Angry Birds invadem a pista da F-1

Acordo entre piloto finlandês e a Rovio inclui capacete, edição especial do jogo e campanha publicitária. O piloto de Fórmula 1 Heikki Kovalainen, que é finlandês, e a Rovio, desenvolvedora do jogo Angry Birds, que também vem da Finlândia, fecharam um acordo: Kovalainen vai poder usar a marca em seu capacete. A estreia dos capacetes enfeitados com os passarinhos irados será já neste domingo, no Grande Prêmio da Austrália.

O escolhido para a inauguração foi o passarinho vermelho. A Rovio vai lançar também, até abril, um jogo em que as aves aparece em corridas de F1. E será lançada uma campanha publicitária em torno da parceria. Kovalainen se disse fã do jogo: “Como finlandês, estou feliz por ter o apoio de uma empresa finlandesa em uma plataforma global. E mais importante: Sou um grande fã de Angry Birds!”, revelou. (Com informações do Estadão)

Ganso e o guarda-costas

Da coluna ‘Em Off’ (Galdieri/Marques), do Jornal da Tarde: “Ganso trouxe de volta ao convívio da Vila Belmiro um velho conhecido que já arrumou confusão por lá. O meia contratou Castelão para ser seu segurança e motorista. O agora empregado do camisa 10 é o mesmo torcedor que, na saída de Emerson Leão do clube, tentou agredir o treinador na entrada da Vila”.

Cosanostra Café, uma referência

Vou ao Cosanostra Café há mais de vinte anos, desde os meus tempos de TV Cultura, embora sem a assiduidade desejada. Aprendi com o tempo a gostar do ambiente meio claro, meio escuro, às vezes enfumaçado como aqueles ambientes de filme noir, atmosfera que empresta ao lugar um aconchego de pub irlandês. Poucas casas em Belém me são tão agradáveis quanto o simpático e aprazível bar encravado em Nazaré, onde na véspera do Círio é possível apreciar as cantorias (nem sempre afinadas) do amigo Paulo Santos, puxando o Lírio Mimoso em homenagem à padroeira, já com uns dez chopes na cabeça – cabe dizer que o chope da casa desce fácil, sempre gelado no tom certo. Ali presenciei performances inesquecíveis de Walter Bandeira, Nego Nelson, Carlos Reimão, Calibre, Maizena, Pedrinho Cavaléro, Minni Paulo, Juliana Sinimbu e Beatles Forever, dentre outros craques (na foto acima, Beto Netuno e a banda Os Queridinhos no palco iluminado da casa, em registro postado pelo poeta Ronaldo Franco). Há no cardápio um prato simples e imperdível. É a panqueca gratinada de frango. Já perdi a conta das vezes que fui até lá exclusivamente para matar a saudade da iguaria.

Gosto principalmente do fato de o bar ser imune a mudanças visuais e de espaço. Tudo é familiar aos olhos, e eu aprecio a permanência. Quando voltei de duas Copas do Mundo (Alemanha e África do Sul), o primeiro lugar que procurei para exorcizar o banzo de Belém foi o Cosa. Ainda foca de Redação, fui apresentado à casa pelos amigos Regina Alves, Edgar Augusto Proença e Afonso Klautau. A partir daí, não errei mais o caminho e sempre que posso apareço por lá. Para reencontrar amigos, conhecer camaradas virtuais e botar a prosa em dia. Lá, sinto-me em casa, conheço os garçons. Enfim, acho que sou amigo do rei. Tom (ou Vinícius) dizia sermos todos donos do nosso bar preferido. Concordo. E há muito que precisava, por justiça, fazer esse registro público sobre o velho Cosa.

Um retrato da decadência

Por Gerson Nogueira

Para onde vai o futebol paraense? Há quem ainda insista em vislumbrar luzes coloridas no futuro sombrio. Por vezes, por descuido, me incluo nessa corrente dos otimistas empedernidos. Mas, depois da goleada sem retoques que o São Paulo aplicou ontem sobre o Independente, até para os apóstolos do pensamento positivo fica difícil continuar a achar que as coisas podem um dia dar certo.
Os quatro gols de Luís Fabiano expressaram, com crueza, as abissais diferenças entre o futebol da Primeira Divisão e aquele praticado pelos clubes do Pará. Eventualmente, quase por acidente, meio assim na bacia das almas, nossos times arrancam resultados honrosos, como aquela derrota de 1 a 0 que o Independente sofreu no primeiro jogo.
A decadência, que se expressa nos rebaixamentos sucessivos da dupla Re-Pa, fica escancarada no conformismo de considerar bom negócio perder em casa. E é preciso levar em conta que o Independente não é um time qualquer. Trata-se, afinal, do campeão estadual.
Pois a satisfação pelo placar mínimo no Mangueirão cedeu lugar ao choque de realidade na capital paulista, não apenas pelos gols do outrora Fabuloso, alguns ridículos de tão fáceis, como o terceiro e o quarto. O massacre vai além do placar elástico. Começa pelo condicionamento físico e a estrutura atlética dos times. A cada tranco mais forte, os paraenses perdem a jogada.
Luís Fabiano, um veterano em processo de recuperação, corria mais que seus marcadores e ganhou praticamente todas as disputas diretas com a zaga do Independente. Lucas e Casemiro não tomaram conhecimento de Preto Barcarena, Tiago Floriano, Fidélis & cia.
Na verdade, o Independente exibiu em certos momentos a timidez própria dos visitantes matutos. Pareceu se impressionar com o ambiente e encabulado para jogar plenamente o pouco que sabe. Nas circunstâncias, o escore final saiu barato. Pela desigualdade de forças, o São Paulo desfrutou de facilidades para estabelecer uma goleada humilhante. 
A eliminação do Independente não deve ser vista como um problema exclusivo do time de Tucuruí. É o sintoma inequívoco do abismo técnico que domina o futebol do Pará, que há dez anos está mergulhado no atraso e na incompetência.  
 
 
No Baenão, diante de um adversário semi-amador, o Remo venceu por 3 a 0, mas perdeu preciosos 45 minutos, martelando sem achar o caminho do gol. O campo pesado atrapalhou bastante, mas o time demonstrou grandes dificuldades de finalização. Na etapa final, com três homens de frente – Fábio Oliveira, Joãozinho e Jaime –, os gols saíram naturalmente, embora o torcedor já se mostrasse aflito com a perspectiva de disputa nos penais.
A próxima fase reserva cruzamento com o Bahia de Paulo Roberto Falcão. Em 2011, o Tricolor baiano eliminou o Paissandu da competição. 
 
 
Dois jovens paraenses integram a lista de pré-convocados para a seleção olímpica do Brasil que disputará o torneio de futebol dos Jogos de Londres. Ao lado de outros 50 nomes, Paulo Henrique Ganso, do Santos, e Elkson, do Botafogo, aparecem entre os jogadores listados por Mano Menezes.
Ambos têm idade olímpica, o que aumenta as chances de convocação. Ganso, porém, é presença mais do que garantida no time titular. Será a chance de agarrar de vez o papel de maestro da Seleção, já com os olhos postos em 2014. 
 
 
O fascículo do SuperBola de ontem, dedicado ao Paissandu, cometeu um pecado imperdoável. Não fez referência a uma das maiores façanhas do clube de Suíço: a goleada de 7 a 0 aplicada sobre o Remo na tarde de 22 de julho de 1945. Para corrigir a omissão, o caderno Bola publicará domingo matéria especial sobre a proeza histórica.  

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 15)

A frase do dia

“Sempre que ele esquece de tomar seus remédios, diz algo estúpido. Se Pelé é o Beethoven, eu sou o Keith Richards, Ron Wood [ambos do Rolling Stones] e Bono Vox [líder do U2] do futebol. Todos juntos, pois represento a paixão pelo esporte. Em um estádio, ninguém jamais ouviria músicas de Beethoven”.

De Diego Maradona, praticando seu esporte preferido: alfinetar o Rei Pelé.