| TIMES | PG | J | V | E | D | GP | GC | SG | AP | |
| 1° | Independente | 6 | 2 | 2 | 0 | 0 | 5 | 1 | 4 | 100.0 |
| 2° | São Francisco | 6 | 2 | 2 | 0 | 0 | 4 | 0 | 4 | 100.0 |
| 3° | Remo | 4 | 2 | 1 | 1 | 0 | 5 | 2 | 3 | 66.7 |
| 4° | Águia | 3 | 2 | 1 | 0 | 1 | 3 | 5 | -2 | 50.0 |
| 5° | São Raimundo | 1 | 2 | 0 | 1 | 1 | 1 | 2 | -1 | 16.7 |
| 6° | Cametá | 1 | 2 | 0 | 1 | 1 | 0 | 2 | -2 | 16.7 |
| 7° | Paissandu | 1 | 2 | 0 | 1 | 1 | 0 | 3 | -3 | 16.7 |
| 8° | Tuna Luso | 0 | 2 | 0 | 0 | 2 | 2 | 5 | -3 | 0 |
Dia: 5 de março, 2012
Capa do DIÁRIO, edição de segunda-feira, 5
Baile santareno em Belém
Por Gerson Nogueira
Houve quem aparentasse surpresa com o passeio do São Francisco na Curuzu. Bobagem. O Paissandu foi um time previsível e sem conjunto, dominado por um oponente bem organizado. Nenhum exagero no placar de 3 a 0. Refletiu fielmente o que se passou em campo. Os azulinos de Santarém foram superiores ao longo dos 90 minutos, exibindo vida inteligente na meia-cancha, coisa rara neste campeonato.
Criatividade foi a arma para se diferenciar dos donos da casa. A começar pelo interessante repertório de jogadas. Bons lançamentos, posicionamento correto dos laterais e tabelinhas em velocidade no ataque.
O São Francisco foi, acima de tudo, um time compacto. A aproximação entre os setores determinou um baixíssimo índice de erros nos passes, ao contrário do Paissandu, que se esmerava em buscar ligações diretas, cometendo falhas elementares na distribuição dos jogadores. Mais que isso: o time se deixou dominar, permitindo que o São Francisco avançasse a marcação até seu campo.
No primeiro tempo, a falta de iniciativa no meio-campo do Paissandu deu ao visitante espaço para manobrar à vontade. Balão Marabá, melhor homem do jogo, distribuiu passes, driblou e lançou seus companheiros, como no lance do primeiro gol, quando descobriu Emerson Bala livre para finalizar diante de uma zaga em desespero.
Bartola, dispersivo, não foi o parceiro que Adriano Magrão precisava e acabou substituído por Leleu ainda no primeiro tempo. Robinho e Cariri, dupla desafinada, girando sem objetividade e incapaz de um lançamento em profundidade.
De pé em pé, o São Francisco fazia a bola circular e o jogo fluir. Na etapa final, enquanto as vaias atordoavam ainda mais o time do Paissandu, Perema reinava absoluto na defesa e Balão Marabá seguia ditando o ritmo, sem ser incomodado.
A fatura foi liquidada em dois lances de construção parecida. No primeiro, Caçula foi lançado e encobriu Paulo Rafael com um toque de categoria. Quase ao final, Cleidir recebeu lançamento também pela direita e aplicou um chapéu no goleiro, tocando em seguida para o gol vazio. Impressionou a desatenção da defesa do Paissandu, que deixou os jogadores inteiramente desmarcados e livres para avançar até a área. Foi tão fácil que lembrou zaga de futebol pelada.
Héliton, que custou a entrar, ainda criou algumas situações de perigo, mas nem o Paissandu confiava mais em suas próprias forças. Parecia confuso demais para ensaiar uma tentativa de reação. Vitória acachapante do São Francisco, como poucas vezes se viu na Curuzu. Como se sabe, o último baile no “estádio vovô” data de 2010, na Série C, por ocasião do Salgueiraço.
Flávio Araújo, algoz do Paissandu em 2009 com o Icasa e em 2011 com o América-RN, era até o começo da noite de ontem o mais cotado para assumir o comando técnico em substituição a Nad. A diretoria resolveu, porém, aguardar até hoje para tomar uma decisão. Outros nomes ainda estão sob análise. Até mesmo o de Edson Gaúcho, que acaba de deixar o Brasiliense.
Em Santarém, ontem, o Remo foi perigosamente parecido com o Remo de Sinomar Naves. Defensivo ao extremo, medroso, mais preocupado em não perder. Até os volantes Jonnathan e André pareciam cópias de Felipe Baiano e Adenísio, errando todas. Pior que eles só o lateral Panda, capaz de errar passes de dois metros. Por isso mesmo, o São Raimundo sufocou no começo do jogo, abriu o placar e só cedeu o empate graças ao talento do meia Betinho, que deu passe milimétrico para Cassiano fazer o gol.
No segundo tempo, o técnico Flávio Lopes se agarrou à cautela e escancarou essa intenção ao trocar seu jogador mais criativo (Betinho) pelo beque Edinho. Com três zagueiros, o Remo ficou a rebater bolas na defesa e a dar chutões para o ataque. O São Raimundo esteve perto do segundo gol, mas o empate persistiu até o fim, para júbilo de Lopes. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 5)

