A frase do dia

“Imagina se não tivessem feito tanta propaganda negativa do Brasil antes do Mundial 2014… O Brasil jogou contra o Brasil e o Brasil venceu”.

De Glauco Alexander Lima, publicitário. 

Produtores de alface festejam a Seleção

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Produtores de alface de Imperatriz (MA) fazem homenagem à Seleção Brasileira. São 14 mil pés da hortaliça. A iniciativa partiu de uma ideia de voluntários, às vésperas da colheita.

Messi decidiu dois jogos… E agora, é gênio?

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Por Gian Oddi

Nesta Copa do Mundo, Messi deu apenas dois chutes em direção ao gol. Fez dois gols e, a julgar pela importância de ambos, dá para dizer sem exagero que conquistou seis pontos para a Argentina. Messi não está jogando bem, pelo menos se considerarmos o “padrão Messi” de futebol. Enfrentou o bom time da Bósnia e a esforçada equipe iraniana. Equipes com poderio incomparável ao de times como Real Madrid, Bayern de Munique ou Chelsea, para ficar em três exemplos apenas, contra quem Messi fez história.

Messi ganhou dois Mundiais de Clubes, três Champions League e seis Campeonatos Espanhois. Foi três vezes artilheiro da temporada europeia e quatro vezes artilheiro da Champions. É o maior artilheiro da história do Barcelona e ganhou quatro Bolas de Ouro. Este parágrafo poderia até continuar, mas não é necessário. O grande argumento dos detratores de Messi, aqueles que pretendem colocá-lo em patamares abaixo do que ele (já) merece na história do futebol mundial, é o de que ele nunca foi figura determinante em Copas do Mundo. Pois bem. Messi já decidiu dois jogos de Copa do Mundo.

Sim, foram jogos contra Bósnia e Irã. Mas quem argumenta que enfrentar e derrotar verdadeiros esquadrões como Real Madrid e Chelsea não é suficiente por não se tratar de uma Copa do Mundo seria incoerente ao passar a considerar a qualidade do adversário em detrimento da importância do torneio, não?

Já dá para imaginar a próxima exigência: Messi precisa ganhar uma Copa do Mundo. Pode ser. Porque para muitos dos que contestam o incontestável, o que Messi fizer nunca será suficiente. Já para quem gosta realmente de futebol, e só não de clubes, camisas ou países, Messi já um gênio há um bom tempo.

O adeus de Giba, ex-lateral e técnico

Por Rogério Michelletti
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Ele foi um dos heróis corintianos na conquista do Brasileirão de 1990. Dono de um sotaque interiorano marcante, jeitão simples e chutes precisos, Giba, o Antônio Gilberto de Souza Manies, foi um bom lateral-direito corintiano entre 1989 e 1993.
Giba morreu no dia 24 de junho de 2014, aos 52 anos, em São Paulo. O ex-lateral lutava contra uma grave e rara doença chamada amiloidose.
Nascido em Cordeirópolis (SP) no dia 7 de março de 1962, Giba começou a se destacar no futeboldefendendo o time do Independente de Limeira (SP). Foi contratado pelo Guarani na metade dos anos 80 e deixou o Brinco de Ouro da Princesa em 1989. À época, ele não havia chegado a um acordo com cartolas bugrinos e foi para o Corinthians.
Giba chegou ao Parque São Jorge acompanhado de um ex-companheiro de Guarani: o meia Barbieri. Aos poucos o lateral-direito mostrou que tinha condições de vestir a camisa que tinha sido usada na mesma década por Zé Maria e Édson Boaro, dois jogadores que também defenderam à seleção brasileira.
Com boas atuações, principalmente no começo dos anos 90, Giba teve oportunidade de ser convocado algumas vezes para defender a seleção. Encerrou a carreira prematuramente, aos 30 anos, depois de uma cirurgia no joelho, em 1993.
Polêmica
A cirurgia feita no joelho do lateral Giba gerou controvérsias. Na oportunidade, assim que foi dispensado pelo clube, o jogador acusou Joaquim Grava de inutilizá-lo para o futebol. O atleta processou o médico, que conseguiu provar sua inocência.
Após encerrar sua carreira como jogador, Giba dirigiu várias equipes, dentre elas o Paulista de Jundiaí, o Santos (vice-campeão paulista de 2000), o Guarani, a Portuguesa, o Remo e o Sport Recife (assumiu o time pernambucano em maio de 2007). Em 2011, o treinador foi chamado para assumir o Guarani, no lugar do também ex-jogador Vilson Taddei.
Deixou o comando técnico do Bugre em novembro de 2011, conseguindo emprego novo no mês seguinte, quando foi contratado pelo Grêmio Barueri.
Em 2008 dirigiu o Paulista de Jundiaí no Campeonato Paulista e, na sequência, transferiu-se para o Ipatinga. Giba deixou a equipe do Vale do Aço no dia 13 de junho de 2008, depois da derrota por 4 a 2 para o Atlético no Mineirão. Em fevereiro de 2009 voltou ao Paulista de Jundiaí, e em  janeiro de 2011 assumiu o comando técnico do Joinville-SC.
Tristeza
O falecimento pegou os amigos de Giba da época do título brasileiro de 1990 de surpresa. “Encontrei com ele em Campinas recentemente, quando fomos convidados para uma partida de futebol. Ficamos batendo papo na arquibancada e ele foi embora antes do churrasco reclamando de tontura. Depois telefonei para ele e soube que ele viria a São Paulo para fazer sessões de quimioterapia. Mas cheguei a conversar com ele depois disso e a voz estava forte. Depois ele ficou muito fraco e só consegui falar com a filha dele”, complementou Macarrão.
Jogador do Corinthians entre 1989 e 1993, Giba foi homenageado pelo perfil do clube no Twitter.  “O Timão será eternamente grato a Giba, que honrou o manto alvinegro! Obrigado, campeão! Você está eternamente em nossos corações”. O jogador defendeu o clube em 211 jogos, marcando 17 gols.
Giba chegou a ser convidado pelo Corinthians para participar, em 10 de maio, da partida festiva entre atuais e ex-jogadores do clube, na inauguração do Itaquerão. O ex-jogador, porém, informou a outro amigo, o ex-ponta esquerda e atual observador da comissão técnica da equipe profissional Mauro, que estava em tratamento médico e não poderia comparecer.

A língua portuguesa já perdeu a Copa

Por Moacir Japiassu, no Comunique-se

Torcedores que, à paixão pelo futebol, acrescentam o bom gosto de ler e colaborar sempre com o Jornal da ImprenÇa, escrevem para deixar aqui o seguinte registro: a Seleção Brasileira pode até ganhar a Copa, mas a língua portuguesa tem sido goleada pela ignorância qual o time de Cristiano Ronaldo na partida contra a Alemanha.

“Haja saco para agüentar repórteres, narradores e comentaristas a falar ‘por conta’ de minuto a minuto nas transmissões dos jogos!”, escreve Aristides Pires de Miranda, advogado paulistano e torcedor do Palmeiras. “Simplesmente escoucearam  para escanteio o tradicionalíssimo e corretíssimo ‘por causa’, como você e Janistraquis já estão carecas de denunciar.”

 Outro leitor/colaborador, entre os mais de 40 que escreveram à coluna  é Ernesto Rodriques Menezes, o qual se apresenta como ‘comerciante carioca e botafoguense’, e, como os demais, não suporta ‘por conta’ a substituir ‘por causa’; ele aproveita para também reclamar de outro lance:

 “A palavra ‘companhia’ é sempre pronunciada ‘companía’, como se o H não existisse; aliás, quem adora dizer isso é o seu amigo Lucas Mendes quando se despede dos telespectadores do Manhattan Connection e agradece a nossa ‘companía’.”

 Marilene Caldas, professora carioca que ‘morre de paixão pelo Fluminense’, garante: “Esses chamados ‘profissionais da imprensa’ não entendem nada de futebol, enrolam o torcedor em falações sem fim, e, quando a gente faz as contas, percebe que não disseram nada aproveitável.”  

 E quase todos os leitores/colaboradores da semana execraram narradores/comentaristas/repórteres por enfiarem os Estados Unidos num horroroso singular. Virou hábito, digamos, analfabetístico, dizer “o Estados Unidos”. Então, já que agora é assim, escutamos à exaustão “o Estados Unidos foi…”, “o Estados Unidos fez…”, e segue o desrespeito pela transmissão afora.

Mondragón, o decano do Mundial

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Goleiro da Colômbia, Mondragón bateu um recorde hoje: tornou-se o jogador mais velho a disputar uma partida de Copa do Mundo. Com 43 anos, ele também esteve no Mundial de 1994. Superou o alemão Uwe Seeller, o inglês Bob Charlton e o mexicano Carbajal, veteranos que também disputaram Copas.

Torcida pela Seleção desafia até a enchente

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No Baixo Amazonas, a torcida pela Seleção Brasileira é forte o bastante para enfrentar até as águas neste período de enchentes. A foto é do centro da cidade de Óbidos.

A sentença eterna

“Temos que entender que tempo não é dinheiro. Essa é uma brutalidade que o capitalismo faz como se o capitalismo fosse o senhor do tempo. Tempo não é dinheiro. Tempo é o tecido da nossa vida.”

Antônio Candido

Copa das Copas ou das Américas?

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Por Gerson Nogueira
Desde que o torneio começou, a balança pende para o lado latino-americano, como uma espécie tardia de vingança dos colonizados. Chile, Colômbia, México, Uruguai, Costa Rica, Argentina e Brasil já estão garantidos nas oitavas-de-final. Estados Unidos e Equador tem boas chances. Já a Europa amarga a eliminação de três campeãs mundiais – Espanha, Inglaterra e Itália – e acompanha a agonia de uma seleção respeitada (Portugal). Já é o pior desempenho inicial do Velho Continente em toda a história das Copas.
O fator geográfico (e climático) pode ter alguma influência nesse desenho da Copa, surpreendente sob todos os pontos de vista. No entanto, penso que há outros pontos determinando essa tendência. O envelhecimento das seleções espanholas e italianas, cujos principais jogadores estão em visível declínio, ajuda a explicar os maus passos dos representantes europeus. Portugal vive mais ou menos o mesmo problema, embora a presença do melhor jogador do mundo (Cristiano Ronaldo) pudesse atenuar as perdas. Ocorre que CR7, como já analisei aqui antes, vive um inferno astral que compromete sua performance em campo. Jogador talhado para o embate físico, embora dotado de muito talento, o atacante lusitano não conseguiu exibir em campos brasileiros a conhecida intensidade de seu jogo.
Já o caso inglês deriva de uma questão geracional. Planejada para ser o ponto de partida do processo de renovação do time, a Copa do Mundo testemunhou na verdade um meio-termo entre os jovens valores e veteranos entediados. Gerrard e Rooney, dois expoentes da geração que despontou no final dos anos 90, pareciam animicamente fora de sintonia com jovens como Sturridge, veloz e inquieto. Não podia dar certo.
Quanto ao êxito latino talvez esteja vinculado a um fenômeno oposto. Há uma renovação, forçada ou não, na maioria dos times. A Colômbia, mesmo sem Falcão García, é um time rejuvenescido, como não se via há anos. Do Chile pode-se dizer a mesma coisa, com o adendo de que ganhou finalmente um grande técnico para juntar suas peças e organizar o jogo. Jorge Sampaoli, um argentino cheio de estilo, fez os jovens jogadores chilenos acreditarem que é possível sair do patamar intermediário e brigar de igual para igual com seleções mais cascudas. Trabalho facilitado pela feliz reunião de um grupo de bons futebolistas, algo que não se via no Chile desde que Salas e Zamorano se aposentaram.
O Brasil experimenta um processo parecido, com um selecionado inteiramente modificado em relação à última Copa. Os poucos remanescentes da jornada na África do Sul são coadjuvantes num time que tem como astro incontestável um garoto de 22 anos. Felipão, apesar do estilo antigo de ver futebol, deu sequência ao processo iniciado por Mano Menezes e os primeiros resultados brotaram na Copa das Confederações. No Mundial, a equipe ainda não deslanchou, mas passou sem aperreios pela primeira fase. A Argentina vive momento parecido. Com Lionel Messi a liderar a companhia, a seleção tem jogadores que amadureceram desde a última Copa. Di Maria, Aguero e Higuaín são bons exemplos. O Uruguai completa o trio de campeões sul-americanos com um grupo mesclado, que repete praticamente a formação que chegou ao quarto lugar na Copa 2010. A força reside no potencial ofensivo da seleção, com a dupla Suarez e Cavani em grande momento.
Dentre os emergentes, o México vem ensaiando fazer uma grande campanha há vários mundiais. Desta vez, sem expoentes individuais destacados, aposta tudo no conjunto. Seus jogadores correm o tempo todo e entregam-se à marcação como nenhuma outra seleção nesta Copa.
Por fim, a Costa Rica se insere na galeria dos fenômenos. Em sã consciência, ninguém apostaria um tostão furado no time de Brian Ruiz e Campbell. Apesar da grande campanha nas eliminatórias da Concacaf, a equipe centro-americana não inspirava a menor expectativa. Suas façanhas diante de Itália e Uruguai chamam atenção para o futebol do continente e indicam que o futebol está cada vez mais nivelado. Os próximos dias da Copa irão mostrar se esse nivelamento é de alto nível ou apenas a socialização da mesmice.
Na coluna de amanhã, falarei dos europeus que sobreviveram à avalanche latino-americana.
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Luiz Gustavo, a exceção que conforta
No meio-campo do Brasil reinou confusão e lerdeza nos dois primeiros jogos. Contra croatas e mexicanos, a hesitação dos meio-campistas comprometeu a dinâmica do jogo e expôs as fragilidades defensivas do escrete. Diante de Camarões, os problemas foram amenizados, mas não corrigidos. A transição só se normalizou quando Paulinho foi substituído por Fernandinho no segundo tempo. Há, porém, um destaque que merece registro em toda a campanha da Seleção até aqui.
O volante Luiz Gustavo, aposta pessoal de Felipão, tomou conta de sua faixa de campo e tem desempenhado suas funções com grande competência. Além de guarnecer o lado esquerdo da defesa, dando cobertura a Marcelo, tem se aventurado em ações ofensivas, como no lance do primeiro gol contra Camarões. Como um ala moderno, foi à linha de fundo e cruzou na medida para a finalização de Neymar.
Titular absoluto, tornou-se um dos intocáveis do time. Não por ser um dos preferidos de Felipão, mas pelo futebol bem jogado.
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Manipulação de mentes desinformadas
Os mesmos apologistas do caos e profetas do desastre atacam outra vez. Depois de derrotados na ridícula campanha “Não vai ter Copa”, guerrilheiros do mundo digital estão a postos – a soldo não se sabe de quem – para tentar lançar dúvidas sobre a lisura da Copa das Copas. Falam em manipulação para beneficiar o Brasil por ser o país mandante. Como se o Brasil, com seus cinco títulos mundiais, necessitasse de esquemas para levantar a taça. E como se manipular 32 seleções fosse a coisa mais simples do mundo.
Para convencer desavisados, espalham pelas redes sociais o mesmo texto patético usado logo depois da Copa de 1998, que sinalizava para um arranjo envolvendo a convulsão de Ronaldo na véspera da final e injunções do patrocinador (Nike), tudo supostamente a fim de beneficiar a França. Na verdade, o atacante adoeceu mesmo, insistiu para jogar mesmo sem condições ideais e a seleção de Zidane venceu porque foi superior ao longo dos 90 minutos. Qualquer outro tipo de reinterpretação dos fatos é surfar na maionese. Como ocorre agora, num período ainda mais propício para isso, diante da legião de batráquios que infesta canais como Facebook, Twitter, blogs e chats.
A tese esdrúxula, alimentada pelo erro do árbitro japonês no jogo contra a Croácia, não resiste a uma simples análise dos grupos da Copa. No sorteio das seleções, coube ao Brasil um dos grupos mais fortes do mundial. Em contrapartida, a vizinha Argentina caiu no grupo F. Pegou como adversários Nigéria, Irã e Bósnia Herzegovina. Quer grupo mais garapa? E tem mais: o chaveamento prevê um caminho mais tranquilo para os hermanos em direção ao título. Não deverão pegar nenhuma seleção tradicional e ranqueada até as semifinais. Seu provável adversário nas oitavas é o Equador (ou a Suíça), enquanto o Brasil vai encarar o Chile. Por esse raciocínio míope, os manipuladores devem ter se enganaram de país a ser beneficiado.
Ora, o exercício de futurologia é sempre arriscado, mas permite brincadeiras e gozações quando envolve futebol. O problema é quando a intenção de confundir as pessoas é parte de uma ofensiva organizada, que despreza a inteligência dos internautas e reforça o nefasto complexo de vira-lata. É como se o Brasil não tivesse competência para ganhar uma Copa do Mundo. Onde essa gente estava em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002?
A questão é que, muito além da questão futebolística, está em jogo uma eleição presidencial. Essa agenda estimulou a baderna pré-Copa nas ruas, mobilizou terroristas virtuais e atiça o desespero final, que é o receio não declarado de que um eventual triunfo da Seleção Brasileira venha a beneficiar o governo.
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Estranha versão do beijinho no ombro 

Como um renascido Mike Tyson dos gramados, o uruguaio Luizito Suarez vem se notabilizando pela mania de aplicar dentadas em adversários. Seria um impulso irresistível, uma superstição ou uma tara? Contra a Itália, ontem, o dentuço Suarez praticou sua terceira mordida oficialmente registrada. A vítima foi Chiellini.
Imagino que nos tempos de garoto lá pelo Uruguai tenha abocanhado muito mais gente. Só que no futebol filmado e vigiado de hoje, não dá mais para morder e esconder os dentes. Quem morde tem que pagar por isso.
A Fifa está desde a hora do jogo revendo as imagens e, sem chegar a uma conclusão, vai consultar os árbitros da partida para ver se aplica ou não uma prenda ao feroz uruguaio.Ora, as imagens não mentem. A mordida foi clara e a punição deve ser rigorosa, antes que o cidadão parta para uma nova mordida.
Costume mais besta. Lá em Baião isso tem outro nome…
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Celeste ultrapassa outra barreira
O Uruguai continua a jogar quase como nos tempos de Obdúlio, Gighia e Máspoli. Arma-se com 200 defensores lá atrás e sai em disparada rumo ao gol inimigo quando as chances se apresentam. Esse estilo roceiro não funciona quando o adversário cultiva o jogo de toques e passes em velocidade, como a surpreendente Costa Rica. Contra italianos e ingleses, o professor Oscar Tabarez tratou de refinar a correria. Usou seus volantes para abastecerem Lodeiro, um meia que atua bem próximo a Cavani e Suarez. O expediente funcionou em vários momentos nas duas partidas.
Quando a aproximação entre meio e ataque não rendeu frutos, veio a velha tática do chutão para socorrer a Celeste. Contra a Inglaterra, um tiro de meta resultou no gol da vitória. Ontem, o triunfo surgiu em cabeceio de Godin escorando um escanteio. Nenhum mistério. Simplicidade e força. O Uruguai sempre foi assim e costuma ser temível quando une seu jogo objetivo à velha garra.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 25)