Mãe é mãe, final é final

Não dá para entender essa insistência em fazer a grande final do campeonato no sábado (9/5) à tarde.

Paissandu e S. Raimundo, por sugestão da diretoria alviceleste, querem fugir da concorrência com o Dia das Mães, o que é, no mínimo, esquisito.

Desde quando filhos deixam de ir aos jogos por causa do almoço com as mães? Nunca ouvi dizer.

Só pensa assim quem não acompanha futebol realmente de perto.

E há um belo gancho promocional: homenagem às mães através de descontos no preço dos ingressos ou distribuição de rosas, qualquer coisa desse nível.

A questão é que o domingo é o dia do futebol, por excelência.

E nem as mães são capazes de contrariar essa regra universal.  

Pivô admite má fase

Do portal da NBA:

O pivô brasileiro Nenê, do Denver Nuggets, admitiu não estar em sua melhor forma mental. Ele não realizou uma boa partida no último sábado, quando o time do Colorado perdeu para o New Orleans Hornets por 85 a 83 e teve sua vantagem na série diminuída para 2 a 1.

“Eu estou OK, pode acreditar”, disse Nenê em um primeiro momento ao jornalista Mark Kiszla, do jornal Denver Post. Logo após, entretanto, o pivô revelou a verdade. “Realmente, eu não estou bem. Eu estou falando da parte mental. Para mim, é tudo mental. Fico um pouco irritado, pois me preparei para isso [playoffs], mas as coisas não estão dando certo”, declarou.

No terceiro duelo contra os Hornets, Nenê fez apenas dois pontos e acabou estourando em faltas com mais de três minutos para o fim do jogo. Uma das coisas que pode estar atrapalhando o brasileiro é uma lesão na mão esquerda. Isso, entretanto, não é o principal motivo. O pivô quase não foi acionado no ataque no primeiro tempo. Seus companheiros de Nuggets tentaram envolvê-lo mais na segunda etapa, mas Nenê não conseguiu corresponder.

Quanto a mim, o apagão mental de Nenê não causa o menor espanto. Aliás, nem o apagão técnico. Não consegui ver até hoje nenhuma exibição digna do cartaz que o pivô brasileiro tem na liga americana. Deve ser simples coincidência.

Maicossuel fora de combate

Maicossuel está fora do último e decisivo jogo.

Como Vélber, que levou cacete no Re-Pa e quase dançou do campeonato, Maicossuel joga com a 10.

É driblador, corre mais riscos que seus companheiros de time.

Está sempre exposto a bordoadas.

Contra o Flamengo, nos dois jogos anteriores, levou sarrafo de todo jeito.

Não agüentou, sofreu estiramento.

E Juan, que cometeu falta violenta e ainda teve a pachorra de falar desaforos ao jogador, indignado com os dribles, continuará lépido e fagueiro.

O futebol é assim.

 

 

 

Papão sai na frente

Boa notícia para o Bicola.

O técnico Edson Gaúcho, que estava suspenso por 30 dias e não poderia acompanhar o time da beirada do campo nas finais, já está livre do gancho.

O efeito suspensivo solicitado pelo Paissandu ao TJD da Federação foi concedido (como já era esperado), ontem à noite, e o irascível treinador poderá atuar nos jogos contra o S. Raimundo.

Fica pelo menos a lição e que Gaúcho saiba se comportar como a situação exige.

Azar do Pantera, cuja suspensão do mando de campo está mantida.

Não tem choro, nem vela.

 

O pós-tsunâmi

No fórum informal sobre o longo inferno astral que se abate (e tem tudo para se prolongar) sobre o Remo, transcrevo comentário do Marcelo Gomes.  

 

Caro Gerson

 

Depois do desastre de ontem, gostaria de apontar alguns culpados pela atual situação do Clube.

 

1º Todos os dirigentes que apoiaram a eleição do Raimundo Ribeiro e depois deixaram ele sozinho para afundar o clube. É preciso também deixar claro que, apesar de Ribeiro ter assumido o Remo com o time na série B, ele recebeu o clube das mãos do Rafael Levy numa situação complicada. As cotas de patrocínios já haviam sido adiantadas e o time estava suspenso, tendo que fazer três jogos de portões fechados, o que não tira sua culpa pelo restante da “obra”.

 

2º Dirigentes e conselheiros que fizeram de tudo para que a eleição não fosse antecipada e prolongaram a agonia do Raimundo Ribeiro até o final do ano de 2008.

 

3º O presidente Amaro Klautau, que se rodeou de gente inexperiente, veio com uma história de que formaria um time em 15 dias, não mandou o Flavio Campos embora no final do segundo turno e fez contratações horríveis, contratou um jogador por engano (o meia Claudinho, que chegou aqui com uma história de que tinha jogado no Atlético-PR e era tudo lorota). Sem falar no Bruno Andrade, que jogava num time de Supermercado, no caso o Pão de Açúcar.

 

Gostaria também de dizer que a imprensa sempre cobrou que o Remo deveria dar oportunidade a prata da casa e aos jogadores das divisões de base. Este foi o ano em que o time e o plantel teve mais jogadores locais do que jogadores de fora. No time titular, só 4 jogadores eram de fora.No entanto, alguns garotos da divisões da base se omitiram em algumas partidas,faltou vontade para eles. O Edinaldo, que fez duas partidas boas e foi logo chamado de craque, em alguns jogos, principalmente nessa reta final foi irritante. Em alguns momentos, ele se escondia do jogo. Para cada uma boa jogada eram três passes errados.

 

Não estou botando culpa só nos garotos, até porque o time era muito limitado, mas acho que alguns tiveram uma grande oportunidade de mostrar o seu valor, conquistar seu espaço no time e no coração da torcida como outros em outras épocas fizeram.

 

A verdade é que os nossos garotos demonstram até ter algum talento, mas falta melhor condicionamento físico e principalmente preparo psicológico para conviver com os elogios e com as criticas. Boa parte dos garotos que saem da base de Remo e Paissandu não têm a cabeça no lugar. Os exemplos estão aí (Fabrício, do Paissandu, que largou o time da Turquia e está em Tomé Açu; Rafael Oliveira, que deixou o clube).

 

Por fim, acho que time grande não pode abrir mão de fazer contratações de peso e investir em jogadores de melhor qualidade. Faltou ousadia a essa atual diretoria. Todos os grandes times do Brasil têm dívidas, mas não abrem mão de contratar jogadores de qualidade para seus times.

 

Algumas pessoas disseram que o tempo em que o Remo vai ficar parado vai ser bom para equilibrar as finanças e investir na base. Penso que o maior prejuízo não é o financeiro e, sim, moral. Como deixar o maior patrimônio que o clube tem, que é sua torcida, ficar tanto tempo sem futebol?

 

Marcelo Gomes