Nacional 2 x 2 Remo (comentários on-line)

Copa Verde 2014 – quartas de final, jogo de volta

Nacional-AM x Remo – estádio Arena da Amazônia, às 19h30.

Rádio Clube _ IBOPE _  Sábado e Domingo _ Tablóide

Na Rádio Clube, Geo Araújo narra, João Cunha comenta. Reportagens – Paulo Caxiado, Carlos Gaia e Paulo Fernando. 

A frase do dia

“Eu quero o Remo (na semifinal da Copa Verde) porque eu estou entalado desde a final do 1º turno do Campeonato Paraense e se der Re x Pa na semifinal os dois jogos vão parar Belém. Já imaginou?”.

De Mazola Junior, técnico do Paissandu 

Mujica: “Aqui enxergamos a hipocrisia”

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De Brasil 247

Com um estilo de vida extremamente para simples para o um chefe de Estado, José (Pepe) Mujica ganhou as páginas do mundo todo ao legalizar, em um só ano, o aborto, o casamento gay e a maconha no Uruguai. Em entrevista ao Globo, ele rejeita o status de celebridade: “Eu não sou nada, sou um camponês com senso comum”. Diz que o Uruguai apenas respondeu à realidade: “Aplicamos um princípio muito simples: reconhecer os fatos… Aqui enxergamos a hipocrisia”. Leia outros trechos:

Maconha
Não vai existir o turismo da maconha. A decisão tomada não tem nada a ver com esse mundo boêmio. É uma ferramenta de combate a um crime grave, o narcotráfico, é para proteger a sociedade.

Austeridade
Pretende ser um ato de protesto. Na república, ninguém é mais que ninguém, começando pelo governante.

Protestos
As sociedades não mudam por causa de grandes homens, mudam quando os protestos se organizam, têm disciplina e métodos de longo prazo. Temos de revalorizar o papel da política.

Copa
O futebol nos anos 50 estava mais equilibrado na região: agora é quase impossível para o Uruguai — um país de 3 milhões de pessoas — ganhar um campeonato do mundo. Mas ninguém pode nos proibir de sonhar.

Leia aqui na íntegra.

Quando só o ataque salva

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Por Gerson Nogueira

Vale uma vaga na semifinal da Copa Verde e o Remo precisa fazer gols. Diante disso, torna-se obrigatório atacar desde a saída de bola. E, para mostrar poder de ataque, será necessário usar atacantes que justifiquem essa condição, meias participativos e laterais atuando como alas – ou pontas. A relação de convocados pelo técnico Charles Guerreiro para o jogo faz prever uma escalação bem ofensiva.

unnamed (31)Nos últimos jogos, o Remo refreou o ímpeto ofensivo dos primeiros jogos da temporada, quando atuava ainda com dois meias, Eduardo Ramos e Athos. Com o passar do tempo e alguns atropelos, como no primeiro Re-Pa, Charles reconsiderou e passou a jogar de maneira mais conservadora. O rendimento não melhorou, mas o bom resultado no turno sufocou as críticas feitas ao técnico.

Contra o Nacional, dias depois de vencer o turno do Parazão, o time claudicou e teve imensas dificuldades para evitar a derrota. Além de ser contido por um adversário inferior tecnicamente, o Remo ainda sofreu um gol dentro de casa, pecado gravíssimo na Copa Verde.

Foi justamente o gol do centroavante Fabiano naquela noite que agora obriga Charles a adotar uma estratégia ousada para buscar a vitória ou um empate positivo (a partir de 2 a 2). O grande xis da questão é se o treinador – normalmente mais afeito a fechar o time para não tomar gols – terá audácia suficiente para atacar sem medo.

E ele tem jogadores capazes de executar essa missão. No meio-de-campo, Ramos, Athos, Tiago Potiguar e Ted. No ataque, Val Barreto, Leandro Cearense e Zé Soares. Os laterais Diogo Silva, Alex Ruan e Rodrigo Fernandes sabem apoiar o ataque.

Caso se observem as características individuais dos jogadores, a onzena ideal para sufocar o Naça em sua própria casa é esta: Fabiano; Diogo, Max, Rafael Fernandes e Alex; Ilaílson, Dadá, Athos (Potiguar) e Eduardo Ramos; Leandro Cearense e Potiguar (Zé Soares).

Além do que os times possam produzir em campo, a partida será regida por outros fatores importantes. O clima festivo pela inauguração da arena manauara é um aspecto que pode favorecer o time baré. A euforia pela participação na Copa deve ressuscitar a velha rivalidade regional com o Pará. Ao mesmo tempo, a condição de representante do Amazonas na batalha deve jogar sobre os ombros do Naça uma carga de responsabilidade extra, que pode ser explorada pelo Remo.

De toda sorte, a decisão é a mais empolgante dos últimos 40 anos no confronto Pará-Amazonas, que andava adormecido desde que o futebol amazonense entrou em declínio. A Copa Verde é a competição mais importante do ano tanto para o Remo quanto para o Naça.

Caberá aos remistas mostrar frieza e equilíbrio psicológico para se impor, aproveitando-se das excelentes condições do gramado para usar o talento de alguns de seus jogadores. Tem tudo para ser um grande jogo. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)

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Seleção é velocidade e força

2104883_full-lndQuem viu o Brasil golear a África do Sul no meio da semana deve ter percebido que a Seleção, mesmo sem tempo para treinar, está voando baixo e mantendo a saída em alta velocidade que lhe garantiu o triunfo na Copa das Confederações. Excelente notícia para quem terá a imensa responsabilidade de representar o futebol pentacampeão do mundo daqui a 97 dias.

Felipão consolidou um esquema de jogo que se baseia na transição rápida e vertical. A marcação sob pressão também permanece como arma nos minutos iniciais, garantindo gols logo nos primeiros 20 minutos. Foi assim na Copa das Confederações e terá que ser do mesmo jeito no Mundial.

Para superar oponentes de alto calibre, o Brasil não poderá ceder espaços em seu campo e deve atacar sempre com quatro ou cinco jogadores, Neymar à frente. Interessante observar que Fernandinho, Paulinho e Ramires, os volantes que atuaram no Soccer City, muitas vezes se posicionam como meias. E Hulk, aposta de força, andou se plantando quase como volante em diversas ocasiões (sua vocação para zagueiro, aqui vaticinada, ainda está por ser descoberta pelo técnico).

A opção pela velocidade nas saídas foi a solução encontrada para compensar a ausência de uma meia-cancha cerebral e talentosa. O único risco está na capacidade física que os jogadores precisam ter ao longo do torneio. Fôlego e participação serão decisivos na busca pelo hexa.   

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Bola na Torre

Marcos Paraná, o recém-contratado armador do Paissandu, é o convidado do programa neste domingo. Guilherme Guerreiro comanda, com participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba baionense. Começa logo depois do Pânico na Band, na RBATV, por volta de 00h20.

Papão é o primeiro semifinalista da Copa Verde

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Com atuação apenas razoável, o Paissandu fez o suficiente para superar a fraca equipe do Princesa do Solimões, vencendo por 2 a 1 e garantindo presença na semifinal da Copa Verde 2014. A partida foi realizada na tarde deste sábado, no estádio Gilberto Mestrinho, em Manacapuru (AM). O Papão poderia até perder por 4 gols de diferença (ganhou a primeira partida por 6 a 1, em Belém), mas se impôs nos momentos certos e não permitiu que os amazonenses tentassem uma reação. 

O primeiro gol aconteceu logo aos 3 minutos. Após jogada pelo lado esquerdo do ataque, com Leandro Carvalho e Aírton, a bola foi cruzada para o interior da área e Lima disparou de primeira. Um zagueiro ainda rebateu, mas a bola já havia transposto a linha fatal. Com a vantagem, o Papão passou a administrar a partida, enquanto o Princesa atacava, mas desorganizadamente. Marinélson e Branco jogavam dentro da área bicolor, mas a bola não chegava. Fininho era o jogador mais produtivo do time, porém esbarrava na forte marcação de Vânderson e Augusto Recife.

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Tranquilo, o Paissandu saía rapidamente para o ataque, explorando os espaços deixados pelo Princesa. Aos 15 minutos, Djalma mandou um chute forte da entrada da área, defendido pelo goleiro Milton, mas resvalando ainda na trave. Aos 22 minutos, foi a fez de Leandro desperdiçar grande oportunidade. Chutou da marca do pênalti, mas a zaga conseguiu desviar para escanteio. Aos 26 minutos, o Princesa conseguiu seu melhor ataque. Depois de boa jogada de Delciney, Marinélson recebeu a bola junto à linha da área e chutou rasteiro. Mateus fez grande intervenção.

No segundo tempo, o Princesa voltou mais adiantado, pressionando a saída de bola do Paissandu. A estratégia deu certo. Logo aos 2 minutos, Marinélson quase empatou. Aos 11, o zagueiro Lídio desviou um cruzamento da esquerda e empatou o jogo, aproveitando-se de um apagão da zaga paraense. O empate empolgou a pequena torcida presente e fez o Princesa redobrar os esforços. Aos 23 minutos, o mesmo Lídio cabeceou da pequena área, mas a bola foi no travessão.

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Logo em seguida, a equipe amazonense ficou com 10 jogadores, após contusão do ala Deurick. Como já tinha feito as três substituições, o Princesa ficou sem um jogador em campo, tornando ainda mais fácil a missão bicolor. Mazola Junior aproveitou para tirar Capanema e Leandro, lançando Billy e Héliton, para dar mais velocidade ao ataque. Deu certo. Aos 31 minutos, depois de jogada pela esquerda, Aírton cruzou para Lima marcar o gol da vitória. Foi o sexto gol do artilheiro na Copa Verde.

O Papão volta a campo na próxima quinta-feira (13) contra o Santa Cruz de Cuiarana, no estádio Modelão, em Castanhal, pela segunda rodada do returno do Campeonato Paraense. Na Copa Verde, vai aguardar o vencedor do jogo Nacional x Remo, que será disputado hoje à tarde, em Manaus. (Fotos: MICHAEL DANTAS)

PRINCESA DO SOLIMÕES: Milton; Sidmar, Lídio (Tiago), He-Man e Alberto; Rondinelli, Delciney (Deurick), Fininho e Edinho Canutama; Branco (Charles) e Marinelson. Técnico: Marquinhos Peter.

PAISSANDU: Mateus; Djalma, Charles, Pablo e Airton; Augusto Recife, Capanema (Billy), Vânderson e Pikachu (Márcio); Leandro Carvalho (Héliton) e Lima. Técnico: Mazola Junior.

Árbitro: Mayron dos Reis Novais (MA). Assistentes: Sérgio Campelo Gomes (MA) e Nilton Pereira da Silva (RR). Cartões amarelos: Ricardo Capanema, Augusto Recife e Pikachu (PAY) ; Deurick (PSO).