O passado é uma parada…

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Steve Jobs e Bill Gates, ainda sócios, no final dos anos 70.

A balada do pequeno Kim

POR LEANDRO FORTES, na CartaCapital

Em meio à histeria ideológica que se estabeleceu como agente político no contexto de passeatas nacionais mais ou menos frustradas, o reacionarismo antipetista regurgitou uma liderança improvável: o jovem Kim Kataguiri, um ex-estudante de economia de 19 anos, um foragido da faculdade sob alegada justificativa de que os professores, vejam só, sabiam menos do que ele.

Nas passeatas de março e abril, eternizadas por multidões vestidas com camisas da CBF aos gritos de “vai pra Cuba!”, Kim tornou-se um líder prematuro do neo anticomunismo rastaquera da classe média paneleira nacional. Claro, com a conivência da mídia e de certa oposição ultraconservadora que vislumbrou na possibilidade do impeachment da presidenta Dilma Rousseff uma solução rápida para um mal de 13 anos: a ausência de votos.Essa mistura de mídia conservadora com anseios golpistas, sabe-se, não é novidade alguma. Trata-se de um modelo udenista mais do que manjado.
Nem tampouco é novidade que dessa miscelânea despontem pessoas assim com status de liderança para, justamente, esconder quem realmente os controla e financia, a saber, os pilares de sempre do atraso pátrio, o grande capital rentista e o latifúndio.
O pequeno Kim é apenas parte dessa patética fauna de sociopatas convocados para a defesa da Pátria.
Absortos na fantasia de serem parte de um grandioso projeto nacional – o impedimento da presidenta da República –, Kim e seus camaradas organizaram-se em uma caminhada pretensamente cívica e a ela deram um nome solene: Marcha da Liberdade.
A ideia era reunir patriotas em torno de uma empreitada épica e cruzar os mais de mil quilômetros que separam a capital paulista de Brasília, no Planalto Central do Brasil.
Diante de um chamado desta monta, era mais do que óbvia a adesão de milhares de cidadãos e cidadãs indignados com a corrupção e os desmandos dos governos do PT. Tomariam, pois, as estradas, formariam um oceano verde amarelo sobre o asfalto e, enfim, entrariam triunfantes na Capital Federal, se possível, nos braços do tucano Aécio Neves, o quase-presidente.
Daí, seria uma questão de tempo até tirar a usurpadora do Palácio do Planalto e dar início a uma nova era com Michel Temer na Presidência.
Mas algo deu terrivelmente errado.
Nunca se soube e, provavelmente, nunca se saberá, quantas pessoas participaram, de fato, da tal marcha. É certo que, com base nas informações mais otimistas, esse número nunca passou de duas dezenas.
Como à mídia nunca interessou mostrar a andança, também muito pouco, ou quase anda, soube-se do roteiro e da rotina da intrépida coluna.
Soube-se apenas, por declarações de Kim, que a marcha se desenvolveu ao ritmo de, ora 20 quilômetros, ora 40 quilômetros ao dia, a depender do clima, do ânimo e da capacidade física dos andarilhos.
Um cálculo básico, feito a partir de uma média tomada à caserna, de 4 quilômetros a cada uma hora de marcha, revela que a caminhada liderada por Kim foi tão verdadeira como a intenção de muitos de seus seguidores em fazer uma intervenção militar a favor da democracia.
Como os marchantes da liberdade alegaram ter percorrido de 20 km a 40 km por dia, na primeira hipótese, o grupo anti-Dilma gastaria, em média, 5 horas por dia para percorrer 20 km.
Restariam 19 horas para descanso, necessidades fisiológicas, atividades lúdicas, leitura de apostilas da Escola Superior de Guerra e de livros do astrólogo Olavo de Carvalho.
Na segunda hipótese, os marchantes andariam 40 km, numa média de 10 horas de caminhada diária pelas estradas de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.
Como é bem provável que muitos desses rebeldes pró-impeachment nunca tenham caminhado 10 horas em um mês inteiro, melhor centrar na primeira hipótese, já bastante difícil de acreditar: 5 horas de marcha, 20 km por dia.
Assim, em 24 de maio, 30 dias depois de a marcha ter deixado São Paulo, quando Kim e uma companheira de luta foram atropelados a 5 quilômetros de Alexânia, em Goiás, a trupe deveria ter percorrido 600 quilômetros.
Faltariam, portanto, quase 500 quilômetros até Brasília.
Ocorre que Alexânia fica a apenas 80 quilômetros da capital federal. Logo, Kim, ao ser abalroado por um motorista bêbado, estava a somente 85 quilômetros de seu destino.
Ou seja, do nada, sumiram da rota coisa de 400 quilômetros.
Das duas, uma: ou o Jaspion da TFP usou superpoderes para teletransportar a tropa em alguns trechos, ou, como mais do que se desconfia, os marchantes da liberdade passaram mais tempo em carros e ônibus de apoio do que, propriamente, com o pé na estrada.
Quando, finalmente, chegou em Brasília, Kim Kataguri caiu na real.
Na verdade, já tinha caído antes, quando, no meio da peregrinação, foi informado que Aécio Neves, o líder da resistência que nunca foi às manifestações, desistira de pedir o impeachment de Dilma.
Na capital federal, Kim tomou chá de cadeira para ser recebido pelas lideranças da oposição, até conseguir fazer um selfie com dois baluartes progressistas do Congresso Nacional, os deputados do PSC Marco Feliciano, profeta da cura gay, e Eduardo Bolsonaro, cria do próprio, com quem aprendeu a defender a ditadura, a tortura e redução da maioridade penal.
A mídia e parte alucinada da oposição haviam prometido a Kim reunir, numa apoteose revolucionária, 30 mil pessoas em Brasília.
Entre manifestantes e curiosos, feita uma soma generosa, apareceram umas 300 pessoas para receber Kim e seu triste Exército de Brancaleone em frente ao Congresso Nacional.
Não foi de todo mal.
Vai que, depois dessa, o moleque se anima a estudar de novo?

Galeria do rock

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Beatles posam com o busto de Napoleão Bonaparte. Paris, 1964. (Fotografia de Harry Benson)

Fla abre o cofre e contrata atacante peruano

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O Flamengo anunciou nesta sexta-feira a contratação do atacante Paolo Guerrero, ex-Corinthians – a notícia havia sido antecipada por Mauro Cezar Pereira, blogueiro do ESPN.com.br, na quinta-feira. O atacante assinou por três anos com o time rubro-negro e se apresentará após a Copa América, que começa no dia 11 de junho. O salário do centroavante será próximo de R$ 500 mil. Além disso, ele receberá um valor próximo a R$ 12 milhões de luvas, que será diluído a longo do contrato.

Revelado nas categorias de base do Alianza Lima, do Peru, Guerrero iniciou sua carreira de sucesso no Bayern de Munique, clube pelo qual conquistou a Copa da Alemanha e o Campeonato Alemão. Também na Alemanha, atuou pelo Hamburgo antes de se transferir para o Corinthians. No clube paulista, foi campeão do Mundial de Clubes de 2012 e eleito o melhor atacante do Campeonato Brasileiro em 2014.

“A chegada de Guerrero é uma grande conquista para o Flamengo. Por onde passou, ele mostrou que é um goleador nato e tenho certeza de que no Flamengo, vestindo o ‘Manto Sagrado’, e com o apoio da Nação Rubro-Negra, não vai ser diferente. Desejo muito sucesso ao nosso novo atacante”, disse o presidente do Fla, Eduardo Bandeira de Mello, acrescentando que a contratação está de acordo com princípios de responsabilidade financeira do clube.

Além do peruano, o time rubro-negro pretende fechar com pelo menos mais um reforço de bom nível para o decorrer da temporada. Enquanto isso, o departamento de futebol tenta negociar alguns atletas pouco aproveitados, para assim reduzir a folha de pagamento. O meia argentino Lucas Mugni, ex-Colón, e Thalysson, lateral esquerdo ex-ASA, são candidatos. (Da ESPN)

O Mengo sempre curtiu esse lance de Peru… hehe

Marin usava guardanapos para cobrar propina

DO CORREIO BRAZILIENSE

José Maria Marin, detido na última quarta-feira depois de ser indiciado por corrupção nos Estados Unidos, adotou uma metodologia inusitada para solicitar as suas propinas que chegou a surpreender parceiros comerciais, principalmente aqueles que não conheciam a CBF: para não deixar qualquer rastro do valor que pediria a cada contrato, o dirigente escrevia o quanto queria em sua conta privada sempre em guardanapos de papel.
A estratégia de Marin foi relatada à reportagem por três diferentes empresários que, desde 2012, foram obrigados a negociar contratos comerciais com a CBF. Era de costume que os guardanapos viajavam de um lado a outro das mesas de negociação, com os valores extraoficiais.
Segundo pelo menos um deles, Marco Polo del Nero também estava em algumas dessas reuniões. Em um dos guardanapos usados em uma reunião realizada na Europa, os interlocutores da CBF se surpreenderam quando o valor colocado superava R$ 1 milhão em contratos ligados à seleção brasileira.
20150529092146664339eNo indiciamento da Justiça norte-americana contra Marin, o brasileiro é pego falando abertamente de propinas e a conclusão do informe é de que ele “fraudou” a CBF. Em outras ocasiões, Marin também aceitou negociar com empresas no exterior, ainda que fossem oficialmente sediadas no Brasil. E-mails confidenciais obtidos pela reportagem revelam que uma destas transações fora do país – e do controle do Fisco – envolveu uma empresa do Grupo Figer no exterior. Atuando como intermediadores na assinatura do que poderia ter sido um novo contrato com a CBF, os documentos mostram que a família Figer ficaria com US$ 132 milhões por permitir mais de 100 jogos da seleção entre 2012 e 2022, um valor superior ao que ficaria com a CBF. O acordo não foi selado.

Um craque… hehe

Del Nero desiste de votar e volta às pressas da Suíça

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O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, deixou o luxuoso hotel Baur au Lac e está retornando ao Brasil. Ele fez o checkout às 13h47 (horário de Brasília), pouco mais de uma hora depois da abertura do 65º congresso da Fifa em Zurique. Até o momento, ele é o único dirigente que tomou a medida de deixar a cidade após a operação da FBI de prisão de cartolas corruptos na quarta-feira.

Longe do país europeu, Marco Polo Del Nero não irá participar das eleições que irão eleger o novo presidente da Fifa – a votação está marcada para esta sexta-feira (29) e o mandatário tinha declarado seu apoio pela reeleição de Joseph Blatter. O voto brasileiro ainda é possível caso a entidade eleja um outro representante. André Pita e Mauro Carmélio, presidentes da Federação Goiana e Cearense, respectivamente, estão presentes em Zurique e são os possibilitados de representar o Brasil no pleito.

A decisão de Del Nero de não votar surpreendeu até mesmo a CBF. Em contato com o UOL Esporte nesta tarde, o secretário-geral de entidade, Walter Feldman, disse desconhecer a viagem do presidente de volta ao Brasil. “Falei com ele de manhã. Nem chegamos a falar sobre viagem”, disse ele, questionado sobre os motivos do retorno.

A saída de Del Nero ocorre apenas um dia depois do FBI prender de sete membros da Fifa – entre eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marin – acusados de fazer parte de um esquema de suborno de US$ 150 milhões (cerca de R$ 450 milhões) em questões ligadas a transmissão de jogos e direitos de marketing do futebol na América do Sul e Estados Unidos.
Apesar de não ter o nome citado no relatório do FBI, Marco Polo Del Nero, sucessor e atual mandatário da entidade que comanda o futebol nacional, aparentemente é um dos suspeitos listados nos documentos montados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Em dois arquivos um dos suspeitos é descrito como membro do alto escalão da Fifa, da Conmebol e da CBF, credenciais que batem com as de Del Nero. As ações desse personagem reforçam indícios de participação do atual chefe do futebol nacional no esquema de corrupção.
Após o episódio de prisão dos corruptos, Del Nero falou sobre o tema: “É lógico que isto não é bom, é péssimo. Mas antes temos que saber o que aconteceu”, disse o dirigente em seu hotel de Zurique. “Devemos analisar tudo, saber o que aconteceu. Não tenho a menor ideia”, complementou, ante a insistência por uma declaração. Sem Del Nero e Marin, o Brasil fica sem direito a voto na eleição da Fifa. Agora, os únicos representantes presidenciáveis da Conmebol no pleito são o Uruguai e a Colômbia. (Do UOL) 

Goleiro fala em acesso e elogia a torcida

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Principal novidade entre as contratações feitas pelo Remo para a Série D, o goleiro Fernando Henrique foi também o mais desembaraçado no contato com a imprensa. Disse ter consciência da responsabilidade de defender um clube tradicional como o Remo e se mostrou preparado para as cobranças do torcedor. “É mais um desafio na minha carreira. Vinha no começo do ano, mas fui para Inter de Lages (SC) e conseguimos nosso objetivo. Fui eleito o melhor goleiro”, disse.

Aos 31 anos e com passagem por vários grandes clubes, Fernando Henrique mostrou entusiasmo ao falar da torcida azulina. “A torcida é a maior do Estado e sei que o clube precisa desse retorno à Série C, Série B, depois a Série A. O Remo é um clube que conheço há muito tempo e sei que pela sua grandiosidade não pode estar na Série D”.

Fernando Henrique terá como principal oponente na disputa pela titularidade o experiente Fabiano, que é dono da posição desde o ano passado. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)

Rock na madrugada – Jeff Beck, Cause We’ve Ended as Lovers