O primeiro jogo da terceira rodada do Parazão estabeleceu um novo recorde na competição: dez gols em 90 minutos. O Cametá derrotou o S. Francisco por 6 a 4, na noite da última quinta-feira, no estádio Parque do Bacurau. Rafael Paty abriu o placar aos 7 minutos, Boquinha empatou para o S. Francisco quatro minutos depois e Jailson desempatou aos 22 do primeiro tempo. Na segunda etapa, o S. Francisco empatou logo aos 3 minutos, com Balão Marabá, e virou aos 13, através de Diego Carioca. Um minuto depois, Marcelo Maciel empatou novamente. O Leão santareno continuou no ataque e, aos 17 minutos, Caçula marcou o quarto gol. A vantagem durou até os 25 minutos, quando Maciel igualou o placar outra vez. O Cametá voltou a marcar aos 28 minutos, com Jailson, e fechou o marcador aos 43, com o artilheiro Rafael Paty.
Dia: 9 de março, 2012
Luxemburgo visita a nova arena do Grêmio
A experiência de quem já passou por grandes times europeus, o técnico do Grêmio, Vanderlei Luxemburgo, surpreendeu-se com a grandiosidade da Arena. Ele ouviu atentamente as explicações sobre a nova casa tricolor e opinou sobre as obras do futuro estádio. Na visita que aconteceu na manhã desta sexta-feira, 09/03, acompanhado pelo presidente do clube, Paulo Odone e pelo presidente da Grêmio Empreendimentos, Eduardo Antonini, o técnico afirmou que a força que o Grêmio tem, que é a torcida, vai se tornar ainda maior com a Arena. “É fantástica essa possibilidade de aproximação. Lá no Olímpico são 44 metros, e aqui são 10 que irão separar o torcedor do time em campo. Isso é fundamental e ajuda bastante. O adversário vai sofrer, porque a torcida vai pular muito mais próximo da equipe, o que é uma característica do Grêmio”, enfatiza.
Segundo o presidente da Grêmio Empreendimentos, Eduardo Antonini, a visita de Luxemburgo é importante pela experiência em diversos clubes que já passou. “Luxemburgo foi treinador de vários times e conhece estádios no mundo inteiro. Ele disse que a Arena é o mais moderno estádio que ele viu até hoje. Isso nos deixa muito gratificados”, conclui. (Camejo Comunicação)
Flávio Lopes define Remo para domingo
Depois de um treino de 40 minutos, na tarde desta sexta-feira, no Baenão, o técnico Flávio Lopes e praticamente definiu a escalação do Remo para enfrentar o Independente Tucuruí no próximo domingo. A equipe deve ser a seguinte: Adriano; Cametá, Edinho, Diego Barros e Aldivan; André, Jonathan, Betinho e Reis (foto); Cassiano e Fábio Oliveira. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)
O cartola repetitivo
Por Juca Kfouri
Não é a primeira vez que Ricardo Teixeira pede licença médica para ver se as coisas se acalmam para o lado dele. No auge da CPI da CBF, no começo dos anos 2000, ele fez o mesmo, esperando que algum fato novo aliviasse a sua barra. À época, foi bem sucedido, seguindo os conselhos do então presidente da FERJ, o Caixa D’Água. Em 2002 a Seleção Brasileira ganhou o pentacampeonato e ele voltou ao centro do palco.
Mas dizem que a história se repete como farsa e é pouco provável que as condições de temperatura e pressão para ele em Brasília, e em Zurique, melhorem. Ao contrário, tudo indica que piorarão e Boca Raton parece mesmo o lugar mais seguro para que ele recupere a saúde tão abalada a ponto de pedir nova licença médica por 60 dias.
Interessante será ver as federações estaduais mais poderosas como as do Rio e Rio Grande do Sul queimando o filme da Federação Paulista e seus cabeças, José Maria Marin, o agora presidente interino da CBF, e Marco Polo del Nero. E até Andrés Sanches e Mano Menezes, por exemplo, têm por que se preocupar.
(Veja que interessante: a notícia do afastamento do cartola não é notícia no sítio da CBF).
Enquanto isso, na retrete…
Romário aposta em Jóbson para 2014
Ao participar da estreia vitoriosa do Brasil no Mundial de Futevôlei 4 por 4, na Praia de Copacabana, Romário soltou o verbo e criticou o comando do futebol brasileiro. Pessimista com o atual momento da Seleção, o ex-atacante lamentou a ausência de uma referência no ataque da equipe de Mano Menezes e sonha com Jobson na Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
– Embora tenha bons jogadores como Fred e Luis Fabiano, o Brasil tem hoje uma carência enorme de atacantes. Principalmente de um homem de referência no ataque. Vocês podem até achar engraçado, mas eu diria que o Jobson pode ser esse jogador até 2014. Talento ele tem, basta ele colocar a cabeça no lugar e se conscientizar de que é um jogador de futebol – afirmou Romário.
Aventuras jornalísticas na Amazônia
Na cobertura do naufrágio do barco Novo Amapá, que vitimou mais de 490 pessoas na costa amapaense, em 1981, este escriba baionense – então repórter do jornal O Liberal – teve a oportunidade de trabalhar conjuntamente com grandes profissionais, como o repórter Douglas Dinelly (da TV Liberal) e dos fotógrafos Cândido Sodré, Eurico Alencar e Euclides “Idi Amin” Squires, de A Província do Pará. Squires, por sinal, acabaria sendo uma das vítimas daquela reportagem, morrendo em acidente aéreo sobre a ilha do Marajó quando voltava para Belém. O registro fotográfico acima é do desembarque em Macapá, ao lado do amigo Dinelly, de cujo arquivo veio a foto para a postagem no blog.
No sufoco, Flamengo derrota Emelec
Polêmicas desnecessárias
Por Gerson Nogueira
A fantástica atuação de Messi contra o Bayer Leverkusen, pela Copa dos Campeões da Europa, reacendeu a eterna discussão sobre os melhores jogadores de todos os tempos. Como que para acrescentar mais pimenta ao debate, na mesma noite, Neymar matou a pau contra o Internacional, pela Copa Libertadores. Estabeleceu-se, pelo menos para os brazucas, a idéia de que o mundo da bola se divide entre Argentina e Brasil.
Depois de anos a fio gastando saliva com a polêmica entre Diego Maradona e Pelé, os fãs do futebol desviam atenção agora para o novíssimo duelo, que tem como protagonistas Messi e Neymar. Do mesmo jeito que a perlenga envolvendo o Atleta do Século e Dieguito não fazia muito sentido, pelo simples fato de que Pelé foi completo e estabeleceu marcas insuperáveis, a rivalidade entre La Pulga e Neymar peca pela inconsistência.
Messi é, indiscutivelmente, o melhor jogador em atividade. Líder do estupendo Barcelona, tendo como coadjuvantes craques da estatura de Xavi, Iniesta e Fábregas, o argentino caminha velozmente para fulminar as façanhas obtidas pelo seu ídolo Maradona. Há até quem já se ponha a projetar uma comparação entre ele e Pelé, o que revela certo açodamento e pouco rigor histórico.
Pelé foi bicampeão do mundo como jogador do Santos. Conquistou três Copas do Mundo, participando discretamente da campanha do título mundial de 62, no Chile. Além disso, é o maior artilheiro de todos os tempos.
Nem Di Stéfano, Puskas, Maradona, Zidane ou Platini chegam aos pés de seu portentoso currículo. Tecnicamente, foi perfeito. Chutava de esquerda e direita. Lançava, driblava e cabeceava muito bem. Dizem que se safava honrosamente até como goleiro. Talvez só Mané Garrincha, bicampeão do mundo e tão genial quanto, pudesse reivindicar a mesma glória.
Quanto a Messi, devíamos todos nos regozijar pelo privilégio de acompanhar o nascimento, a evolução e o amadurecimento de um jogador fora-de-série. Assombra pelos gols que têm marcado com incrível regularidade e a fria capacidade de buscar a vitória.
Num tempo em que o futebol é dominado pelos rigores da força física (às vezes, bruta), Messi desafia a lógica. Nanico e sem massa muscular para brigar com beques que têm o dobro de seu tamanho, ele segue, impávido, rumo ao infinito.
Para nosso consolo, diante do êxtase que domina justificadamente os argentinos, o Brasil pariu um possível rival para Messi. Neymar é hoje o único boleiro capaz de, com vontade extrema e alguma sorte, vir um dia a disputar espaço e prestígio com o meia-atacante do Barcelona. Enquanto isso não acontece, resta-nos apreciar as proezas desses dois fabulosos futebolistas. Há algumas décadas, não tínhamos essa sorte.
Rei posto, rei morto? Não parece o caso. Ricardo Teixeira, matreiro e estratégico como sempre, retardou ao máximo essa saída de cena. Depois de 23 anos de reinado na CBF, mandando e desmandando no país do futebol, licenciou-se ontem. O próprio artifício da licença para tratamento de saúde já embute a possibilidade de uma volta mais à frente.
A robustez das denúncias contra ele, movidas por inimigos poderosos, talvez inviabilize esse projeto, mas é bom não duvidar. A substituição automática pelo vice José Maria Marin, cartola da velhíssima geração, tão arcaico nas idéias quanto o próprio Teixeira, não enseja comemorações. Talvez ainda falte um último ato, desesperado e inapelável, nessa peça de teatro em que se transformou a gestão do futebol no Brasil. Esperemos.
Amanhã é um dia importante. Dia de recomeço. O paraense Jóbson volta a jogar pelo Botafogo. Está relacionado entre os jogadores que irão enfrentar o Bangu, em partida válida pelo Campeonato Carioca. Depois de cumprir pena por ter sido apanhado no exame antidoping, Jóbson está novamente apto a jogar futebol. Não é um dia qualquer. Deve ser um momento de celebração para todos os que amam futebol. A torcida é grande para que o jovem atleta não volte a sucumbir.
Desfrutou de várias chances no próprio Botafogo, sofreu algumas recaídas e agora parece decidido a encontrar o caminho certo. Em situação normal, pela qualidade de seu futebol e as características de atacante driblador, poderia estar tranquilamente na lista dos que disputam um lugar na Seleção Brasileira. Afinal, se Fernandinho, Jadson, Elias e Hulk são lembrados, por que Jóbson não poderia sonhar? Só depende dele mesmo.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 09)


