POR GERSON NOGUEIRA
A goleada de 4 a 1 dá a impressão de um jogo extremamente fácil para o PSC. Não foi bem assim. O time apresentou problemas logo nos minutos iniciais, permitindo a presença do Manaus em seu campo, tomou um gol e teve que se desdobrar para virar o placar ainda na primeira etapa. Mesmo com um jogador a mais, antes de fazer 3 a 1 o Papão sofreu com a movimentação do adversário. Tranquilidade mesmo só no final, com o quarto gol, marcado já nos acréscimos.
O começo do confronto não podia ser mais desanimador. Logo aos 6 minutos, Roney abriu o placar para o Manaus, após um belo passe de Renan e um cochilo de Kevin na marcação. O placar agregado aumentou para 0 a 2 – e as dificuldades também.
Com a força que vinha das arquibancadas, com 12 mil torcedores incentivando, o PSC finalmente entrou no jogo. Saiu da letargia inicial e começou a pressionar. O empate veio aos 15 minutos. Robinho cruzou na área para o cabeceio de Nicolas. O goleiro Vinícius falhou e a bola entrou.
O empate deu um novo astral à equipe, que seguiu atacando. Aos 25’, o lateral Edilson fez um cruzamento baixo para João Vieira desviar de cabeça bem no canto, sem defesa para o goleiro Vinícius.
O Gavião, que até então estava tranquilo em campo, começou a sentir que o controle da partida havia trocado de mãos. Ainda buscou o ataque, mas ficou cada vez mais ocupado em se resguardar, a fim de evitar mais gols. Afinal, o 2 a 1 igualava a disputa e levava a decisão para os pênaltis.
Teve uma excelente oportunidade com o atacante Renan, que cabeceou de cima para baixo. A bola passou sobre o travessão. Mesmo insistindo em busca do empate, a etapa inicial terminou com vantagem alviceleste.
Disposto a surpreender o PSC, o Manaus iniciou o 2º tempo partindo para o ataque. Na primeira investida, Renan invadiu a área em velocidade, mas disparou em cima da zaga. Logo depois, Felipe Eduardo foi expulso e o Manaus recuou para explorar os contra-ataques.
A partida ficou equilibrada, embora o Papão buscasse sempre o terceiro gol. Com a entrada de Edinho, por volta dos 30 minutos, as coisas começaram a mudar para melhor. O time passou a ter alternativas pela direita, pressionando o lado mais frágil da defesa amazonense.
Aos 37 minutos, Edinho ganhou um lance junto à linha de meio-campo, avançou com a bola e descolou uma diagonal perfeita para Nicolas. Entre as linhas de marcação, o centroavante recebeu e chutou rasteiro para fazer 3 a 1, dando ao PSC o resultado buscado desde o início.
O lateral Kevin foi expulso aos 42’, mas logo depois Nicolas roubou uma bola junto à linha de fundo e devolveu a cortesia a Edinho, que fechava no segundo pau e só teve o trabalho de tocar para as redes. A goleada estava sacramentada e o Papão classificado para a semifinal com todas as honras.
Papão e Leão irão se enfrentar, outra vez, na semifinal da Copa Verde. Os bicolores lutam pelo 4º título da competição.
Na base da superação, Leão arranca vaga em Manaus
A atuação do Remo na Arena da Amazônia, neste sábado, dividiu-se em tempos distintos. A primeira parte foi decepcionante. O time não viu a cor da bola e tomou dois gols em falhas pontuais do sistema defensivo. Depois de uma chacoalhada nos vestiários, o Leão voltou transfigurado para o 2º tempo e reagiu de forma heroica, garantindo vaga na semifinal da Copa Verde.
Os instantes iniciais fizeram lembrar o período de Ricardo Catalá no comando do time. As saídas eram sempre defeituosas, o ataque não funcionava e a zaga sofria com os lançamentos em direção a Sassá e William Barbio. Logo de cara, uma bola erguida por Diego Torres chegou a Sassá, que tocou de cabeça para Barbio abrir o placar.
Após dois passes errados na entrada da área, Henrique foi substituído pelo técnico Gustavo Morínigo. Renato Alves entrou, mas os problemas persistiram. O Remo simplesmente não conseguia jogar.
Aos 34’, novo apagão. Patric recebeu em velocidade pela direita e teve tranquilidade para cruzar na área para a finalização de William Barbio. Não havia cobertura adequada e a zaga sofria com os ataques pelos lados.
Para buscar uma reação, Morínigo substituiu Ribamar por Ytalo e o efeito foi imediato. No primeiro minuto, Matheus Anjos cruzou na área, Sillas desviou e o goleiro deu rebote. Ytalo aproveitou e mandou para o gol. O lance foi anulado por impedimento, mas foi um ensaio do que viria depois.
Aos 10 minutos, Nathan cruzou, Kelvin fez o corta-luz e Ytalo aproveitou para fazer o primeiro gol do Leão. Dois minutos depois, ele quase empatou ao mandar uma bola junto ao travessão.
O Remo seguiu controlando as ações e investindo pelos lados, coisa que não tinha feito na primeira metade. Matheus Anjos, Sillas e Jaderson foram importantíssimos nos passes e na aproximação entre os setores.
Aos 34’, Vidal acertou um tiro forte da entrada da área e o goleiro Edson deu rebote. Ronald recuperou a bola e deu um passe preciso para Sillas estufar as redes do Amazonas, empatando o confronto. Nos minutos finais, Jô acertou um chute rasteiro, bem defendido por Marcelo Rangel.
Uma classificação muito comemorada pelas circunstâncias do jogo e pela demonstração de capacidade reativa que o Remo deu à sua torcida.
Dorival opta pelo simples e a Seleção volta a vencer
Com os mesmos jogadores que estavam na Seleção Brasileira sob o comando de Fernando Diniz, a estreia de Dorival Júnior trouxe um resultado auspicioso. Além da vitória sobre a forte esquadra da Inglaterra, em Wembley, o escrete canarinho exibiu competitividade e força ofensiva, sem abrir mão de fazer um jogo vistoso.
O gol de Endrick na reta final da partida fez justiça à atuação coletiva da Seleção. No primeiro tempo, Vinícius Jr. e Paquetá tiveram boas chances de abrir o placar e a equipe foi envolvente, deixando os ingleses na roda em várias ocasiões. Para quem temia o pior, depois dos vexames recentes nas Eliminatórias, Dorival veio trazer um sopro de esperança.
Sem inventar, ele armou um time ajustado em poucos treinos e deixou claro que há muito ainda a evoluir. Tudo isso obtido sem depender dos antigos titulares, Neymar e Casemiro, que estão lesionados.
(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 25)
No final, ficou provado que o Amazonas não era essa fera toda.
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Como eu disse, o Amazonas não estava com toda essa bola.
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