Flu surpreende Boca em La Bombonera

Só Paissandu, Cruzeiro, Santos e Flu conseguiram derrotar o Boca em seu estádio, valendo pela Libertadores.

Ricardo Teixeira sai de cena

Foram 23 anos e 2 meses. O mandato mais longo de um presidente na história da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF. Uma era que pode ter chegado ao fim nesta quinta-feira, 8 de março de 2012. Ricardo Terra Teixeira pediu afastamento do cargo por licença médica. A informação foi confirmada ao ESPN.com.br pelo presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo del Nero. “A notícia da licença é natural. Já se tinha falado sobre isso muitas vezes. Não é nada de anormal. Não estipularam para mim o tempo de ausência”, disse Del Nero.  Segundo o estatuto da CBF, o prazo máximo para o afastamento do presidente é de 60 dias. Del Nero confirmou, também, que José Maria Marín – o vice-presidente mais velho da entidade – assumirá o cargo. E, nas palavras do mandatário da FPF, pouca coisa deve mudar no comando da entidade máxima do futebol brasileiro. “Se ele é presidente, ele tem autonomia, de acordo com programação do presidente anterior. Ele vai seguir a mesma linha do presidente anterior, até por lealdade”, disse Del Nero ao ESPN.com.br.

23 anos no poder – O presidente da mais importante organização esportiva do país trocará a sede da Barra da Tijuca pela nova residência da família em Miami, onde pretende dedicar mais tempo à esposa, Ana Carolina Wingand, à filha Antônia. Os rumores sobre a saída de Ricardo Teixeira do cargo que ele exerceu com mão de ferro por mais de duas décadas começaram em fevereiro. À medida que novas informações surgiram, a saída parecia mais próxima. Até que, nesta quinta-feira, a notícia tornou-se oficial.

A gestão de Ricardo Teixeira foi marcada pela oposição entre conquistas dentro dos gramados e denúncias fora dele. Nos últimos 23 anos, a seleção brasileira conquistou duas Copas, o país ganhou o direito de sediar um Mundial, e a CBF tornou-se uma instituição rentabilíssima, de contratos multimilionários. E Teixeira viu seu nome envolvido em polêmicas e denúncias. Depois de sobreviver ao chamado “voo da muamba”, após a Copa de 1994, e a duas CPIs, Teixeira conseguiu se reeleger em 2003 e 2007. A escolha do Brasil para sede do Mundial de 2014 ampliou o mandato do dirigente para até 2015.
A partir de 2010, entretanto, o nome do presidente da CBF voltou a estar ligado às páginas policiais. O jornalista escocês Andrew Jennings, da BBC, afirmou que dirigentes fecharam um acordo com a corte de Zug, na Suíça, para não terem seus nomes revelados no caso Fifa-ISL. Segundo Jennings, o acerto foi feito por Ricardo Teixeira e João Havelange, que teriam recebido propina da ISL, antiga empresa de marketing esportivo parceira da Fifa. Ambos teriam devolvido parte do dinheiro recebido à Justiça, com a condição de não terem seus nomes revelados.

A frase do dia

“É comum se comparar grandes jogadores, assim é a competitividade do esporte, mas Messi é incomparável, único, não há outro como ele. É o melhor jogador do mundo, e talvez quando acabe sua carreira ele será considerado o melhor jogador da história, acho que não é ousado afirmar isso”. 

De Xavi, meia do Barcelona.

CBF divulga tabela da Série A

Saiu, na manhã desta quinta-feira, a tabela do Campeonato Brasileiro de 2012. A disputa se estenderá de 20 de maio a 2 de dezembro. Depois da polêmica do “entrega” na reta decisiva de 2010, quando São Paulo e Palmeiras foram acusados de facilitar seus jogos contra o Fluminense, que disputava o título contra o rival Corinthians, a entidade que controla o futebol nacional decidiu colocar clássicos estaduais na última rodada da edição passada. E manteve o critério para o próximo torneio.

Primeira rodada – 20/5
Botafogo x São Paulo
Vasco x Grêmio
Palmeiras x Portuguesa
Corinthians x Fluminense
Internacional x Coritiba
Cruzeiro x Atlético-GO
Ponte Preta x Atlético-MG
Figueirense x Náutico
Sport x Flamengo
Bahia x Santos

Última rodada – 02/12
Flamengo x Botafogo
Fluminense x Vasco
Santos x Palmeiras
São Paulo x Corinthians
Grêmio x Internacional
Atlético-MG x Cruzeiro
Portuguesa x Ponte Preta
Coritiba x Figueirense
Náutico x Sport
Atlético-GO x Bahia

Açaí-do-Amazonas e… castanha-do-Brasil

Por Marina Franco – National Geographic

Para disseminar o conhecimento acerca dos frutos originários da Floresta Amazônica, o Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) publicou um livro em que lista 38 frutos nativos da região. Eles foram catalogados em 10 feiras livres de Manaus e aparecem na publicação em aproximadamente 600 fotografias. Frutos Nativos da Amazônia comercializados nas feiras de Manaus-AM é resultado de dois anos de pesquisa do especialista em sistemática de palmeiras e fruteiras nativas da Amazônia, Afonso Rabelo. Rabelo, que faz parte da Coordenação de biodiversidade do Instituto, fez a caracterização botânica de cada espécie, com destaque para a descrição das plantas, o hábito de crescimento, as flores, folhas, os frutos e as sementes. Também háindicações sobre a época de comércio dos frutos, os preços cobrados nas feiras regionais e as principais formas de consumo. Geralmente as espécies são consumidas in natura, mas há também aquelas com potencial para uso na culinária e na agroindústria.

Os textos foram produzidos com linguagem simples e objetiva, para alcançar público diverso, como agricultores, pesquisadores e estudantes do ensino fundamental, médio ou universitário. De acordo com seu autor, além de disseminar o conhecimento científico, o livro pode servir de fonte para pesquisas que visam incorporar as árvores fruteiras da Amazônia ao agronegócio ou criar leis para proteger as espécies raras.

A obraainda ajuda a resgatar a cultura amazonense. Segundo Rabelo, a maioria das fruteiras da região não apresenta potencial para o comércio da madeira. No entanto, algumas espécies tornaram-se escassas nas feiras de Manaus por conta do desmatamento para abertura de estradas e para a expansão da agropecuária, além do desenvolvimento sócio-econômico próximo das zonas urbanas. É o caso dos seguintes frutos: Piquiá, Pajurá, Sorvinha, Uxi, Jatobá, Bacaba, Patauá e Sapota-do-Solimões. O livro publicado pelo Inpa também cita as espécies amazônicas que têm boa aceitação nos mercados nacionais e, até, internacionais. São produtos que geram oportunidades de geração de emprego, renda e melhoria da qualidade de vida, como: açaí-do-Amazonas, açaí-do-Pará, buriti, bacaba, patauá, castanha-do-Brasil, camu-camu, cubiu, cupuaçu, guaraná, murici-amarelo, pupunha, sorvinha, taperebá e tucumã.

Cara-de-pau sem limites. Te contar…

Rock na madrugada – Titãs, Anjo Exterminador

Um azarão determinado

Por Gerson Nogueira

O São Paulo veio a Belém para eliminar o jogo de volta. Apesar daquele tradicional discurso respeitoso, Emerson Leão escalou sua melhor formação para passar pelo Independente e garantir um jogo a menos no calendário do primeiro semestre. Alguma coisa desandou pelo caminho e o plano não deu certo.
Aos repórteres, depois da partida, o técnico do São Paulo admitiu o desapontamento. Não era para menos. Visto como azarão, o Independente Tucuruí fez bem mais do que o esperado, suportando a pressão e levando perigo em alguns momentos. Leão não elogiou o campeão paraense, mas bem que deveria ter reconhecido o esforço do Galo.
Valter Lima quase surpreendeu o Tricolor ao avançar o Independente nos primeiros minutos, tentando marcar logo de cara. O gol até saiu. Ró balançou as redes, mas o gol foi (mal) anulado pela arbitragem.
O São Paulo estabeleceu a vantagem aos 14 minutos, num lance em que o Independente pareceu a equipe desligada do primeiro turno do Parazão. Cícero teve espaço e facilidade para fazer o gol, sem ser bloqueado pela marcação.
Depois que sofreu o gol, o Independente esqueceu as orientações de Valtinho e optou pela cautela, preocupando-se mais com a defesa do que em explorar as facilidades que o São Paulo permitia. Recuou tanto que atraiu o adversário para seu campo e quase levou o segundo aos 32 minutos, em cobrança de falta (por Denílson) que bateu no travessão de Dida.
No comando das ações por alguns instantes, o São Paulo pareceu pronto a estabelecer uma vantagem maior, mas faltava apuro nas finalizações e um certo relaxamento começou a transparecer. Astro da companhia, Luís Fabiano era mal aproveitado, apesar de se movimentar bastante a fim de oferecer alternativas. Lucas insistia em tentativas individuais, mas sem dar continuidade às jogadas.
Na etapa final, mais determinado, o Independente se posicionou para explorar o contra-ataque. Marçal caía pela direita e buscava lançar os atacantes, mas o bloqueio defensivo era mais forte. A disputa na meia-cancha consumia o esforço dos times e não sobrava fôlego para as manobras de área.
Quase no fim, duas jogadas que poderiam ter modificado o placar. Em bola enfiada por Gian, Ró quase chegou antes do goleiro Denis. Em resposta, o São Paulo ameaçou com Cícero, que recebeu dentro da área e falhou na hora do arremate. Um gostinho de frustração que ajuda a definir bem o que foi o jogo. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)


 
Além de provocar o segundo jogo, o Independente teve outro forte motivo para sair sorrindo do Mangueirão: a arrecadação chegou a R$ 469.340,00 (22.184 pagantes). Dinheiro embolsado integralmente pelo Galo graças à paixão incondicional do torcedor paraense por futebol. E pensar que ainda há quem não leve a sério uma competição como a Copa do Brasil.
 
 
O Paissandu confirmou o favoritismo e eliminou o Espigão logo no primeiro confronto. Apesar do desnível entre os times, a vitória não deixa de ser uma reabilitação depois do vexame diante do São Francisco.
Já o Remo, que atuou mal contra o São Raimundo domingo, continua devendo. Confuso, tropeçou no fraco Real. E a boa partida contra o Águia, na abertura do returno, parece cada vez mais um episódio anormal.
 
 
Cinco gols e um punhado de dribles desconcertantes. Com a soberba exibição de ontem, Lionel Messi estabeleceu nova marca no principal torneio de clubes do planeta. Na condição de criador e finalizador das jogadas do Barcelona, o argentino a cada dia contribui para atiçar mais ainda a discussão sobre quem é o melhor boleiro da era moderna. E está deixando seus poucos críticos sem argumentos. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 08)