Por Fernando Vives
Quem assistiu ao Jornal Nacional na segunda-feira 12 não teve propriamente uma surpresa, mas talvez tenha dado boas gargalhadas ao ver a reportagem sobre a queda de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF. Como muitos disseram no Twitter na manhã do dia seguinte, o espaço dado ao cartola parecia mais o Arquivo Confidencial do Faustão do que propriamente uma reportagem jornalística.
A introdução de Patricia Poeta já dava as proporções: “Ao longo de uma gestão de mais de duas décadas, a seleção tricampeã se tornou penta. Teixeira colecionou vitórias, mas também desafetos. E enfrentou denúncias”.
Ou seja: as denúncias ficariam entaladas em apenas 22 segundos no final da reportagem, que teve ao todo 3:39 minutos. E com todas as ressalvas: “Ao longo da carreira, Ricardo Teixeira foi alvo de denúncias. Diante de todas elas, Teixeira sempre disse que as acusações eram falsas e tinham caráter político”, afirmou o Jornal Nacional.
E prosseguiu: “A denúncia mais contundente foi a de que ele e um grupo ligado à Fifa teriam recebido dinheiro de forma irregular nas negociações de uma empresa de marketing esportivo, em 1999. Viu os processos serem arquivados pela Justiça.”
Neste trecho, a reportagem omite um detalhe (RISOS) importantíssimo: é verdade, sim, que o processo do caso da empresa de marketing esportivo, a ISL, foi arquivado pela Justiça suíça.




