Suspensão de Suárez é a maior das Copas

A decisão do Comitê Disciplinar da Fifa, anunciada na manhã desta quinta-feira (26), de suspender o atacante uruguaio Luis Suárez por 9 jogos pela mordida dada no ombro esquerdo do zagueiro Chiellini é a mais pesada punição por um ato violento cometido em campo ocorrida dentro da disputa de uma Copa do Mundo.

Nem episódios lendários da história dos Mundiais, envolvendo agressões do brasileiro Leonardo e do italiano Tassotti, em 1994, e do francês Zidane, em 2006, receberam da Fifa uma resposta tão severa.

A cotovelada desferida pelo lateral-esquerdo Leonardo, nas oitavas-de-finais, contra o americano Tab Ramos durante a vitória por 1 a 0 do Brasil contra os Estados Unidos, por exemplo, rendeu suspensão de 4 jogos, o que tirou o jogador do resto do Mundial disputado em território americano. Na fase seguinte, o defensor Tassotti também deu uma cotovelada, no espanhol Luís Enrique. Levou oito jogos de suspensão e não pode disputar a semifinal e a final da Copa daquele ano.

Em 2006, em uma das cenas mais emblemáticas da história das finais das Copas do Mundo, o meia francês Zidane respondeu às provocações do zagueiro italiano Materazzi com uma cabeçada no peito do adversário. Foi expulso pelo árbitro argentino Horácio Elizondo. Como já havia anunciado sua aposentadoria após o Mundial da Alemanha, recebeu apenas uma multa, de 7,5 mil francos (cerca de R$ 13 mil, àquele época).

A suspensão de Luis Suárez – que além dos 9 jogos oficiais pela seleção uruguaia também foi banido do futebol por quatro meses, não podendo nem treinar por seu clube, e multado em cerca de R$ 250 mil – é a segunda decidida pela Fifa durante a disputada da Copa do Mundo realizada no Brasil. Após a segunda rodada, o volante camaronês Song tomou um gancho de três jogos por ter dado uma cotovelada nas costas do atacante croata Mandzukic.

Copa: o Brasil ganhou, a mídia perdeu

Por Luis Nassif

Já se tem o resultado parcial da Copa: reconhecimento geral – da imprensa nacional e internacional – que é uma Copa bem organizada, com estádios de futebol excepcionais, aeroportos eficientes, sistemas de segurança adequados, logística bem estruturada e a inigualável hospitalidade do povo brasileiro.

Vários jornais (internacionais) já a reconhecem como a maior Copa da história.

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Agora, voltem algumas semanas atrás, pouco antes do início da Copa.

A imagem disseminada pela imprensa nacional – era a de um fracasso retumbante. Por uma mera questão política, lançou-se ao mundo a pior imagem possível do Brasil. O maior evento da história do país, aquele que colocou os olhos do mundo sobre o Brasil, que atraiu para cá o turismo do mundo,  foi manchado por uma propaganda negativa absurda. Em vez das belezas do país, da promoção turística, do engrandecimento da alma brasileira, da capacidade de organização do país, os grupos de mídia nacionais espalharam a imagem de um país dominado pelo crime e pela corrupção, sem capacidade de engenharia para construir estádios – justo o país que construiu duas das maiores hidrelétricas do planeta -, com epidemias grassando por todos os poros.

Um dos jornais chegou a afirmar que haveria atentados na Copa, fruto de uma fantasiosa parceria entre os black blocks e o PCC. Outro informou sobre supostas epidemias de dengue em locais de jogo da Copa.

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O episódio é exemplar para se mostrar a perda de rumo do jornalismo nacional, a incapacidade de separar a disputa política da noção de interesse nacional. E a falta de consideração para com seu principal produto: a notícia.

Primeiro, cria-se o clima do fracasso.

Criado o consenso, abre-se espaço para toda sorte de oportunismos. É o ex-jogador dizendo-se envergonhado da Copa, é a ex-apresentadora de TV dizendo que viajará na Copa para não passar vergonha.

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Tome-se o caso da suposta corrupção da Copa. O que define a maior ou menor corrupção é a capacidade de organização dos órgãos de controle. O insuspeito Ministério Público Federal (MPF) montou um Grupo de Trabalho para fiscalizar cada ato da Copa, juntamente com o Tribunal de Contas da União e a Controladoria Geral da União. O GT do MPF tornou-se um case, por ter permitido economia de quase meio bilhão de reais.

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Antes da hora, é fácil afirmar que um estádio não vai ficar pronto, que um aeroporto não dará conta do movimento, que epidemias de dengue (no inverno) atingirão a todos, que os turistas serão assaltados e mortos. Fácil porque são apostas, que não têm como ser conferidas antecipadamente.

Quando o senhor fato se apresenta, todos esses factóides viram pó.

A boa organização da Copa não é uma vitória individual do governo ou da presidente Dilma Rousseff. É de milhares de pessoas, técnicos federais, estaduais e municipais, consultores, membros dos diversos poderes, especialistas em segurança, trânsito, empresas de engenharia, companhias de turismo, hotelaria.

E tudo isso foi jogado no lixo por grupos de mídia, justamente os maiores beneficiários. Eram eles o foco principal de campanhas publicitárias bilionárias, sem terem investido um centavo nas obras. Pelo contrário, jogando diuturnamente contra o sucesso da competição e contra qualquer sentimento de autoestima nacional.

Artilheiro chora ao saber da punição

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O atacante uruguaio Luiz Suárez se emocionou e caiu no choro quando soube que não poderá mais disputar a Copa do Mundo. Imagens da TV Globo mostram o jogador abraçando e sendo consolado por um membro da comissão técnica da seleção, que também parece emocionado. Além de não poder jogar, Suárez terá até que sair do hotel em que o Uruguai está concentrado. A punição não permite que o jogador fique em nenhum ambiente Fifa.

O atleta foi suspenso por nove jogos da seleção pela Fifa, após morder Chiellini no jogo contra a Itália, na última terça-feira. Ele é reincidente neste tipo de agressão e, com o gancho estipulado pela entidade, não poderá mais atuar na Copa do Mundo – a decisão vale a partir deste sábado, quando o Uruguai encara a Colômbia pelas oitavas de final. Além disso, ele pagará multa e terá de cumprir quatro meses afastado de qualquer atividade no futebol, incluindo partidas com o seu clube, o Liverpool, e a presença em estádios.
O árbitro não viu o lance, e a Fifa teve de abrir uma investigação, colhendo imagens e versões dos envolvidos para decidir ou não por uma punição retroativa. O fato de Suárez já ter um histórico de mordidas pesou: ele agrediu a dentadas um rival do PSV quando atuava no Ajax, em 2010, e em 2013 repetiu o gesto em jogo do Liverpool contra Branislav Ivanovic, do Chelsea. Em ambos os casos ele foi suspenso, sendo que na reincidência o gancho foi de dez jogos.

“Esse tipo de comportamento não pode ser tolerado em um campo de futebol, e em particular em uma Copa do Mundo em que milhões de pessoas estão vendo as estrelas no campo. O Comitê Disciplinar levou em conta todos os fatos do caso e o grau de culpa do senhor Suárez de acordo com as relevantes previsões no código. A decisão é válida assim que comunicada”, disse Claudio Sulser, presidente do Comitê Disciplinar, sobre a maior punição disciplinar já aplicada em uma Copa.

Sua suspensão de jogos será cumprida durante a Copa-2014 e nos jogos seguintes da seleção uruguaia, como partidas oficiais. Assim, além dos jogos de Copa que a equipe fizer, contarão neste gancho os duelos na Copa América e Eliminatórias. A Federação Uruguaia já havia informado que apelaria de qualquer decisão e terá 21 dias para isso. Mas, enquanto houver um processo, ele tem que cumprir a pena, ou seja, não poderá voltar a atuar no Mundial. Em clubes, o banimento não vale para transferências. Ele pode mudar de clube – o Barcelona está de olho no atacante -, mas também teria de ficar afastado das atividades.

“Luis Suárez foi considerado culpado por quebrar a regra estipulada no artigo 48 parágrafo 1 do código disciplinar da Fifa, e o artigo 57. Ele está suspenso por nove partidas. A primeira partida da suspensão será servida no próximo jogo da Copa do Mundo entre Uruguai e Colômbia”, disse a Fifa, em comunicado, citando que este número serve para jogos de seleção. “Há ainda uma punição de quatro meses de todo o futebol, de acordo com o artigo 22 do código disciplinar da Fifa. Além de uma multa de 100 mil francos suíços”. O valor equivale a quase R$ 250 mil, e é uma das punições mais duras impostas pela Fifa dentro de uma Copa. (Do UOL)

Felizardas e muito mal acostumadas

Por Gerson Nogueira

Ressaltar a importância de Lionel Messi para a Argentina é chover no molhado, mas a Copa tem mostrado que o time é prisioneiro dessa dependência, como ocorre também com Brasil e Portugal. Seleções que têm a bem-aventurança de dispor de um grande craque acabam mal acostumadas e viciadas. Passam a viver do talento desse jogador, não conseguindo atuar normalmente sem ele ou quando se encontra em fase infeliz.

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No confronto com a Nigéria, ontem, em Porto Alegre, isso ficou mais uma vez evidenciado na Argentina. Messi fez dois gols preciosos no primeiro tempo e foi substituído na metade do segundo tempo quando seu time vencia por 3 a 2. A diferença de comportamento ficou tão clara que parecia até um outro time em campo. Por seu turno, a Nigéria ganhou força extra, passando a se lançar com todas as forças em busca do empate. Quase conseguiu.

O fato é que, quando Messi está em ação, todos os caminhos parecem levar a Roma. A Argentina flutua com graça e estilo a partir do meio-campo. Sua defesa também é poupada, pois o adversário se vê obrigado a utilizar mais jogadores na vigilância ao craque. Os nigerianos, por exemplo, mantinham todos os seus volantes empenhados em cercar Messi, mantendo um olho aberto também sobre Di Maria e Aguero.
Apesar de ainda longe da forma exuberante que o consagrou e poupando esforços físicos, La Pulga tem jogado o mínimo necessário para deixar sua marca – marcou quatro gols, como Neymar – e vai comandando a Argentina, que ainda não consegue mostrar um entrosamento natural nos demais compartimentos do time.
Do meio para a frente, com Messi, a seleção é sempre agressiva, ataca a cada três minutos e varia muito a modalidade de jogadas. As triangulações e tabelinhas são as jogadas preferenciais, causando sempre desassossego nas defesas inimigas.
Sem Messi, a equipe se retrai e escancara as dificuldades de Mascherano e Gago para cuidar do setor de marcação. A defesa passa a dar chutões e acaba o cardápio de habilidades no ataque. Sem troca de passes, a Argentina passa a abusar dos cruzamentos, como fazem quase todos os times do mundo. Obviamente, depender de um fora-de-série é sempre melhor do que ficar refém de pernas-de-pau, mas a transfiguração que acontece na sua ausência é algo que deve tirar o sono de Alejandro Sabella.
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neymarfredmeninasmatsuFelipão sinaliza com 
manutenção do time
A caminho de Belo Horizonte para cobrir a participação brasileira nas oitavas de final, acompanho a parcimônia de Felipão na condução do processo de mudanças no escrete. Desde a entrevista pós-jogo no Mané Garrincha, segunda-feira, o técnico tem se esquivado de qualquer compromisso com mudanças no time que considera titular. É evidente que resiste à ideia de tirar Paulinho, dínamo do meia-cancha na Copa das Confederações, e promover a entrada de Fernandinho. Conservador, Felipão reluta em lançar o volante do Manchester City desde o começo. Entende, com alguma razão, que certos jogadores não rendem o mesmo quando começam jogando. Por esse ponto de vista, desconfio que vai deixar tudo como está, podendo eventualmente mudar no decorrer do jogo.
No comando do ataque, onde Fred finalmente desencantou, a substituição é ainda menos provável. Se no meio Paulinho pode ser trocado por Fernandinho ou Hernanes, no ataque Fred não tem em Jô um substituto acima de qualquer dúvida. Mais ágil e bom no cabeceio, o centroavante do Atlético-MG será sempre o suplente. Felipão entende que Jô não tem experiência em Copas, que considera item importantíssimo para um comandante de ataque.
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A sorte está lançada
Depois da rodada de ontem, estão definidos seis cruzamentos das oitavas. Três pedreiras (Brasil x Chile, Holanda x México, Colômbia x Uruguai, Croácia x Grécia) e duas garapas (Argentina x Suíça, França x Nigéria). Hoje, os quatro últimos jogos da fase inicial nos grupos G e H definirão os outros quatro classificados, com prováveis cruzamentos entre Bélgica x EUA e Alemanha x Rússia.
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Direto da fase pré-Olimpíada
Há três anos, antes da Olimpíada de Londres, fiz um comentário criticando a opção de Mano Menezes por Fernandinho. O jogador havia se destacado em seleções brasileiras amadoras e vinha aparecendo no Shaktar, da Ucrânia, mas era nome semi-desconhecido no país. Mais que isso: não havia sido lembrado até então em convocações. Manifestei desconfiança dos velhos esquemas de valorização de jogadores convocados para a Seleção, como já se viu tantas vezes, E lamentei que ocupasse um lugar que parecia destinado ao nosso Paulo Henrique Ganso, então dando esperanças de recuperação. Veio a Olimpíada, Ganso sucumbiu e Fernandinho continuou Fernandinho.
Na última temporada, vendido ao Manchester City, o meio-campista passou a exibir qualidades que justificaram a lembrança inicial de Mano, acabando por merecer também a convocação de Felipão para a Copa, superando nomes como Lucas e o próprio Ganso. Contra Camarões, entrou nos minutos finais e mostrou desembaraço, marcando até gol. Foi o bastante para que meu velho comentário fosse de imediato resgatado, com as compreensíveis pauladas e gozações, que revelam também o sucesso da coluna.
Engenheiros de obra pronta agem assim, criticando ferozmente no dia seguinte à queda do prédio. Baionense de fibra, mantenho os termos da opinião de três anos antes, inclusive quanto à expectativa que havia em relação a Ganso. Não estava sozinho nesse modo de ver as coisas. Já o (provável) erro de avaliação quanto a Fernandinho (e à sua convocação por Mano) é digno de crítica, mas cabe notar que a fase realmente decisiva da Copa ainda vai começar. Queiram os deuses da bola que eu esteja errado e o nosso glorioso médio venha a conduzir o escrete ao Olimpo máximo do futebol.
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A força da consciência 
Sob o fogo cruzado de partidos direitistas de natureza marcadamente xenófoba, Karim Mostafá Benzema e outros jogadores de origem argelina resistem, recusando-se a cantar a Marselhesa. Ontem, antes do jogo (0 a 0) contra o Equador, a cena voltou a se repetir. O belo hino francês contém versos que os imigrantes consideram ofensivos a seus povos.
O futebol une desiguais, aproxima diferentes, mas a consciência política deve falar mais alto, sempre. O posicionamento do artilheiro do Real tem todo o meu respeito.

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Direto do blog:

“O problema do Brasil é que Neymar pode ser marcado facilmente. Atlético de Madrid e México mostraram isso. Ele precisa de espaço para se sobressair, como teve diante de Camarões, que lhe deu inteira liberdade. Basta a marcação de um defensor para anulá-lo, como temos visto na seleção e no campeonato espanhol, onde times sem nenhuma expressão conseguiram pará-lo. E teve jornal concorrente chamando o cara de ‘Garrincha’. Por falar em bobagem, o Casagrande disse que o Brasil tinha jogado futebol-arte no segundo tempo. A Fifa tem que fazer anti-doping nos comentaristas também! Muita gente disse que a entrada do Fernandinho ‘revolucionou’ a seleção e ele, sozinho, parou Camarões, que não atacou mais. Na verdade, o que se viu foi Camarões desistindo de jogar na segunda etapa. Renunciou ao ataque e não quis mais saber de jogo. Não passou do meio de campo”.

De Luís Moura, desafiando o coro dos contentes com a goleada brasileira sobre Camarões. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 26)

Para torcedores, Copa é a melhor da história

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Por Pedro Peduzzi e Mariana Tokárnia (Agência Brasil) 

Com a experiência de oito mundiais, o irlandês Daniel Sheahan, de 55 anos, não pestaneja: “a atual Copa do Mundo está sendo a melhor de todas”. A opinião de Sheahan é compartilhada por diversos turistas que, como ele, já participaram de outras edições do torneio. “Não que tudo esteja perfeito. Em todas as copas às quais fui, houve algum tipo de problema, como preços altos, dificuldades com transporte ou roubos. Mas isso faz parte de um evento desse porte”, disse à Agência Brasil o irlandês, que já teve a mochila roubada em duas edições do torneio.

“Isso foi na Copa da França, quando duas pessoas pegaram minha mochila e fugiram em uma moto, e na dos Estados Unidos, quando em um momento de distração levaram minha mochila”, lembrou. “No caso da França, um amigo meu passou pelo mesmo problema. Ao que parece, era uma quadrilha de motoqueiros especializados nesse tipo de roubo”, acrescentou.

Fã do futebol brasileiro, o irlandês sempre deu preferência aos jogos do Brasil, mas nem sempre foi possível assisti-los, porque existem outros pontos de interesse. “Esta Copa realmente tem muitas coisas especiais. Compará-la à da África do Sul é até covardia – o barulho das vuvuzelas era insuportável e estragava o clima do estádio. Para piorar, de todas as vuvuzelas saía muita saliva, o que era bastante preocupante porque a incidência de doenças como tuberculose é muito grande naquele paí.s.

Por aqui, não: os brasileiros procuram se divertir sem incomodar os outros. “Nota-se claramente uma grande vontade de tornar tudo especial. Isso não aconteceu na Copa da Alemanha, porque, apesar de muito educados, os alemães costumam ser frios na relação com turistas”. Além das quatro copas citadas – Estados Unidos, em 1994; França, em 1998; Alemanha, em 2006; e África do Sul, em 2010 – e da atual, Daniel Sheahan foi às copas da Espanha, em 1982; do México, em 1986; e da Itália, em1990.

Impressão parecida tem o equatoriano José Bastidas, de 31 anos. “Não é apenas a vontade dos brasileiros de ajudar os turistas. Aqui há muito mais festas e uma comunicação mais fácil, até pelas semelhanças com outras línguas. É mais fácil entendermos e sermos entendidos pelos brasileiros”, disse ele.

A Copa de 2014 é a quarta do suíço Domenique Brenner, de 40 anos. “Na comparação com as de 1998, 2006 e 2010, esta é a melhor, porque está sendo disputada no melhor lugar e com as melhores pessoas”, afirmou. “A organização do evento é sempre bastante similar, porque envolve a mesma estrutura, que é a estrutura da Fifa.” A maior crítica de Brenner é em relação aos caixas rápido dos bancos no Brasil, que tem usado para evitar a ida a casas de câmbio. “Muitas dessas máquinas não têm aceito cartões internacionais”, queixa-se.

Brenner e outros suíços entrevistados pela Agência Brasil reclamam do preço dos restaurantes nas cidades sede e das bebidas nos estádios. “Apesar de muito bons, os restaurantes são muito caros. Principalmente as churrascarias”, disse Brenner. Já Denis Rapin, 47, avalia que nem tudo é tão caro, levando em consideração o fato de que se trata de uma Copa do Mundo. Ele viaja com um grupo de 20 pessoas.

Para Rapin, os preços cobrados na cidade não são tão altos quanto imaginava. “Quem cobra caro aqui é a Fifa. Principalmente a cerveja nos estádios”, disse. “Esta é a minha primeira Copa do Mundo, mas não será a última. Esses dias têm sido muito agradáveis. A receptividade e a amabilidade dos brasileiros realmente impressiona. Todos muito amigáveis, desde o taxista até os profissionais da área de turismo. Em Brasília [onde assistiu à partida, entre Suíça e Equador], senti falta de bares mais festivos. Acho que o que falta aqui são bares típicos especializados em cachaça”.