Por João Lopes Jr. (englopesjr@gmail.com)
Prezado Gerson,
Alguns sintomas visíveis nos dois jogos do Brasil. Primeiro. Tiago Silva não acerta o pé quando é ele quem quem tem que dar o primeiro combate. Funciona bem na sobra e na bola aérea, mas se disputa no chão, comete falta… Os adversários têm encontrado por lá, em cima dele, as melhores oportunidades de ataque e nem a Croácia e nem o México fizeram porque não tiveram competência mesmo. Contra Camarões vai levar mais um amarelo e desfalcar a seleção nas oitavas (ou reforçar, já que vejo o Dante como melhor zagueiro que T. Silva atualmente). Segundo. Paulinho precisa ceder o lugar para o Hernanes, se continuarmos nesse 4-3-3, ou encaixar o Fernandinho no time pra dar segurança pro lado direito e mudar pro 4-4-2. Nada contra o Paulinho, mas ele ainda está sem ritmo e não vem sendo aquele do Corinthians e da Copa das Confederações. O Hernanes tá voando, assim como o Fernandinho. Terceiro. Fred. Não dá. Sei não, assim como já não se vê armador na seleção, não há um centro-avante faz um bom tempo. Acho que um sem o outro não funciona. O Jô, talvez, mas só talvez, se saia um pouco melhor por causa da movimentação. A banheira do Fred é crônica e faz muito mal pro time, já que a jogada e o esforço se perdem no impedimento dele. Qualquer um que passe a bola pra ele umas duas ou três vezes em impedimento se aborreceria com a apatia dele e largaria ele de mão. Foi o que o time fez e o Felipão, o quarto sintoma, demorou pra ver o que está acontecendo ou a tomar uma atitude. A cara de coitado do Fred depois do jogo contra o México prometendo gol contra Camarões, sei não hein… A última observação que tenho é: por que é que Willian e Oscar não jogam juntos? Por que não? Eles não têm exatamente a mesma característica, acho que se complementariam e se ajudariam a criar as jogadas. Acho que Neymar agradeceria.
Discordo em 100%.
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O Brasil tem, na verdade, uma equipe de mediana para fraca e os dados estão aí:
O México se classificou na repescagem da América Central, na bacia das almas, e foi mal até nos amistosos preparatórios para a copa, perdendo o último. Difícil crer que tenha virado um bom time agora. A Croácia igualmente veio na repescagem e é um time de segundo ou terceiro escalação.
Na copa, todavia, ambos deram a impressão de bons times e a explicação é simples – o Brasil fez os fracos Croácia e México parecerem grandes equipes. Tudo indica que a seleção seja ainda mais frágil do que parece. Vários de seus atletas são reservas em seus clubes. Outros estão péssimos.
Júlio César – reserva no Canadá, país inexpressivo
Marcelo – reserva do Coentrão no Real
Daniel Alves – péssimo a não mais poder no Barcelona, de onde está de saída
Paulinho – reserva na Inglaterra
Oscar – idem
Fred – atacante rebaixado no Flu, não está na série B porque não deixaram
Bernard – reserva na Rússia!
Neymar – o mesmo do Barcelona, apagado.
Hulk – há um lobby de jornalistas por sua escalação, prova de que não temos ataque.
Felipão – treinador ultrapassado e velho, que se limita apenas a provocar intrigas para tentar motivar seus atletas.
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Correção: Júlio César é titular no Canadá, não reserva.
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O problema maior da Seleção não vai ser resolvido nesta Copa:entressafra das brabas.Carência pura e simples de talentos,especialmente de armadores,de vida inteligente no meio de campo do Brasil.Frente a esse quadro desaninador de “fartura” de opções(é dose,vamos convir,ter de depender de Jô,Fred,Hulk entre outros muito mais esforçados do que talentosos)não vejo outra alternativa a não ser repetir 94,com o defensismo chato mas eficiente de Zagallo e Parreira.Tiraria o Hulk e colocaria mais um volante,puxando Davi Luis para o meio e colocando Dante como titular.Liberaria Marcelo e Daniel para o ataque e ficaria a espera da famosa “Uma Bola” ,bem ao estilo Tite de jogar,aguardando que lá na frente o Neymar possa decidir a parada,igual ao baixinho na Copa do Tetra.Não é a melhor das soluções,mas não dá para jogar que nem as Copas de 70 e 82,se não temos material humano para isso.A realidade é dura,mas é o que nos temos.
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