Bate-papo no boteco virtual – Interporto x PSC

Copa Verde 2018 – 1ª fase

Interporto x Paissandu – estádio General Sampaio, em Porto Nacional (TO), às 21h15

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Na Rádio Clube, Valmir Rodrigues narra; Gerson Nogueira comenta. Reportagens – Saulo Zaire e Paulo Sérgio Pinto. Banco de Informações – Jerônimo Bezerra

Com força máxima, Papão joga em Porto Nacional para afastar a crise

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Disposto a afugentar a crise que ronda a Curuzu, Marquinhos Santos montou o time com as principais peças do elenco, promovendo duas estreias e armando um esquema ofensivo para buscar a vitória diante do Interporto, nesta sexta-feira à noite (21h15), pela primeira rodada da Copa Verde 2018. O time do Papão deve entrar em campo com a seguinte formação: Renan Rocha; Maicon, Diego Ivo, Perema e Mateus Miller; Renato Augusto, Carandina e Pedro Carmona; Mike, Cassiano e Moisés.

Uma das novidades é o retorno do zagueiro Diego Ivo, referência defensiva da equipe. Renato Augusto também volta ao time. Marquinhos decidiu efetivar o goleiro Renan Rocha em substituição a Marcão, alvo de críticas por falhas seguidas nos jogos recentes, e dar uma chance ao lateral-esquerdo Mateus Miller, recém-contratado.

Para o meio-de-campo, Carmona será mantido como organizador, mas o ataque terá dois jogadores abertos pelos lados (Mike e Moisés), com Cassiano centralizado na área.

O time do Interporto tem escalação já confirmada: Carlão; Rodrigo, Alisson, Paganelli e Ítalo; Iuri, Afonso, Pasa e Ildemar; Jonas e Rafael Tardini (Roni). O técnico é Jadson de Oliveira.

A partida será disputada no acanhado estádio General Sampaio, em Porto Nacional (TO), com Cristiano Gayo Nascimento (DF) na arbitragem.

Verdade seja dita

Frei Betto: “Dos 15 países mais desiguais do mundo, 10 são latino-americanos, nesta ordem: Bolívia, Haiti, Brasil, Equador, Honduras, Panamá, Paraguai, Chile, Colômbia e Guatemala. Entre os países do G20, o Brasil é o mais desigual”.

Vinícius destaca bom momento e aposta em evolução azulina

Única unanimidade entre os torcedores do Remo, o goleiro Vinícius vem justificando a prioridade que teve na renovação de contrato com o clube. O arqueiro foi um dos grandes responsáveis pela classificação azulina à segunda fase da Copa do Brasil, na quarta-feira passada (07/02), na vitória do Leão por 2 a 0 sobre o Atlético (ES). Salvou a equipe em algumas tentativas perigosas do time capixaba.

Vinícius é também o único remanescente de 2017 mantido como titular sob o comando de Ney da Matta. “A gente fica feliz, é claro. Nos sacrificamos todos os dias para chegar à essa condição. Fico feliz em ter feito a minha parte, mas todos estamos de parabéns. Não se pode esquecer do esforço de todos. Cada um teve a sua parcela na vitória e é isso que nos mantêm fortes”, disse o goleiro sobre a atuação em Itapemirim.

Nos seis jogos disputados na temporada, contra o Atlético (ES) foi a primeira vez em que o time não sofreu gol. “Fizemos um jogo inteligente. Em nenhum momento ficamos afoitos. Deixamos fluir, porque sabíamos que tínhamos a vantagem. Vencer, além de não tomar gol, foi ótimo. Nosso setor defensivo está alinhando e só temos a crescer como equipe”, avaliou, apostando no entrosamento do time.

Mau desempenho e barraco com repórter derrubam Oswaldo no Galo

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Oswaldo de Oliveira não é mais o técnico do Atlético-MG. O treinador foi demitido na manhã desta sexta-feira (9) em uma reunião com a diretoria atleticana. A saída de Oswaldo acontece dois dias depois dele ter tido uma áspera discussão com o repórter Léo Gomide da “Rádio Inconfidência” de Minas Gerais. O treinador se irritou com uma pergunta do jornalista e pouco depois, alegando ter sido ofendido, partiu para cima do radialista sendo contido por pessoas próximas. O tumulto aconteceu após o empate por 1 a 1 com o Atlético-AC que rendeu aos mineiros a vaga na 2ª fase da Copa do Brasil.

Oswaldo assumiu o Galo em outubro do ano passado e, apesar de ter melhorado o rendimento do time, não conseguiu a classificação para Libertadores. Este ano foram seis jogos à frente do Atlético com apenas duas vitórias.

Razão técnica. Segundo a diretoria do Atlético-MG, esta é a única justificativa para a saída do técnico Oswaldo de Oliveira do cargo de treinador do clube. Pouco tempo depois da confirmação da saída do então comandante, a diretoria do Galo, por meio do presidente Sérgio Sette Câmara e o diretor de futebol Alexandre Gallo comentou a saída do treinador, bem como o episódio com o jornalista Léo Gomide, na última quinta-feira no Acre. Além disso, elogiou alguns possíveis candidatos a ocupar o cargo, Cuca e Abel, especificamente.

– Grande é a frustração. Queríamos a continuidade (Oswaldo). Temos que ter consciência do que a mudança pode representar no nosso grupo. A questão foi exclusivamente técnica. Entendemos que montamos um time, com aval do treinador, que achamos que poderia nos entregar um jogo melhor. Sentimos que não havia evolução na parte técnica. Respeitamos muito o Estadual e a evolução não veio no caminho. O último jogo nos preocupou. Tínhamos que tomar as rédeas desde o início. Isso não aconteceu. Sou a favor da continuidade, mas para isso acontecer tínhamos que visualizar uma melhora técnica jogo a jogo – explicou Alexandre Gallo. (Com informações do Terra, Folha SP, GloboEsporte e Superesportes)

A frase do dia

“O Sepúlveda Pertence sabe o que as 11 togas do Supremo e outras tantas fizeram no verão passado. Aí está toda a diferença.”

Palmério Dória, jornalista e escritor

Para superar desconfianças

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POR GERSON NOGUEIRA

Além da importância natural da estreia na Copa Verde, o Papão enfrenta o Interporto hoje à noite disposto a apagar a má impressão deixada nos três últimos jogos – derrotas para Remo e Novo Hamburgo, empate com o Paragominas. O mal-estar deixado pela eliminação na Copa do Brasil ainda paira como fantasma sobre a Curuzu, inquietando elenco e comissão técnica.

Inseguros por perceber a desconfiança que domina a torcida, os jogadores fizeram um jogo burocrático e hesitante em Paragominas, domingo passado. O que seria o começo da reabilitação só ampliou as críticas ao desempenho do time e ao trabalho de Marquinhos Santos.

Por tudo isso, o compromisso desta noite vale muito mais do que apenas a obrigação de estrear bem na Copa Verde. É uma nova oportunidade de mostrar serviço e desfazer as dúvidas ora existentes. Um eventual resultado negativo certamente iria comprometer a continuidade do projeto atual.

Depois dos treinos da semana, Marquinhos não divulgou a escalação, mas deve utilizar quase a mesma formação que iniciou a partida em Paragominas, reforçada com as presenças de Renan Rocha, Mateus Miller, Diego Ivo e Renato Augusto, estes últimos já recuperados de lesões. Ambos fizeram muita falta ao Papão, principalmente o zagueiro, que é a referência da zaga.

No meio-campo, a dúvida é se Marquinhos vai priorizar o estilo mais cadenciado de Pedro Carmona ou o jogo mais vibrante e participativo de Fábio Matos. Sempre que o segundo entra, a equipe ganha em velocidade e presença ofensiva. Os atacantes Cassiano e Moisés, por sinal, são os que mais necessitam dessa aproximação entre meio e ataque.

Do Interporto sabe-se pouco, mas o suficiente para entender que não é dos adversários mais difíceis que o PSC terá pela frente na Copa Verde. Em situação normal, é adversário que pode ser vencido sem maiores dificuldades, mesmo na fase de turbulência vivida pelos bicolores.

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A árdua missão de questionar os “professores” da bola

O assunto dominante na quinta-feira foi o quebra-pau entre Oswaldo de Oliveira, técnico do Atlético-MG, e Léo Gomide, repórter da rádio Inconfidência de Belo Horizonte. Abespinhado com as perguntas incisivas feitas pelo radialista, Oswaldo tentou inicialmente intimidá-lo, interrompendo-o para dizer que não lhe cabia analisar a atuação do Galo, mas apenas fazer a entrevista.

Gomide não deu a mínima para conselho tão inadequado. Precisava embasar suas perguntas, portanto não havia exagero em discorrer sobre aspectos do jogo – que o Galo empatou, na bacia das almas, com o modesto Atlético Acreano, em Rio Branco (AC).

Do tom áspero inicial, Oswaldo evoluiu para uma explosão de fúria, com palavrões e insultos. Só não agrediu o repórter porque foi contido por um assessor do Atlético. Depois, mais calmo, pediu desculpas pela agressividade, alegando ter sido ofendido verbalmente por Gomide. O problema é que não há nenhum áudio que comprove tal acusação.

Dois repórteres presentes sustentam que Gomide disse um palavrão, mas este nega enfaticamente. Em entrevista à ESPN, técnico e repórter mantiveram suas posições, embora Oswaldo tentasse recuperar o ar zen que sempre foi sua marca.

Com ou sem motivo, Oswaldo baixou o nível (o vídeo está no YouTube) ao rés do chão, motivado por críticas e pinimbas anteriores. Repórter do tipo inquisidor, Gomide difere da maioria dos setoristas de clubes. Vai fundo nas perguntas, incomoda e não teme cara feia. Tenho a impressão de que se todos agissem como ele, de maneira firme e profissional, reações boçais como a de Oswaldo seriam menos frequentes.

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Troféu C-13 vai debater relação dos clubes com a mídia

Um tema caro à moderna gestão esportiva estará em debate no próximo dia 26 de fevereiro, às 18h, no auditório do DIÁRIO: como funciona a relação com a mídia, tendo o torcedor como cliente final? Comunicadores, dirigentes e torcedores irão discutir como os nossos clubes administram essa importante ferramenta de gestão. Será o primeiro debate-bola do Troféu Camisa 13, com entrada franca e certificado de participação.

(Coluna publicada no Bola desta sexta-feira, 09)