Tribuna do torcedor

Por Sebastião Junior (sjunior.embrapa@gmail.com)

Prezado Gerson Nogueira,

Durante muito tempo escrevi sobre futebol, sobre coisas do futebol. No entanto, nesta madrugada, cerca de 12h23min, quero conversar com você sobre mudança de comportamento. No primeiro jogo diante de fato de sua torcida, depois de três jogos, uma coisa me chamou muito minha atenção. Simplesmente o verdadeiro torcedor, não aceita, mas as “intervenções” patéticas, sem sentido e ridículas de uma certa torcida organizada.
A verdade é que em todos esses momentos que acompanho o Paysandu, essa torcida sempre fez o que quis, em alguns momentos recebia até o apoio do torcedor e das diretorias omissas e irresponsáveis. Porém em razão dos últimos acontecimentos, isso inclui a selvageria protagonizada no estádio da Curuzú ano passado. Atitudes que fizeram o Paysandu ser penalizado e penalizando por tabela, o torcedor comum, aquele que heroicamente ainda tenta levar a família ao estádio, não aguenta mas essa torcida dita organizada.
No jogo Paysandu x Fortaleza, por três vezes, a partida foi paralisada, mesmo com a informação de que não deveriam jogar bombas no estádio, coisa que nem precisaria ser comunicado. Mesmo assim, houve de novo, bombas no estádio. Não mais espaço para isso. Nem aqui e nem lugar nenhum. Porém, por uma ação inesperada, o torcedor comum passou a “hostilizar”, a cantar canções para essa tal torcida numa demonstração total de não aceitar esse tipo de atitude, essa organizada não nos representa, não representa o Paysandu e não representa o verdadeiro torcedor.
Isso é importante, pois demonstra a saída da inércia e o grito de uma torcida que não aceita mais ser penalizada por um grupo dito torcedores, uma gangue que depois do jogo estavam fazendo arruaças e assaltos na Augusto Montenegro. Apenas para registro, houve confrontos desses marginais com uma torcida dita também organizada do Fortaleza que se juntou com uma torcida organizada do Remo.
Acho que o jogo foi movimentado, o Paysandu precisa melhorar, o Fortaleza jogou melhor, enfim, numa noite ruim para o Papão, penso que o ponto positivo foi à mudança de atitude da torcida comum que se organizou para mostrar que não aceita papeis ridículos, atitudes patéticas e mais penalizações. Um abraço.

6 comentários em “Tribuna do torcedor

  1. Amigo Sebastião, estive também ontem e ví o que vc viu, e concordo obviamente com suas linhas.

    Jamais saio do estádio antes do apito final, mas ontem quebrei essa regra.
    Aos 45 estava na boca de entrada e saída das arquibancadas, pois como frequentador de estádios há tempos, manjo muitas coisas, e sabia que a Terror ia querer dá o troco, pois durante o jogo foi peitada pelos demais torcedores.
    Ficaram tão incomodados, que assaram quase o resto do jogo calados.

    E não deu outra, no final teve confusão, de longe ví até um carro da Policia lá na parte alta do mangueirão onde eles ficam localizados.

    Aí as pessoas dizem que a torcida do papão deixou de ser fiel, como uma pessoa pode ir a um estádio com um clima desses?

    Ou se acaba com a Terror, ou ela vai afastar muitos mais torcedores do estádio.

    O que se viu ontem, foi pura molecagem, pura irresponsabilidade, falta de amor ao clube.

    Vandick tem que enfrentar essa torcida de merda, como bem disse o Nicácio, a terror é uma torcida de merda mesmo, e expulsar eles da Curuzú, é o primeiro passo.

    A terror de merda não representa a verdadeira e apaixonada torcida do papão da curuzú.

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  2. Lamentavel o que aconteceu ontem no mangueirão. Dificil é digerir as repetições dos fatos, pois o clube já havia sido penalizado com 3 jogos de portões fechados. Esses diretores só podem mesmo ter rabo preso à essa “torcida organizada”, pois continuam deitando e rolando tanto nos estádios como dentro da própria estrutura do clube.
    Todos sabem que esses fatos não são exlusividade do Paysandú, no Remo ocorre a mesma coisa. Ja é hora de dar um basta em tudo isso, e a palavra é agir, antes que algo muito grave aconteça.

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  3. Sebastiao,

    Como Edson e voce puder presenciar a mesma situação. Isso por um lado é positivo, pois mostra quem é o verdadeiro torcedor do Papão. Por outro lado, é preciso lembrar que não cabe ao torcedor retaliar estes vândalos. Para isso temos autoridades que deveriam prendê-los, já que o lugar de indivíduos como este é na cadeia.

    Uma vez falei que dois são responsáveis para evitar isso.

    1) Polícia e justiça que devem fazer a lei ser cumprida.
    2) Ja passou da hora do PSC criar um cadastro gratuito de torcedores e vender ingressos nominais somente para quem tem cadastro (CPF, RG e etc), sendo este ingresso retirado somente pelo cidadão cadastrado. Isso ajudaria a polícia a banir estes indivíduos.

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  4. Prezado Anônimo,

    concordo plenamente e penso que esses pontos sugeridos por você sejam levados em consideração. O contra ponto é sobre a retaliação. Na verdade, não considerei uma retaliação o ocorrido ontem, achei interessante a atitude importante e se me permite, com as devidas proporções, me pareceu similar com aquela que ocorreu no Baenão, se você lembra, marginais vestidos de torcedores invadiram o treino, atrapalhando e causando transtornos no ambiente. Depois de alguns dias, outros torcedores, os verdadeiros foram ao treino apoiar o time.
    Os times são diferentes, as torcidas não são as mesmas, porém padecem do mesmo problema, marginais vestidos de torcedores que atrapalham o clube, causam prejuízos. Esse não o sentimento do verdadeiro torcedor. Quanto o Paysandu deixou de arrecadar nessas três partidas de portões fechados? Quanto o Remo deixará de arrecadar nas partidas de portões fechados? Quem provocou isso será que gosta mesmo do clube nos dois casos?
    É bom lembrar Gerson e amigos do blog que a discussão aqui não é de futebol, de quem tem maior torcida ou quem tem mais títulos, e sim de marginais que prejudicam os clubes. Quando tratamos de coisas que são casos de polícia em um blog especializado em futebol, penso que devemos refletir sobre o que está errado.

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  5. Um ponto importante, só estão escrevendo criticando a torcida porque o Paysandu PERDEU. É só ler outros comentários de alguns puritanos. (preciso nem citar nomes). Se O time tivesse vencido estaria lendo comparações com o Real Madri, que o time era fantástico e o Mazola Jr. é gênio. Dizer que a torcida não vai pela violência é uma realidade, mais também é real que a “Avalanche” que tentam criar, não existe, não porque o Paysandu não tenha torcida, mais porque o torcedor eventual quer ir ao estádio esperando sempre vitória, com goleada e olé. Torce é estar preparado também para derrota.
    Tem muita gente que não percebe que a agressividade esta presente em vários campos, até nas palavras. Uma simples colocação maldosa de um repórter ajuda a violência.
    Acho a gozação importante e algo saudável, mais é preciso medir as palavras e respeitar a paixão do outro.

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