Rock na madrugada – Rita Lee & Tutti Frutti, Dançar Pra Não Dançar

Papão anuncia parceria com a firma de R. Carlos

Através do Twitter, Roberto Carlos confirmou a concretização da parceria entre sua empresa (RC3 Sports) e o Paissandu. O contrato para exploração da marca do clube tem a duração de três anos. O principal objetivo é reerguer o Paissandu em termos nacionais, começando por investimentos para a campanha na Série C 2012.

Apoio a Lúcio Flávio terá ato público no dia 6

No próximo dia 6 de março (terça-feira), às 18h, haverá um ato de solidariedade ao jornalista Lúcio Flávio Pinto, que vem sofrendo pressões, ameaças e processos judiciais por conta do seu ofício de informar, defender o direito à informação do cidadão e denunciar as investidas dos poderosos contra o patrimônio da Amazônia. O evento será realizado no auditório do Ministério Público Federal e contará com a presença de representantes de diversas entidades e personalidades comprometidas com a luta pela democracia e liberdade de expressão.
Farão parte da mesa de debate a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Pará, Sheila Faro; o presidente da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, Marco Apolo; o procurador da República, Felício Pontes; o professor e vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação do Instituto de Ciências Jurídicas da UFPA, Jeronimo Treccani; a pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ima Vieira; e a jornalista e professora do curso de Comunicação Social da UFPA, Rosaly Britto.
Está sendo produzido um vídeo, que mostra a participação de Lúcio Flávio Pinto em diversos programas e documentários sobre a sua atividade profissional. Programado, também para o evento, a venda de exemplares do Jornal Pessoal e livros produzidos pelo jornalista. Antes do encerramento do ato serão discutidos os rumos da campanha de solidariedade a LFP.
A perseguição política contra Lúcio Flávio Pinto já soma 20 anos desde o primeiro processo, em 1992. No total, são 33 processos judiciais cíveis e penais contra o jornalista, que tem se dedicado a sua função de investigar, checar informações e denunciar ações ilegais, corrupção, crimes contra o interesse e o patrimônio público, além de irregularidades no exercício da função pública. 
Em 1999, o Jornal Pessoal denunciou Cecílio Rego de Almeida, dono da construtora C.R. Almeida. O empresário grilou uma área de 4,7 milhões de hectares de terras públicas, no Pará. O conhecido “pirata fundiário” processou o jornalista por suposta “ofensa moral”. O Tribunal de Justiça do Pará aceitou a queixa e condenou Lúcio à indenização de R$ 8 mil; ele recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, mas no último dia 7 de fevereiro o STJ negou seguimento ao recurso, arquivando-o, sob alegação de “erros formais”. 
O ato de solidariedade a Lúcio Flávio Pinto faz parte da campanha “Liberdade para Lúcio Flávio Pinto, que já conta com o blog somostodoslucioflaviopinto.wordpress.com  e um grupo do Facebook (Pessoal do Lúcio Flavio Pinto), que além de denunciar as perseguições ao jornalista, visa também contribuir para arrecadar recursos para pagamento da sentença movida por Cecílio Rego de Almeida e seus herdeiros, que está inicialmente orçada em R$ 30 mil, considerando a atualização do valor fixado como indenização.
A conta da campanha de contribuição está no Banco do Brasil, Agência 3024-4, Conta Poupança, variação 1, número 22.108-2, CPF do titular: 212.046.162-72, Titular da conta: Pedro Carlos de Faria Pinto, irmão do jornalista.

Lopes repete escalação do Leão contra o Pantera

Flávio Lopes confirmou na manhã desta sexta-feira a escalação do Remo para o jogo contra o São Raimundo, domingo, às 18h30, em Santarém: Adriano; Tiago Cametá, Diego Barros, Juan Sosa e Panda; André, Jhonnatan, Betinho (foto) e Cassiano; Marciano e Fábio Oliveira. Será o mesmo time que começou o jogo contra o Águia, em Marabá, com exceção do lateral-esquerdo Aldivan, suspenso.

Teixeira aumenta mesada das federações

Por Sérgio Rangel (Folha SP)

A homologação em assembleia, por unanimidade, da permanência de Ricardo Teixeira na presidência da CBF foi precedida por um aumento de cerca de 60% na verba repassada pela entidade para as 27 federações estaduais. Antes da reunião, realizada anteontem no subsolo do prédio da confederação, o dirigente anunciou que subiria para R$ 50 mil o “repasse mensal” para as filiadas. Até então, as federações recebiam R$ 30 mil por mês. Além do aumento da mesada, Teixeira informou aos dirigentes que vai liberar neste mês R$ 100 mil para cada entidade, referentes à participação nos lucros da confederação no ano passado.

A abertura dos cofres agradou a maioria das federações, que argumentam precisar do dinheiro da entidade nacional para manter suas estruturas em Estados onde o futebol ainda é deficitário. A CBF teve arrecadação de R$ 193,5 milhões em patrocínios, de acordo com seu último balanço. Com o aumento do repasse, o mandatário desarticulou a esperada disputa pelo poder na assembleia geral da confederação. Movimento comandado pelas federações gaúcha, baiana e do Rio pretendia alterar o estatuto para garantir que houvesse uma nova eleição em caso de renúncia de Teixeira. Pelo regimento atual, se Teixeira renunciar, um de seus vices assume o cargo.

Em minoria, os rebeldes foram obrigados a acatar a vontade do cartola na assembleia. O ex-governador José Maria Marin, que é vice da CBF para a região Sudeste, foi definido como seu sucessor em caso de renúncia. Marin era o escolhido por Teixeira. Na reunião, Teixeira, que poderá se licenciar da presidência neste mês, foi aclamado pelas entidades.

Anistia não anula responsabilização

Por Luis Fernando Veríssimo

O Christopher Hitchens disse certa vez que se fizera uma promessa: não leria mais nada escrito pelo Henry Kissinger até que fossem publicadas suas cartas da prisão. O Hitchens já morreu, o Kissinger continua escrevendo (seu último livro é sobre a China) e são poucas as probabilidades de que venha a ser julgado, o que dirá preso, pelo que aprontou – no Chile e no Vietnã, por exemplo. Sua posteridade como estrategista geopolítico e conselheiro de presidentes está assegurada, ele morrerá sem ser responsabilizado por nada e não serão seus inimigos que escreverão seu epitáfio.

O juiz espanhol Garzón, aquele que mandou prender o Pinochet, estava mexendo com o passado franquista da Espanha, também atrás de responsabilização, e bateu de frente com a reação. Recorreram a um tecnicismo de legalidade duvidosa para barrá-lo. Lá também se invoca uma Lei da Anistia para impedir uma investigação dos crimes da ditadura. Anistia não anula responsabilização. A partir do tribunal de Nuremberg que julgou a cúpula nazista no fim da Segunda Guerra Mundial, passando pelos julgamentos de tiranos em cortes internacionais desde então, o objetivo buscado é a responsabilização, que não tem nada a ver com retribuição, vingança ou mesmo justiça. Até hoje se discute a legalidade formal, de um ponto de vista estritamente jurídico, dos processos em Nuremberg, mas era impensável, diante da enormidade do que tinha acontecido, e sob o impacto das primeiras imagens dos corpos empilhados nos campos de concentração nazistas recém-liberados, que eles não se realizassem. Alguma forma de responsabilização era uma necessidade histórica. Com alguma grandiloquência se poderia dizer que a consciência humana a exigia.

A tal Comissão da Verdade que se pretende no Brasil responderia à mesma exigência histórica, além da necessidade de completar a história individual de tantos cujo destino ainda é desconhecido. A julgar pela rapidez com que, aos primeiros protestos de evangélicos e bispos católicos, o Gilberto Carvalho correu para lhes dizer que a posição do governo em relação ao aborto continuaria retrógrada como a deles, pode-se duvidar da disposição do governo para enfrentar a reação que virá, como na Espanha do Garzón, ao exame do nosso passado e a responsabilização dos seus desmandos. Vamos torcer para que, neste caso, a espinha do governo seja mais firme.

Pois sem responsabilização as histórias ficam sem fim, soltas no espaço como fiapos elétricos, e o passado nunca vai embora.

As idas e vindas de Ricardo Peixeira, o ensaboado

Por Juca Kfouri

Foi anunciado ontem que Ricardo Teixeira ficará à frente da CBF e do COL.

Quem falou por ele depois da assembleia das federações, acrescentou que ele ficará até depois de Copa de 14.

Mas, será difícil, quase impossível.

Ele mesmo sabe disso porque, com as portas em Brasília e em Zurique fechadas, o que lhe resta são as vaias da torcida brasileira nos estádios que ele não frequenta.

Além da permanente e cada vez mais cerrada investigação por parte da imprensa, com munição de sobra.

Mas resta sempre a saída do estado de saúde e, talvez, um tratamento em Miami, onde, como se sabe, há ótimos hospitais.

Difícil é saber quem cuidará da doença de nosso futebol, em crise técnica nos gramados e endividado fora deles.

Um grito de independência

Por Gerson Nogueira

Em longa carta endereçada à presidência do Tribunal de Justiça Desportiva, o auditor André Silva de Oliveira comunica sua renúncia ao pleno do TJD, para se dedicar ao doutorado em Ciência Política na UFPA, e aproveita para reafirmar sua opinião a respeito das relações entre o órgão e a Federação Paraense de Futebol.
André é o auditor que concedeu liminar em 2010 em favor da Tuna e do Castanhal com base no regulamento do Campeonato Paraense. Em conseqüência disso, a secretaria do tribunal foi invadida, após o expediente, pelo presidente da FPF, coronel Antonio Carlos Nunes.
O dirigente procurava pelos autos do processo, para, “já noite avançada, simular uma cassação sem nenhum amparo no CBJD, tudo feito sob a anuência silenciosa da maioria do Tribunal Pleno do TJD/PA”, recorda André. Observa, ainda, que sua representação contra o coronel e o auditor Antonio Nascimento, que “cassou” a liminar, jamais foi julgada, caindo na prescrição.
Relembra que o acordo assinado, na condição de presidente do tribunal, na Promotoria do Consumidor, para dar efetiva autonomia ao TJD, gerou uma série de desdobramentos desgastantes dentro do tribunal, levando o Pleno a defender o presidente da FPF “contra os interesses do próprio tribunal e contra o que determina o Estatuto do Torcedor, que exige a independência da Corte como direito do torcedor”.
André queixa-se da ação nociva de representantes da federação no tribunal em conflito com sua atuação e sublinha a importância da sessão de 2 de setembro de 2010, “página mais sombria de nosso tribunal, o dia em que o TJD, tendo a oportunidade concreta de desvencilhar-se em definitivo da FPF, optou, em lugar disso, pela servidão voluntária da instituição”.
Critica a atual gestão do tribunal, reconhecendo mudanças positivas, como a adoção do processo eletrônico, mas defendendo mais transparência e independência nos procedimentos do órgão. Segundo ele, as recentes mudanças anunciadas não tocam, nem de longe, nas questões verdadeiramente essenciais que poderiam assegurar, de fato e de direito, a independência do TJD.
O ex-presidente propõe como medida fundamental a construção de sede própria, a fim de desvincular o órgão da FPF, a exemplo do que ocorre hoje com o STJD, no Rio. Pede a criação de receita própria e empregados pagos pelo tribunal, citando o episódio da invasão da secretaria como exemplo da fragilidade do órgão. “Se as duas servidoras fossem pagas pelo tribunal, teriam resistido à invasão e chamado a Polícia para prender o invasor porque era isso que o caso requeria”, observa.
Sugere, por fim, a eleição e nomeação dos auditores do Pleno sob fiscalização dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, evitando que a FPF tenha o monopólio das indicações. “O cumprimento das quatro condições permitirá o surgimento de um novo tribunal e, portanto, de uma nova mentalidade institucional na qual o Judiciário Desportivo deixará de atuar de modo espasmódico e meramente reativo e passará a agir de maneira pró-ativa, até mesmo interventiva, sem hesitar em condenar a FPF nas demandas relevantes quando for necessário”.
Na atual configuração do tribunal, segundo ele, os clubes não têm chance de derrotar a FPF nos processos realmente relevantes. “Pelo CBJD e pelo Estatuto do Torcedor, as federações de futebol se subordinam ao Judiciário Desportivo. Mas no Pará poucos compreenderam, até aqui, que um Judiciário Desportivo independente não interessa à FPF, que hoje detém o controle das nomeações dos auditores e sabe que terá que se aperfeiçoar em face de um tribunal forte, autônomo e interventivo”.
Fiz questão de reproduzir parte da carta de André pela relevância que tem no sentido de gerar uma mudança de postura do tribunal em relação à FPF. O futebol paraense, de maneira geral, teria muito a lucrar com isso.  
 
 
Edu Chiquita, que se tornou célebre no Pará por força daquela atuação na vitória do Salgueiro sobre o Paissandu em 2010, ganha status de principal reforço do Remo para o restante do campeonato. Meia de característica agressiva, que faz gols, ele não se manteve em alta depois daquele jogo na Curuzu, mas pode vir a ser útil ao esquema de Flávio Lopes.
O noticiário trouxe, porém, um dado surpreendente: ao contrário da maioria de seus colegas, Chiquita perdeu peso nos últimos meses. Precisará de reforço alimentar para recuperar pelo menos três quilos. Donde se conclui que, pelo menos no mundo da bola, o cidadão vale quanto pesa. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 02)

Parazão – classificação do returno

POS TIMES PG J V E D GP GC SG AP
Remo 3 1 1 0 0 4 1 3 100.0
Independente 3 1 1 0 0 3 1 2 100.0
São Francisco 3 1 1 0 0 1 0 1 100.0
Cametá 1 1 0 1 0 0 0 0 33.3
Paissandu 1 1 0 1 0 0 0 0 33.3
São Raimundo 0 1 0 0 1 0 1 -1 0
Tuna 0 1 0 0 1 1 3 -2 0
Águia 0 1 0 0 1 1 4 -3 0