POR SÉRGIO XAVIER FILHO, na Placar
A notícia de ontem foi a saída de Luiz Felipe Scolari do Grêmio. Não pela troca de técnico em si, o Campeonato Brasileiro costuma fazer uma vítima por rodada. Mas pela simbologia do fato. Felipão é o treinador mais importante do futebol brasileiro dos últimos 20 anos. Ele foi protagonista dos melhores e do pior momento. Antes de falar dos 7 x 1 precisamos rebobinar a fita e voltar mais para atrás.
O bigodudo gaúcho era um treinador voluntarioso, motivador e polêmico na virada do milênio. Tinha sido vencedor com Grêmio, Palmeiras e Cruzeiro . Foi chamado em um momento de pane total da Seleção Brasileira. Nosso time apanhava das Honduras da vida, estava derrapando nas Eliminatórias da Copa de 2002. Perdíamos para qualquer um. Aos poucos, o time foi ganhando corpo. Ronaldo estava acabado para o futebol, uma lesão gravíssima atrás da outra. Rivaldo era aquele jogador que era tido como um bronco selvagem. Felipão apostou neles. Arrumou a defesa, melhorou a marcação, fez um time. Felipão venceu 2002 com sete vitórias, nenhuma seleção fez algo assim em Copas do Mundo.
Felipão é o mesmo sujeito que estava nos 7 x 1 da Alemanha. Os dois Felipões são verdadeiros, ele brilhou e naufragou sempre a bordo de suas convicções. Ele reassumiu o Grêmio no ano passado, talvez o único lugar do Brasil onde poderia ser acolhido. O plano era simples, ele precisava levantar uma taça, até um campeonatinho gaúcho seria suficiente mostrar de novo que ele é um verdadeiro campeão. Com o fracasso no clube, relembramos os 7 x 1 com mais força. Os feitos de 2002 vão ficando como aquelas fotos com as cores esmaecidas do século passado. Mais um pouco vamos achar que aquela Copa de 2002 nem aconteceu.

SP pode ser a nova casa dele.
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Deus disse: “Tudo em seu tempo certo.”. Felipão teve o tempo dele, aproveitou, mas passou. Não dá mais para ele. E pARA A grande infelicidade dele e até de muitos que o admiraram pela inesquecível Copa de 2002, como eu, o tempo de Felipão passou de forma melancólica. Acho até que não merecia esta crueldade DO FUTEBOL e fim trágico na sua jornada, causado pelos 7×1 para os Alemães. Se não fosse isto, tudo estaria normal e talvez Felipão nem saísse da seleção tão rapidamente e almejasse ainda ficar para no futebol olímpico reverter quadro em seu favor talvez com a medalha de ouro. Mas o vexame ao seu comando existiu, foi real e não será mais esquecido, tornando impossível qualquer sonho de seu retorno á seleção. Desta forma como agradecimento pela alegria que me deu em 2002, naquela Copa memorável, eu prefiro lembrar do Felipão naquelas sequências seguidas de vitórias da seleção na Copa 2002, seguindo firme rumo ao título, sob comando do R Fenômeno, onde a alegria de cada vitória era recheada com um belo amanhecer entes de cada jogo, toda família reunida, café da manhã com mesa repleta de gostosuras, todo mundo feliz esperando o início do jogo. COPA INESQUECÍVEL PARA MIM FOI ESTA JAPÃO E COREIA .
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Ah, esqueci: Vá com Deus Felipão, para sua aposentadoria, você merece.
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Copa tão inesquecível, que meu querido e velho pai ainda estava neste mundo e comemoramos vitórias da seleção e o título. Hoje ele também é só saudade. Que Deus o tenha a seu lado.
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