Treze decide punir autor da cavadinha fatal

Eliminar o Botafogo da Copa do Brasil nos pênaltis seria um momento histórico para o Treze. Nos pés de Léo Rocha, estava depositada a esperança do time em continuar vivo no torneio nacional. O meia precisava acertar a penalidade para deixar a disputa empatada. Mas cobrou com uma mal executada ‘cavadinha’, que provocou a eliminação dos paraibanos.

Depois do jogo, Rocha se desentendeu com o gerente de futebol, Gil Baiano, e foi afastado de forma imediata do elenco. Ele nem sequer viajou de volta à Paraíba na manhã desta quinta-feira, e não deve mais jogar com a camisa do clube. O presidente do clube, Fábio Azevedo, disse à Rádio Estadão ESPN que o ato do jogador foi uma brincadeira irresponsável, que mostrou desrespeito a todo o estado da Paraíba.

“No Treze só fica quem tem comprometimento, quem tem responsabilidade. No Treze só trabalha quem é vencedor. A falta de comprometimento não foi apenas no momento do pênalti. Mas eu vou falar disso depois”, afirmou o presidente.

Fábio Azevedo afirmou, ainda, que vai ainda não fará um pronunciamento oficial – ele quer consultar o departamento jurídico do clube antes – mas deu a entender que o jogador não vestirá mais a camisa do Treze. “Ele está afastado do grupo e isso é em definitivo. Só vou me pronunciar oficialmente depois que conversar com o jurídico”, disse. A gerência de comunicação do clube disse que uma entrevista na segunda-feira deve elucidar a questão. (Com informações da ESPN)

O bom Jefferson exagerou. Foi, além de prepotente, preconceituoso. Duvido que fizesse o mesmo contra um jogador da Série A.

O Botafogo e o medo de ser favorito

Por Rica Perrone

O Flamengo não consegue vencer jogos onde é muito favorito, pois seu passado o faz temer o pior e ele, geralmente, se repete. O Corinthians não consegue ganhar a Libertadores porque a síndrome de pânico que evolve a história do clube e a competição dificultam 10 vezes mais que o normal. 

No Botafogo basta ser favorito para o medo de repetir o fracasso ser mais relevante do que a vontade de vencer. Não importa o campeonato, nem o time, nem o local. Basta um pedido para confirmação de grandeza e lá vem o pânico. 
Outro dia escrevi um texto aqui dizendo que não entendia o nível de cobrança da torcida do Botafogo. Muitos concordaram, outros acham que não, que é pra vaiar, cobrar, etc.  Eu ainda parto do princípio que, na lama, é melhor tentar sair juntos do que afundar todos reclamando. Mas… 
Ontem, de novo, o Botafogo tinha que vencer. E de novo, como quase sempre, quando é favorito e tem obrigação de ser, não reage bem. Desde o Juventude no Maracanã lotado, desde sei lá que final de estadual, o Botafogo não aguenta ouvir dizer que é favorito.  Situação que não cabe a um time grande, pois é exatamente esse poder de suportar a condição de favorito que lhe diferencia. 
A sequência de investimentos patéticos acabou. O time está montado, mantido e em dia. Não há mais como colocar na falta de pagamento, na falta de um campo, de um lugar pra treinar. A conta é outra, mais simples. 
Do porteiro ao centroavante, passando também pela torcida, ser botafoguense dá medo. Todos eles tem aquele discurso de “sofredor”, aquela carinha de “vai dar merda” e aquele pessimismo que chega a irritar até mesmo o rival, que não quer confrontar um derrotado mas sim outro grande campeão. 
E sim, o Botafogo é um grande campeão. Pena que nem ele se enxergue desta forma as vezes. 
O Fogão é aquele cara muito inteligente, bacana, tirou notas boas, fez bons cursos mas que não consegue sair do emprego intermediário e do salário comum.  E vê, com raiva, os menos estudados ganhando mais, as vezes sem ter nem metade do seu bom currículo. E aí ele se acostuma com isso, faz da sua situação uma “piada” de “má sorte” e pior, acredita nisso.
“Coisas que só acontecem com o Botafogo”, ou discursos como os daqueles intelectuais da bola que dizem: “Não podia dar Botafogo. O estádio estava lotado, a tocida do Botafogo não lota. Aquilo não era Botafogo”, discursando sobre a derrota pro Juventude, por exemplo.
Podia sim, deveria ter dado, mesmo que esse rótulo místico de fracasso engraçadinho tenha sido tão bem plantado e regado ultimamente. Em 95, campeão, o time teve Tulio, Donizete, Beto… opa! Será que estes caras tem esse perfil “perdedor acostumado” que hoje alguns assumem? Não, não tem. Talvez seja essa a diferença.
Abreu é, hoje, o anti-Botafogo. O marrento, o que se garante, o que se acha superior. E a torcida o adora, porque é óbvio que vão adorar um cara que representa tudo aquilo que o clube não consegue representar ha anos.
Alguns caem na pilha de que o Fogão não é time grande, o que considero pouco discutível diante de sua história. Outros se acomodam no discurso de “sempre sofredor”, e outros se revoltam, como quem descobre hoje que há 20 anos o clube aceita tudo de pior e acha justificativas no além, no “sobrenatural”, onde for. Menos onde precisa, que é nele mesmo.
Jefferson, ontem, incoerente, errado, fez o que falta ao Botafogo. Foi marrento, meteu o dedo na cara, chegou quase a ser estúpido condenando um rival de fazer algo que seu time faz e aplaude.
Mas então não era pra ter feito! Não! E foda-se, porque o Botafogo precisa com mais urgência do que um beque ou um lateral uma dose de marra que faça dele um time que irrita os adversários, que desafie a lógica de um clássico e não um time que, se perder, fará uso do discurso pronto do juiz, da sorte e das coisas que só acontecem com o Botafogo.
Não precisa ser o Vasco do Eurico, o SPFC do Juvenal. Mas ser o oposto extremo, aquele que se junta pra chorar na coletiva pós jogo, pior ainda. Grandes não causam pena. Causam medo, inveja e raiva.
O Botafogo não é digno de pena, mas hoje está longe de ser motivo de “medo” ou “raiva”.
É piada pronta, partindo dos rivais com a assinatura dos seus, que adoram confirmar que “O Botafogo só se fode”. “Precisa beque”, “precisa lateral”, “precisa meia”, “o problema é técnico”, “com 3 zagueiros não da…”….  Pára! O problema não é esse ou, melhor, não é “só” esse. Talvez nem seja tão relevante o lateral, o meia ou o esquema de 3 ou 4 zagueiros.
O relevante é a postura. É o respeito que o Botafogo está deixando de colocar por não saber ser marrendo, ousado, “folgado”, quase “escroto”. 
Não é pra Oswaldo, nem pra Caio Jr. É caso pra Renato, pra Felipão. Você gosta? Não, talvez odeie. E é isso que falta ao Fogão. Odeie-o, mas não seja indiferente a ele. 
Acredite, moro em São Paulo há 33 anos, não tenho um pingo de dúvida em afirmar: O Botafogo é o grande que menos coloca “medo”  nos adversários. Você respeita, é claro. Mas nunca vai a uma “batalha” no Engenhão. Vai a um jogo onde, diga-se, você raramente se considera azarão. 
E que gigante é esse que ignora seu real tamanho e aceita, ano após anos, uma situação menor? 
Não é a diretoria atual, não é o elenco, nem o treinador. Isso é uma história, não uma fase de 3 anos. Não adianta dar pro Maicosuel  a conta do Dimba. Não cobrem do Abreu os gols que o Dill perdeu. 
Talvez você considere que eu esteja desrespeitando o Botafogo ao dizer tudo isso, mas na real eu estou respeitando mais do que muito botafoguense que se acostumou com a idéia do “meu time só se fode”. Atitude, arrogância, marra, escrotidão. Ingredientes que em doses exageradas transformam um vencedor num babaca. Mas que na falta da dose mínima transformam gigantes em perdedores. O Botafogo não é um perdedor, nem um clube que “só se fode”. Menos ainda, hoje, um clube que “se garante”.
 
(Por indicação do camarada Antonio Valentim)  

Lecheva tem dúvidas para escalar o Papão

O técnico Lecheva ainda tem dúvidas para definir o time do Paissandu para enfrentar o Remo no próximo domingo. O principal problema é Vânderson, que se recupera de contusão e pode desfalcar a equipe. Caso não posso jogar, o candidato à vaga é Neto, que marcou um golaço contra o Águia no último domingo. A mais provável formação é a seguinte: Paulo Rafael; Pikachu, Douglas Silva, Tiago Costa e Bryan (Jairinho); Billy, Vânderson (Neto), Cariri e Robinho; Adriano Magrão e Héliton (Tiago Potiguar). Na foto acima, a comemoração de Héliton na vitória do Papão sobre o Leão no primeiro turno (foto: Mário Quadros/Bola).

Leão já está escalado para o clássico

O Remo está praticamente definido para o clássico contra o Paissandu, domingo. Flávio Lopes deve escalar a seguinte equipe: Adriano; Tiago Cametá, Diego Barros, Edinho e Aldivan; André, Jhonnatan, Betinho e Reis; Fábio Oliveira e Cassiano. Joãozinho e Marciano são opções para o ataque. Na foto acima (de Mário Quadros/Bola), Diego Barros e Jhonnatan, confirmados na equipe titular.

A frase do dia

“O Ronaldo fala isso porque ganha comissão do Real Madrid [se Neymar for vendido para o time espanhol]. E quando você pensa em encher o bolso fala qualquer coisa. Já o Andrés, quando fala que teria vendido Neymar na primeira oportunidade, mostra bem as diferenças entre nos dois, não que eu seja melhor. Mas ele fica com o Adriano, eu fico com o Neymar. Se o pensamento deles está certo, como explicar Pelé, Pepe e Zito que não precisaram ser vendidos para chegar ao auge? Então, de um lado dessas opiniões tem interesse econômico. Do outro, tem dor de cotovelo. Não me incomodo, esse tipo de declaração pega mal para eles. Eu dou risada. Os cães ladram e a caravana passa.”

Do presidente Luiz Álvaro de Oliveira Rabelo, do Santos, sobre as opiniões de Ronaldo Fenômeno e Andrés Sanchez sobre Neymar.

Para reinventar o futebol brasileiro

O diário Lance! apresentou uma proposta para repaginar o futebol brasileiro atual, a partir das mudanças na CBF. Confira os nove pontos:

1- UMA NOVA GESTÃO

Mudança estatutária criando o Conselho de Administração(CA), abaixo do qual se situaria a diretoria executiva, profissional, responsável pela gestão cotidiana. O CA, formado por brasileiros de alta reputação e compaixão pelo futebol, não tem remuneração e tem a responsabilidade de contratar e demitir a diretoria, além da condução das grandes estratégias para o crescimento do futebol do Brasil. A eleição do próximo presidente da CBF seria a última de um só nome. Nas próximas, se candidatariam chapas, já com os nomes dos conselheiros. O número de conselheiros deve ser de 6 a 8, sendo que o presidente do CA tem o voto de desempate.

Este primeiro CA teria um mandato “Constituinte”, absolutamente alinhado com necessidade de revisão dos estatutos no sentido de, democraticamente apontar caminhos para o desenvolvimento do futebol brasileiro. Ao contrário do sistema atual, os clubes que disputarem no ano da eleição da CBF uma das quatro séries do Campeonato Brasileiro terão direito a voto e a indicação de nomes para a composição das chapas que disputarem as eleições.

2 – O USO DAS RECEITAS

Parcela importante da receita bruta da CBF (no mínimo 50%) passará a ser direcionada pelo seu estatuto, sem passar pelos cofres da entidade, para um FUNDO DE FOMENTO AO FUTEBOL que financie clubes e competições entre clubes promovidas pela CBF. O FFF teria uma forma de gestão compartilhada entre a confederação e os clubes, a ser definida em norma. Seria tarefa deste FFF contribuir com a contrapartida que alguns clubes possam necessitar para viabilizar a construção de Centros de Treinamento, a estruturação das divisões de base e a construção ou reforma de estádios de modo a atender às novas exigencias legais e às demandas de conforto e segurança. Parte dos recursos seria empregada, ainda, no pagamento integral de despesas de passagens, hospedagem e arbitragem das terceira e quarta divisões do Campeonato Brasileiro, o que vai significar economia para os clubes e aumentar a competitividade destas divisões de acesso.

A CBF estaria limitada em seus gastos de administração e operação a, no máximo, a parcela de receitas que entrasse nos seus cofres, sendo vetado aos seus executivos a realização de deficit orçamentário. A entidade deve apresentar e fazer publicar, trimestralmente, o seu balanço econômico/financeiro, como o fazem as maiores empresas – inclusive no site da entidade.

3- O PAPEL SOCIAL

Às atividades profissionais da CBF, prioritárias, deve ser agregada uma forte atuação social, usando o futebol como ferramenta de inclusão, especialmente voltada para crianças e adolescentes e de acordo com políticas nacionais de incentivo à prática esportiva. Deve também viabilizar a presença nos estádios, formando os torcedores do futuro. Será obrigação da entidade a publicação regular do balanço social, como é norma das empresas mais modernas do país.

4- A MUDANÇA DO CALENDÁRIO

Mudança no calendário para adaptá-lo ao dos grandes eventos de clubes e seleções e ao modelo praticado na maior parte do mundo é tarefa urgente. O aproveitamento ideal do calendário atual está comprometido por não termos férias no meio do ano, pela realização das competições continentais (Libertadores e Copa Sul-Americana) simultaneamente no mesmo semestre e pela ausência de clubes importantes da primeira divisão na Copa do Brasil. Além disso, o fato de que a Copa do Mundo, a Copa América e os Jogos Olímpicos serem disputados no meio do ano impõe que se paralise as competições mais importantes do país, perdendo os clubes importante período de atividade e compromentendo sua saúde econômica.

Esse novo calendário deve ter um período de pré-temporada, aliado com os países europeus permitindo aos times brasileiros excursionarem e, com isso, propagarem suas marcas globalmente, valorizando-as. Medida que terá efeito imediato no aumento de patrocínios e estimulará o consumo de produtos brasileiros em todo o mundo. Os estaduais e/ou regionais serão realizados no início de temporada e não poderão exceder a dez datas, livrando assim os clubes de primeira e segunda divisão de disputarem um excessivo número de jogos com prejuízos econômicos, fruto do desinteresse crescente dos torcedores.

5- A FORMAÇÃO DAS LIGAS

A CBF deve ter o compromisso de fomentar a criação e de atuar em harmonia com uma Liga Nacional de clubes, nos moldes dos países europeus. É a única maneira de termos no futuro os nossos clubes entre os maiores do mundo. Para tanto, o calendário e o sistema de disputa são peças essenciais mas não suficientes para globalizar os times do Brasil. Com a Liga, poderemos ampliar a nossa fatia nas fortunas do futebol mundial, fortalecendo as marcas dos clubes e arrecadando receitas de televisionamento e merchandising por todo o planeta. Os nossos campeonatos não são exibidos no exterior da forma como deveriam ser por que nunca foram pensados de fato para tal objetivo.

O futebol de clubes gera muito mais recursos que o de Seleções, que tem na Copa do Mundo sua maior atração, de quatro em quatro anos. A Champions League, só de TV, fatura quase o dobro que a Copa do Mundo, medindo-se períodos de quatro anos. Somente teremos condições de manter aqui uma parcela significativa dos nossos craques se passarmos a rivalizar em importância com as competições mais bem-sucedidas do mundo e com os clubes mais fortes. Este talvez deva ser o maior gol que a CBF pode marcar num cenário de cinco anos.

6- SEGURANÇA NOS ESTÁDIOS

A falta de proteção e conforto é o maior entrave para o aumento de público nos estádios. A CBF deve ser a maior articuladora e cobradora da implementação das novas políticas de segurança para o torcedor, seja cobrando do Judiciário o bom funcionamento dos tribunais de rito sumário para os estádios, seja articulando nacionalmente, com reduções de custos, itens como seguro de acidentes, assistência médica nos eventos, entre outras medidas. O resultado disso será a maior presença de famílias e um verdadeiro espetáculo de entretenimento, como deve ser o futebol.

7- NOVA ARBITRAGEM

A CBF deve trabalhar para criar a profissão de árbitro no país. Todos os que gravitam no futebol são profissionais, hoje em dia, menos os árbitros. Deve-se ampliar os investimentos na capacitação desses profissionais. Há de se garantir, ainda, a plena independência da comissão de arbitragem da entidade, submetendo o seu dirigente à aprovação do Conselho de Administração e criando mecanismos que impeçam formas de pressão e garantam a lisura do processo.

8- A JUSTIÇA DESPORTIVA

A Justiça Desportiva deve ser um braço do Judiciário Federal, remunerada em orçamento, e autonôma em relação às Federações e Confederações.

9- COMBATE À PIRATARIA

A CBF deve ter o compromisso prioritário de combater a pirataria dos produtos oficiais dos clubes, por meio de gestão política para se estabelecer convênios com a Secretaria da Receita Federal e com o Confaz visando a um aumento da arrecadação dos Estados e da União. Poderia se estabelecer um percentual de contribuição dos clubes/fabricantes para programas sociais, assim gerando um incentivo.

Começa a venda de ingressos para o Re-Pa

Os ingressos para o Re-Pa de domingo começam a ser vendidos nesta quinta-feira, das 9h às 16h, nas bilheterias de Baenão e Curuzu, nas sedes do Paissandu e da FPF, e no ginásio Serra Freire (Braz de Aguiar). Os preços são os seguintes: arquibancada, R$ 20,00; cadeira, R$ 50,00; e meia-entrada, R$ 10,00. Ao todo, serão disponibilizados 38.600 ingressos. Com os ingressos para credenciados (3.400), o público total previsto é de 42 mil ingressos. As gratuidades e ingressos de meia-entrada serão disponibilizados no sábado, a partir das 9h, na Curuzu e no Baenão. No domingo, haverá venda de ingressos a partir das 9h no Ceju e no Detran.

Botafogo passa pelo Treze nos pênaltis

Na decisão por pênaltis, o Botafogo venceu por 3 a 2. Foi um sufoco dos diabos.