Henrique (ex-Palmeiras) é a novidade na Seleção

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Acabou a expectativa. Estão definidos os 23 jogadores que serão responsáveis por buscar o hexa na Copa do Mundo que será disputada em casa. E nada de surpresas na lista final do técnico Luiz Felipe Scolari. O comandante optou por chamar os nomes que já estavam aparecendo nas últimas convocações. Melhor para o zagueiro Henrique, o goleiro Victor e o volante Hernanes, que ficaram com as vagas que ainda estavam mais em aberto. Lucas (PSG) e Miranda (Atlético de Madri), também cotados, acabaram excluídos da relação final.

Os jogadores convocados se apresentam no dia 26 de maio para começarem os treinamentos na Granja Comary. A Seleção terá dois amistosos de preparação, contra Panamá, no dia 3 de junho, em Goiânia, e contra a Sérvia, no dia 6, em São Paulo. O Brasil estreia na Copa do Mundo no dia 12 de junho, em São Paulo, contra a Croácia. Depois, ainda terá pela frente México (17 de junho, em Fortaleza) e Camarões (23 de junho, em Brasília) na primeira fase.

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VEJA A LISTA DOS CONVOCADOS:

GOLEIROS
Júlio César (Toronto FC)
Jefferson (Botafogo)
Victor (Atlético-MG)

LATERAIS-DIREITOS
Daniel Alves (Barcelona)
Maicon (Roma)

ZAGUEIROS
Thiago Silva (PSG)
David Luiz (Chelsea)
Dante (Bayern de Munique)
Henrique (Napoli)

LATERAIS-ESQUERDOS
Marcelo (Real Madrid)
Maxwell (PSG)

VOLANTES
Luis Gustavo (Wolfsburg)
Paulinho (Tottenham)
Hernanes (Internazionale)
Ramires (Chelsea)
Fernandinho (Manchester City)

MEIAS
Oscar (Chelsea)
Willian (Chelsea)

ATACANTES
Neymar (Barcelona)
Hulk (Zenit)
Fred (Fluminense)
Jô (Atlético-MG)
Bernard (Shakhtar Donetsk)

“Time” elogia ação antirracismo de Neymar e Alves

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A campanha antirracismo iniciada pelo jogador Neymar nas redes sociais sob a marcação #somostodosmacacos no último domingo tem suscitado opiniões controversas. Logo após seu colega do Barcelona, Daniel Alves, comer uma banana que havia sido atirada no campo por um torcedor na intenção de comparar o jogador a um macaco, Neymar deu início a uma campanha no Instagram e no Twitter para descaracterizar a atitude preconceituosa.

Soube-se, no dia seguinte, que o movimento havia sido pensado semanas antes, com o auxílio da agência de propaganda Loducca. Com isso, a opinião pública se dividiu e muitos se frustraram pelo fato de o movimento não ter uma origem espontânea — e sim ter sido orquestrado por profissionais. Mas, oportunista ou não, para a revista americana Time, a mais influente do mundo, a estratégia de Neymar e de sua equipe de marqueteiros foi “brilhante”.

Segundo a Time, Neymar e Daniel Alves “são garotos-propaganda perfeitos para uma campanha antirracismo” pelo fato de ambos terem projeção internacional e milhares de seguidores em redes sociais. A revista ainda aproveita para lançar uma crítica à Fifa, cuja atuação para reduzir o racismo no futebol não tem surtido resultados — sobretudo pelo fato de não haver punição para investidas preconceituosas no estádio, como foi o caso do torcedor que jogou a banana.

“Marquem isso como uma lição para a Fifa, o órgão poderoso do futebol, que vem enfrentado dificuldades para encontrar formas de extinguir gritos racistas e abusos por parte de seus fãs ao redor do mundo. Fazer outra campanha inteligente executada pelos próprios jogadores e direcionada aos fãs mais novos pode render frutos similares”, diz a reportagem.

O publicitário Guga Ketzer, da Loducca, afirmou que a ação foi preparada duas semanas antes, depois que Neymar e Daniel Alves foram alvo de outra investida racista durante o jogo do Barça contra o Espanyol. Segundo o publicitário, Neymar havia planejado comer a banana em campo quando surgisse a oportunidade — e então lançar a campanha.

Questionado se o lateral baiano havia atropelado a estratégia de Neymar, Ketzer negou. “De forma alguma. O conjunto de ele comendo uma banana e o Neymar se manifestando, criando um movimento, fez a discussão atingir um patamar absurdo, com repercussão até mesmo na Presidência da República. As pessoas espontaneamente se envolveram e isso é o que importa”, disse. Contudo, segundo reportagem do site da PLACAR, Neymar e Daniel já haviam conversado semanas antes sobre as atitudes racistas de alguns torcedores — e o atacante havia confessado que, se visse a banana sendo arremessada ao campo, a comeria.

Nesta quarta-feira, a agência Loducca enviou um comunicado à imprensa rechaçando críticas de que #somostodosmacacos também é um manifesto racista, justamente por manter a ideia da comparação entre negros e macacos. “Colocado como foi, ironicamente, na situação (logo após a maravilhosa atitude do Daniel Alves), a hashtag, mais a imagem de Neymar com seu filho, não chama os negros de macacos, mas lembra ou alerta os brancos que somos todos iguais, vindos ‘do mesmo macaco’. Este é um fato científico provado e comprovado (salvo alguns fanáticos que ainda questionam Darwin), não uma opinião”, informou a agência.

Uma luz no fim do túnel

Por Gerson Nogueira

A Justiça paraense finalmente dá sinais concretos de que não vai tolerar os crimes praticados pelas famigeradas gangues uniformizadas. A determinação tornada pública ontem pelo juiz Flávio Sanches Leão, da Vara de Inquéritos e Medidas Cautelares da Capital, já pode ser vista como histórica. Pela primeira vez, delinquentes que tumultuam o ambiente de clubes de futebol são enquadrados judicialmente.
Três desses baderneiros, identificados como pertencentes a uma das facções uniformizadas mais violentas de Belém, não poderão frequentar estádios durante jogos do Remo ao longo dos próximos três anos.
unnamed (90)Os torcedores lideraram a invasão do estádio Evandro Almeida para interromper um treino dos jogadores do clube no sábado (26 de abril), alguns dos quais chegaram a ser agredidos e ameaçados verbalmente. Além de xingamentos, o grupo disparou rojões em direção aos atletas.
O juiz Flávio Sanches Leão tomou a decisão depois de analisar e concluir o procedimento legal que indiciou os três integrantes da facção uniformizada. O processo será distribuído a uma das varas judiciais de Belém para instrução e julgamento pelo crime de explosão.
No depoimento à Polícia, um dos indiciados disse ser sócio-torcedor do Remo e que tomou a iniciativa de invadir e tumultuar o treino para “cobrar mais empenho e vontade dos jogadores”. Apesar das evidentes intenções belicosas, o líder do grupo negou ter sido violento. É como se tivesse se mobilizado, com rojões e pedaços de pau, para um simplório piquenique no Baenão.
Com base nos relatos de dirigentes e jogadores do clube, em declarações à imprensa, o magistrado considerou o crime “de natureza grave, já que envolve violência em estádios de futebol, necessitando de ação efetiva do Poder Judiciário, a fim de coibir essas práticas e evitar nova ação violenta”.
O juiz se baseou na legislação e jurisprudência sobre o poder geral de cautela, avaliando ser “necessária a aplicação de medida cautelar diversa das presentes no rol das do art. 319 do CPP (Código de Processo Penal)”.
Concedeu alvará de soltura e isentou o trio do pagamento de fiança, acolhendo a alegação de que os torcedores não tinham condições financeiras. Em liberdade, os indiciados deverão manter bom comportamento, com recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga, além de serem obrigados a comunicar mudança de endereço e a obrigação de comparecerem sempre que forem chamados pela Justiça.
Como é prática no futebol europeu, assimilada depois de crimes envolvendo torcedores turbulentos, o juiz Flávio Sanches Leão determinou que os indiciados devem se apresentar na Seccional de S. Brás/Central de Flagrantes uma hora antes e sair uma hora depois dos jogos do Remo.
Pelo bem do estropiado futebol, os verdadeiros torcedores esperam que a oportuna decisão não seja reformada e que de fato seja cumprida. É a garantia de que os estádios de Belém estarão livres de pelo menos três baderneiros de carteirinha.
Já é um bom começo.

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Papão enfrenta nova decisão

Depois do insucesso na final da Copa Verde, o Paissandu entra em campo hoje à noite contra o S. Francisco para uma nova decisão. É a definição da semifinal do returno, que habilitará o vencedor a decidir com o Remo a segunda etapa do campeonato.
Sem Charles, seu melhor zagueiro, Mazola Junior manterá seu já tradicional esquema de três volantes, que não altera sob nenhuma hipótese. O S. Francisco, mergulhado em crise interna, está sem técnico efetivo e tem desfalques. Além disso, precisa vencer por dois gols de diferença.
Mesmo com seus 300 volantes, o Papão é favoritíssimo.

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O dia D para a Seleção Brasileira

unnamed (95)Só para refrescar algumas memórias, a 37 dias da Copa do Mundo, cabe observar que o Botafogo é ainda o clube brasileiro que mais cedeu jogadores ao escrete nacional em mundiais. Foram 46 jogadores convocados ao longo das 19 Copas. Só em 1934, a segunda edição do torneio de seleções, foram chamados nove jogadores botafoguenses.
Dentre os atletas alvinegros que envergaram a amarelinha, alguns gênios da bola, como Mané Garrincha, Nilton Santos, Didi, Jairzinho e Amarildo. Todos campeões e jogadores destacados nas campanhas nacionais na Copa do Mundo.
Neste mundial, que será o maior de todos os tempos, o goleiro Jefferson representa as glórias botafoguenses. Ainda não é titular, mas a Seleção Brasileira ainda terá algumas semanas de preparação e essa situação pode mudar. Felipão, que anuncia a lista definitiva na manhã desta quarta-feira, já deve saber que os três primeiros títulos mundiais do Brasil tiveram decisiva participação de craques da Estrela Solitária.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 07)

Felipão é quem mais renovou Seleção desde 78

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Por Antônio Strini, da ESPN

Nesta quarta-feira, a partir das 11h30 (de Brasília), no Vivo Rio, Luiz Felipe Scolari vai revelar a tão esperada lista final de 23 jogadores convocados da seleção para a Copa no Brasil. Técnico que comandou o pentacampeonato de 2002, Felipão terá a missão espinhosa de espantar o fantasma de 1950 e, finalmente, dar o título mundial em casa ao chamado “país do futebol”.

No dia anterior ao anúncio, o treinador afirmou ao site da CBF que “dá para saber quem serão 21, 22 jogadores” por antecipação. “Posso adiantar que será uma lista feita com a coerência que vem marcando todas as nossas convocações”, continuou. Com essa ideia, Scolari deve seguir uma escrita que o acompanhou na seleção de 12 anos atrás: poucos remanescentes da última Copa vão ser chamados para a atual edição.

Em 2002, Felipão estava em situação parecida com a de hoje, tendo assumido a seleção durante o ciclo do Mundial. Com um ano para escolher os 23 jogadores, ele manteve a coerência e levou para Coreia do Sul e Japão aqueles que o ajudaram a se classificar à Copa como Vampeta, Edilson e Luizão, deixando de fora figurões como Antônio Carlos, Djalminha e Romário.

As grandes surpresas daquela lista foram Kléberson, despontando no Atlético-PR, e Kaká, então revelação do São Paulo. Assim, em 2002, Felipão levou apenas seis jogadores que estiveram na campanha do vice na França: Dida, Cafu, Roberto Carlos, Rivaldo, Denílson e Ronaldo.

Para o Mundial em casa, o treinador deve variar entre apenas quatro e seis remanescentes da edição de 2010 na África do Sul, quando o Brasil caiu nas quartas de final para a Holanda: Júlio César, Daniel Alves, Thiago Silva e Ramires estão garantidos. Maicon, presente há quatro anos, está à frente na disputa com Rafinha; já Robinho, titular com Dunga, é cotado, mas seria zebra.

sbneymar_wr_30062013083Grande estrela da Seleção, Neymar já poderia estar em sua segunda Copa se Dunga ouvisse o clamor popular de quatro anos atrás. Não o levou. O atacante, então, estreou com a camisa amarela no jogo seguinte ao Mundial da África do Sul sob o comando de Mano Menezes, deixou o Santos e hoje está no Barcelona, se recuperando de lesão no pé esquerdo.

Excetuando 2002, a última vez pela qual o Brasil passou por tamanha renovação de uma Copa para outra foi em 1978, quando apenas quatro remanescentes do quarto lugar na Alemanha foram chamados por Claudio Coutinho à edição da Argentina: Leão, Nelinho, Dirceu e Rivellino.

Telê Santana, por exemplo, manteve nove jogadores de 1978 para 1982 e sete do Mundial da Espanha para o do México-1986. Quatro anos depois, Sebastião Lazaroni também levou sete remanescentes para a Copa na Itália. Já Carlos Alberto Parreira, atual coordenador técnico de Luiz Felipe Scolari, preservou dez jogadores do fiasco em 1990 para o Mundial dos Estados Unidos. Resultado: tetracampeonato.

Zagallo manteve sete atletas campeões do mundo quatro anos antes para a Copa de 1998. Após a saída de Felipão, Parreira retornou ao cargo de treinador da seleção brasileira e levou outra vez dez remanescentes do último título mundial da equipe canarinho. Chamado para renovar o elenco, Dunga convocou oito jogadores da campanha em 2006 para o Mundial da África do Sul. A campanha, no final, foi a mesma: queda nas quartas de final.

Veja os remanescentes de Copa a Copa a partir de 1982:

1978 para 1982 – 9 jogadores
Carlos (G), Waldir Peres (G), Edinho (D), Oscar (D), Batista (M), Toninho Cerezo (M), Dirceu (M), Zico (M) e Roberto Dinamite (A);

1982 para 1986 – 7 jogadores
Carlos (G), Edinho (D), Júnior (D), Oscar (D), Falcão (M), Sócrates (M) e Zico (M);

1986 para 1990 – 7 jogadores
Branco (D), Mauro Galvão (D), Alemão (M), Silas (M), Valdo (M), Careca (A) e Muller (A);

1990 para 1994 – 10 jogadores
Taffarel (G), Aldair (D), Branco (D), Jorginho (D), Ricardo Rocha (D), Dunga (M), Mazinho (M), Bebeto (A), Romário (A), Muller (A);

1994 para 1998 – 7 jogadores
Taffarel (G), Aldair (D), Cafu (D), Dunga (M), Leonardo (M), Bebeto (A) e Ronaldo (A);

1998 para 2002 – 6 jogadores
Dida (G), Cafu (D), Roberto Carlos (D), Rivaldo (M), Denílson (A) e Ronaldo (A);

2002 para 2006 – 10 jogadores
Dida (G), Rogério Ceni (G), Cafu (D), Lúcio (D), Roberto Carlos (D), Gilberto Silva (M), Kaká (M), Ricardinho (M), Ronaldinho Gaúcho (M) e Ronaldo (A)

2006 para 2010 – 8 jogadores
Júlio César (G), Gilberto (D), Juan (D), Lúcio (D), Luisão (D), Gilberto Silva (M), Kaká (M) e Robinho (A).

Pra não esquecer a poesia

“Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda…”

(Mário Quintana)