Pirão resolve punir jogadores do Remo

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Por determinação do presidente Zeca Pirão, do Clube do Remo, os jogadores Val Barreto e Carlinhos Rech, expulsos nas semifinais da Copa Verde, serão multados em até 40% de seus salários. “Qualquer ato de indisciplina deve ser punido, até para que o atleta perceba que errou. No caso dos jogos contra o Paysandu, as expulsões acabaram prejudicando a equipe, que atuou boa parte do jogo com um jogador a menos”, afirmou Pirão em entrevista à Rádio Clube. Barreto foi expulso na primeira partida contra o Paissandu depois de dar um pisão em Pikachu. Rech foi excluído do clássico de domingo.

André, expulso diante do Santa Cruz pelo Parazão, não será punido. Pirão entendeu que sua expulsão ocorreu em função de lances normais de jogo. O dirigente reuniu ontem, no Baenão, com o técnico Agnaldo de Jesus e seus auxiliares, informando-os sobre a decisão. A situação dos jogadores Henrique e Rogélio, sob risco de dispensa, não foi definida ainda. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola) 

O passado é uma parada…

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Sócrates e Serginho às voltas com a linha de defesa da Rússia (ao fundo, o goleiro Dasaev). Estreia do Brasil na Copa do Mundo da Espanha, em junho de  1982. O Brasil venceria a partida por 2 a 1, depois de estar perdendo por 1 a 0.

Quando a Justiça comporta o linchamento midiático

Por Breno Altman

Um espectro ronda a vida institucional e jurídica do país, movimentando-se na calada da sociedade e do Estado. Seus contornos podem ser definidos por uma pergunta: a democracia comporta o linchamento midiático e processual como ferramenta para eliminar inimigos políticos?

Marco-Aurélio-e-Joaquim-Barbosa-e1394236130222A questão leva nome e sobrenome. Há mais de quatro meses o ex-ministro José Dirceu de Oliveira e Silva cumpre pena em regime fechado, mesmo tendo sido condenado ao cumprimento inicial em sistema semiaberto. O presidente do STF, com a cumplicidade do juiz encarregado da execução penal, pisoteia ou posterga decisões da própria corte.

Não importa, a esses senhores e seus aliados, que a essência da acusação contra o líder petista tenha sido esvaziada pela absolvição acerca da formação de quadrilha. Afinal, sentenciado sem provas materiais ou testemunhais, Dirceu teve sua culpa determinada por uma teoria que considerava suficiente a função que eventualmente exercera no comando de suposto bando criminoso, cuja existência não é mais reconhecida.

O grupo chefiado pelo ministro Joaquim Barbosa, no entanto, resolveu virar as costas para a soberania da instituição que preside. Sob pretexto de regalias e privilégios que jamais se comprovam, mas emergem como verdadeiros nas páginas de jornais e revistas, a José Dirceu se nega o mais comezinho dos direitos. Permanece preso de forma ilegal, dia após dia, em processo no qual a justiça se vê substituída pela vingança.

Há poucos paralelos na história posterior à redemocratização, revelando o poderio dos setores mais conservadores e autoritários quase três décadas depois de findada a ditadura dos generais. As irregularidades contra Dirceu, acima de problema humanitário, afetam pilares fundamentais do regime democrático e civilizado.

O mais triste e preocupante, porém, é a omissão do mundo político diante da barbaridade. Vozes representativas do Estado e da sociedade fazem opção pela abulia e a passividade, possivelmente, e de antemão, atemorizadas pela reação de alguns veículos de comunicação e o dano de imagem que poderiam provocar contra quem ousasse dissentir.

O protesto cresce entre cidadãos e ativistas, alcança o universo jurídico, recebe acolhida de alguns articulistas e chega a provocar certo nível de resposta nos partidos e organizações progressistas. Mas a ilegalidade, respaldada por boa parte da mídia tradicional, não é enfrentada à altura por autoridades governamentais e entidades cujo papel obrigatório na defesa dos direitos democráticos deveria impor outro comportamento.

O mutismo refugia-se em álibis como a independência entre poderes e o caráter terminal da sentença promulgada pelo STF. Como se o bem supremo a ser defendido não fosse a Constituição, mas o respeito ritualístico a uma instância na qual se formou maioria transitória a favor do arbítrio.

Outra camuflagem aparece sob a forma de abordagem unilateral ao que vem a ser liberdade de imprensa. Como se empresas jornalísticas estivessem acima das normas e do escrutínio da cidadania. Ou é aceitável que responsáveis pela coisa pública abdiquem da crítica frontal quando meios de comunicação violam conduta para destruir reputações e prerrogativas inscritas em lei?

Estes são, enfim, temas da democracia, não apenas da solidariedade a José Dirceu ou da jurisdição de petistas que lhe são leais. O silêncio sobre o caso é tão abominável quanto aquele que, no passado, franqueou decisões do STF entregando Olga Benário ao nazismo ou chancelando o golpe militar de 1964.

Breno Altman, 52, é diretor editorial do site Opera Mundi.

Parazão 2014: classificação do 2º turno

TIMES PG J V E D GP GC SG AP
Paissandu 7 3 2 1 0 8 4 4 77.8
Independente 6 2 2 0 0 4 1 3 100.0
São Francisco 6 3 2 0 1 5 3 2 66.7
Cametá 5 3 1 2 0 6 5 1 55.6
Remo 2 2 0 2 0 5 5 0 33.3
Gavião 2 3 0 2 1 4 6 -2 22.2
Santa Cruz 1 3 0 1 2 5 9 -4 11.1
Paragominas 0 3 0 0 3 3 7 -4 0

A frase do dia

“Guardiola não teve coragem de falar na minha cara que queria me tirar do time. Eu tive que relembrar que ele nunca foi um grande jogador. Eu não falo com ele até se desculpar. Já disse isso algumas vezes. Pep queria me dar lição de como atacar sendo que ele sempre foi meio campo. Ele não é normal. A verdadeira historia é que Pep nunca respeitou algumas coisas no mundo do futebol”. 

De Samuel Eto’o sobre Pep Guardiola, com quem trabalhou no Barcelona.

Papão vai premiar pela vaga na final

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O presidente Vandick Lima foi ao gramado do Mangueirão logo depois do clássico e confirmou a premiação aos jogadores pela passagem à final da Copa Verde. “Tivemos um valor que foi pago pela classificação contra o Princesa do Solimões e agora, vamos garantir 40 mil para ser dividido entre os jogadores após a vaga para a decisão da Copa Verde, depois de tirar o rival e fazer a festa com a torcida do Paissandu”, disse Vandick, adiantando que a diretoria vai estudar alternativas para atrair a torcida na partida decisiva da Copa Verde contra o vencedor da outra semifinal, entre Brasília e Brasiliense. “Vamos aguardar o sorteio da CBF e definir a logística para a decisão e desde já, a torcida deve fazer a sua parte, incentivando o time”. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola) 

Ex-diretor culpa internet pelo fim da MTV Brasil

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Por Mauricio Stycer

zicogoescapa-200x300No recém-lançado “MTV, Bota Essa P#@% Pra Funcionar!” (Panda Books, 160 págs., R$ 35,90), Zico Goes se propõe a fazer um relato pessoal de sua longa experiência na emissora, contando casos saborosos que testemunhou ao longo de 20 anos, mas também buscando explicar o que deu errado. Goes trabalhou na MTV entre 1991 e 2008. Voltou em 2011 e ficou até o fim, em setembro de 2013. Diretor de programação por muitos anos, é uma figura altamente credenciada para as duas tarefas.

A tese principal, mencionada uma dezena de vezes ao longo do livro, é que a MTV fracassou por culpa da internet. “A grande vilã”, como chama Goes, teria sido responsável pelo decadência do principal produto da emissora, os videoclipes, pela derrocada das gravadoras, levando-as a perder o interesse em levar artistas para gravar o formato “Acústico”, e ainda pela queda nas receitas com publicidade.

Goes lembra que a MTV americana também enfrentou dificuldades por causa da disseminação do uso da internet, mas conseguiu se reinventar. Mas não sabe dizer por que a MTV brasileira não fez o mesmo. Além de culpar a internet, o autor enxerga um erro importante na estratégia de programação da MTV, ocorrido justamente no período posterior à sua saída, em 2008. Naquele ano, a Abril comprou a última parte da emissora ainda em mãos da Viacom, americana, e se tornou a única dona do canal.

Segundo Goes, o presidente da empresa cobrou: “Vocês têm a obrigação de manter o nível e entregar números para a Abril.” Para piorar, diz, “isso acabou coincidindo com uma mudança errada na programação a partir de 2009, momento em que a MTV decidiu ser mais generalista e menos cool.” Nesta época, conta, o canal ficou adolescente demais. Só dava Restart. “A MTV se rendeu a essa tentação comercial”.

Se as explicações são frágeis, o mesmo não se pode dizer das histórias de bastidores que Goes conta. “MTV, Bota Essa P#@% Pra Funcionar!” é repleto de causos divertidos, a começar pelo protagonizado por Caetano Veloso, cuja reclamação, ao vivo, serve de título ao livro. Goes expõe abertamente a hipocrisia por trás da campanha “Desligue a TV e vá ler um livro” ao revelar que a peça era apresentada em horários que não atrapalhassem a programação. Também conta que, apesar de recusar “jabás”, a MTV aceitava que as gravadoras ditassem as cartas no programa “Disk MTV”, “exibido pelo canal por meio de um acordo de interesse mútuo”.

O livro também conta boas histórias sobre como era feita a seleção de VJs – a preferência era por jovens e despreparados, que chegassem sem vícios. Ao falar dos principais nomes ds MTV, é curioso notar que Fernanda Lima merece bem mais espaço do que Thunderbird, Gastão e Fabio Massari, por exemplo. “MTV, Bota Essa P#@% Pra Funcionar”, em resumo, conta boas histórias sobre um canal que marcou uma geração de jovens brasileiros, mas não ajuda muito a entender o que deu errado.

Edições digitais amenizam perdas de revistas

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Do Portal Comunique-se

O Instituto Verificador de Circulação (IVC) divulgou nesta semana os dados da análise referente à comercialização de revistas com edição digital no país ao longo do segundo semestre do ano passado. O estudo registra que houve crescimento de 5,8% no consumo no período em comparação aos seis primeiros meses de 2013. Em relação ao segundo semestre de 2012, houve aumento de 3,1%.

Os dados são animadores para as editoras do mercado, que, no mês passado, viram a “Pesquisa Brasileira de Mídia 2014 – Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira” revelar que 85% dos brasileiros nunca leem revistas, além de que apenas 0,3% tem esse tipo de publicação como mídia predileta. A pesquisa foi produzida pelo Ibope sob encomenda da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Apesar do aumento das versões digitais, quando o item mais abrangente do levantamento – todas as revistas (com ou sem versão virtual) – é revelado, registra-se declínio. Segundo a entidade, em 2013 o conjunto da área teve retração de 3,1% na circulação, quando comparado com o ano anterior. O grande responsável pela queda foi a venda avulsa, com diminuição de 9,2%. Na parte de assinaturas, a baixa foi de 0,04%.

Presidente do IVC Brasil, Pedro Martins Silva destaca que o consumo de revistas digitais tende a aumentar, já que apesar do crescimento atual, o modelo ainda representa menos de 10% da circulação de revistas. “Em dezembro de 2013, as edições digitais representaram 9,2% da circulação das publicações que informaram esses dados. A tendência de ler revistas em dispositivos digitais é crescente e acreditamos que o mesmo ocorre em outros títulos”.

Pirão decide manter Agnaldo como técnico

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A diretoria do Remo reuniu, na noite deste domingo, para analisar em caráter de urgência a situação do clube em relação ao Campeonato Paraense. O trabalho de Agnaldo de Jesus (auxiliado ontem por Gian) foi elogiado, mas houve discusão quanto à contratação de um novo treinador. A maioria dos diretores era favorável a trazer um profissional mais experiente. A voz discordante foi do presidente Zeca Pirão, que decidiu prestigiar Agnaldo. Com isso, Seu Boneco deverá seguir no cargo até o final do Parazão.

Quanto aos jogadores, o rendimento de alguns foi muito questionado pelos diretores, mas as dispensas foram descartadas. Ficou certo, porém, que os jogadores expulsos nas três últimas partidas (Val Barreto, André e Carlinho Rech) serão multados. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola) 

Quebra-quebra em lojas e bares da Curuzu

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Integrantes de uma torcida organizada do Remo quebraram portas e saquearam bares e lojas de facção rival ligada ao Paissandu, no começo da madrugada desta segunda-feira, no estádio da Curuzu e arredores. A Polícia chegou a prender alguns dos vândalos envolvidos, mas grande parte conseguiu fugir. Segundo testemunhas, eram mais de 100 baderneiros. Vizinhos observam que confrontos e arruaças do tipo têm se tornado rotineiros em função da existência de uma loja da facção bicolor na Curuzu. As duas “torcidas” já foram banidas pela Justiça, mas se mantêm presentes nos estádios, desafiando o cumprimento da decisão judicial. (Fotos: WAGNER ALMEIDA) 

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Papão fatura alto nas arquibancadas

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O quinto Re-Pa da temporada teve público pagante de 26.582 espectadores. A renda foi de R$ 711.387,00. Ao Remo, como mandante (e responsável pelas despesas), coube o valor líquido de R$ 181.769,20. O Paissandu ficou com R$ 351.514,29.  (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)