A frase do dia

“Imagina um jovem de 18 anos hoje. Ele não sabe o que foi a era pré-Lula. Até mais. 25 anos. Uma pessoa de 25 anos hoje, tinha 12, 13, quando o Lula tomou posse. O que eles sabem? Quer dizer, se colocou um desafio muito maior, mas temos de conversar com a população sobre o que se avançou. Até para se apropriar dessas conquistas, as pessoas têm de saber o que era o Brasil antes dessas oportunidades surgirem. É um desafio grande. Uma coisa é explicar para uma pessoa de 40 anos o que era o Brasil antes do Lula e outra para uma pessoa de 25, porque ela não viveu. Ela não viveu o desemprego, a inflação, o apagão, falta de oportunidade educacional.”

De Fernando Haddad, prefeito de São Paulo.

Tribuna do torcedor

Por Marcelo Souza (mbernardo2010@gmail.com)

Caro Gerson Nogueira (o comentarista que bate de primeira),

dirijo-me a você pela primeira vez, devido ao respeito que tenho pelo seu trabalho de comentarista nos diversos meios de comunicação em que você trabalha, sempre com coerência e respeito ao ouvinte e ao leitor.
É difícil para um azulino como eu, falar ou escrever após mais um empate frente ao rival alvi azul, mas vamos lá ponderar sobre alguns aspectos que qualquer pessoa que entenda e que já tenha jogado, e muito bem modéstia a parte, em categorias de base e só não me profissionalizei, por optar estudar e ter uma profissão, verifica ao ver o atual time do Remo e a sequencia de opções equivocadas feitas pelos treinadores que estiveram e estão a frente do maior do norte neste momento.
Ontem vivenciamos no mangueirão uma série infeliz de atos por parte do Sr Roberto Fernandes, que parece não conseguir enxergar o simples e o obvio diante de seus olhos. Estava no Mangueirão e foi lamentável a forma com que o Leão com o título na mão e jogando de forma razoável, pois este grupo de jogadores não consegue produzir um futebol vistoso e digno da camisa azul marinho, praticava em campo e simplesmente ficamos a mercê das loucuras laboratoriais de nosso treinador.
Sair para um intervalo, com 2 gols de vantagem, pronto para apenas manter o esquema de contra ataque com Potiguar e Roni abertos pelos lados do campo, teríamos uma chance muito grande fazer o terceiro gol e liquidarmos de vez com o jogo.
Aí somos surpreendidos com a brilhante modificação feita por nosso treinador, Rubran no lugar do Potiguar, é pra acabar! 
Aí ele consegue abrir vantagem novamente e me coloca em campo, o Ratinho, que por mais esforço, boa vontade e desejo de participar tenha, visivelmente era um jogador travado em campo, sem condições reais de participar da partida, pondo em risco a integridade física do atleta e abrindo mão da entrada do Zé soares, será que Zé Soares, está fisicamente pior do que o Ratinho, mesmo tendo sido este fundamental para a vitória sobre o Independente?
E mais, no lugar do leandro cearense, que por incrível que pareça, fez um bom jogo neste campeonato e era o responsável, por tirar as bolas de cabeça em escanteios e faltas. Ah tinha cartão amarelo, será que o jogador já tendo recebido o amarelo, é tão louco de na sequência receber outro cartão? E o Val Barreto, porque então não foi utilizado? Já que desempenharia a mesma função de defesa que o Cearense, como também seria a opção de área para as chegadas do Roni, que a esta altura, estava isolado nas laterais do campo, tentando e conseguindo ser a única válvula de escape para o Remo.
Não satisfeito em bagunçar tanto taticamente a equipe, ele me inventa de tirar o Alex e entrar com Carlinhos Rech, aí ele brincou com o bom senso e com a paciência do torcedor, um jogador perdido, que não sabia se era meia de contenção, se ra zagueiro, ou se era o que sempre fez ao longo destes confrontos com o paysandu, um agressor dos adversários. 
A falta cometida por este rapaz, além de desqualificante como foi, digna de cartão vermelho, como também de BO, pois o que ele cometeu foi uma agressão que põe em risco a integridade física de um adversário e que não é seu inimigo, muito menos seu agressor, pois agressor é ele que novamente prejudica uma equipe e uma nação que é a torcida do clube do remo, que não paga ingresso para que este rapaz pela segunda vez este ano, prejudique decisivamente o Remo contra este mesmo adversário.
Chega a ser revoltante para uma pessoa que sabe muito bem de futebol e que mesmo hoje com 42 anos de idade,jogo muito bem futebol, ver alguns jogadores que não deveriam jamais vestir o manto azul marinho, assim como ficarmos reféns e essa é a palavra certa de treinadores fazendo coisas absurdas, onde meu filho de caçula de apenas 13 anos de idade, sabe que não se faz.
por último, falar da lamentável cena proporcionada pelos jogadores ao término do jogo, estamos cansado dessa palhaçada provocada por jogadores e pessoas que não tem nada a ver com o jogo, brigando e mostrando cenas lamentáveis dentro de campo. Disse aos meus filhos que as palavras irresponsáveis e inverídicas ditas pelo treinador do Paysandu no jogo passado teriam desdobramentos nesse sentido. Vocês da imprensa abordaram muito bem estes aspectos, mas esqueceram deste, as declarações deste imbecil na rádio clube, proporcionou a ira e este clima de violência estava estampado nas ruas. particularmente estava com receio de ir com meus filhos ao estádio, como fiz este ano ao longo de todos os jogos do meu Leão em Belém. Este infeliz, teve oportunidade de ouvir e refletir sobre suas declarações durante a semana, e não o fez, ao contrário só fazia repetir este discurso patético de esquema mirabolante da cabeça dele. Reflexão é um dom dado por Deus aos homens, porém, nem todo homem é dotado de um mínimo de inteligência, sabedoria e sagacidade para utilizá-lo e mesmo depois de vencer o segundo turno este rapaz, que para asno não falta praticamente nada, continua a bater nessa tecla, pondo em risco a integridade física de pessoas que assim como ele não possuem a qualidade que acima escrevi, utilizam estas palavras e maus exemplos para praticarem a violência e as brigas.
Campeonato em aberto, mas um Remo em um momento muito mais intranquilo e propenso a erros durante os dois próximos jogos.
Abraços.
Marcelo Bernardo P. de Souza

Em defesa da Copa das Copas

Por Gilson Faria (*)

Sou a favor da Copa do Mundo no Brasil por uma série de motivos.
1 – O futebol é parte integrante da cultura brasileira e uma de suas maiores expressões. Não somos o país do futebol por acaso. São cinco títulos mundiais e, com isso, nossa Seleção alcançou a supremacia no esporte mais assistido, praticado e admirado no planeta.
2 – A Copa vai ser assistida por metade da população mundial e vai representar a exposição brasileira no exterior. Amplia o turismo doméstico e estrangeiro, o que garante retorno financeiro.
3 – A Copa do Mundo no Brasil representa aceleração de investimentos em infraestrutura e políticas públicas ao bem-estar da população. O custo total da Copa totaliza R$ 25,6 bilhões. Quase 70% representam esses investimentos.
Aí você pergunta: Não era melhor investir em saúde e educação?
Uma coisa não tem nada a ver com a outra. É preciso saber que o Governo Federal emprestou recursos, através do BNDES, para estados, municípios e clubes responsáveis pelos estádios construídos e reformados para a Copa. Os recursos voltarão para o Governo Federal com juros, e não competem com o orçamento e com outras políticas públicas.
292298-970x600-1Educação e saúde são financiadas com recursos do orçamento vindos de impostos pagos pelos contribuintes, diferentemente dos empréstimos. No caso de estados e municípios é bom lembrar que, por lei, são obrigados a destinar um percentual mínimo de suas receitas para educação e saúde. A construção de estádios não altera em nada esses percentuais.
A mídia golpista tenta ocultar a verdade, com fins políticos. E uma meia dúzia de incrédulos mente para o povo. Em vídeos na internet, o comentarista esportivo Jorge Kajuru, por exemplo, tenta convencer que a Copa do Mundo no Brasil é um mau negócio porque o dinheiro público investido não retornará. Ele alega que o governo brasileiro isenta a Fifa de impostos, ao contrário da África do Sul, Alemanha, Japão e outros países.
Tudo mentira. O fato é que cada bilhete vendido recolhe impostos, pois o Centro de Ingressos, o Comitê Organizador Local e prestadores de serviços da Fifa são tributados nos termos da legislação nacional. A receita fiscal no evento deve chegar a R$ 16 bilhões.
Faço parte do grupo de brasileiros que luta por qualidade de vida, segurança, educação, saúde, transporte público. Esse é um direito de qualquer cidadão brasileiro. Mas, eu quero a Copa do Mundo no Brasil por entender que vai ser bom para o País. E VAMOS TORCER POR NOSSA SELEÇÃO !

(*) Gilson Faria é jornalista.

Lula critica campanha negativa contra a Copa

O ex-presidente Lula desabafou ontem à noite, ao participar de um evento promovido pela Apex (Agência de Promoção de Exportações), em São Paulo. O foco do seu discurso foi a Copa do Mundo.

“A cada dia que passa as pessoas vão sendo desmentidas. Primeiro, não íamos ter estádios, mas os estádios estão prontos. Segundo, as obras de mobilidade não estariam prontas, mas a maioria delas vai ficar pronta. Uma ponte ou um viaduto talvez não seja entregue”, disse ele.

Segundo o ex-presidente, quando o Brasil conquistou o direito de sediar a Copa do Mundo, sete anos atrás, isso foi “motivo de orgulho”. Agora, “parece que tudo ficou ruim”. O presidente também comentou a fala do secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, que alertou os turistas sobre o fato de o Brasil “não ser uma Alemanha”. “Vai demorar alguns séculos para a gente virar uma Alemanha”.

Lula propôs que os brasileiros recebam bem os estrangeiros e apresentem o Brasil como “mistura de raças” e uma nação feliz. Ele também ficou muito incomodado com a decisão do jogador Ronaldo, que era seu amigo pessoal e se envolveu diretamente no projeto da Arena Corinthians.

Nesta semana, depois de se dizer “envergonhado” com os atrasos na Copa, Ronaldo declarou voto em Aécio Neves. (Do Brasil247)

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Gana e alma fazem a diferença

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Por Gerson Nogueira

A pancadaria final, envolvendo jogadores e até técnico, estragou muito do prazer que o jogo proporcionou aos 12 mil espectadores presentes. Iniciado por um torcedor que saiu do túnel destinado aos árbitros e foi provocar os jogadores do Remo após o terceiro gol do Paissandu, o tumulto na verdade teve origem e inspiração lá atrás, ainda no primeiro clássico.
Ali, torcedores, técnicos e atletas foram levados a acreditar que o futebol é uma guerra sem tréguas, onde tudo vale. Bobagem. Futebol é apenas um esporte. Não pode determinar confrontos sangrentos de vida ou morte. Deve divertir e aproximar as pessoas, jamais afastá-las.
Até os 49 do segundo tempo, o jogo cumpriu seu verdadeiro papel. Foi um tremendo espetáculo. De técnica razoável e até alguma rispidez, mas disputado com alma e gana. De parte a parte, com entrega total. Como um Re-Pa de verdade. Os 20 minutos finais foram empolgantes e revelaram, além de lances de tirar o fôlego, muita superação por parte do Paissandu, que amargava a desvantagem de dois gols no placar.

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Ocorre que, como o futebol é disputado até o último segundo, o time não esmoreceu jamais. Manteve-se confiante, determinado a obter o empate que lhe servia. E o resultado veio, já no apagar das luzes, como diziam os narradores do rádio antigo. Um prêmio ao esforço dos bicolores e um tremendo castigo para os azulinos.

Aos 46 minutos, quando o título do campeonato ainda estava nas mãos do Remo, o infernal Roni poderia ter sacramentado a vitória. Escapou do pontapé de Ricardo Capanema e driblou o zagueiro Charles, invadindo a área para mandar rasteiro em direção ao gol. Já festejava o desfecho do belíssimo lance, o mais brilhante da noite, quando a bola caprichosamente estourou no poste esquerdo do goleiro Paulo Rafael. Logo a seguir, viria o gol de Zé Antonio no minuto final do confronto.
O clássico, porém, foi muito mais do que esse final eletrizante. Teve alternâncias no marcador, deu aos remistas a impressão inicial de que a vitória estava próxima. Com gols de Leandro Cearense (aos 6 minutos) e de Rafael Andrade, aos 21, o Remo era senhor da partida.
Mais organizado, controlava o meio-de-campo e escapava sempre pelos lados com grande perigo. O Paissandu, que usou escalação inicial confusa na defesa e inexistente no meio, só explorava uma jogada: cruzamentos sobre a área. Ameaçou apenas a alguns minutos do fim da primeira etapa, quando em contra-ataque Lima lançou Jô na área. Livre, diante de Fabiano, o atacante disparou à meia altura, mas o goleiro fez um pequeno milagre. Para corrigir as escolhas erradas, Mazola Junior já havia lançado Leandro Carvalho e Aírton, tirando Marcos Paraná e Djalma.
Quando voltou dos vestiários, o Remo trouxe Rubran como novidade, substituindo a Tiago Potiguar. O objetivo de Roberto Fernandes era óbvio: segurar o resultado. Ora, administrar placar na metade do jogo é sempre temerário. E não deu outra. Lima diminuiu aos 12 minutos. O Remo, porém, ainda presente no ataque, conseguiu ampliar, através de Rubran, aos 25, escorando bola que veio de escanteio.

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A partir daí, o Remo abriu mão da parte ofensiva e se concentrou em segurar a pressão do Paissandu. Tudo parecia se encaminhar para um triunfo azulino, o primeiro no confronto entre os rivais neste ano. Acontece que a jogadinha manjada de bola na área acabou surtindo efeito.
Atento aos espaços que o Remo permitia ao recuar a marcação, o Paissandu aumentou a quantidade de chuveirinhos e acabou chegando ao segundo gol em penal marcado sobre Dênis. Augusto Recife, o melhor dos bicolores, bateu e fez o Papão voltar a sonhar com a conquista.
O Remo se encolheu ainda mais. Carlinho Rech entrou para se juntar aos outros três zagueiros e formar uma espécie de barreira do inferno. Não deu certo. Rech acabaria expulso, levando com ele o próprio Fernandes, que invadiu o campo para reclamar com o árbitro. Ainda haveria tempo para a jogada sensacional de Roni, que a trave impediu que virasse gol, e o cabeceio certeiro de Zé Antonio para empatar aos 49 e dar o merecido título do returno ao Papão. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

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Arbitragem acima de qualquer suspeita

Resultado inquestionável e suficiente para desfazer as lorotas marqueteiras quanto a supostos esquemas de bastidores. Cabe ao torcedor e a todos que vivem do futebol saber separar o joio do trigo, aceitando o fato de que erros de arbitragem acontecem e não devem ser vistos como desonestidade. Árbitros precisam decidir sobre lances em fração de segundos, enquanto seus críticos levam às vezes dias sem chegar a uma conclusão concreta.
Qualquer outra interpretação configura apenas intriga combinada com irresponsabilidade. O Papão venceu por não desistir jamais e saber aproveitar as chances que surgiram. É um legítimo campeão de turno e obviamente ninguém pode lançar dúvidas quanto à lisura dessa conquista. Que fique a lição para as próximas duas batalhas. E que os arautos da violência permitam que a alegria prevaleça.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 29)