5ª Corrida/Caminhada do Engenheiro abre inscrições

A partir desta sexta-feira, dia 23, o Clube de Engenharia do Pará (CEP) abrirá inscrição para a 5ª Corrida e Caminhada do Engenheiro, programação essa com o tema da Copa do Mundo 2014 no Brasil. A Corrida e a Caminhada estão agendadas para o dia 22 de junho, no Parque Estadual do Utinga. As inscrições podem ser feitas no site http://www.clubedeengenhariadopara.com.br .

A Diretoria do CEP já atua para a realização da Corrida Mais Verde de Belém, com 8 quilômetros de percurso, bem como da Caminhada, com 4 quilômetros de itinerário. Inserida no calendário oficial da Federação Paraense de Atletismo (FPAt), a corrida terá premiação nas categorias Engenheiros, Acadêmicos e Comunidade.

A previsão dos organizadores da 5ª Corrida e Caminhada do Engenheiro é de que a participação no evento de atletas e desportistas em geral, incluindo equipes de academia, instituições e entidades, chegue a mil pessoas no aprazível espaço do Parque Estadual do Utinga.

Nova bio revela polêmicas e mistérios do AC/DC

Por Michelle Miranda, em O Globo

AC/DC vendeu mais de 200 milhões de discos no mundo, ainte tem álbuns (como “Highway to hell”) em listas de mais vendidos e até hoje faz shows esgotados em estádios. Apesar de ser uma das bandas mais importantes da história do rock, há controvérsias sobre o talento e a relevância dos irmãos Angus e Malcolm Young e suas várias formações. É o que o jornalista Mick Wall retrata em “AC/DC — a biografia” (Globo livros), que chega agora ao Brasil, com histórias de brigas, bebedeiras e envolvimento com drogas. Ao longo de 30 anos de carreira, Wall já escreveu outros livros sobre artistas, como “Lou Reed: the life”, “Black Sabbath: symptom of the universe”, “Enter Night: the biography of Metallica”. 

Um-dos-primeiros-shows-do-ACDC-no-clube-noturno-Chequers-c.-1974-Philip-Morris— Eles continuam tocando para 70 mil pessoas. Mas isso acontece porque a banda se tornou uma marca tão forte quanto um McDonald’s ou um filme da Disney — comenta Wall por telefone. — Mesmo que não seja exatamente bom, as pessoas consomem por causa da tradição. Os últimos álbuns foram medíocres. Eles tocam o mesmo setlist toda noite, Brian (Johnson, o vocalista atual) não consegue se lembrar das letras, ele usa um teleprompter. Não é porque uma banda tem muitos fãs que significa que ela é realmente boa.
No início do mês, através do site oficial do grupo fundado na Austrália em 1973, foi confirmado o afastamento do guitarrista, compositor e fundador Malcolm Young “após 40 anos por conta de um problema de saúde”, sem especificar do que se trata.
— Não é câncer, como as pessoas têm especulado, mas ele está muito doente e não é o tipo de doença da qual as pessoas costumem se recuperar — diz o biógrafo, opinando sobre uma possível aposentadoria do grupo, já negada publicamente por Johnson. — Quando se tem muito dinheiro envolvido é difícil de parar. Johnson tenta sair da banda há dez anos, mas Malcolm sempre consegue segurá-lo com uma proposta irrecusável. A não ser por Angus, todos os outros já foram substituídos. Malcolm se afastou da banda por um ano no fim dos anos 1980 por problemas com alcoolismo. Stevie Wright fez a turnê no lugar dele e ninguém percebeu.
Na biografia, que não é autorizada, mas não teve nenhum tipo de relutância da banda ao ser publicada, Wall procurou amigos, empresários, produtores e baseou-se em diversas entrevistas. Ele traça um perfil dos integrantes e apura episódios obscuros da história, como a morte de Bon Scott — segundo a ocupar a função de cantor e voz do álbum icônico “Highway to hell” (1979) — no dia 19 de fevereiro de 1980, aos 33 anos.
— Por 30 anos, disseram que Scott morreu após uma bebedeira. A verdade é que ele tomou heroína. Falei com autoridades, médicos e pessoas que estavam com ele no dia. A combinação da droga com álcool foi fatal — revela, aproveitando para explicar o funcionamento do grupo. — Em sua arrogância, Malcolm é o líder e toma todas as decisões. Todo mundo achava que o cabeça era Scott, que tinha muito mais a dizer, ou mesmo Angus, que rouba a atenção nos shows. Johnson, por sua vez, é completamente inexpressivo. Eles o veem como uma pessoa muito grata por exercer a função de vocalista e não representa ameaça de roubar o estrelato dos fundadores. Ele estava à frente da banda em “Back in black” (1980, primeiro disco após a morte de Scott) e fez bem seu trabalho. Mas qualquer um naquele momento teria feito o mesmo sucesso.
Como legado musical do grupo cujo último álbum lançado foi “Black ice” (2008), Wall enumera a influência da banda na inspiração de Kurt Cobain no Nirvana, além do “miniAC/DC” que se tornou a australiana Airbourne. Ele acredita que o último bom trabalho foi “Back in black”, produzido por Robert John Lange, que também assina “Highway to hell”. Lange, segundo Wall, foi demitido por Malcolm, que acreditava ter capacidade de fazer o próximo álbum sozinho. O resultado: “’Flick of the switch‘ (1983) é o pior disco da história da banda. Foi um vexame o número de vendas e Malcolm quase destruiu seu legado”, diz o biógrafo.
— As bandas antigas se tornaram um jukebox. Não existe nada errado em pessoas mais velhas fazerem música, acho que Bob Dylan faz um trabalho fantástico ainda hoje. Mas é preciso se renovar — opina. — O Metallica continua se arriscando. Eles lançaram “Lulu”, com Lou Reed, que foi muito criticado, mas foi uma tentativa ao menos. As pessoas se sentem maravilhadas ao se conectar com alguém que esteve naquela era de ouro do rock. Ficam deslumbradas de imaginar que eles usaram as drogas daquela época, tinham groupies, festas e tantas opções das bandas consideradas as melhores do mundo em seu ápice.

A frase do dia

“Dilma encontra um mundo mil vezes mais difícil. Mas o Brasil que saiu dos governos FHC e Lula é menos vulnerável. Vivemos agora, em todo o mundo, um período de profunda instabilidade. Entretanto, o Brasil, que enfrenta seus velhos problemas com novas cores, agora é mais capaz de resolvê-los”.

De Caetano Veloso, em entrevista ao jornal El Mundo

Ensaio de um retorno

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Por Gerson Nogueira

Paulo Henrique Ganso ensaia um retorno à ribalta. Antes tarde do que nunca. Nas primeiras rodadas do Brasileiro, o estilo clássico de conduzir a bola e os lançamentos longos do meia-armador voltaram a marcar presença, para deleite de todos que amam o futebol bem jogado.
A rigor, o paraense não pode reclamar da sorte, muito menos do tratamento que recebe de críticos e analistas. Injustiçado em 2010, quando estava no auge técnico e Dunga fez questão de ignorá-lo, desfrutou de ampla boa vontade nos clubes (Santos e São Paulo) que defendeu.
Quando trocou a Vila Belmiro pelo Morumbi, continuou a ser tratado com respeito, apesar da má fase que se iniciou na Copa América e insistiu em acompanhá-lo nas primeiras partidas pelo São Paulo.
A lentidão excessiva, a pouca combatividade e a mania de se desligar do jogo eram os defeitos mais óbvios do camisa 10. Passava a nítida impressão de que estava entediado e sem a mesma disposição para jogar futebol. Escrevi algumas vezes sobre Ganso, lamentando o desperdício de talento.
Com a transferência para o São Paulo, Ganso enfrentou de cara a má vontade do técnico Ney Franco, que preferia Jadson como titular. Por sorte, meses depois, Franco foi substituído por Muricy Ramalho, com quem o camisa 10 já havia trabalhado no Santos.
De início, o reencontro não produziu mudanças substanciais no futebol de Ganso. Chegou a perder a titularidade, mas aos poucos foi readquirindo a confiança de Muricy. Ciente do potencial do jogador, o técnico deu tempo ao tempo e começa a colher os resultados dessa estratégia.
Confiante, Ganso tem assumido o papel de protagonista no São Paulo. Um bom exemplo disso foram os gols marcados contra o Flamengo, revelando um finalizador qualificado. Ontem, diante do Flu, apesar da derrota, o meia teve bons momentos, distribuindo jogadas e abrindo espaço com toques de primeira.
Poucos no Brasil atual têm a visão e a facilidade natural de Ganso para armar jogadas. Se mantiver a regularidade e a disposição para correr atrás da bola, pode até reconquistar o prestígio dos tempos de Santos, quando era o parceiro ideal para a exuberância ofensiva de Neymar. Infelizmente, parece ter acordado muito tarde para a Copa.

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Duelo de forças parelhas

Remo e Paissandu disputam um Parazão particular desde o começo. Dispararam na liderança geral e decidiram o primeiro turno sem tomar conhecimento dos demais times. Hoje à noite, voltam a se enfrentar na final do returno, depois de afastarem os outros disputantes.
Time mais bem ajustado, com apenas quatro derrotas em 35 partidas realizadas na temporada, o Paissandu exibiu ao longo da competição estadual uma superioridade tática que parecia difícil de igualar.
O desgaste das muitas competições simultâneas terminou por fazer com que o Paissandu tivesse uma queda de rendimento logo depois da final da Copa Verde, o que permitiu ao Remo equilibrar as forças.
Sob a direção de Roberto Fernandes, o time azulino compensa as deficiências de organização com muita velocidade na saída para o ataque, força nas laterais e uma revelação na ponta-direita: Roni, oriundo das divisões de base, tornou-se a peça fundamental pela agressividade que imprime ao jogo azulino.
Mesmo exaurido pela sequência de jogos, o Papão conseguiu restaurar o equilíbrio, poupando seis titulares (Pikachu, Lima, Djalma, Charles, João Paulo e Augusto Recife) na partida com o Salgueiro pela Série C.

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A providência permitiu que o time entre hoje à noite em pé de igualdade com o rival, que descansa há 21 dias (desde a semifinal do segundo turno contra o Independente). Pelo menos no aspecto do condicionamento a situação está parelha, fazendo crer que o primeiro embate dependerá do apuro nos detalhes para que se determine um vencedor.
A lamentar que o torcedor esteja arredio, reclamando com razão do preço do ingresso (R$ 40,00) e mais disposto a esperar a segunda batalha, na próxima semana. O excesso de olho gordo da cartolagem ameaça esvaziar as arquibancadas justo na fase decisiva do campeonato.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 22)

 

Flamengo à beira do caos

Por Renato Maurício Prado

Se o Flamengo, jogando como mandante, não consegue ganhar nem de um time do Bahia, com nove desfalques, vai ganhar de quem no campeonato? O empate sofrido nós últimos lances foi um justo castigo para mais uma atuação medíocre, vergonhosa, indigna da camisa e da história do clube Mais Querido do país.

Vários de seus jogadores estão claramente fora de forma e acima do peso – casos mais evidentes de André Santos (que jamais chegou ao físico ideal, desde que foi contratado), Elano (contratado em evidente ocaso da carreira) e Felipe, que falha um jogo atrás do outro.

E o comportamento desleixado e pouco profissional de vários de seus principais atletas é fruto evidente da falta de comando. Não somente do time mas do departamento de futebol como um todo.

O vice-presidente Walim Vasconcelos tem se revelado um dos piores dirigentes da história do rubro-negro. Perdido em sua própria arrogância, vem errando em praticamente todas as contratações e decisões (a começar pela de Paulo Pelaipe, recentemente demitido). E se mostra incapaz de fazer com que os jogadores tenham, pelo menos, um comportamento profissional mínimo, ou seja, mantenham-se em forma física, evitando noitadas e excessos.

Esse começo catastrófico no Campeonato Brasileiro já é dos piores na centenária história de um clube que se orgulha de jamais ter sido rebaixado. Mas pelo andar da carruagem, nessa temporada estará mais ameaçado que nunca.

A menos que mudanças drásticas sejam tomadas – a começar pela substituição do principal dirigente responsável pelo futebol – o futuro rubro-negro será sombrio.

A continuar assim, não haverá reestruturação financeira capaz de salvar a atual administração.

Em tempo: a música mais famosa do dublê de treinador e compositor Ney Franco (que optou por enfrentar os reservas do Bahia com dois cabeças-de-área) está mais atual do que nunca para o clube que voltou a dirigir. O Fla se mostra mesmo na beira do caos…