenária Marta inaugura não apenas uma fase em sua vida política, mas uma nova carreira: a de comediante de stand up.

No Tuca, no bairro das Perdizes, ela brindou a plateia com tiradas inspiradas, que levaram os presentes às gargalhadas — consta que alguns militantes pagos tiveram que ser hospitalizados.

Divido com vocês dez piadas da rediviva Marta Suplicy e seu peemedebismo maroto, seu politiquês moleque, sua graça, seu frescor e seu humor contundente e honesto:

. “Michel Temer vai reunificar o Brasil”

. “Olhei nos olhos de Michel e senti confiança”

. “José Sarney é um gigante da política”

. “O PMDB soube devolver a nós o que há de mais valioso na vida. A liberdade, o direito de ir e vir, de mudar de ideia”

. “Eu senti que eu caibo por causa disso, é um partido amplo”

. “A gente quer um Brasil livre da corrupção, livre das mentiras, livre daqueles que usam a política como meio de obter vantagens pessoais”

. “Vamos todos unir o país”

. “Chalita, a vida pública é cheia de armadilhas, mas Deus escreve certo por linhas tortas. Juntos, vamos fazer o PMDB cada vez mais forte”

. “Um, dois, três, quatro, cinco mil, Marta e Michel em São Paulo e no Brasil” (junto com a audiência, num momento orgástico)

Aplausos. Risos. E segue o baile.