Ex-chinelinho detona chinelices de Ronaldinho

Ex-jogador e agora comentarista do SporTV, Roger não poupou críticas a Ronaldinho Gaúcho, que voltou a ser titular do Fluminense, na vitória da equipe sobre o Goiás por 2 a 0, neste sábado (26). Roger fez parte da equipe que transmitiu o jogo e falou que falta mobilidade ao jogador. “Fica até feio pro Ronaldinho. Os adversários atropelam ele e roubam a bola dele como se roubassem de uma criança”, disse Roger.

O comentarista ainda falou que Ronaldinho não aproveitou as próprias qualidades. “É um jogador inteligente, tem a bola longa. Mas nem isso ele procurou fazer, parece que ele não está ligado no jogo e não quer a bola pra participar do jogo”, completou. Após elogios de Ricardo Rocha de que ele ainda tem a parte técnica, mas falta a questão física, Roger ainda cutucou. “Mas tem que querer se aprimorar fisicamente. Ele quando chegou ao Fluminense pediu mais dias pra ficar em casa”, relembrou.

Contra o Goiás, Ronaldinho Gaúcho foi quem cobrou a falta rápida que resultou no primeiro gol do Fluminense, mas acabou vaiado pela torcida, quando foi substituído por Marcos Júnior.

O sol por testemunha

POR GERSON NOGUEIRA

Diante das constantes críticas ao famigerado horário das 11h, inventado inicialmente como alternativa às manifestações de revoltados diversos em São Paulo, a CBF se saiu com uma tirada bem ao seu estilo. Culpou os clubes pela deficiência de preparo dos atletas, como se o horário e a temperatura permitissem que a medicina operasse milagres para preservar a integridade física dos jogadores. Em outras palavras, se esquivou da responsabilidade.

O fato é que a mudança de horário, experimentada (e até aplaudida) em algumas capitais do Sudeste e Centro-Oeste, só interessa mesmo a dirigentes gananciosos e à emissora detentora dos direitos de transmissão, a exemplo do que já ocorre com outro horário tenebroso, o das 22h. Claro que cartolas e executivos acham o horário maravilhoso porque não são obrigados a se esfalfar em campo, sob sol senegalês, arriscando até a vida.

A alegação de que jogando às 11h alguns clubes obtêm arrecadações melhores não justifica a imposição de tal flagelo aos atletas, profissionais que dependem de boa forma atlética e adequadas condições fisiológicas para oferecer rendimento de alto nível.

Em recente conversa, quando compareceu ao programa Bola na Torre na RBATV, o goleiro Emerson (PSC) contou que de suas agruras durante o jogo com o Botafogo, na abertura do returno da Série B, disputado sob sol a pino no estádio Nilton Santos, no Rio.

Segundo ele, já na metade do primeiro tempo teve que molhar os pés com água gelada para resistir à insolação. Em seguida, precisou de atendimento médico em três momentos por passar mal enquanto a bola rolava. Nem as pausas para hidratação servem para restabelecer o condicionamento físico dos jogadores.

Lembro que dentre as reivindicações elencadas em documento do Bom Senso F. C., no final do ano passado, grande parte dizia respeito à integridade física dos profissionais do futebol. O grupo, que reúne atletas e ex-atletas, chamava atenção para a realidade do esporte no país, alertando para os riscos de um calendário abusivo, que castiga o artista do espetáculo e contribui para encurtar sua carreira.

Nada parece ter sido levado em consideração. Quando o futebol atravessa momento crítico no Brasil, com crescente desinteresse do torcedor exposto em pesquisas de opinião e no baixo comparecimento aos estádios, CBF e clubes decidiram por em prática a ideia de jerico dos jogos às 11h, cujo término ocorre por volta de 13h, em horário de sol inclemente, exceto nos  períodos de frio em algumas cidades do Sul e Sudeste.

Desunidos e fragilizados como segmento profissional, os atletas pouco podem fazer para mudar essa realidade. O brado deve partir de vozes que realmente se preocupem com o futuro do futebol por aqui, na esperança de que venha a ser atendido.

Não custa lembrar que a velha desconfiança de que CBF e seus sócios estavam matando a galinha dos ovos de ouro se tornou realidade nua e crua durante a última Copa do Mundo.

Depois de tanto insistir com fórmulas absurdas de disputa, calendários confusos e espichados, a entidade que manda e desmanda juntou-se aos cúmplices de sempre para sufocar as chances de soerguimento do futebol através dos clubes, células fundamentais na formação de craques.

Quando aparecem aqui e ali alguns futebolistas de boa técnica, como Lucas Lima e Gabriel de Jesus, o peso da estrutura corrompida conspira para que essas revelações se tornem cada vez mais raras.

Os ingênuos podem pensar que não, mas abusos como o futebol ao sol do meio-dia integram o cardápio de maldades que dona CBF atira sobre o esporte (ainda) mais popular do país. Infelizmente, é provável que esse absurdo só venha a ser corrigido diante de uma tragédia ou ameaça de punição por parte da Fifa.

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Sobre a reconstrução do Remo

Recebo e transcrevo na íntegra atenciosa mensagem de Ronaldo Passarinho, grande benemérito do Clube do Remo. “Não costumo fazer pedido de divulgação, mas queria lhe solicitar que falasse de alguns nomes que estão ajudando a enfrentar o momento grave e de renovação no CR. A simbiose entre velhos e novos remistas pode alavancar o clube, para voltar ao seu passado glorioso. Refiro-me ao trabalho incansável de André Cavalcante, Ângelo Carrascosa, Milton Campos, Fábio Bentes, coronel Bahia e muitos outros, que, sob a direção de Manoel Ribeiro, aconselhado pela tradição de Ubirajara Salgado, Moacyr Gomes, Jô Ferreira e outros, dão uma perspectiva excelente para o futuro. Entendo que a citação dos nomes referidos pode incentivar muitos outros a participarem dessa caminhada”.

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Bola na Torre

O programa de hoje terá o amigo Edson Matoso como convidado. Ícone do bom jornalismo esportivo, Matoso participará dos debates sobre a rodada do final de semana envolvendo os representantes paraenses. Guilherme Guerreiro comanda a atração, ao lado de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. O Bola na Torre começa logo depois do Pânico, por volta de 00h20.

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A moda retrô invade a Seleção

A convocação de Ricardo Oliveira, 35 anos, para suprir o corte de Roberto Firmino confirma a tendência de volta ao passado na Seleção, inaugurada por Dunga desde que convocou Robinho e Kaká. A onda retrô não pode ser saudada por ninguém de bom senso porque vai na contramão dos rumos do futebol atual, cada vez mais entregue a jovens e talentosos boleiros nos países europeus, africanos e até entre os vizinhos sul-americanos.

Dunga parece ter se dado conta de que não há muito tempo para prestigiar jovens atletas e resolveu apostar na velha guarda. Jogador de razoável qualidade, Oliveira desfruta de súbito brilho no Santos. Não é garantia de excelência, pois seu bom momento acontece em campeonato de baixíssimo nível técnico.

Mesmo claudicante nas últimas passagens pelo escrete, o são-paulino Alexandre Pato talvez fosse merecedor de lembrança. Jovem ainda, pode ser trabalhado para a Copa de 2018, enquanto Oliveira já está na fase crepuscular da carreira.

(Coluna publicada no Bola deste domingo, 27)

Luverdense e Bahia ficam no empate

https://www.youtube.com/watch?v=czS-MASmYJc

Palmas vence Leão na abertura do mata-mata

Penal mandrake garantiu vitória do time tocantinense. Apático e lento, Remo só reagiu nos minutos finais, quando teve três chances para empatar.

Palmas x Remo – Vitória x PSC (comentários on-line)

Campeonato Brasileiro da Série D 2015

Palmas x Clube do Remo – estádio Nilton Santos, Palmas-TO, 16h

Na Rádio Clube, Geo Araújo narra, Gerson Nogueira comenta. Reportagens – Paulo Caxiado, Adilson Brasil. 

Rádio Clube _ IBOPE_ Segunda a Sexta _ Tabloide

Campeonato Brasil da Série B 2015

Vitória x Paissandu – Arena Fonte Nova, Salvador-BA, 16h30

Na Rádio Clube, Valmir Rodrigues narra, Rui Guimarães comenta. Reportagens – Dinho Menezes, Giuseppe Tommaso

Topetudos

POR CLÁUDIA LAITANO, no Zero Hora

Nos programas de humor, nos talk shows do horário nobre, na festa de entrega do Emmy, lá estão ele e seu topete. Nos dias que correm, nos Estados Unidos, onde houver um microfone e uma audiência, Donald Trump estará presente – se não em pessoa, na forma de piada. Os roteiristas nem precisam se esforçar muito. O próprio candidato republicano tem se encarregado de distribuir generosamente o material de que as piadas são feitas: visual excêntrico, frases de efeito sem noção, sincericídio, tudo isso sustentado por uma visão de mundo anacrônica e excludente. Na semana que passou, a reação liberal ao constrangimento representado pelo avanço de um tipo como Donald Trump dentro do Partido Republicano parece ter chegado a sua manifestação mais extrema (e explícita): no episódio da última quarta-feira da série de humor negro South Park, uma versão animada do candidato aparece sendo morta e estuprada.

 

No Brasil, não temos nada parecido com South Park – nem humor político em qualidade e variedade suficientes para dar conta do material cômico produzido por Brasília todos os dias. Não nos faltam personagens caricatos como Donald Trump, é verdade, mas nossas reservas de sátira e bom humor parecem escassas quando nos defrontamos com personagens como Eduardo Cunha, por exemplo. Com seu sotaque carioca arrastado e seu visual anódino de vendedor de enciclopédias, o presidente da Câmara é um desafio para comediantes. Ao contrário de Trump, sempre mantém a gomalina e a compostura diante das câmeras – e mesmo jornalistas experientes têm dificuldade para escapar do seu repertório aparentemente inesgotável de tecnicalidades.

Ainda assim, de alguma forma, os dois políticos representam a mesma força centrípeta que parece sugar todos os assuntos para um vórtice comum de atraso e intolerância. A diferença é que os Estados Unidos ainda têm chance de catapultar Trump de volta para sua irrelevância bilionária, enquanto o Brasil já está a bordo de um avião sequestrado pelo fundamentalismo religioso liderado por Eduardo Cunha. Apenas nesta semana, os deputados da bancada evangélica colocaram em pauta na Câmara um projeto que dificulta ainda mais o tratamento médico de mulheres vítimas de estupro (PL 5.069/2013, de autoria do próprio Eduardo Cunha) e aprovaram em comissão um anacrônico Estatuto da Família (PL 6.583/2013) que não reconhece a existência de casais do mesmo sexo.

Trata-se de puro pensamento mágico imaginar que pelo simples desejo da bancada evangélica casais gays deixarão de existir – mas não é exatamente o pensamento mágico que está empurrando o país para fora das fronteiras de um Estado laico?

Donald Trump é uma piada de mau gosto que, na dúvida, os americanos de bom senso decidiram levar a sério. No Brasil, várias piadas de mau gosto da mesma categoria distraíram a plateia nos últimos anos. Enquanto isso, a verdadeira ameaça ganhava forças nos bastidores, disfarçada de vendedor de enciclopédia, mas não menos topetuda.

Receita bloqueia parte da fortuna de Neymar

Procuradoria da Fazenda Nacional conseguiu na Justiça bloquear R$ 188,8 milhões do jogador Neymar, de sua família e das empresas ligadas a ele. O atacante da seleção e do Barcelona é acusado de sonegar impostos durante os anos de 2011 e 2013, segundo a Receita Federal, principalmente em pagamentos feitos pelo clube espanhol relacionados a sua transferência do Santos. Em nota, Neymar se defendeu. Disse que não sonegou impostos, “tampouco qualquer uma das nossas empresas”.
A retenção havia sido negada em primeira instância, mas o desembargador Carlos Muta, do Tribunal Regional Federal da 3ª região, acabou acatando os argumentos de impedir a negociação desses bens com o objetivo de garantir a quitação dos impostos supostamente devidos.
A Receita alega que houve sonegação de R$ 63,6 milhões por parte do jogador. Entre outros fatos, é apontado omissão de rendimentos de fontes do exterior com publicidade e “omissão de rendimentos oriundos de vínculo empregatício pagos pelo Barcelona”. Esse dinheiro, na verdade, foi recebido pelas empresas N& N Consultoria Esportiva e Empresarial e Neymar Sports. Mas a Fazenda Nacional alega que foi tributado de forma indevida, já que o rendimento é dele como pessoa física.
O valor atingiu R$ 188 milhões por conta de uma multa de 150% sobre o total devido para a Receita. Isso ocorre quando há suspeita de existência de dolo, fraude e simulação de operações para tentar enganar o Fisco.
Foi pedido o bloqueio dos bens do jogador, das empresas e de sua família porque o débito cobrado pela Receita representa mais de 30% do total de seu patrimônio, avaliado pelos seus advogados em R$ 242,2 milhões. Ou seja, haveria um risco de que o valor não fosse pago. Surpreendentemente, apenas R$ 19 milhões desse total estão no nome do jogador, sendo o restante de posse de seus pais, Neymar Santos e Nadine, e de três empresas da família, a Neymar Sport e Marketing, a N & N Consultoria Esportiva e Empresarial e a N & N Administração de Bens Participações e Investimentos. (Do UOL)